quarta-feira, 8 de junho de 2022

O repugnante mundo novo!

 


Aldous Huxley, autor de ‘Admirável Mundo Novo’, enviou carta para o aluno George Orwell após ler ‘1984’
Por Vitor Paiva
Quando um autor lança um novo livro, receber boas palavras de seu mestre sobre a obra é mais importante do que qualquer resenha crítica ou sucesso comercial – mesmo quando esse autor é um gigante como o inglês George Orwell, e o livro em questão é o clássico 1984 – ainda mais quando o mestre é outro gênio do estilo, o também inglês Aldous Huxley. Quando o último e mais famoso livro de Orwell foi lançado, o autor fez questão de que a editora enviasse uma cópia para Huxley, sua maior referência – não é difícil perceber a influência de Admirável Mundo Novo sobre 1984.

Mais do que se a resenha foi ou não elogiosa – a carta contém elogios, ressalvas, comentários e percepções, sendo essencialmente bastante positiva – a fala de Huxley é do tipo mais generosa e proveitosa possível: uma fala aprofundada, que mergulha no livro e nas reflexões que 1984 lhe provocaram.
O olhar de Huxley sobre o livro é de tal forma profundo que chega a refletir na própria percepção do autor diante de sua obra maior. “Eu sinto que o pesadelo de 1984 está destinado a ser modulado ao pesadelo de um mundo mais semelhante ao que eu imaginei em Admirável Mundo Novo”, escreve Huxley para Orwell.

A ínterga da carta, escrita de um mestre das palavras para outro, é uma interessante reflexão não somente sobre o livro de Orwell, mas sobre política, governos, estado, paranoia e controle.
“Wrightwood. Cal. 21 de outubro de 1949 Querido Sr. Orwell,
Foi muito gentil da sua parte pedir aos editores que me enviassem uma cópia do seu livro. Ela chegou enquanto eu estava em meio a um trabalho que me demandava muita leitura e consultas de referências; e como a falta de visão faz com que seja necessário racionar a minha leitura, eu tive que esperar por muito tempo antes de ser capaz se embarcar em 1984.
Concordando com tudo o que a crítica escreveu sobre isso, eu não preciso te dizer, mais uma vez, o quão bom e profundamente importante o livro é. No lugar, posso falar sobre o que o livro aborda, — a revolução definitiva? as primeiras pistas de uma filosofia da revolução definitiva? — a revolução que está além da política e da economia, que aponta para a subversão total da psicologia e fisiologia do indivíduo — que podem ser encontradas em Marquês de Sade, que se considerava o continuador, o consumador de Robespierre e Babeuf. A filosofia da minoria dominante em 1984 é de um sadismo que foi levado à sua conclusão lógica, indo além do sexo e negando-o.

Se a política do “boot-on-the-face” realmente pode continuar indefinidamente me parece duvidoso. Minha crença é de que a oligarquia dirigente irá achar formas menos árduas e perdulárias de governar e de satisfazer a sua cobiça por poder, e estas formas irão se assemelhar àquelas que eu descrevo em Admirável Mundo Novo. Recentemente, eu tive a oportunidade de pesquisar sobre a história do magnetismo e do hipnotismo animal, e fiquei bastante impressionado pela forma que, por 150 anos, o mundo se recusou a reconhecer seriamente as descobertas de Mesmer, Braid, Esdaile e o restante.
Em parte por causa do materialismo prevalecente e em parte por causa da respeitabilidade predominante, filósofos do século 19 e homens da ciência não estavam inclinados à investigar os fatos mais estranhos da psicologia para homens práticos, como políticos, soldados e policiais, para aplicar no campo do governo. Graças à ignorância voluntária dos nosso pais, o advento da revolução definitiva foi adiado em cinco ou seis gerações. Outro incidente da sorte foi a incapacidade de Freud de hipnotizar pacientes com sucesso e seu descrédito ao hipnotismo. Isso atrasou a aplicação geral do hipnotismo na psiquiatria por pelo menos 40 anos. Mas agora psico-análises estão sendo combinadas com a hipnose; e a hipnose se tornou fácil e indefinidamente extensível através do uso de barbitúricos, que induzem a um estado hipnótico e sugestivo mesmo nos assuntos mais recalcitrantes.

