segunda-feira, 30 de março de 2020

Salazar o visionário.




"...Dizer que, apesar da crise que devastou o Mundo o nosso orçamento é equilibrado de há oito anos para cá e que estes sete anos de gestão estão encerrados com importantes saldos credores, é gabar-se de uma coisa quase ridícula - deveria ser sempre assim...!
(Do livro "Como se levanta um Estado" do Professor Oliveira Salazar.)

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Assim, Salazar até aos dias de hoje, foi o único político português que nestes 110 anos de regime republicano, percebeu o país real, o que era essencial para a Nação, o rumo económico que se deveria e se podia seguir e acima de tudo, traçou um rumo do caminho para a Economia, não uma Economia do supérfluo, mas uma Economia do fundamental para o país poder subsistir e mais tarde se poder desenvolver.
Com isso em mente, virou-se para a Educação, dotando o país com milhares de escolas primárias, tentando diminuir o elevadíssimo grau de analfabetismo que então existia, desenvolvendo o Ensino técnico de forma a termos operários especializados para prover a Indústria nascente de modo, que a industria nacional colmatasse aquilo que era essencial, não descurando ao mesmo tempo de manter um povo minimamente alimentado com a produção agrícola nacional, daí as sucessivas campanhas, uma das mais conhecidas a "Campanha do trigo", visando a completa independência de cereais com o trigo em primeiro lugar.
Uma frase que muito criticam e até zombam: "Beber vinho é dar o pão a um 1 de milhão de portugueses". tem sido mal interpretada, Salazar, não queria que os portugueses se embebedassem, seria um absurdo vindo de alguém que apelava ao povo para se dedicar ao trabalho, essa frase, talvez a não mais feliz - mas entendamos a época - referia-se à agricultura em geral e claro, também à produção de vinho, que ao tempo era das poucas produções agrícolas que exportávamos.
Também se esforçou para a industrialização do país, criar as bases para um futuro mais sólido, com um máximo de autonomia, quer alimentar, quer industrial,e foi graças a isso, que se puderam criar os alicerces, que, passada a guerra civil de Espanha e a II Guerra Mundial e a Gripe Asiática, pudessem permitir o desenvolvimento a partir do fim do anos 50 o que nos levou a crescimentos do PIB, superior em muitos casos, a outros países europeus, isso foi possível por Salazar ter seguido aquele velho princípio de: "semear para colher".

Não ter entendido isto é não entender a realidade portuguesa, é viver de quimeras, ou viver na Lua como tem sido os governantes pós Abril, esta crise vai confirmar isso e vamos passar um mau bocado, podem crer.
Por fim umas breves palavras sobre o célebre Decreto 19.354 de Janeiro de 1931, conhecido pela: "Lei do condicionamento industrial", muito criticado por certos economistas modernos por limitar a "iniciativa pessoal" versus iniciativa liberal sem prever as diversas variáveis que as Economias podem enfrentar, o exemplo presente confirma isso mesmo, dependemos do estrangeiro até no mais básico .
Pena, essas pessoas não terem percebido, que esse Decreto era o possível para uma Economia devastada pela I Guerra Mundial, donde saímos com milhares de mortos e estropiados e uma dívida monumental.
Não ter entendido isto é não entender a realidade portuguesa, é viver de quimeras, ou viver na Lua como tem sido os governantes pós Abril, esta crise vai confirmar isso e vamos passar um mau bocado, podem crer, mas a isso dedicarei outro artigo.

Texto que subscrevo na íntegra, da autoria do meu querido amigo Eduardo Saraiva, aqui fica expresso o meu agradecimento.

Alexandre Sarmento

terça-feira, 24 de março de 2020

A tal censura que tanto criticaram...


Apenas um pequeno exemplo da censura pós 25 de Abril, estranho é que, uma das bandeiras deste regime da treta, um dos seus argumentos foi mesmo  a crítica e a luta contra a censura do Estado Novo, e, pasme-se, assim que puderam, foram os paladinos da liberdade quem fez uso da mesma, mais um pequeno exemplo da honestidade moral e material da cambada que tomou de assalto o poder em Portugal.

Comentários para quê?

Alexandre Sarmento

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quinta-feira, 19 de março de 2020

Uma carta de verdadeiros parasitas e subversores!!!


 











Uma carta, uma atitude!!!

