quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Definição de uma democracia por João Ameal.


"Os incompetentes são sempre o maior número. E é esse maior número de incompetentes que tem de eleger, de descobrir as competências. Como há-de fazê-lo? 
Para se adquirir uma competência determinada, foi preciso seguir um curso, realizar certos estudos, trabalhar durante longos anos. E quando se chega ao fim, aparece o voto anónimo e leviano dos incompetentes — e é esse que decide!
Com a sua vibrante lucidez, o sindicalista Georges Sorel definiu assim a Democracia, a ditadura da incapacidade.
Aceitemos a definição, e poderemos, alterando ligeiramente os termos, dizer: logo, a Democracia, suspensa dos juízos, sem preparação nem autoridade, do maior número — é o reino da Incompetência."


"Na política interna, a Democracia conduz à fraqueza. Dispersando a Autoridade, destrói-a. Dividindo ao máximo as responsabilidade, suprime-as na prática. Por isso, no momento do perigo, a Autoridade irresponsável da Democracia, sem força nem coerência, é incapaz de se opor à desordem.
Na política externa, a Democracia não se opõe também aos ataques ou ciladas do estrangeiro. Primeiro, porque a sua mitologia da Fraternidade a impede de acudir à defesa militar. Segundo, porque a tendência dos partidos de oposição e a missão dos agentes das sociedades secretas internacionais, são de favorecer às ocultas e até elogiar em público a intervenção estrangeira.
Temos a clara exemplificação destes pontos de vista:
— Quanto à política interna, na Democracia espanhola de 1931, em que os governos se viam reduzidos a assistir passivamente às greves, aos incêndios, aos massacres, às agitações de uma guerra civil cada vez mais feroz;
— Quanto à política externa, na atitude da Democracia francesa durante a Grande Guerra, entregando-se à Ditadura civil de Clémenceau, e às sucessivas ditaduras militares de Joffre, de Gallieni, de Foch — para resistir e vencer.
Logo, a Democracia, negação da Autoridade e da Responsabilidade — é incapaz de ser forte."

João Ameal 
in «Integralismo Lusitano — Estudos Portugueses», 1932. 

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"Para serem legítimas as bases da Democracia, seria indispensável que existissem a Igualdade, a Liberdade, a Fraternidade, cuja célebre trilogia a Revolução Francesa escolheu para lema.
São os homens iguais? Ninguém ousará afirmá-lo. Uns, são mais fortes, mais trabalhadores, mais económicos, mais inteligentes que outros. Decretar a igualdade absoluta, é esquecer uma inflexível lei natural — que justifica as aspirações de todos os que se querem distinguir, conquistar um nome, uma fortuna, uma posição de comando.
Liberdade absoluta — não há, também, entre os homens. Presos às cadeias familiares, às dependências sociais, às regras morais que adoptaram, às carreiras que escolheram — os homens não são nunca inteiramente livres, nem podem sê-lo.
Quanto à Fraternidade, olhe-se a História, desde o início do mundo; descobre-se uma sucessão de lutas, de crimes, de conflitos... A Fraternidade é uma bela aspiração. Nada mais.
Logo, a Democracia, supondo a Igualdade, a Liberdade, a Fraternidade — é uma quimera."



"Para obter um simulacro de existência, a Democracia recorre à Eleição. Sabe-se bem o que é a Eleição. Nem vale a pena salientar os tumultos, os escândalos, as mistificações que nunca deixam de caracterizar a comédia eleitoral. Adiante, aludiremos ainda a um dos seus aspectos dominantes: a feira dos sufrágios.
Mas admitamos que se realize a Eleição com honestidade e verdade. No fim, é a maioria que manda. E basta uma diferença de um voto (que pode ser o de um malfeitor, o de um incapaz, ou o de um vendido) para que um sector prevaleça sobre o sector oposto. Portanto, se sessenta indivíduos têm uma opinião e sessenta indivíduos mais um têm a opinião contrária, são estes que vencem - e aqueles vêem-se esbulhados de tal soberania que, em princípio, fingiram dar-lhes.
A Democracia mostra assim merecer a justa definição de tirania em nome do algarismo, que lhe aplicou Alexandre Herculano. Não são as vontades individuais que lhe importam — embora o proclame; é apenas a soma dessas vontades. Ora, tão sagrada é a vontade de uma pessoa, como a vontade de dez pessoas, como a vontade de cem. Com que direito escravizar as duas primeiras à última?!
Logo, a Democracia, prometendo ao indivíduo uma soberania que só lhe reconhecerá, se ele se encontrar dentro da maioria e que lhe retirará, se ele se encontrar dentro da minoria — é uma mentira."

João Ameal 
in «Integralismo Lusitano — Estudos Portugueses», 1932.

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"A Democracia declara que o Poder reside na multidão. Formularemos, então, o seguinte dilema: ou a multidão é, ao mesmo tempo, governante e governada (e logo se vê que isto é contra a razão e totalmente impossível na prática) — ou a multidão delega o governo de qualquer maneira, indicando, ela própria, quem deve governá-la.
Mas, nesta segunda solução, encontra-se já a condenação da Democracia. A Democracia pura passa a não existir. O seu primeiro gesto é renegar-se a si mesma. Já não é a multidão, o povo, quem governa. «Nesse momento, pois, a soberania, deslocada do eleitorado para os seus representantes, sem possibilidade de uma fiscalização eficaz por parte daquele no seu modo de exercício, será assim, já não a vontade do povo  mas apenas a de uma aristocracia casual e momentaneamente constituída» — demonstrou, muito bem, o Professor da Universidade de Coimbra, Doutor Luís Cabral de Moncada.
A Soberania do Povo foi sempre um logro. Soberano — dizem-lhe — por intermédio dos seus delegados. Esses delegados, escolhidos nos centros partidários, não são mais do que agentes de certas facções, cujo fim determinante é o assalto ao Poder. E assim, em nome da soberania popular, tem lugar a mais hipócrita e astuciosa soberania dos partidos.
Nem admira. O ponto de partida, quimérico e perigoso, havia de produzir estas consequências...
Logo, a Democracia, baseando-se na atribuição do Poder à multidão, que nunca o chega a exercer de facto — é um contra-senso."



"Na verdade, o indivíduo — no sentido absoluto que os profetas revolucionários lhe deram — não existe. Pertence, sempre, a uma família, a uma profissão, a uma divisão do território — a um grupo natural ou social. Uma sociedade sem órgãos sociais é inconcebível. Ora, organizar uma sociedade é distribuir, dentro dela, as várias funções, os vários deveres, as várias tarefas. É, portanto, — hierarquizar.
O indivíduo — acentuamos de novo — socialmente, só existe como elemento daqueles órgãos de que a Sociedade se compõe. No seio do seu grupo, ao qual está ligado pelo sangue (família), pela formação técnica (profissão), pela naturalidade (região) — o indivíduo poderá viver, progredir, valorizar-se. Fora do grupo, é apenas um factor de desordem, uma figura inútil — uma ficção lamentável.
Logo, a Democracia, baseando-se no falso conceito do indivíduo-isolado — é uma utopia."

João Ameal 
in «Integralismo Lusitano — Estudos Portugueses», 1932.