Dentro da próxima geração, eu acredito que os governadores do mundo irão descobrir que o condicionamento infantil e a narco-hipnose são mais eficientes, como instrumentos de governança, do que porretes e prisões, e que a cobiça pelo poder pode ser completamente satisfeita ao sugerir que as pessoas amem a sua servidão, ao invés de chicoteá-las e chutá-las à obediência. Em outras palavras, eu sinto que o pesadelo de 1984 está destinado a ser modulado ao pesadelo de um mundo mais semelhante ao que eu imaginei em Admirável Mundo Novo. A mudança surgirá como resultado de uma necessidade sentida [pelo governo] para o aumento da eficiência. Enquanto isso, claro, pode haver uma guerra atômica e em maior escala biológica — caso em que teremos pesadelos de tipos diferentes e inimagináveis.
Obrigado mais uma vez pelo livro.
Atenciosamente, Aldous Huxley”
Via Hypeness

Chegamos aos dias de hoje perfeitamente manietados, perfeitamente dominados e transformados em meros objectos por parte do sistema, o pior é saber que há muito tivemos sinais e avisos de qual seria o nosso futuro e a forma como seríamos dominados, sucumbimos sem sequer questionar tudo aquilo que se passava em torno de nós, sem reagir ao jugo do sistema, acabámos por ser dominados de forma voluntária. Perdemos a capacidade de reacção, de retaliação e de reivindicação, tornámo-nos verdadeiros zombies, bonecos, coisas, objectos, o sistema tudo decide, a tecnologia e os químicos dominaram-nos, entrámos numa espiral de loucura colectiva, estamos numa espécie d suicídio colectivo, ignorando e alinhando com tudo aquilo que o sistema decide, perdemos a vontade própria e o raciocínio lógico. Estamos hoje num processo involutivo, em regressão acelerada, a morrer como civilização, a humanidade caminha para o apocalipse e principal causa é mesmo a ignorância. Escravos, mas felizes, triste realidade.

Alexandre Sarmento

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Quanto pior melhor!

 


Novas do paraíso...

A TAP continua no bom caminho, ao que parece os prejuízos no primeiro trimestre do ano não chegaram aos 200 milhões de euros, o mesmo se poderá dizer do aeroporto de Lisboa, um exemplo, desta vez foi cotado como sendo o pior numa lista efectuada por entidade conceituada no sector.

Buracos por todo o lado, a Dívida Pública continua em crescendo, o país estagnado, improdutivo e sem auto suficiência, continuamos escravizados por uma brutal dívida externa e pela mordaça das directivas europeias, nem as miseráveis sardinhas podemos pescar com as apertadas restrições nas nossas águas.

 Pergunto, para que nos serve ter a terceira maior Zona Económica Exclusiva da Europa, se não podemos pescar e utilizar todo o tipo de recursos que a mesma nos poderia e deveria proporcionar?                       Comprámos os submarinos que tanta tinta fizeram correr para patrulhar e defender algo que afinal não nos pertence? De que nos serviu o alargamento da ZEE? Alguém se preocupou em rever os tratados e negociar os tratados anteriores ao alargamento para as 350 milhas da nossa ZEE?

"Acresce a importância da plataforma continental estendida para além das 200 milhas náuticas, cujo processo de delimitação está a decorrer junto das Nações Unidas, e que aumenta para 4 100 000 km2 a área abrangida pelos espaços marítimos sob soberania ou jurisdição nacional, alargando assim direitos de soberania, para além da Zona Económica Exclusiva (ZEE), para efeitos de conservação, gestão e exploração de recursos naturais do solo e subsolo marinhos, e que tornará Portugal ainda mais atlântico."

Fonte: Portugal.gov.pt.

