O que é ser nacionalista?
Para falar do que é ser nacionalista, é necessário definir o que é nacionalismo. E, antes disso, é preciso definir o conceito de nação.
Nações são grupos humanos culturalmente homogéneos, maiores do que uma tribo ou uma comunidade, que dividem as mesmas línguas, instituições, religiões e experiências históricas, ou seja, nação é um grupo de indivíduos que se sentem unidos pela origem comum, pelos interesses comuns e, principalmente, por ideais e aspirações comuns.
Nação é uma entidade moral no sentido rigoroso da palavra. Nação é muita coisa mais do que povo, é uma comunidade de consciência e identidade unidas por um sentimento complexo, indefinível e extremamente poderoso: o patriotismo.
Nações são grupos humanos culturalmente homogéneos, maiores do que uma tribo ou uma comunidade, que dividem as mesmas línguas, instituições, religiões e experiências históricas, ou seja, nação é um grupo de indivíduos que se sentem unidos pela origem comum, pelos interesses comuns e, principalmente, por ideais e aspirações comuns.
Nação é uma entidade moral no sentido rigoroso da palavra. Nação é muita coisa mais do que povo, é uma comunidade de consciência e identidade unidas por um sentimento complexo, indefinível e extremamente poderoso: o patriotismo.
"A Raça portuguesa, antes de ser uma Pátria e mesmo nos primeiros tempos da sua independência, vivia como que latente e diluída nos outros povos da Ibéria. Mas o esboço primitivo definiu-se e a nítida figura apareceu. A Língua e os sentimentos por ela traduzidos cristalizaram, destacando-se, em alto-relevo, da confusão originária.
E Portugal é uma Raça constituindo uma Pátria, porque, adquirindo uma Língua própria, uma História, uma Arte, uma Literatura, também adquiriu a sua independência política."
Teixeira de Pascoaes
E Portugal é uma Raça constituindo uma Pátria, porque, adquirindo uma Língua própria, uma História, uma Arte, uma Literatura, também adquiriu a sua independência política."
Teixeira de Pascoaes
A nação é, portanto, algo abstracto, mas isso não faz dela algo irreal, ilusório. A nação é a alma colectiva de um povo, uma identidade construída ao longo de séculos de experiências históricas, de conflitos, de vitórias, de derrotas e de reviravoltas ou seja, a nação,tal como o indivíduo, é o resultado de um longo processo de esforços, de sacrifícios e de devotamentos, a nação é formada pelos antepassados e pelas gerações futuras. O sentimento patriótico é o que dá melhor forma à nação, que lhe dá os contrastes mais discerníveis. Nação e pátria são, pois, conceitos com uma relação muito intensa.
O nacionalismo é o sentimento de exaltação da nação. Ressalvo aqui que nação nada tem a ver com Estado, portanto, essa exaltação à nação refere-se ao povo, à população; os interesses nacionais defendidos nesse processo são, pois, interesses da colectividade nacional, e dão das estruturas oficiais (ou oficiosas) de poder.
O nacionalismo é o sentimento de exaltação da nação. Ressalvo aqui que nação nada tem a ver com Estado, portanto, essa exaltação à nação refere-se ao povo, à população; os interesses nacionais defendidos nesse processo são, pois, interesses da colectividade nacional, e dão das estruturas oficiais (ou oficiosas) de poder.
«O bom português deve cultivar em si o patriota, que abrange o indivíduo, o pai e o munícipe e os excede, criando um novo ser espiritual mais complexo, caracterizado por uma profunda lembrança étnica e histórica e um profundo desejo concordante, que é a repercussão sublimada no Futuro da voz secular daquela herança ou lembrança...
É já grande o homem que subordina à Pátria, sem os destruir, os seus interesses individuais, familiares e municipais.
Por isso, o viver como patriota não é fácil, principalmente num meio em que as almas, incolores, duvidosas da sua existência, materializadas, não atingem a vida da Pátria, rastejando cá em baixo, entretido em mesquinhas questões individuais e partidárias. Mas para Portugal continuar a ser, precisamos de elevar até ele a nossa pessoa e conhecê-lo na sua lembrança e na sua esperança, na sua alma, enfim.
Não podemos amar o que ignoramos.
Impõe-se, portanto, o conhecimento da alma pátria, nos seus caracteres essenciais. Por ela, devemos moldar a nossa própria, dando-lhe actividade moral e força representativa, o que será de grande alcançe para a obra que empreenderemos, como patriotas, no campo social e político.
O político estranho à sua Raça não saberá orientar nem satisfazer as aspirações nacionais. É preciso que ele encarne o sonho popular e lhe dê concreta realidade. Do contrário, fará obra artificial, transitória e nociva, por contrariar e mesmo comprometer o destino superior de uma Pátria.
Sim: o bom português necessita de conhecer e comungar a alma pátria, a fim de se guiar por ela, no seu labor. Depois legislará, reformará ou criará literária e artisticamente uma obra duradoura e útil.»