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"Muitos dos grandes responsáveis dos tempos que correm, estonteados e desconcertados pelo ambiente da crise, de incerteza, de apreensão, mostram-se, de facto, incapazes de definir um pensamento claro e de manter uma linha de firmeza e de coerência. Fraquejam diante da tormenta que os cerca. Dia a dia, hora a hora, vemo-los oscilar, contradizer-se, desmentir-se. Não têm a coragem necessária para escapar à tirania de velhos mitos desacreditados, nem para traçar, entre os problemas e ameaças do momento o seu caminho. O drama europeu e universal a que assistimos resulta, sobretudo, dessa inferioridade dos grandes responsáveis: — competia-lhes impor-se aos acontecimentos e deixam-se afinal arrastar e dominar por eles..." 

João Ameal

Nota:
João Ameal
Nome completoJoão Francisco de Barbosa Azevedo de Sande Aires de Campos
Nascimento23 de fevereiro de 1902
Santa CruzPortugal
Morte23 de setembro de 1982 (80 anos)
LisboaPortugal
NacionalidadePortugal Português
OcupaçãoJornalistaescritorpolitico, e historiador
Magnum opusObreiros de Quatro Impérios
João Francisco de Barbosa Azevedo de Sande Aires de Campos (Santa CruzCoimbra23 de fevereiro de 1902 — Lisboa23 de setembro de 1982), conhecido com o pseudónimo literário João Ameal, foi um jornalistaescritorpolitico, e historiadorportuguês.

domingo, 25 de novembro de 2018

Quem somos hoje, o que somos?



Estou na realidade a pensar que este país necessita mais do que nunca uma força verdadeiramente popular, uma força oriunda da verdadeira vontade da nação, uma força que tenda unir e não dividir os portugueses em torno de um verdadeiro objectivo. Uma força com que realmente todos os portugueses verdadeiros e patriotas se identifiquem, uma força que espelhe de forma indelével a vontade de afirmação de um povo quase milenar, uma força ou um fio inquebrável que nos mantenha sóbrios e unidos.

Em suma, tudo aquilo que nos manteve como nação e civilização deve ser reerguido, a tal alma e raça lusitana, mostremos que ainda temos sangue, vamos a isso, e por que não esquecermos ideologias e facções que mais não são que meros veículos de enriquecimento, pessoal, corporativo ou mesmo uma perfeito terreno de vaidades e ostentação pessoais.
Vamos em frente, abaixo o sistema, abaixo a partidocracia, abaixo a ditadura partidária, abaixo as políticas de empobrecimento e perda de soberania promovidas pelo actual sistema, já cheira mal tanta campanha de desinformação, basta de manipulação, e ao mesmo tempo, basta de tanta ignorância, vivemos hoje no paraíso da ignorância e formatação, e porquê, porque nos acomodámos, porque deixámos de questionar o mundo à nossa volta e admitimos múltiplas verdades, deixámos de acreditar em divindades, adoptámos outras, a comunicação social e a classe política, vá-se lá entender o porquê.
Só que temos um grave problema, será que esta nação ainda tem vontade própria?

Será que esta nação ainda consegue distinguir o bem do mal e fazer opções, fazer escolhas ou sequer pensar no futuro, será que perdemos a capacidade de sonhar, perdemos a capacidade de olhar mais além do que o dia presente?





Pergunto, vivemos hoje para quê, para quem, até há bem pouco tempo fazíamos sacrifícios, fazíamos um esforço enorme para deixar ou pelo menos tentar deixar um legado para as gerações vindouras, e hoje, porque mudámos de paradigma e passámos a super-consumistas, passámos a viver o dia a dia, perdemos o rumo, perdemos muito do que nos trouxe aos dias de hoje como nação, como seres com uma forte identidade cultural! Como foi possível em apenas quatro décadas termos descido tão baixo, até termos deixado de ter sequer uma matriz cultural, deixámos de ser os portugueses, aquele povo determinado, destemido, culto, espiritual, sagaz, inteligente e constantemente inconformado e insaciável por novas aventuras, novos desafios, em suma, em busca de evolução e conhecimento.

Somos hoje um verdadeiro case study, somos hoje uma sombra do que fomos no passado como nação, isto se ainda nos podemos considerar como tal pois perdemos os laços com a tradição, com a raça e alma do passado, perdemos a identidade e a matriz católica, judaica ou romana, somos hoje coisas, um povo num processo involutivo voluntário!

Muito triste, pois somos hoje um país e uma nação moribunda, razões haverá, muitas mesmo, começando pela decadência das próprias elites, elementos culturais, pensadores e governantes!

Temos hoje uma elite que se mede pela quantificação, pelo aspecto material, pelos sinais exteriores de riqueza, e quantas vezes pelo grau de imbecilidade!

Onde estão os nossos escritores, filósofos e pensadores de outrora, não vislumbro ninguém no panorama actual que se demarque ou que possa contribuir para repor a ordem, repor a verdade, e com capacidade de induzir esta nação a um renascer das cinzas...

É impressionante como em apenas quatro décadas nos deixámos morrer, como nos deixámos amestrar por um sistema dito de democrático mas que na realidade se revelou uma oligarquia, uma ditadura, uma verdadeira escravatura material e intelectual na qual nos foram cerceadas todas as liberdades sem que nos tivéssemos apercebido de tal, chegando mesmo ao cúmulo de optarmos e defendermos organizações políticas ou individualidades que no fundo nos parasitam, o que terá acontecido em tão pouco tempo?





Tenho uma teoria, será que alguma vez este povo teve voz própria, ou apenas foi desde o início da nacionalidade um povo subserviente e fiel aos seus líderes, aos seus Reis, aos seus Presidentes, governantes ou senhores feudais, quem sabe tivéssemos no passado líderes em quem acreditar, líderes com carisma, honradez e com coragem de arriscar, de dar a sua própria vida em combate, e hoje, o que temos como pretendentes a líderes ou figuras de topo, verdadeiros pigmeus corruptos, mentirosos compulsivos e verdadeiros manipuladores que vão alternando, vão mudando de opinião e de lado confirme as conveniências, precisamos de gente coerente e determinada a levar a cabo um projecto sério, um verdadeiro projecto nacional, um projecto que na verdade sirva este país, um projecto galvanizador da nação, um renovar da esperança neste país com nove séculos de história, em suma precisamos de algo, ou alguém que induza de novo uma atitude positiva, que nos una e motive...

Lembro-me de repente de um bom estadista, talvez demasiado paternalista o qual até à sua morte teve a seus pés a nação, mas que assim que caiu, teve quase toda uma nação de detractores de um dia para o outro, temos um grave problema, somos pobres, infelizmente hoje na forma intelectual e material!

Somos hoje na verdade, um povo inconsolável de mal agradecidos, um povo invejoso, um povo vaidoso, um povo mentiroso que se vende por trocados, perdemos o espírito de família, perdemos o espírito de clã e de nação, trocámos os outrora verdadeiros ideais por futilidades, somos hoje adoradores dos espectáculos que o sistema nos proporcionou já com o objectivo de nos manter entretidos e incapazes de reagir, desportos de massas, consumismo desenfreado e o bombardear constante da parte dos media, somos absolutamente desinformados pelo sistema, somos imbecilizados por esses mesmo sistema, perguntarão, que saída, perguntarão, o que fazer, apenas poderei dar uma pista, consciência e busca da espiritualidade entretanto perdida, se o conseguirem já será um grande passo adiante, haja fé, haja vontade de mudança...e coragem!!!