Um belo exemplo do trabalho exercido pelo badaleiros e cantadores ao serviço do PCP, onde houvesse uma empresa, lá estavam eles a fazer todos os possíveis por destabilizar o pessoal, subverter e na medida do possível levar a que a empresa fosse encerrada!!!
Típico da cambada comunista, não descansaram enquanto não minaram o tecido produtivo do país, não descansaram enquanto não destruíram as empresas e empresários portugueses, na verdade foi a cambada do PCP quem abriu as portas às multinacionais, fizeram o trabalho para o qual foram criados e pagos, serviram na perfeição as grandes corporações internacionais, serviram os interesses do grande capital, aliás, como sempre o fizeram, hoje sabe-se quem criou a ideologia comunista e quais os seus propósitos, muitos alinharam na farsa, uns porque se beneficiaram na mesma, e os outros, os idiotas úteis, ou inúteis, os que por falta de um cérebro funcional se deixaram influenciar, os pobres de espírito!!!
Enfim, e são estes terroristas baladeiros e cantores da treta considerados os grandes artistas deste país, infelizmente, muita gente desconhece o que são, ou foram na realidade, não passaram de destruidores, não passaram de terroristas, foi gente dessa que ajudou a que este país seja hoje o atraso que todos conhecemos, talvez esta seja uma das razões para que o PCP seja o partido das contas offshore, a mão suja e corrupta da alta finança internacional, os hipócritas, assassinos e criminosos de lesa-pátria, aqui está um belo exemplo daquilo que foi e é a cambada abrileira!!!

Retirem as vossas próprias conclusões...

Alexandre Sarmento

terça-feira, 17 de março de 2020

Retornados, o bode expiatório dos traidores de Abril!!!



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Palavras, nas quais António José Saraiva fez o verdadeiro retrato do povo português, ante a original descolonização, em que a vanguarda revolucionária do 25 de Abril supostamente teria proporcionado ao país e às próprias Forças Armadas, uma tranquilizante lavagem ao cérebro.

"Diz-se e escreve-se que eles (retornados) eram exploradores, brutais, ávidos de lucros, criminosos de delito comum, culpados de si mesmos (...) Esses que apontam os crimes dos retornados - que fizeram, durante vidas inteiras senão aproveitarem-se dos ditos crimes? Como foi possível a vida parasitária da maior parte da população portuguesa durante séculos, senão às costas do preto, accionado pelo colonizador? Donde vinha o café e o açúcar que se consomem ainda hoje abundantemente nas pastelarias de Lisboa? Donde vinha o algodão barato que permitia a tantos operários e patrões sustentarem-se de fabriquetas primitivas? Donde vinham as toneladas de ouro que faziam do escudo uma moeda forte, permitindo, com uma indústria deficiente e uma agricultura rudimentar, sustentar legiões de funcionários improdutivos? Todos somos responsáveis pela política de Portugal, em África, prosseguida com tenacidade desde os fins da monarquia, objectivo prioritário da primeira república, a que se dedicavam homens como Mariano de Carvalho, Brito Camacho e Norton de Matos. Os retornados não são mais do que boomerang do império que todos nós fomos. O retorno que nos atinge em cheio é a arma que o nosso braço lançou. Os retornados, com que o País foi solidário enquanto foram prósperos, são uma acusação viva lançada à cara da nação inteira. Uma dupla acusação. Em primeiro lugar, porque o fenómeno dos retornados é o resultado de uma política de descolonização cuja torpe inércia é tão profunda quanto o arranque das descobertas foi deslumbrante. A página da descolonização não foi menos sangrenta que a da expansão; só que foi um pântano podre, enquanto a outra foi fogo que alumiou a Terra (...) O ódio racial aos retornados a pretexto dos seus crimes é apenas uma maneira de a nação portuguesa querer ilibar-se dos crimes por que toda ela é absolutamente responsável. É um caso típico de bode expiatório. E lança uma viva luz sobre o mecanismo do racismo. Trata-se de discriminar uma parte da nação, lançando sobre ela o odioso dos males colectivos. O retornado é o cristão-novo dos nossos dias. Serve para o resto do povo imacular a sua consciência; convencer-se de que nada tem que ver com os malefícios e os abusos da colonização. Serve também para desviar as atenções dos erros cometidos em nome da nação: se eles retornaram é porque são inteiramente maus e porque a descolonização foi um fracasso vergonhoso. E servirá para desculpar outras inépcias que vão cometer-se... O racismo nasce fundamentalmente dessa necessidade de limpeza de uma dada comunidade. Nós portugueses pecamos puros, porque as culpas foram desse punhado de "criminosos". E se eles, tiveram de retornar, a culpa não é dos responsáveis dessa sangrenta e lamacenta descolonização: não, a culpa é dos retornados, culpados de si mesmos, como já foi escrito (...) Os retornados chegam no momento em que precisamos de uma desculpa para o maior fracasso da nossa História e de um objecto para cevar a nossa frustração irremediável".

