domingo, 25 de novembro de 2018

Quem somos hoje, o que somos?



Estou na realidade a pensar que este país necessita mais do que nunca uma força verdadeiramente popular, uma força oriunda da verdadeira vontade da nação, uma força que tenda unir e não dividir os portugueses em torno de um verdadeiro objectivo. Uma força com que realmente todos os portugueses verdadeiros e patriotas se identifiquem, uma força que espelhe de forma indelével a vontade de afirmação de um povo quase milenar, uma força ou um fio inquebrável que nos mantenha sóbrios e unidos.

Em suma, tudo aquilo que nos manteve como nação e civilização deve ser reerguido, a tal alma e raça lusitana, mostremos que ainda temos sangue, vamos a isso, e por que não esquecermos ideologias e facções que mais não são que meros veículos de enriquecimento, pessoal, corporativo ou mesmo uma perfeito terreno de vaidades e ostentação pessoais.
Vamos em frente, abaixo o sistema, abaixo a partidocracia, abaixo a ditadura partidária, abaixo as políticas de empobrecimento e perda de soberania promovidas pelo actual sistema, já cheira mal tanta campanha de desinformação, basta de manipulação, e ao mesmo tempo, basta de tanta ignorância, vivemos hoje no paraíso da ignorância e formatação, e porquê, porque nos acomodámos, porque deixámos de questionar o mundo à nossa volta e admitimos múltiplas verdades, deixámos de acreditar em divindades, adoptámos outras, a comunicação social e a classe política, vá-se lá entender o porquê.
Só que temos um grave problema, será que esta nação ainda tem vontade própria?

Será que esta nação ainda consegue distinguir o bem do mal e fazer opções, fazer escolhas ou sequer pensar no futuro, será que perdemos a capacidade de sonhar, perdemos a capacidade de olhar mais além do que o dia presente?





Pergunto, vivemos hoje para quê, para quem, até há bem pouco tempo fazíamos sacrifícios, fazíamos um esforço enorme para deixar ou pelo menos tentar deixar um legado para as gerações vindouras, e hoje, porque mudámos de paradigma e passámos a super-consumistas, passámos a viver o dia a dia, perdemos o rumo, perdemos muito do que nos trouxe aos dias de hoje como nação, como seres com uma forte identidade cultural! Como foi possível em apenas quatro décadas termos descido tão baixo, até termos deixado de ter sequer uma matriz cultural, deixámos de ser os portugueses, aquele povo determinado, destemido, culto, espiritual, sagaz, inteligente e constantemente inconformado e insaciável por novas aventuras, novos desafios, em suma, em busca de evolução e conhecimento.

Somos hoje um verdadeiro case study, somos hoje uma sombra do que fomos no passado como nação, isto se ainda nos podemos considerar como tal pois perdemos os laços com a tradição, com a raça e alma do passado, perdemos a identidade e a matriz católica, judaica ou romana, somos hoje coisas, um povo num processo involutivo voluntário!

Muito triste, pois somos hoje um país e uma nação moribunda, razões haverá, muitas mesmo, começando pela decadência das próprias elites, elementos culturais, pensadores e governantes!

Temos hoje uma elite que se mede pela quantificação, pelo aspecto material, pelos sinais exteriores de riqueza, e quantas vezes pelo grau de imbecilidade!

Onde estão os nossos escritores, filósofos e pensadores de outrora, não vislumbro ninguém no panorama actual que se demarque ou que possa contribuir para repor a ordem, repor a verdade, e com capacidade de induzir esta nação a um renascer das cinzas...

É impressionante como em apenas quatro décadas nos deixámos morrer, como nos deixámos amestrar por um sistema dito de democrático mas que na realidade se revelou uma oligarquia, uma ditadura, uma verdadeira escravatura material e intelectual na qual nos foram cerceadas todas as liberdades sem que nos tivéssemos apercebido de tal, chegando mesmo ao cúmulo de optarmos e defendermos organizações políticas ou individualidades que no fundo nos parasitam, o que terá acontecido em tão pouco tempo?





Tenho uma teoria, será que alguma vez este povo teve voz própria, ou apenas foi desde o início da nacionalidade um povo subserviente e fiel aos seus líderes, aos seus Reis, aos seus Presidentes, governantes ou senhores feudais, quem sabe tivéssemos no passado líderes em quem acreditar, líderes com carisma, honradez e com coragem de arriscar, de dar a sua própria vida em combate, e hoje, o que temos como pretendentes a líderes ou figuras de topo, verdadeiros pigmeus corruptos, mentirosos compulsivos e verdadeiros manipuladores que vão alternando, vão mudando de opinião e de lado confirme as conveniências, precisamos de gente coerente e determinada a levar a cabo um projecto sério, um verdadeiro projecto nacional, um projecto que na verdade sirva este país, um projecto galvanizador da nação, um renovar da esperança neste país com nove séculos de história, em suma precisamos de algo, ou alguém que induza de novo uma atitude positiva, que nos una e motive...

Lembro-me de repente de um bom estadista, talvez demasiado paternalista o qual até à sua morte teve a seus pés a nação, mas que assim que caiu, teve quase toda uma nação de detractores de um dia para o outro, temos um grave problema, somos pobres, infelizmente hoje na forma intelectual e material!

Somos hoje na verdade, um povo inconsolável de mal agradecidos, um povo invejoso, um povo vaidoso, um povo mentiroso que se vende por trocados, perdemos o espírito de família, perdemos o espírito de clã e de nação, trocámos os outrora verdadeiros ideais por futilidades, somos hoje adoradores dos espectáculos que o sistema nos proporcionou já com o objectivo de nos manter entretidos e incapazes de reagir, desportos de massas, consumismo desenfreado e o bombardear constante da parte dos media, somos absolutamente desinformados pelo sistema, somos imbecilizados por esses mesmo sistema, perguntarão, que saída, perguntarão, o que fazer, apenas poderei dar uma pista, consciência e busca da espiritualidade entretanto perdida, se o conseguirem já será um grande passo adiante, haja fé, haja vontade de mudança...e coragem!!!


Alexandre Sarmento

1 comentário:

A busca pela consciência.

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