Alexandre Sarmento

sábado, 24 de novembro de 2018

Uma nação sem rumo, uma nação abandonada à sua sorte!


Um país ou um manicómio a céu aberto?


Morrem famílias dentro de casas sem água, electricidade ou as condições mínimas de conforto, sem ar condicionado e sem aquecimento, milhares vivem nas ruas, milhões vivem abaixo do limiar da pobreza, um país em que as vítimas se contam às centenas por problemas de abandono e negligência por parte do Estado Português, por instituições e fundações!!!

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É esta a ostentação que se vive no Portugal profundo, ostenta-se a pobreza, somos taxados por ser pobres e com a finalidade de nos tornarem mais pobres ainda, é este um belo exemplo do avanço pós 25 de Abril tão propalado pela cambada de parasitas que nos desgoverna, esses e todos os outros que até hoje têm pousado o cu naquela casa de putas que dizem ser a casa da democracia, a casa na qual 230 "fasco-comunistas" protagonizam o circo da farsa da democracia, um circo no qual uma pequena elite vive de parasitismo da coisa pública. Salários chorudos, mordomias mais do que muitas, subsídios para casa, transportes, alimentação, dor de cu e outros, não me phodam, são hipócritas, são traidores, são criminosos.
É uma merda, é muito triste ver uma família inteira morrer num lamentável evento como este, dizem ter sido do monóxido, dizem ter sido dos cogumelos venenosos, não, isto foi obra de criminosos, foi obra de bandalhos que apenas pugnam pelos seus próprios interesses, aqueles que tentam a todo o custo matar a nação portuguesa, aqueles que se dedicam a correr com os portugueses dos seus lares, terras, território, aqueles que fizeram dos portugueses cidadão de segunda ou terceira categoria, fomos relegados para o papel de escória da sociedade, a verdade é que fomos preteridos em favor de ciganos, pretos, chineses, árabes e toda uma parafernália de etnias, raças e credos.
Repare-se na faustosa habitação e nos bidons encostados à parede, pois, uma luxuosa vivenda com um belo Mercedes à porta, quase igual às habitações que todos nós proporcionamos aos ciganos e refugiados, pois, o aspecto não engana!!!!
Pouco, ou muito mais haveria a dizer, é isto, é este o retrato do interior deste país, uma família a viver em condições desumanas, possivelmente todos a dormir e a viver num espaço sem condições, sem água,electricidade ou mesmo esgotos, será isto admissível num país dito avançado?
Onde estão as instituições?
Onde param os organismos estatais nos quais derretemos milhões de euros?

Onde estão os técnicos que nós contribuintes pagamos faustosamente?
Para que serve todo um aparelho, para que servem as normas de merda ditadas pela cambada política se no fundo apenas servem para constar da estatística, manipular dados e dar uma imagem de paraíso quando o país está num caos?


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Quanto aos cogumelos e se tivesse sido o caso, só tenho a dizer, não seria por desconhecimento nem incúria, seria por necessidade, pelo que se vê, esta gente como não tinha posses para comprar carne ou peixe e como tantos outros no interior deste Portugal real, usaria dos recursos que tivesse mais à mão, uma questão de sobrevivência, que infelizmente os poderia ter levado à morte, a uma morte anunciada e na minha óptica programada pelo sistema, de uma forma ou de outra a morte estaria anunciada...
Morre-se impunemente, vive-se em condições infra-humanas, vive-se na mais completa miséria, material e intelectual, vivemos uma sociedade na qual seguramente mais de metade passa dificuldades de uma qualquer ordem, uma sociedade deprimida, uma sociedade triste, uma sociedade sem esperança, uma sociedade resignada à sua condição, uma sociedade que perdeu a voz, perdeu a força para lutar pelos seus interesses, de lutar pelos seus ideais, de lutar pelos seus direitos, e porquê tudo isto?
Não será difícil chegar a uma conclusão, depois de muitas décadas a viverem uma mentira, depois de décadas em que alinharam numa farsa, em que acreditaram em políticos, acreditaram em elites, acreditaram em suma num pseudo-escol, uma elite despida de valores, uma sociedade sem verdadeiros marcos culturais, sem verdadeiras figuras, sem verdadeiras referências, sem exemplos como tivemos no passado, sem verdadeiros pensadores, sem verdadeiros intelectuais e sem verdadeiros governantes, sem verdadeiros políticos e pior sem um verdadeiro ou verdadeiros estadistas, a verdade é que deixámos de ter um homem do leme, perdemos o rumo, perdemos a nossa espiritualidade, perdemos o espírito de nação, clã ou família, na realidade fomos vítimas de um processo apadrinhado por gente que aos nos destruir e ao nos manipular aufere ganhos astronómicos, há alguém que se alimenta da miséria alheia, ou seja somos hoje um produto de um plano diabólico de domínio a nível global, esse alguém é quem está por trás das modernas elites ou políticos.
Fomos relegados ao papel de meros servidores e fonte de impostos, perdemos todos os direitos e o Estado furta-se ao seu papel de zelador e protector desta nação, o Estado deixou de ser um servidor da nação e passou a ser um parasita da nação, somos hoje meros servidores de um Estado que se furta às suas responsabilidades, mais um lamentável evento sucedeu em Borba, a estrada que desabou levando consigo ainda um número indefinido de seres humanos, e porque sucedeu esta tragédia?
Muito fácil, incúria, desleixo ou avareza por parte de autarcas, governo central, empresários e organizações que por norma deveriam ter detectado e resolvido a situação!!!

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Fomos transformados em meros objectos, sustentáculos de uma verdadeira oligarquia, sustentáculos de um sistema brutal e desumano no qual não passamos de meros dados estatísticos, aos poucos foram-nos despindo de valores, foram-nos retirando a humanidade, foram-nos retirando a identidade, foram-nos tornando em meros consumistas, fizeram de nós uma sociedade de invejosos, vaidosos, gananciosos, na verdade fomos abestalhados pelo sistema.
Não será muito difícil entender o quanto estamos a regredir, basta olhar para os falsos defensores dos animais, quem é essa gente que ignora o ser humano que vive na mais perfeita miséria, na rua ou num cubículo sem condições mas que se preocupa com o animalzinho, que se preocupa e promove os direitos dos animais, alguns desses direitos, perfeitas anedotas, perfeitas aberrações, muitos desses direitos são perfeitas aberrações e até perigo para a saúde pública, enfim maluqueiras de gente desocupada, maluqueiras de gente paga para destruir a sociedade e a família!!!
Vivemos uma sociedade hipócrita uma sociedade do espectáculo, uma sociedade na qual qualquer reles evento tem direito a abrir um telejornal ou aparecer em parangonas na capa de um reles jornal, quero com isto dizer que hoje estamos reféns de meras movimentações populistas que apenas servem para entreter os mais desconhecedores do mundo que nos rodeia, dos mais ignorantes ou mesmo daqueles que o sistema pelo tempo tratou de imbecilizar afim de não terem nem vida, nem voz, nem capacidade de raciocinar, lamentável, mas só posso constatar este facto, pura realidade, uma sociedade de alucinados para os quais vale mais o modo de vida de um animal do que a vida de um ser humano, inversão de valores, talvez, atraso civilizacional talvez, mas sem dúvida imbecilidade!!!
Desde quando a vida de um animal é mais importante do que a vida humana, somos o quê afinal?
Temos hoje a defesa dos direitos dos animais, uma valente hipocrisia, então como podem ser esses imbecis os protectores dos direitos dos animais e ao mesmo tempo os promotores do aborto e da aberração que é a zoofilia, mas que merda de sociedade pretendemos como futuro, uma sociedade funcional e humana, ou uma sociedade de anormalidades, uma sociedade de alienados, aberrações, ou na minha óptica, uma sociedade a caminho da extinção, enfim, uma não-sociedade mas um mundo decadente sem valores e sem humanidade.