António José Saraiva, destacado antifascista, no semanário "Liberdade", de 5 de Maio de 1976

segunda-feira, 16 de março de 2020

O terrível vírus!!!


Muito se tem falado nos últimos tempos do tal Corona Vírus, uma pandemia anunciada há muito, a tempestade perfeita, acaso, não creio, tudo fabricado, toda uma trama tecida para que algo há muito desejado por uma elite se pudesse concretizar!!!
O que poderemos ter como certo, é que o mundo tal como o conhecemos até hoje, não será o mesmo depois deste evento, senão vejamos, nunca estivemos tão dependentes da máquina do estado como hoje, nunca estivemos tão dependentes do exterior como hoje, nada é gerido localmente, perdemos a soberania, perdemos a liberdade para explorar os nossos próprios recursos, perdemos a auto-suficiência, em suma, temos um mar que não nos pertence, temos milhões de hectares de terra inculta, temos um resquício daquilo que foi a nossa floresta, para ser verdadeiro, só temos mesmo floresta para fabrico de papel higiénico, ou seja a merda, o feudo da industria da pasta de papel, o eucalipto.

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Tivemos em tempos uma floresta que nos alimentava em todos os aspectos, desde o seu papel principal, ou seja, madeira de corte para fabrico de móveis e construção, alimentação, com os frutos, sobretudo a castanha, a noz, ou mesmo a bolota, não descurando o papel da floresta e das suas condições favoráveis à biodiversidade, fixação de água nos solos, enriquecimento desses mesmos solos, ou mesmo de regulador de humidade e temperatura, foi com essa floresta que evoluímos, foi com essa floresta que os nossos ancestrais sobreviveram.
Hoje a grande parte da floresta tradicional foi destruída ou está perfeitamente ao abandono, deixámos de tratar e de olhar para o que nos garantiu a sobrevivência durante milénios, o mesmo se passou em relação à agricultura, disseram-nos que no passado éramos pobres e que tínhamos uma agricultura de subsistência, eu pergunto, e agora temos o quê, estamos absolutamente dependentes do exterior, estamos à mercê dos caprichos dos grandes interesses corporativos, ao mesmo tempo somos obrigados a consumar toda a porcaria que os impinjam, deixámos  a tal agricultura de subsistência, aquela agricultura que hoje chamam de biológica e orgânica e passámos a consumir concentrados de químicos nocivos para o nosso organismo, fomos forçados a alinhar no esquema dos grandes interesses, fomos forçados a alinhar nesta sociedade de consumo, passámos a ser meros consumidores e praticamente inibidos de fazer uso dos nossos solos.

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Com tanta normativa, precisamos de autorizações para tudo e mais alguma coisa, o controle é apertadíssimo, somos obrigados a obedecer à vontade de burocratas e políticos incompetentes e corruptos ao serviço dos interesses da finança, nada é programado nem feito em prol do real interesse e bem estar da população, pois apenas se pugna pelo lucro e bem estar económico de uma pequena elite, passámos de uma sociedade mais ou menos horizontal a uma sociedade absolutamente vertical, com um grupo de ricos no topo e uma miríade de pobres na base, foi este o fruto de um sistema ao qual alguém se lembrou de adaptar o nome de democracia, na minha opinião, uma farsa, uma falácia, inventada e promovida como sendo um sistema participativo e no qual a vontade popular seria soberana, nada mais falso!!!

