Um crime contra a nação portuguesa, o envio de mais de 100 mil homens sem preparação, sem roupa e calçado adequados, sem treino e muitos deles sem estarem devidamente armados, poderemos apelidar isto de Crime de Traição, Crime de Lesa-Pátria, ou para mim como denominação mais correcta, Crime contra a Humanidade.
Foi isto que na passada semana festejaram com toda a pompa e circunstância os vampiros, carniceiros e verdugos que nos governam, ou para falar verdade, que nos desgovernam!!!
No mínimo deveriam ter pedido desculpa à nação portuguesa pelo assassinato de certamente 30 a 40 mil portugueses, não lhes chamo soldados pois não eram sequer militares, eram homens e rapazes, eram chefes de família, era uma grande fatia da nossa força de trabalho, eram chefes de família, eram agricultores e trabalhadores das parcas industrias na época.
Vergonhoso, o vergar a um sistema, vergar ao politicamente correcto, vergar às directivas da cambada maçónica-sionista, ou seja, um país miserável, um país com carências a todos os níveis ter um ajuntamento de militares ou forças militarizadas desta envergadura apenas por vaidade, seguidismo ou subserviencia daqueles que nos deveriam governar!
Quanto se gastou neste evento, que se poderia ter feito de positivo para a comunidade com o dinheiro desperdiçado neste evento, ou mero acto de propaganda do regime?
A verdade é que andamos anestesiados, andamos drogados pela demagogia, pela novela em torno de temas que nem sequer nos dizem respeito, andamos a viver os problemas da casa do vizinho sem olharmos para a nossa, essa é a verdade, está na hora de acordar.
Honra seja feita aos que inglóriamente morreram neste conflito, Deus os guarde em bom lugar.
«Verdun foi a mais desumana das batalhas, um açougue de homens. Nunca uma confrontação tinha sido prosseguida com tal encarniçamento e durante tanto tempo (300 dias e 300 noites) num espaço tão reduzido (20 quilómetros de largura por 8 de fundo). Do lado francês, as perdas foram de 162 000 mortos e 218 000 feridos. Do lado alemão, 143 000 mortos e 190 000 feridos. Foi uma batalha desigual, travada contra homens por um dilúvio de metal e explosivos. O consumo de obuses foi de tal ordem quer a indústria não conseguia acompanhá-lo, o que explica as pausas que houve na batalha. E, contudo, nunca o papel dos combatentes foi tão grande. Enquanto centenas de milhares de soldados e milhões de obuses eram lançados na refrega, a decisão dependeu em muitas ocasiões de algumas dezenas de homens. Sobre um terreno dantesco onde regimentos inteiros tinham sido pulverizados por bombardeamentos gigantes, o último recontro foi, com frequência, obra de alguns sobreviventes, de um lado e do outro, pequenos grupos de espectros raivosos, comandados por um sargento ou um tenente. E foram esses que ganharam. Enfiados nas suas crateras de obus, sem ligações, sem esperança, continuaram a bater-se com armas tão primitivas como granadas, facas ou pistolas-metralhadoras, provando que nada está perdido enquanto não desfalece a alma que existe em cada soldado.»
Dominique Venner
in "O Século de 1914. Utopias, Guerras e Revoluções na Europa do Século XX", Civilização Editora (2009).
Alexandre Sarmento
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