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Haja bom senso, haja inteligência, haja uma atitude e raciocínio lógico, está na hora de separar o trigo do joio, é hora de fazer opções, fazer as opções correctas, há que mudar de paradigma e banir de vez desta sociedade todos os elementos tóxicos, eliminar todos aqueles que se têm dedicado a destruir o esforço e evolução que tivemos nos últimos milénios, é hora de acção, é hora de mostrar que ainda temos força e vontade, é hora de mostrar que não temos medo, é hora de dizer que somos ainda uma nação com os seus usos, costumes e valores, tudo o resto é escória, tudo o resto é lixo-tóxico, tudo o resto terá que ser banido, é hora de arregaçar as mangas e dizer, agora somos nós, nós queremos, nós estamos aqui e quem manda somos nós, nós temos vontade, nós temos inteligência, nós temos os nossos direitos, nós temos um passado e sabemos aquilo que pretendemos como futuro, está na nossa mão, vamos à luta.
Está na hora do ajuste de contas, está na hora de rolar cabeças, está na hora de irmos a jogo, somos portugueses, nós somos os verdadeiros os que ainda têm sangue, raça e alma.
Morte aos traidores.
Volto a dizer, os verdadeiros refugiados somos nós...
Portugueses, acordem, hoje foram eles, amanhã poderemos ser nós!!!
Descansem em paz, nada mais há a dizer neste momento de consternação, indignação e revolta...
Alexandre Sarmento

sábado, 17 de novembro de 2018

Povo castrado e resignado!!!


Só para dizer duas coisas, tirar o chapéu ao povo francês e mais uma vez tentar abrir os olhos deste povo acarneirado!

Manifestações de "coletes amarelos" mobilizaram 244 mil pessoas em França

Será que este povinho ainda não pensou duas vezes sobre o verdadeiro estado do país e da nação, será que este povinho merdificado ainda não deu conta que pouco ou nada falta para que lhe tirem até as cuecas, um país no qual milhões auferem um salário de menos de 700 euros, pagam o combustível, os bens de primeira necessidade, a electricidade, a água e os automóveis mais caros da Europa, temos também a maior carga fiscal da Europa e ninguém reclama, ninguém toma uma atitude, ninguém sai à rua, ninguém protesta?
Olhem para os franceses, ponham os olhos nos franceses, num país em que a média de salários é o dobro da que temos em Portugal, quando se sentem prejudicados unem esforços, juntam-se e tomam atitudes enérgicas, por norma param mesmo o país, porque será, será o povo francês diferente do português ou será apenas por terem ainda espírito de nação e por isso mesmo sejam mais lestos a fazer valer os seus direitos?
Eu poderia dizer algo acerca das diferenças, começando pela atitude, sim atitude, esse é o grande problema do português, por norma o "baldas", o "deixa andar", ignorante, invejoso, individualista e vaidoso!!! Pois, se hoje ainda tenho o automóvel à porta, mesmo que parado, se hoje tenho futebol que me sirva de tema de conversa e de orgulho, se ainda posso ter um telemóvel de última geração e ainda consigo mesmo que mal ter algo para por em cima da mesa na hora da refeição, para quê então estar a preocupar-me com o roubo que me fazem diariamente, para quê preocupar-me ou sequer maçar a cabeça com problemas menores!!!
A verdade é que adoramos nivelar por baixo, adoramos a condição de coitadinhos, parámos no tempo, deixámo-nos manipular por discursos populistas e demagógicos, enfim, adoramos ser manipulados e pior alinhámos num sistema político que desconhecemos em absoluto, um sistema em que alguns que, mesmo pouco inteligentes ainda conseguem dar a volta ao típico chico-esperto tuga, o exímio expert na arte da canelada, o verdadeiro treinador de bancada, o analfabeto funcional e o ignorante diplomado, que esperar então de uma miríade de alienados que povoam este rectângulo à beira-mar plantado?
Sinceramente nada!
Só somos na realidade portugueses quando se trata de futebol, aí juntam-se aos milhares, muitas vezes milhões, porque não fazer o mesmo quando se trata de assuntos que urge solucionar, urge reflectir para que não fique comprometido o nosso futuro, o futuro das gerações vindouras!!!
Quem não vai à luta já perdeu a batalha sem que sequer tenha entrado em contenda!
Na verdade este povo perdeu a vontade, perdeu a identidade, deixou de sonhar, deixou-se merdificar pelo cheiro de uma pseudo-democracia que no final demonstra ser uma verdadeira ditadura encapuzada, uma cleptocracia, uma ineptocracia, em suma um regime no qual uma elite de políticos, maçons e um punhado de mafiosos vivem de parasitismo de uma inteira nação, até quando o iremos permitir, até quando vamos permitir esta escravatura voluntária, até quando permitiremos ser meros dados estatísticos, no fundo números que suportam os milionários que se banqueteiam com este regime???

Está na altura de reagir, dizem termos tido uma revolução, eu digo está na hora de fazer a contra-revolução, exigir que nos tratem com o respeito e a dignidade que merecemos...
Sigamos os exemplos que nos chegam de fora, será tão difícil assim???

Alexandre Sarmento

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

"O país está velho, está pobre e em muitas circunstâncias entregue a si próprio".

Peguei nestas palavras proferidas há pouco mais de um ano pelo anterior Ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes.