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Promessas, muitas promessas, mas na prática, vivemos hoje muito pior do que outrora, evidentemente contextualizando no tempo, e pior, perdemos a propriedade, ela existe, mas deixou de ser nossa, passou a ser controlada pelo estado, o que na prática, à vista, se traduz num sistema marxista, pois o Estado controla tudo, não ficando nada para o individuo, para o comum cidadão, estamos a caminho da proibição da propriedade privada, acabamos por ser funcionários do Estado nos nossos próprios empreendimentos, ou seja, ficamos com uma ínfima parcela daquilo que deveria ser o resultado do nosso trabalho. 
Na prática vivemos um regime de partido único, pois todas as forças se entendem com o objectivo do controle e ordenamento económico total por parte de Estado, temos assim à vista um sistema comuno-socialista, mas que sendo bem esmiuçado chegaremos à conclusão que o Estado não passa de uma fachada e um feudo dos interesses do grande capital, ou para ser verdadeiro, o Estado pertence à alta finança, pertence aos plutocratas e deixou de cumprir o seu papel, que seria o de defender e gerir cabalmente os interesses do país e da nação.
O conceito de Estado foi subvertido, o aparelho do estado e o poder legislativo prostituíram-se, são hoje o instrumento que castra todas as liberdades do individuo, individual ou colectivamente. Manipulação, formatação, censura, repressão, tudo faz parte da panóplia de instrumentos usados para conter a vontade e os direitos da comunidade, resumindo, trocámos todas as nossas liberdade pelo colocar de um papel numa urna de quatro em quatro anos, fomos iludidos com o termos poder de decidir, ou melhor decidimos o que outros decidiram que nós deveríamos decidir, assim funciona o sistema, a tal democracia, a ditadura do número, que na prática serve a muito poucos e parte desses os tais parasitas sociais, os apparatchik que pugnam por manter o povinho na ilusão.

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Voltando à questão do vírus, a verdade é que estamos sob influência deste vírus, que não o Corona, o vírus 25/4 vírus há demasiado tempo, pois tudo aquilo que foi conquistado anteriormente em poucos anos esfumou-se, senão vejamos, em termos homólogos ganhamos hoje metade do que ganhávamos antes da dita revolução, 600 paus, quando ainda há um bom par de anos uma das figuras de topo do nosso sindicalismo dizia que fazendo a actualização dos salários relativamente a 1974, o salário mínimo deveria hoje rondar os 1300 euros, na prática vivemos hoje com metade dos rendimentos de outrora, sobrevivemos, melhor dizendo!!!
O vírus também levou com ele as 870 toneladas de ouros em depósito no Banco de Portugal, com a agravante de ao mesmo tempo no tem prendado com uma dívida monumental superior a 700 mil milhões de euros, valor que perfaz uma quotização de cerca de 70 mil euros a cada cidadão português, notável, não vos parece?
Educação que na prática é inexistente, apenas um sistema marxizante e formatador da mente das nossas crianças e jovens, ou um sistema de saúde que tende num futuro não muito distante a perder a sua gratuitidade e a ser acessível apenas aqueles com maiores posses, o que na prática já hoje acontece, alem de perfeitamente disfuncional, basta estarmos atentos às centenas de doentes empilhados ou em verdadeiros engarrafamentos de macas nos corredores dos hospitais!!!
Outro assunto que creia merecer atenção é o dos apoios sociais e reformas, pois todos nós que trabalhamos fazemos descontos para que no futuro tenhamos apoio e protecção social, mas, mais uma vez se adivinha qual o futuro, trabalhamos uma vida inteira, descontamos e no final, nada nem ninguém nos garante que ao chegar a nossa hora da reforma, tenhamos acesso ou direito à mesma!!!
Fomos infectados por um vírus há 45 anos, na verdade nada nos incentiva a ir em frente, quando vemos gente que não trabalha e a não contribui, ter direitos e protecção social que nós, os que trabalhamos, os que contribuem não têm acesso, quando vemos o incompetente ser promovido, quando não há incentivo nem diferenciação pelo mérito ou pelo capacidade de trabalho, está tudo dito!
Neste país vive melhor e com menos dores de cabeça um parasita social, do que aquele que todos os dias dá o corpo ao manifesto, aquele cidadão cumpridor com as suas obrigações para com a sociedade, em suma, o sistema não reconhece o esforço individual, tudo se rege por compadrios e máfias.
Quando o mar bate na rocha, quem se lixa é o mexilhão, sempre assim foi, e não será desta que será diferente!!!