Podemos falar da inflação, da escassez de alimentos, do preço dos combustíveis, da taxa de desemprego e porque não dos mais de quatro milhões de portugueses a viver abaixo ou no limiar da pobreza, pergunto, o que andaram os nossos políticos e governantes a fazer nos últimos 50 anos?

Foi isto que os portugueses escolheram quando exerceram aquilo a que chamam de direito ao voto, o tal exercício de cidadania democrática?

será que os portugueses têm a noção do real estado da economia do país, será que ainda não se deram conta que hoje Portugal não é um país soberano em que nada funciona?

Temos um país miserável com as maiores taxas de impostos da UE, pagamos tudo e mais alguma coisa e somos vítimas de uma máquina do estado sem dó nem piedade, dupla tributação e outras aberrações, impostos descabidos tais como o IMI e um IUC que nada poupa, mesmo que não circulemos com os nossos carros somos obrigados a pagar, pagamos pelo sol, pagamos pelo ar que respiramos e sobretudo pagamos por aquilo que não temos, estamos a caminho do terceiro mundo, refugiados no nosso próprio país.

Que se lixe, não comemos camarões, comemos tremoços, deixamos de beber a cervejinha e o cafézinho e passamos a beber água da torneira, no fundo somos um povo cheio de sorte, poderíamos estar muito pior, ó se podíamos, felizmente temos governantes nossos amigos!!!

Felizmente ainda temos o Ronaldo, goloooo!!!!

Obrigado António Costa e restante pandilha...

Alexandre Sarmento


Relatividades...

 


Será que Deus existe?

No início do século XX, na Alemanha durante uma conferência para universitários, um professor da Universidade de Berlim lançou um desafio aos alunos.

- Será que Deus criou tudo o que existe?

- Sim respondeu com convicção um jovem.

- Tens a certeza? Deus criou tudo o que existe?

- Sem dúvida, professor.

- Então, diz o professor, se Deus criou tudo o que existe, também criou o ...mal, uma vez que o mal existe e, então, Deus é mau! O jovem ficou calado, mas outro aluno levantou-se e pediu licença para fazer uma pergunta. Está bem, diz o professor.

- Professor o frio existe?

- Mas que pergunta! Será que nunca sentiste frio? Claro que o frio existe.

- Na realidade, professor o frio não existe e segundo as leis da Física, o que consideramos frio, é a ausência de calor. Todos os corpos ou objectos transmitem energia: o calor é o que faz que os corpos tenham ou transmitam energia. O zero absoluto é a ausência total de calor. Fomos nós que criamos a definição de frio para exprimir que não temos calor. E o aluno continuou, no mais absoluto silêncio da assistência.

- E a escuridão existe?

- Claro que existe, diz o professor.

- Não, não. A escuridão também não existe. A escuridão é a ausência da luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. Através do Prisma de Nichols pode decompor-se a luz branca nas suas várias cores. A escuridão é uma definição criada pelo homem para descrever a ausência de luz. Por fim o aluno perguntou:

- O mal existe, professor?

- Com todos os crimes e violências que há no mundo, ainda perguntas se o mal existe? Isso é o mal. - Não, o mal não existe – é simplesmente a ausência do bem. De acordo com o que eu disse anteriormente, o mal é uma definição criada pelo homem para descrever a ausência de Deus. O mal não foi criado por Deus. O mal é a ausência de Deus no coração do ser humano. Tal como o frio, quando não há calor, ou como a escuridão quando não há luz… Nesta altura todos os colegas se levantaram e aplaudiram com entusiasmo, deixando o professor calado e pensativo. Então dirigiu-se ao aluno e perguntou-lhe: Como te chamas?

Chamo-me Albert Einstein

Texto encontrado por aí, verídico ou não, não tenho como o comprovar, tudo é relativo, até a veracidade deste texto, penso eu de que...

Alexandre Sarmento

O Elogio da Ignorância.

«Infelizmente, não há fome de saber como há fome de alimentos, e ao contrário do esfomeado que até ao último alento ainda procura a nutrição...