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"O país está velho, está pobre e em muitas circunstâncias entregue a si próprio".
Mas que grande imbecil, afinal quem é que pôs este país nestas condições?
Quem votou o interior do país ao abandono?
Quem promoveu a depauperização sistemática dos habitantes do Portugal profundo?
Mas afinal que merda de governante é este que ignora os males que o sistema a que pertence promove?
Isto é o culminar de 44 anos de verdadeira bandalheira, verdadeira farsa, verdadeira traição a um povo trabalhador, a um povo de gente verdadeira e de boa índole, bom coração, um povo crente nos seus iguais!
Fomos enganados, afinal somos tratados como merda, somos descartáveis, somos roubados, sugam-nos o sangue, comem-nos a carne e roem-nos os ossos e ainda lavam daí as suas mãos.
Não temos governantes, temos criminosos à frente desta nação, deste país, infelizmente a culpa morre solteira, que dizer quando morrem centenas de pessoas em incêndios florestais, pontes que caem, árvores que caem sem que alguém assuma responsabilidades ninguém é responsabilizado, para que precisamos então das instituições em que derreteram milhares de milhões de euros que em minha opinião nos foram sacados através de impostos, que nos são impostos por impostores e criminosos que apenas se servem de nós para alimentar os seus interesses pessoais, as corporações que os corrompem e as associações criminosas maçónicas a que pertencem...
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Apetece-me dizer algo, mostrar a minha indignação, sou português de verdade, nunca me calarão, recuso-me a ser mais um cego, surdo e mudo, é hora de denunciar estes criminosos, assassinos mafiosos, gente sem alma, coração, sem humanidade, forca com esta cambada, acabe-se com a farsa, devolvam-nos a soberania, entreguem o leme da nação a verdadeiros portugueses e não a corruptos vendidos aos grandes grupos internacionais.
Estamos efectivamente entregues a nós próprios, em especial os que habitam o interior do país, o Portugal profundo, aqueles que estão afastados dos "luxos" que os habitantes dos grandes centros usufruem, na verdade somos apenas pagadores de impostos, pagamos os "luxos" aos quais não temos acesso, senão vejamos, acesso à cultura, teatro, cinema, ou outros, transportes públicos, nem o cheiro, desde o simples autocarro, ao metro, comboio ou barco, muitos de nós nem sequer verdadeiras estradas têm, estamos arredados de tudo! Os nossos idosos depositados em aldeias moribundas e desertas, cuidados de saúde nem vê-los, quando os há tardam e são incompletos, abandonados pelo sistema e abandonados pela família que em muitos casos teve que rumar a outras paragens em busca de melhores condições de vida!!!
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Natalidade neste país, como assim, se em vez de se viver neste país, apenas se sobrevive e muitas vezes sabe-se lá em que condições, sem rendimentos, sem condições e sem apoios de um Estado dito social, mas que de social apenas tem o nome ou talvez o seja e de forma injusta apoiando apenas os que não merecem os apoios, desde as ditas minorias éticas, ou seja ciganos, seja os subsidio-dependentes, preguiçosos e parasitas do sistema, gente que em nada contribui positivamente para o bem estar social, muitos deles são mesmo criminosos incorrigíveis protegidos pelo regime.
Fala o nosso falso Primeiro Ministro na entrada de "migrantes" para colmatar a baixa natalidade e falta de mão de obra em alguns sectores, pergunto eu ao "iluminado" António Costa se já pensou em criar condições de vida condignas aos portugueses e em especial aos jovens, criando condições que promovam a fixação dos mesmos em território nacional?
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Todos somos portugueses, não há portugueses de primeira, de segunda ou terceira, ou pelo menos assim não deveria acontecer, ouvi há umas décadas umas palavras, igualdade, fraternidade e liberdade, mas hoje cheguei à triste conclusão que não passou de um pregão enganador, pura demagogia, uma farsa, tivemos tudo isso sim, no passado, num regime que diziam de ditadura, hoje temos o quê senão uma democracia falsa, ou para ser absolutamente fiel a mim próprio, temos hoje um perfeito regime totalitário, um verdadeiro comunismo no qual este povo é refém da máquina do Estado, Estado que tudo detém e em que pagamos uma renda daquilo que julgamos ser nosso, uma farsa portanto, a farsa da ditadura maçónico-partidária!!!
Basta de hipocrisia, basta de mentira!
Estamos mesmo entregues a nós próprios, essa é a verdade, urge uma verdadeira mudança.
Alexandre Sarmento

domingo, 11 de novembro de 2018

Nacionalismo, sangue, tradição, alma e raça...


O que é ser nacionalista?
Para falar do que é ser nacionalista, é necessário definir o que é nacionalismo. E, antes disso, é preciso definir o conceito de nação.
Nações são grupos humanos culturalmente homogéneos, maiores do que uma tribo ou uma comunidade, que dividem as mesmas línguas, instituições, religiões e experiências históricas, ou seja, nação é um grupo de indivíduos que se sentem unidos pela origem comum, pelos interesses comuns e, principalmente, por ideais e aspirações comuns.
Nação é uma entidade moral no sentido rigoroso da palavra. Nação é muita coisa mais do que povo, é uma comunidade de consciência e identidade unidas por um sentimento complexo, indefinível e extremamente poderoso: o patriotismo.
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"A Raça portuguesa, antes de ser uma Pátria e mesmo nos primeiros tempos da sua independência, vivia como que latente e diluída nos outros povos da Ibéria. Mas o esboço primitivo definiu-se e a nítida figura apareceu. A Língua e os sentimentos por ela traduzidos cristalizaram, destacando-se, em alto-relevo, da confusão originária.
E Portugal é uma Raça constituindo uma Pátria, porque, adquirindo uma Língua própria, uma História, uma Arte, uma Literatura, também adquiriu a sua independência política."

Teixeira de Pascoaes
A nação é, portanto, algo abstracto, mas isso não faz dela algo irreal, ilusório. A nação é a alma colectiva de um povo, uma identidade construída ao longo de séculos de experiências históricas, de conflitos, de vitórias, de derrotas e de reviravoltas ou seja, a nação,tal como o indivíduo, é o resultado de um longo processo de esforços, de sacrifícios e de devotamentos, a nação é formada pelos antepassados e pelas gerações futuras. O sentimento patriótico é o que dá melhor forma à nação, que lhe dá os contrastes mais discerníveis. Nação e pátria são, pois, conceitos com uma relação muito intensa.
O nacionalismo é o sentimento de exaltação da nação. Ressalvo aqui que nação nada tem a ver com Estado, portanto, essa exaltação à nação refere-se ao povo, à população; os interesses nacionais defendidos nesse processo são, pois, interesses da colectividade nacional, e dão das estruturas oficiais (ou oficiosas) de poder.
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«O bom português deve cultivar em si o patriota, que abrange o indivíduo, o pai e o munícipe e os excede, criando um novo ser espiritual mais complexo, caracterizado por uma profunda lembrança étnica e histórica e um profundo desejo concordante, que é a repercussão sublimada no Futuro da voz secular daquela herança ou lembrança...
É já grande o homem que subordina à Pátria, sem os destruir, os seus interesses individuais, familiares e municipais.
Por isso, o viver como patriota não é fácil, principalmente num meio em que as almas, incolores, duvidosas da sua existência, materializadas, não atingem a vida da Pátria, rastejando cá em baixo, entretido em mesquinhas questões individuais e partidárias. Mas para Portugal continuar a ser, precisamos de elevar até ele a nossa pessoa e conhecê-lo na sua lembrança e na sua esperança, na sua alma, enfim.
Não podemos amar o que ignoramos.
Impõe-se, portanto, o conhecimento da alma pátria, nos seus caracteres essenciais. Por ela, devemos moldar a nossa própria, dando-lhe actividade moral e força representativa, o que será de grande alcançe para a obra que empreenderemos, como patriotas, no campo social e político.
O político estranho à sua Raça não saberá orientar nem satisfazer as aspirações nacionais. É preciso que ele encarne o sonho popular e lhe dê concreta realidade. Do contrário, fará obra artificial, transitória e nociva, por contrariar e mesmo comprometer o destino superior de uma Pátria.
Sim: o bom português necessita de conhecer e comungar a alma pátria, a fim de se guiar por ela, no seu labor. Depois legislará, reformará ou criará literária e artisticamente uma obra duradoura e útil.»


