"A verdade, a decisão, o empreendimento, saem do menor número; o assentimento, a aceitação, da maioria. É às minorias que pertencem a virtude, a audácia, a posse e a concepção." Charles Maurras
sexta-feira, 5 de outubro de 2018
Triste Portugal profundo e esquecido!!!
Regressei a casa depois de uma curta viagem ao país real, venho profundamente triste e revoltado com o que vi, com o que constatei, um país deserto, um país sem jovens, um país esquecido por todos aqueles que ocupam lugares de chefia, desde a cambada que pomposamente se passeia pela Assembleia da Republica, Ministros, Secretários de Estado, mas também por uma miríade de outros organismos que afinal apenas servem de sorvedouros de dinheiros públicos, organismos esses criados para cuidar ou assegurar o bem estar das populações.
Triste panorama o deste país em que se constroem depósitos para gente idosa ou em fim de vida e se abandona a juventude à sua sorte, ou seja, trata-se dos idosos, aguardamos a sua morte e ao mesmo tempo corremos com os nossos jovens, não lhes proporcionando condições para que se fixem no nosso país em especial no interior, com uma agravante, esse o grande problema neste país pobre e envelhecido, a falta de condições e consequente falta de medidas que promovam a natalidade, assim sendo, pergunto eu, Portugal, que futuro?
Passando aos factos, depois de uma visita ao local em que vivi e vi os meus filhos crescer, local no qual ainda hoje possuo uma casa, numa aldeia do norte de Portugal, no concelho de Montalegre, na qual já há um par de anos não tinha o grande prazer de trocar impressões, de me aperceber exactamente do processo em que este país mergulhou, uma aldeia cujos habitantes no passado criavam gado barrosão e tinham como principal produção a exelente e bem reputada batata de semente e consumo, hoje infelizmente relegada para segundo plano devido à falta de apoios, insuficiente promoção dos produtos nacionais e chegando ao cúmulo de se promover e proteger a importação de bens agrícolas e industriais.
Fiquei chocado com o estado de abandono das casas e terrenos, fiquei mais chocado ainda ao constatar que no segundo maior concelho em área, e um dos concelhos com maior número de aldeias está a morrer, um grande número de aldeias estão desertas ou para lá caminham, um concelho no qual morrem anualmente largas dezenas ou centenas de pessoas e no qual não há nascimentos, fácil perceber do que estou a falar, infelizmente uma morte anunciada, triste fim para um dos poucos territórios em que a natureza ainda permanece quase intocada, com animais, vegetação, ar puro e paisagens de cortar a respiração, somos o quê afinal, cegos, imbecis, masoquistas ou suicidas?
Porque razão este abandono do país real, porque razão se abandona toda a população de uma região culturalmente riquíssima e interessante, estarão a matar a identidade cultural do povo português, qual o propósito desta situação, quem serão os beneficiados, gostaria que a cambada que se diz governante deste país me explicasse exactamente o que pretendem com este crime contra a humanidade, este atentado contra a nação portuguesa e arrisco mesmo dizer um atentado contra a portugalidade.
Na realidade apercebi-me que estamos a ser traídos por gente que se diz guardiã dos interesses da nação, senão vejamos, temos hoje no paraíso natural dos territórios de Montalegre e Boticas, uma vasta área concessionada a empresas estrangeiras para a exploração do subsolo, estou a falar neste caso de uma das maiores jazidas de ouro e lítio da Europa, será o tal abandono das populações uma questão de estratégia para forçar ou promover a desertificação desses territórios, será que estamos a ser expulsos da nossa terra sem darmos conta, será tudo isto uma forma de sairmos voluntáriamente dos territórios que ocupamos e desenvolvemos à quase um milénio sem que haja necessidade de ressarcimento ou indeminização ou muito menos de acções de despejo com os custos e alarme social que todas essas situações acarretam?
Temos um país num processo de desertificação rápido, se não é pelo abandono e falta de apoios é pelos fogos florestais sistemáticos, tudo menos fruto do acaso, afinal tudo obedece a uma agenda, uma agenda para a qual muitos de nós estão perfeitamente na ignorância, andamos distraídos com outros assuntos secundários e descuramos o essêncial, andamos anestesiados pelos media, andamos hipnotizados por discursos perfeitamente desfasados da realidade, na verdade há muito estamos a ser manipulados pelo jogo politico, pela farsa da democracia, pelo jogo combinado das associações criminosas que têm por nome partidos políticos, a máfia maçónica e as suas negociatas hoje já não tão secretas, hoje negócios feitos nas nossas barbas e com a protecção ou mesmo conivência do sistema da justiça, vivemos assim num antro em que os criminosos actuam na mais completa impunidade, um país no qual todos aqueles que verdadeiramente trabalham, deixaram de ter direitos e passaram a ter apenas deveres, o dever de sustentar esta ineptocracia, esta cleptocracia, esta ditadura encapotada.
Posto isto, muito mais haveria a dizer, mas ficará para outra ocasião ou ocasiões onde poderemos ir debatendo e explicando este descalabro ponto por ponto, fica assim lançado o debate, ficam assim abertas as hostilidades...
Alexandre Sarmento
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O Molusco...