Teixeira de Pascoaes
É já grande o homem que subordina à Pátria, sem os destruir, os seus interesses individuais, familiares e municipais.
Por isso, o viver como patriota não é fácil, principalmente num meio em que as almas, incolores, duvidosas da sua existência, materializadas, não atingem a vida da Pátria, rastejando cá em baixo, entretido em mesquinhas questões individuais e partidárias. Mas para Portugal continuar a ser, precisamos de elevar até ele a nossa pessoa e conhecê-lo na sua lembrança e na sua esperança, na sua alma, enfim.
Não podemos amar o que ignoramos.
Impõe-se, portanto, o conhecimento da alma pátria, nos seus caracteres essenciais. Por ela, devemos moldar a nossa própria, dando-lhe actividade moral e força representativa, o que será de grande alcançe para a obra que empreenderemos, como patriotas, no campo social e político.
O político estranho à sua Raça não saberá orientar nem satisfazer as aspirações nacionais. É preciso que ele encarne o sonho popular e lhe dê concreta realidade. Do contrário, fará obra artificial, transitória e nociva, por contrariar e mesmo comprometer o destino superior de uma Pátria.
Sim: o bom português necessita de conhecer e comungar a alma pátria, a fim de se guiar por ela, no seu labor. Depois legislará, reformará ou criará literária e artisticamente uma obra duradoura e útil.»
Teixeira de Pascoaes
As raízes do nacionalismo encontram-se firmemente enterradas na antiguidade oriental: mesopotâmicos, persas e egípcios apresentavam, nas suas culturas, traços nacionalistas primitivos. O nacionalismo como o conhecemos surgiu na Idade Moderna e foi demonstrado de modo bastante claro em movimentos como a Revolução Francesa, a Guerra da Independência dos EUA e as reunificações alemã e italiana. Durante o período da Segunda Guerra, foi reiteradamente usado de maneira deturpada como bandeira pelos ideais totalitários, nomeadamente o nacional-socialismo e o fascismo, bem como as doutrinas políticas neles inspiradas. Ainda hoje, o nacionalismo é visto como uma característica específica de movimentos neo-nazis, fascistas e análogos, o que gera algumas contradições e confusões
Tendo exposto tudo isso, posso chegar ao cerne do texto: o que é ser nacionalista? Respondo: é, primordialmente, cultivar o sentimento do nacionalismo. Ser nacionalista é amar a pátria e a nação; é conhecer e respeitar os símbolos nacionais; procurar conhecer cada vez mais a trajectória da nação ao longo dos anos; e é, principalmente, defender os interesses nacionais não somente com palavras, mas com atitudes.
"Se não existisse uma alma portuguesa, teríamos de evolucionar conforme as almas estranhas, teríamos de nos fundir nessa massa amorfa da Europa; mas a alma portuguesa existe, vem desde a origem da Nacionalidade; de mais longe ainda, da confusão de povos heterogéneos que, em tempos remotos, disputaram a posse da Ibéria. Houve um momento em que, no meio dessa confusão rumorosa e guerreira, se destacou uma voz proclamando um Povo, gritando a Alma duma Raça: foi a voz de Viriato; foi o Verbo criador que encarnou em Afonso Henriques e se tornou Acção e Vitória. Depois fez-se Verbo novamente, exaltou-se num sonho de imortalidade, e foi o Canto eterno d'Os Lusíadas! Depois, cansado das longas terras, dos longos mares, como que adormeceu num sono de tristeza, de olhos postos no Passado (...).
E por isto tudo, Portugal não morrerá; nem uma Pátria morre, no instante em que encontra o seu espírito. Portugal não morrerá, e criará a sua nova Civilização, porque vê que a sua alma é inconfundível, que encerra em si um novo sentido da Vida, um novo Canto, um novo Verbo, e, portanto, uma nova Acção."
Teixeira de Pascoaes
E por isto tudo, Portugal não morrerá; nem uma Pátria morre, no instante em que encontra o seu espírito. Portugal não morrerá, e criará a sua nova Civilização, porque vê que a sua alma é inconfundível, que encerra em si um novo sentido da Vida, um novo Canto, um novo Verbo, e, portanto, uma nova Acção."
Teixeira de Pascoaes
O verdadeiro sentimento nacionalista não se constrói nem se alimenta de injustiças, xenofobia, racismo, supremacismos e outros venenos dessa categoria apenas destroem a nação e contribuem para fomentar a diferença de maneira prejudicial e desviam perigosamente o foco de toda a questão, o verdadeiro nacionalismo deve promover o desenvolvimento da nação com bom senso, sem excessos nem precipitações.
Portugal precisa de gente que arregace as mangas, que lute por ele e que o construa forte, firme e digno.
Alexandre Sarmento
O bom Nacionalismo defende os Lusitanos, que são Europeus.O Bom Português é Europeu.
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