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Teixeira de Pascoaes
As raízes do nacionalismo encontram-se firmemente enterradas na antiguidade oriental: mesopotâmicos, persas e egípcios apresentavam, nas suas culturas, traços nacionalistas primitivos. O nacionalismo como o conhecemos surgiu na Idade Moderna e foi demonstrado de modo bastante claro em movimentos como a Revolução Francesa, a Guerra da Independência dos EUA e as reunificações alemã e italiana. Durante o período da Segunda Guerra, foi reiteradamente usado de maneira deturpada como bandeira pelos ideais totalitários, nomeadamente o nacional-socialismo e o fascismo, bem como as doutrinas políticas neles inspiradas. Ainda hoje, o nacionalismo é visto como uma característica específica de movimentos neo-nazis, fascistas e análogos, o que gera algumas contradições e confusões
Tendo exposto tudo isso, posso chegar ao cerne do texto: o que é ser nacionalista? Respondo: é, primordialmente, cultivar o sentimento do nacionalismo. Ser nacionalista é amar a pátria e a nação; é conhecer e respeitar os símbolos nacionais; procurar conhecer cada vez mais a trajectória da nação ao longo dos anos; e é, principalmente, defender os interesses nacionais não somente com palavras, mas com atitudes.
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"Se não existisse uma alma portuguesa, teríamos de evolucionar conforme as almas estranhas, teríamos de nos fundir nessa massa amorfa da Europa; mas a alma portuguesa existe, vem desde a origem da Nacionalidade; de mais longe ainda, da confusão de povos heterogéneos que, em tempos remotos, disputaram a posse da Ibéria. Houve um momento em que, no meio dessa confusão rumorosa e guerreira, se destacou uma voz proclamando um Povo, gritando a Alma duma Raça: foi a voz de Viriato; foi o Verbo criador que encarnou em Afonso Henriques e se tornou Acção e Vitória. Depois fez-se Verbo novamente, exaltou-se num sonho de imortalidade, e foi o Canto eterno d'Os Lusíadas! Depois, cansado das longas terras, dos longos mares, como que adormeceu num sono de tristeza, de olhos postos no Passado (...).
E por isto tudo, Portugal não morrerá; nem uma Pátria morre, no instante em que encontra o seu espírito. Portugal não morrerá, e criará a sua nova Civilização, porque vê que a sua alma é inconfundível, que encerra em si um novo sentido da Vida, um novo Canto, um novo Verbo, e, portanto, uma nova Acção."

Teixeira de Pascoaes
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O verdadeiro sentimento nacionalista não se constrói nem se alimenta de injustiças, xenofobia, racismo, supremacismos e outros venenos dessa categoria apenas destroem a nação e contribuem para fomentar a diferença de maneira prejudicial e desviam perigosamente o foco de toda a questão, o verdadeiro nacionalismo deve promover o desenvolvimento da nação com bom senso, sem excessos nem precipitações.
Portugal precisa de gente que arregace as mangas, que lute por ele e que o construa forte, firme e digno.

Alexandre Sarmento

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

As touradas da hipocrisia!!!

As touradas que andam a fazer comichão aos marxistas que aos poucos vão assumindo o controle total do país e até das nossas vidas, gostos e pensamento!!!
Falando de ditaduras...pensem um pouco, abram os olhos!!!
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Estamos a ser atacados pela cambada marxista, os homossexuais, os que apoiam e promovem ideologias genocidas e adoram os líderes que levaram à morte de centenas de milhões de seres humanos, mas afinal que merda é esta?
Terei eu que aturar a aberração que são a comunidade LGBT, as minorias étnicas e outras merdas?
Terei eu que suportar através dos meus impostos estas aberrações?
Vem esta cambada defeituosa de esquerda, esta cambada de empenados mentais falar nas despesas de algumas autarquias com o "negócio" das touradas, mas pergunto eu, por alma de quem terei eu que suportar o "negócio" LGBT, ciganada, preguiçosos e outras aberrações, sabendo que se gastam do erário público dezenas ou mesmo centenas de milhões de euros promovendo verdadeiros atentados contra a dignidade humana, promovendo comportamentos desviantes, promovendo aberrações, promovendo os defeitos e defeituosos da sociedade!!!
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Portanto à cambada esquerdelha e outros, tenham juízo, respeitem a tradição, respeitem as liberdades de cada qual, ou, em última análise, dentro em pouco quem vai levar com as farpas nos costados somos nós mesmos!!!
Se eu respeito os gostos e desvios alheios, o mínimo que poderei aceitar, é mesmo um pouco de respeito pelos meus valores e pelas minhas liberdades.
Hipocrisia combate-se com argumentos, hipocrisia combate-se com bom senso, hipocrisia combate-se com inteligência, portanto senhores esquerdopatas e afins, ou há moralidade, ou comem todos!!!
Uma nação, sobretudo quando bem antiga, não é o dia que vive: é o conjunto dos séculos passados, e a preparação constante para os séculos que hão-de vir. No decurso do seu itinerário, uma nação vai acumulando sabedoria, experiência colectiva, instintos quase secretos que se transmitem de geração em geração...
Tenho dito!
A bem da nação.
Alexandre Sarmento

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Crimes da Primeira República!!!

Um crime contra a nação portuguesa, o envio de mais de 100 mil homens sem preparação, sem roupa e calçado adequados, sem treino e muitos deles sem estarem devidamente armados, poderemos apelidar isto de Crime de Traição, Crime de Lesa-Pátria, ou para mim como denominação mais correcta, Crime contra a Humanidade.
Foi isto que na passada semana festejaram com toda a pompa e circunstância os vampiros, carniceiros e verdugos que nos governam, ou para falar verdade, que nos desgovernam!!!
No mínimo deveriam ter pedido desculpa à nação portuguesa pelo assassinato de certamente 30 a 40 mil portugueses, não lhes chamo soldados pois não eram sequer militares, eram homens e rapazes, eram chefes de família, era uma grande fatia da nossa força de trabalho, eram chefes de família, eram agricultores e trabalhadores das parcas industrias na época.
Vergonhoso, o vergar a um sistema, vergar ao politicamente correcto, vergar às directivas da cambada maçónica-sionista, ou seja, um país miserável, um país com carências a todos os níveis ter um ajuntamento de militares ou forças militarizadas desta envergadura apenas por vaidade, seguidismo ou subserviencia daqueles que nos deveriam governar!
Quanto se gastou neste evento, que se poderia ter feito de positivo para a comunidade com o dinheiro desperdiçado neste evento, ou mero acto de propaganda do regime?
A verdade é que andamos anestesiados, andamos drogados pela demagogia, pela novela em torno de temas que nem sequer nos dizem respeito, andamos a viver os problemas da casa do vizinho sem olharmos para a nossa, essa é a verdade, está na hora de acordar.
Honra seja feita aos que inglóriamente morreram neste conflito, Deus os guarde em bom lugar.



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«Verdun foi a mais desumana das batalhas, um açougue de homens. Nunca uma confrontação tinha sido prosseguida com tal encarniçamento e durante tanto tempo (300 dias e 300 noites) num espaço tão reduzido (20 quilómetros de largura por 8 de fundo). Do lado francês, as perdas foram de 162 000 mortos e 218 000 feridos. Do lado alemão, 143 000 mortos e 190 000 feridos. Foi uma batalha desigual, travada contra homens por um dilúvio de metal e explosivos. O consumo de obuses foi de tal ordem quer a indústria não conseguia acompanhá-lo, o que explica as pausas que houve na batalha. E, contudo, nunca o papel dos combatentes foi tão grande. Enquanto centenas de milhares de soldados e milhões de obuses eram lançados na refrega, a decisão dependeu em muitas ocasiões de algumas dezenas de homens. Sobre um terreno dantesco onde regimentos inteiros tinham sido pulverizados por bombardeamentos gigantes, o último recontro foi, com frequência, obra de alguns sobreviventes, de um lado e do outro, pequenos grupos de espectros raivosos, comandados por um sargento ou um tenente. E foram esses que ganharam. Enfiados nas suas crateras de obus, sem ligações, sem esperança, continuaram a bater-se com armas tão primitivas como granadas, facas ou pistolas-metralhadoras, provando que nada está perdido enquanto não desfalece a alma que existe em cada soldado.»