Para bom entendedor... «(...) A ambiguidade da figura de Caetano, de acordo com o The New York Times, tinha ficado bem demonstrada na sua at...
Amigo Alexandre Sarmento, partilho consigo, o mesmo sentimento de dor e angustia de ver e sentir a degradação em que Portugal e seu Povo, nosso irmão, se deixou levar ao ir atrás de pessoas que tudo estão a fazer para levar o Planeta ao caos total. Importa observarmos, também, fora de portas pois por muito que custe a acreditar, todos e tudo, fora e dentro do País está caminhando de forma bem organizada para o caos total da raça humana tal como se conhece actualmente. Vamos-nos vendo por aí, Grande Abraço e, politica à parte, mantenhamos-nos unidos no amor fraterno e de fé convicta no Ser Humano que todos somos e No Pai que criou a tudo e todos
ResponderEliminarMeu caro Carlos, depois de ultrapassar a barreira temporal do meio século de vida deparo-me com esta triste e lamentável situação, logo eu que nasci num meio rural e no meio de uma família tradicional.
EliminarLamento imenso a apatia e vergonha que os portugueses sentem da nossa própria história e cultura, temos hoje uma sociedade perfeitamente virtual em que apenas a aparência conta, mede-se o ser humano pelas posses, temos hoje a sociedade do ter em vez da sociedade do ser, estamos abandalhados, pobres material e intelectualmente, estamos a caminho da indigência, perdemos a identidade, o orgulho e até a vaidade que tínhamos outrora nos nossos usos e tradições.
Tal como nos abandonámos a nós mesmos, assim abandonamos também a nossa terra, o belo país ao qual não damos o devido valor, um paraíso num mundo miserável, triste mas real, é este o panorama, sinceramente já não sei o que mais possa fazer de forma a acordar esta gente, este povo impávido e sereno!
E não é uma questão de politica, é uma questão de sobrevivência.
Grande abraço.
O povo não vai acordar, caro Alexandre Sarmento. Lamento dizê-lo. E, aliás, o povo, o verdadeiro Povo Português, já praticamente não existe. O que há, isso sim, é uma malta citadina, contagiada pelo consumismo idiota, pelo futebol e pelo lixo televisivo. Uma plebe infantilizada, sem valores, sem cultura, sem ideais, amorfa e apática. Eu compreendo perfeitamente a sua frustração e preocupação, que são também as minhas. Eu sigo atentamente os seus "posts", bem como os de outros grupos equivalentes. O que eu me atreveria a propor, é o seguinte: torna-se imperioso organizar um encontro para que nos possamos conhecer e trocar ideias. Que todos os que estão e se sentem apreensivos com a lástima a que nos conduziu esta Terceira República, consigam formar uma organização que estude e analise a situação dramática em que Portugal se encontra. Repare, não estou a falar de um partido político ( pelo enos, para já ); já cá há muitos...Entendo que se deve começar a contar espingardas. Receba as minhas mais cordiais saudações. António de Oliveira.
EliminarAmigos Carlos Duarte e Alexandre Sarmento, estou plenamente de acordo com os dois, precisamos encetar esclarecimentos urgentes para alertar o povo mais sacrificado deste belo país. Ao vosso inteiro dispor. antónio Cruz (nascido numa aldeia do interior)
EliminarIMAGINO A SUA DOR!!! TRISTE REALIDADE!!!! ZONA LINDA DEIXADA À DESTRUIÇÃO E EXTINÇÃO TOTAL!!!! E AINDA FALAM EM REPOPULAR O INTERIOR!!! BLÁ, BLÁ! FAZ DOER O CORAÇÃO!!!!XXX
ResponderEliminarÉ muito bom lembrar algo de tão rico que temos no nosso país mas que é desprezado pelo governo e até por parte do povo.
ResponderEliminarParabéns amigo Alexandre
Obrigado Pedro, espero que este blog tenha uma vida mais longa que o anterior, será que este tipo de publicações constituem actividade criminosa, serei eu um criminoso ao qual urge silenciar?
Eliminarestarei sempre atento e serei sempre um dos primeiros a alertar para a nossa triste realidade, como português que sou tenho essa obrigação, tenho que lutar pelo futuro do meu país e pelas gerações vindouras, e dizes bem, é este povo que abandona o seu próprio país, é este povo quem elege os seus governantes.
Grande abraço.
Fala da Assembleia da República, mas omite a câmara municipal de Montalegre, que esbanja milhões e tem posses para resolver muitos problemas mas não o faz.
ResponderEliminarSe fosse apenas o problema da Câmara de Montalegre, estávamos nós bem, o problema é sistémico, não há uma autarquia ou junta de freguesia que não tenha o rabo preso, ou seja temos uma cascata de ilegalidades transversal ao sistema, desde meterem a mão nos dinheiros públicos, aos favores a amigos e camaradas de partido ou facção, em suma temos um país de corruptos, infelizmente protegidos por um sistema de justiçaigualmente corrupto.
EliminarRessalvo que hoje pouco sei do que se passa na CMM, pois estou bastante distante, mas nada me admira, a corrupção está enraízada nesse concelho e o povo pelo que vejo até gosta!!!