É este o verdadeiro vírus que há demasiado tempo nos afecta e infecta, o mais grave é que esse vírus se tornou pandémico!!!


Alexandre Sarmento



 




quarta-feira, 11 de março de 2020

11 de Março, um relato na primeira pessoa!


Texto escrito pela pena de um amigo que muito considero, um homem vertical, um homem verdadeiro, um homem honesto e frontal, um homem sem as palas do politicamente correcto, um homem consciente e um ser humano ímpar a quem agradeço o favor de ser meu amigo.

Aqui fica o meu agradecimento ao meu caríssimo amigo José Luiz da Costa Sousa por me ter permitido publicar este verídico testemunho, deixo aqui um grande abraço e obrigado por existir, meu Comandante.

Alexandre Sarmento


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Objectivos do 11Mar75: 

1º Neutralizar fisicamente (prender) todos os militares e civis relevantes, identificados como potenciais opositores ao processo descolonizador pró URSS, enjaulando-os em Caxias, até finalização da descolonização.
2º Acelerar o processo descolonizador o mais possível.
3º Acelerar o processo de comunização em geral de Portugal, e consolidar o poder do PCP.
O 11Mar75 e o 25Nov75 foram duas ocorrências extraordinárias do processo revolucionário iniciado em 25Abr74, nas quais as tropas Paraquedistas foram magistralmente manipuladas e usadas para fins políticos complexos, de que estas, eventualmente, não tiveram consciência plena, nem no acto e, porventura, nem á posteriori.
Ambos estes eventos se complementaram em termos dos interesses políticos, internacionais e nacionais, despoletados pelo 25Abr74 e, foram apenas capítulos diferentes e críticos dum mesmo plano geral e obra dos mesmos planeadores, que não foram os ditos e reditos à opinião pública, estes, foram meros “executores desses planos”, uns mais conscientes e outros menos ou zero.
Nada em tais processos aconteceu por geração espontânea ao acaso das políticas em curso, ou dos Capitães em movimento, não, havia planos e planos para os planos, vindos da URSS, pelas mãos dos agentes portugueses.
As versões oficiais destes eventos contam outras histórias mais conformes com os interesses formais dos vencedores dos mesmos, mas, nada demais, são apenas as sabidas e consabidas duas faces da política, uma, o “show da correção política” das ribaltas dos média e dos políticos para consumo e manipulação do Povinho e, a outra, é a “Real Politik”, a mais das vezes muito diversa se não oposta á oficial, hermética, quiçá dita conspiracionista e, como tal, desconhecida e não considerada.
O 11Mar75 foi uma clássica “golpada” política, uma armadilha primária e básica, para neutralizar adversários e avançar com urgentes objectivos políticos, que ultrapassavam, e muito, os interesses de Portugal.
A estratégia destas “golpadas” consiste em pré planear e gerar intencionalmente factos políticos, que choquem dramaticamente a opinião pública, e que propiciem a sua imediata manipulação pela comunicação social e pelos políticos de serviço ao golpe, para lhe criar paixões, opiniões e atitudes, orientadas no sentido político pretendido.
Construída e dirigida a opinião do Povo para os objectivos pré-definidos, depois é só executá-los através desse mesmo povo, ou com ele, ou pelo menos com o seu beneplácito, caso do 11Mar75.
Esta “estratégia golpista” foi usada em Portugal pós 25Abr74, no 28Set74, no 11Mar75, no 07Set74 em Moçambique e no 25Nov75.
É uma das “engenharias” sistemáticas e standard das grandes políticas internacionais, chamam-lhe em gíria “false flag attacks”, ou sejam “ataques de bandeira falsa”, executam-se sob as tais bandeiras falsas, para depois inculpar e ou eliminar os donos reais dessas bandeiras, por norma, inocentes no caso.
Porquê o 11Mar75, e como é que foi montado?
Logo após o 25Abr74, o poder político em Portugal ficou controlado por “gentes e agentes” da URSS, uns mais conscientes disso e outros menos, cujos objectivos prioritários eram garantir a entrega imediata das nossas colónias aos movimentos da URSS lá existentes, através da chamada descolonização.