Dominique Venner
in "O Século de 1914. Utopias, Guerras e Revoluções na Europa do Século XX", Civilização Editora (2009).

Alexandre Sarmento

domingo, 4 de novembro de 2018

Mentiras e Hipocrisias Republicanas!


Tivemos hoje mais uma demonstração da hipocrisia dos nossos governantes e chefias militares, uma demonstração de força, um dizer, estamos aqui e temos o poder, ou por outro lado o branquear de um suicídio colectivo que foi o envio das nossas tropas para a frente de combate na Primeira Guerra Mundial, segundo os registos mais de cem mil homens, sem preparação, sem roupa e calçado adequados perfeitamente ignorantes em relação ao cenário em que iriam combater, eram sobretudo homens de meios rurais, sem instrução, muitos deles chefes de família! Dizem os registos, e mais uma vez um perfeito embuste, tivemos entre os nossos soldados cerca de 7500 mortos em combate, mais uma vez números não condizentes com os relatos e a carnificina desse evento, sabendo nós que só em La Lys e segundo os relatos morreram mais de sete mil baixas em combate, fica-nos a questão, quantos morreram devido a ferimentos e doenças apanhadas no campo de combate ou mesmo devido a condições atmosféricas e falta de higiene, estima-se em dezenas de milhar as vítimas de enfermidades decorrentes dessas adversidades.
No fundo o que pretendo transmitir é muito simples, muito se fala e falou sobre os soldados mortos na Guerra Colonial, muito se criticou a mesma, mas a verdade é que apenas defendemos os interesses da nação, a segurança das populações e a integridade territorial, enquanto e volto a questionar, fomos fazer o quê para a Flandres na Primeira Guerra Mundial, fomos defender o quê, interesses da nação, interesses de outrem ou apenas uma aventura republicana-maçónica sem objectivo concreto?
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Coisas do regime, há que manter a farsa, há que desviar atenções dos verdadeiros problemas e escândalos que diáriamente se vão passando neste país, nesta republica de bananas governada por sacanas!!!

Alexandre Sarmento

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

As Contradições de uma dita Historiadora!!!

“Em Peniche não há tortura, porque não há interrogatórios”

Trechos de entrevista de Irene Flunser Pimentel ao jornal Correio da manhã, o azar é que ela mesma como comunista, anti-salazarista e anti Estado Novo, acaba por dar tiros nos próprios pés, desmontando as mentiras promovidas pela cambada comunista e por ela própria, as mentiras com as quais a cambada pró-revolução se beneficiou de alguma forma com o regime subsequente à mesma!!!

Como os presos chegam para cumprir pena, isso quer dizer que não há tortura em Peniche?
-Sim, a não ser que se considere tortura nos anos 50 e 60 as condições prisionais, que eram muito más. Em Peniche não há tortura, porque não há interrogatórios para extrair notas de culpa. Até 1971, esses interrogatórios eram feitos na sede da PIDE-DGS, no terceiro andar na Rua António Maria Cardoso. Até fechar o Aljube, o que aconteceu em 1965, também podiam ser feitos aí. Já depois de 1971, os interrogatórios eram feitos no Reduto Sul de Caxias. É claro que é por isso que também considero Caxias tão simbólica como Peniche. Mas Caxias continua a ser actualmente uma prisão.(Público, 28 de Abril 2018)

(repare-se nesta contradição)

Quais foram os aspectos que a surpreenderam mais?


- A questão das mulheres. Eu pensava que a proporção de mulheres torturadas tinha sido sempre igual. Mas nos anos 60 é que as mulheres começam a ser torturadas tal como os homens. As mulheres começaram a ser encaradas como pessoas, como rebeldes, e já não como mulheres de rebeldes.(Correio da Manhã, 11 de Novembro 2007)

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Há presos políticos que morrem em Peniche?

-Depois de 1945, que foi o que estudei, entre os 14 mortos conhecidos às mãos da PIDE, em Peniche não conheço nenhum. Quando estavam com problemas de saúde, o regime tinha muito cuidado para não poder ser acusado de matar presos políticos na chamada metrópole.(Público, 28 de Abril 2018)
O que é que significa Peniche entre as prisões do Estado Novo?

Quando falamos em prisões políticas, há os presos preventivos, aqueles que eram detidos para apanharem um susto, mas que nem sequer iam a tribunal, e os presos que se queria neutralizar. O preso que se queria neutralizar era condenado a prisão maior pelo Tribunal Plenário ­– com penas que iam de um mínimo de dois anos até aos 20 anos (não era frequente mais do quatro ou cinco anos) – e esse ia geralmente para Peniche.
Ao mesmo tempo que era condenado a prisão maior, o Tribunal Plenário aplicava-lhe igualmente uma medida de segurança. Depois de cumprida a pena sentenciada pelo Tribunal Plenário, um pide ia a Peniche ver se devia ser cumprida a medida de segurança. Perguntava ao preso o que é que ele ia fazer no caso de ser libertado. Ele dizia que ia tratar da família, não ia dizer obviamente que ia fazer trabalho político, e o pide decidia se estava “regenerado” ou não. Se não acreditasse nele, se achasse que ele ia ser novamente dirigente clandestino do Partido Comunista Português [PCP], por exemplo, ficava mais um tempo preso, aquele que tinha sido definido pela medida de segurança (num prazo de três a seis meses, prorrogável até três anos). Para o preso político era muito pesado, porque nunca sabia quando ia ser libertado.
Quando era aplicada a medida de segurança, devia ser transferido para as prisões privativas da PIDE-DGS, que pertenciam ao Ministério do Interior, como o Aljube ou Caxias, e não ao Ministério da Justiça, como Peniche. Mas para não terem trabalho ficava mesmo em Peniche, o que era contra a legalidade do Estado Novo.
Só eram transferidos de Peniche para Caxias para serem separados uns dos outros, sobretudo quando se temia que se organizassem dentro da prisão. Os presos estavam normalmente organizados na cadeia, dependendo do partido onde estavam. A organização prisional mais longa pertenceu ao PCP. Ia desde ensinar matemática ou línguas, passando por alfabetizar quem não soubesse ler e escrever, até à discussão política e partidária. Isto desde que essa pessoa continuasse no PCP e não tivesse “falado” na cadeia.


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- Pode caracterizar-se o agente da PIDE? Há um perfil típico? 

- Há dois tipos diferentes. Os que dirigiam a instituição, que normalmente eram militares e alguns deles com curso superior. O grosso dos inspectores vinha do campo, do Norte e Centro do País, e com pouca instrução. Era obrigatório ter a quarta classe e muitos só tinham isso. Mas iam fazendo a tarimba e muitos passaram a inspectores. - Os promovidos tinham começado por ser informadores? - Houve alguns casos, embora poucos. Os informadores eram uma classe à parte. Não estavam dentro da instituição. Muitos eram exclusivos, cada investigador ou chefe de brigada tinha os seus, mas nunca pertenceram à polícia. - É curioso haver quem almejasse um lugar de informador… - Foi uma das coisas que me espantaram. É impressionante a quantidade de candidatos a informadores, desde jovens operários a padres de 70 anos. Encontrei as cartas nos arquivos do Ministério do Interior, que tutelava a PIDE: “Quero ser informador, tenho imenso jeito para isto, gostaria de pertencer à polícia…” Curiosamente, de um modo geral, a PIDE não os aceitava. 

Houve pessoas que foram obrigadas a ‘bufar’? 

- Não, à parte alguns casos de chantagem, as pessoas eram informadoras porque queriam e eram pagas. - E passavam recibo? - Sim, ia directamente para “Serviços de assistência à polícia”. Dentro da PIDE, o orçamento, que era legal, contemplava uma parte chamada ‘Serviços reservados’. Não se dizia o que era.

E passavam recibo? 

- Sim, ia directamente para “Serviços de assistência à polícia”. Dentro da PIDE, o orçamento, que era legal, contemplava uma parte chamada ‘Serviços reservados’. Não se dizia o que era. - O tipo de tortura que descreve – a estátua e a tortura do sono – foi específico da nossa ditadura e da PIDE? - É utilizado ainda hoje. Apanhei um manual da CIA dos anos 60 em que a descrição do interrogatório forçado – nunca diziam ‘tortura’ – é muito relacionada com o tipo de tortura da PIDE. Começaram a utilizá-la no final da II Guerra Mundial e depois foram aprendendo com outras polícias. A pouco e pouco abandonaram o espancamento e a estátua, porque provocavam desistência enquanto a tortura do sono não. Hoje sabe-se que retira a vontade, deprime e a pessoa fica com alucinações. Nesse aspecto a tortura foi muito eficaz. - Estudou o regime nazi. A Gestapo utilizava este tipo de tortura? - Não, porque a Gestapo precisava de saber as coisas com muito mais rapidez. A tortura do sono é eficaz no tempo. As pessoas fraquejavam ao fim de vários dias. A PIDE usou também algo que normalmente não é considerado tortura: o isolamento. Imagine uma pessoa numa cela durante seis meses sem poder fazer nada, sempre à espera que abrissem a porta para ser interrogada. A escolha do tipo de tortura foi muito inspirada nas polícias da NATO, porque a PIDE era uma polícia internacional. Os americanos estudaram o efeito psicológico das diferentes práticas. Aqui fazia-se de uma forma pragmática. 

Algumas pessoas acabavam por falar mesmo, não? 


- A maior parte acabava por falar, era excepcional não falar. Foi uma das conclusões a que cheguei ao ler os arquivos da PIDE, embora tivesse tido imenso cuidado ao elaborar o livro para que não se distinguisse quem tinha falado. Aquilo era mesmo eficaz. Mas há uma grande diferença entre o traidor, o que se passa para o outro lado, e a pessoa que quebra perante aquela violência. 

sofia(!!!) on Twitter: "Os avós dos jovens que andam aí a dizer que Salazar  era o maior eram informantes da PIDE for sure"

Os presos iam a julgamento? 

- Muitos não. Ficavam seis meses em prisão preventiva para se demoverem da política. Quanto aos mais activos, o objectivo era neutralizá-los para sempre, ou seja, mantê-los presos. E havia um grande cinismo: as penas nunca eram muito grandes – até cinco anos – mas depois havia a ‘medida de segurança’, uma arma incrível. Se considerassem que o indivíduo não tinha ficado ‘regenerado’, a ‘medida de segurança’ ia de seis meses a três anos. Uma pessoa condenada a cinco anos ficou 15. Isto era baseado numa lei do séc. XIX que determinava que um indivíduo considerado perigoso podia ficar internado às ordens do Estado. O regime transportou essa lei para os presos políticos mas o internamento passou a ser prisional. 

E se as pessoas morressem? Não era o que se pretendia, pois não? 

- Uma das minhas conclusões, que causou polémica, é essa: a PIDE não estava muito interessada em matar. Precisava das pessoas para chegar a outras. E tinha a ‘medida de segurança’ para as manter eternamente presas. Mas com tanta violência, de vez em quando acontecia. Também houve assassínios na rua. Mas não são ‘massivos’. 

Quantas mortes houve? 

- Não tinha feito as contas mas tive de as fazer agora: directamente provocadas pela PIDE, são 15 de 1945 a 74 – não dá uma por ano. Mas uma polícia brutal que utiliza armas... é evidente que, volta e meia… é o caso do Dias Coelho, do Humberto Delgado, do Alfredo Dinis. As mortes na cadeia eram consideradas como suicídio. Houve tentativas de suicídio reais mas também são atribuíveis à PIDE – as pessoas estavam desesperadas. Outros “caíram da janela” e suspeito que foram empurrados. 

E a Catarina Eufémia? 

- Foi morta pela GNR. Não havia só a PIDE, havia outras polícias. Houve muitas outras pessoas que foram mortas, sobretudo no campo, em greves. Mas pela GNR ou pela PSP. 

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A tortura provinha de ordens superiores ou era da iniciativa dos próprios agentes? 

- A PIDE era a estrutura do regime que se ocupava do trabalho sujo. Nunca foi um Estado dentro do Estado. De alto a baixo do regime sabia-se o que eles faziam. Salazar sabia. Agora parece que andam a dizer que o grande problema de Salazar era que tinha pessoas à sua volta que não eram grande coisa porque ele era uma pessoa extraordinária e que não sabia o que era a PIDE – a afilhada dele disse isso. Não é verdade. - Parece haver alguma contradição: por um lado, escondia-se a tortura, mas ao mesmo tempo... - É interessante: eu, da minha memória, achava que era escondida e que nós sabíamos porque os camaradas contavam. Não achei um papel no arquivo que falasse directamente de tortura. Encontrei dois que a referem indirectamente: um é uma espécie de escala de quatro em quatro horas. Outro refere “este homem não dorme”. Mas só isto. Ao mesmo tempo eles faziam com que se soubesse o quão eficazes eram, que estavam sempre a prender pessoas. E faziam constar à boca-pequena que havia tortura para criar medo. - A PIDE não pretendia prender todos. Devia ser conveniente manter algumas pessoas soltas... - Sim, e chegaram a ajudar inadvertidamente pessoas a fugir da cadeia. Palma Inácio, em 69, estava em Caxias e a própria PIDE forneceu-lhe serras porque queria defender um informador que estava junto da LUAR. Disseram: “O informador já forneceu as serras, façam-lhe uma revista para as apanhar. Mas não conseguiram apanhá-las. Mais tarde ele contou que as pôs dentro de umas latas de goiabada. Quando ele foi para o Porto para ser julgado, conseguiu fugir com as tais serras. Eles ficaram tão furiosos por terem ajudado à fuga que fizeram constar que eles é que o deixaram sair. Também fizeram constar que aqueles dez que fugiram de Peniche foram eles que os libertaram.

A historiadora optou por não fazer história oral para “não ser acusada de só ouvir um dos lados”. Mesmo os ex-pides que escreveram as suas memórias admitiram raramente a existência de tortura.

Alexandre Sarmento

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