Mas algumas das figuras relevantes do 25Abr74 e do País mantiveram consciência dos superiores interesses nacionais, e manifestavam oposição à consumação de tais objectivos, como por exemplo, o General A. Spínola e muitos outros militares e civis, que defendiam outras soluções, sob a bandeira de Portugal.
Havia, pois, que os afastar ou neutralizar, como?
Usando a estratégia da “golpada” política atrás referida e metê-los em “enxovias”, sossegados pelas grades, até á descolonização final; assim aconteceu.
Os estrategas da “golpada” definiram os agentes a usar, os inimigos a eliminar, o tipo de “facto político” a produzir para esse fim, o lugar e o tempo próprios para o levar à execução.
Os paraquedistas foram os agentes a usar, por serem uma tropa especial de intervenção, prestigiada, de elevada visibilidade e com impacto forte garantido na opinião pública, tendo sido atempadamente infiltrados e doutrinados politicamente para o efeito, em particular, as suas classes de base.
Foi decidido também que o facto político a criar seria uma “emboscada político militar” contra os Paraquedistas, a executar no dia 11Mar75 com um qualquer isco, e a montar no RALIS, Unidade Militar em Lisboa, onde se aquartelava um irresponsável extremismo revolucionário.
Entre os portugueses conscientes do desastre político em curso em Portugal, e que detinham algum poder para a ele se oporem, em particular à descolonização e à sovietização do País, militares e civis, foi fácil criar entre eles uma predisposição de vontades para se fazer algo que o travasse, e como tal se manifestaram, foram referenciados e listados como reacionários.
Os “inimigos” a neutralizar estavam definidos.
O General Spínola, ao resignar da Presidência da República em 30Set74, tornou-se o polarizador destes descontentamentos, que nunca passaram do verbo, mas, se lhes surgisse uma oportunidade iriam talvez aproveitá-la, na medida do possível, para contrariar a tragédia nacional em curso.
Essa oportunidade foi pré planeada e criada, e foi-lhes oferecida na bandeja da armadilha “político militar” no RALIS, contra os paraquedistas, mas que aparentou, inicialmente, ser uma oportunidade de travar os radicalismos revolucionários em curso.
O contexto político e o tempo útil para descolonizar em favor exclusivo da URSS passava, e urgia levar à execução a tal golpada, para acelerar as descolonizações, em particular as duas mais relevantes, Moçambique e Angola, que ocorreram logo a seguir, em Junho e Novembro.
Especialistas do KGB (o Cor. Mankeiev, etc.), os “agentes” portugueses da URSS e acólitos vários, desenharam a manobra, simples e primitiva, mas efectiva.
O local escolhido para a dita “emboscada político militar”, o RALIS (Regimento de Artilharia Ligeira à saída de Lisboa), era controlado por um visio revolucionário radical, cognominado popularmente pelo “Fittipaldi das Chaimites”, por óbvias razões, e que serviu caninamente tal desiderato.
Ele e um seu adjunto foram ambos promovidos por distinção, pelos feitos e contrafeitos do 11Mar75; pois desempenharam os seus papéis a preceito.
O isco utilizado para a armadilha foi infantil, mas funcionou; puseram a correr o rumor que o RALIS acoitava um grupo de “Tupamaros”, guerrilheiros comunistas sul-americanos, que tinham vindo a Portugal para executarem a “Matança da Páscoa”, ou seja, a eliminação física dos tais opositores potenciais à descolonização e à sovietização de Portugal, demonizados, entretanto, como anti conquistas de Abril, e feitos constar numa célebre “Lista da Matança da Páscoa”, também posta a correr, com o General Spínola à cabeça.
O Comandante do Regimento de Paraquedistas em Tancos, na manhã de 11Mar75, recebeu uma mensagem oficial classificada, chegada na noite de 10 para 11Mar pelas transmissões militares, oriunda do Chefe do Estado Maior da Força Aérea, e que ordenava o avanço imediato dos paraquedistas sobre o Ralis, para ali neutralizarem os “Tupamaros”.
O Comandante Rafael Durão confirmou tal ordem com as respectivas fontes, tendo-lhe sido garantido que o próprio Presidente da República, General Costa Gomes, estava ciente de tal acção e, militar como era, mandou aprontar e avançar as tropas.
Uma Companhia de paraquedistas embarcou em helicópteros e deslocou-se para o RALIS, para cumprir a missão.
Ali desembarcados, os paraquedistas foram cobardemente emboscados pela História; valeu o bom senso, que se releva como de excepção, do Comandante Paraquedista da Operação.
Os autores da “golpada” tinham já em espera e pré posicionados no exterior do RALIS, a Televisão e o “Povo” previamente convocados, actores e factores críticos e essenciais destas manigâncias políticas.
Por testemunho pessoal e presencial, na pessoa do adjunto do “Fittipaldi das Chaimites”, sei que este célebre Capitão do RALIS, nesse dia, chegou às 7 da manhã ao quartel, onde por norma chegava bem mais tarde; porquê?
Chegou e chamou de imediato os quarteleiros do material de guerra a quem ordenou a instalação de metralhadoras normais e antiaéreas em posições estratégicas no interior do quartel, guarnecidas com munições reais e atiradores, em espera.
O distinto Capitão sabia, pois, da vinda dos Paraquedistas e dos aviões da FAP, os T6´s, que ainda sobrevoaram o RALIS, para eventual apoio aéreo aos paraquedistas, e estava instruído para actuar como o fez, ou seja, fazia parte da emboscada contra os paraquedistas.
Heli desembarcados os paraquedistas, frente ao quartel e aos “actores do evento “: - o Povo, a TV e outros Média, estes já emboscados em posição no palco do terreno, prontos a entrarem em acção em cumprimento do “guião/script do PCP”, logo começou a peça de teatro ensaiada em formato de tragédia grega, mas à portuguesa.
Em revolta, de alma revolucionária ao peito, o Povo avança para os paraquedistas e grita, chora, lamenta, implora, ameaça e, abrenúncio, chama-os de reaccionários, traidores do povo, e cruz credo, anti conquistas de Abril!
Face a tal choro e ranger de dentes da arraia miúda, não há paraquedista que resista!
Arrasados psicologicamente, os paraquedistas abraçam-se aos manipulados e manipuladores “povinhos” e vice-versa e, foram neutralizados.
A TV e afins tudo filmavam, reportavam e transmitiam Portugal fora, para manipulação da opinião pública, repetindo intensiva e continuadamente tratar-se dum golpe da Direita contra as “conquistas de Abril”, liderado pelos “reaccionários”, os tais da Lista da Matança da Páscoa, ou sejam, todos aqueles que os agentes da e pró URSS pretendiam neutralizar, por os considerarem opositores á descolonização e à sovietização do País.
Enraivecidos, intoxicados e cegos pela propaganda mediática, os militares “progressistas” e a acéfala turba multa do “zé povinhos” desceram às ruas em incontroladas ferocidades revolucionárias e iniciaram a “caça às bruxas”, perseguindo e prendendo todos os que encontraram da dita lista e não só.
A Prisão de Caxias, nesses tempos áureos de amplas liberdades de Abril, em oposição à feroz ditadura salazarista, encheu-se com “opositores políticos”, culpados de nada a não ser de pensarem, e ali foram enfiados sem mandado de prisão e sem quaisquer procedimentos legais, apanhados ao molho, onde calhou, pela marabunta Zé Povinha e Zé Militar, em paroxismos psicopáticos de sovietismos e maoismos agudos e galopantes, dos cérebros invalidantes; e ali ficaram esquecidos nas enxovias, mais de um ano!
Um degradante espectáculo pré-medieval, anti todas as democracias, todos os direitos ou tortos e todas liberdades alegadas e por alegar.
Nessa noite, a loucura revolucionária, em clímax, ejaculou-se plenamente numa Assembleia Geral do Movimento das Forças Armadas, dita selvagem, os militares votaram, maioritariamente, a favor do fuzilamento dos prisioneiros, militares e civis!
Por “milagre” houve figuras revolucionárias, com algum bom senso remanescente, o então Presidente da República, general Costa Gomes e um conhecido Capitão de Abril, que se opuseram com força e sucesso a tal barbaridade, pois sabiam da tramoia, ou seja, da inocência dos potenciais fuzilados.
Mas a discussão foi acesa, houve cadeiras no ar no decurso da refrega do fuzilar ou não e, finalmente, as cadeiras no ar mais contundentes decidiram democraticamente não fuzilar. Inacreditável, mas verdade!
O General Spínola helitransportou-se à pressa em fuga para Espanha, no percurso aterrou em Tancos, para que o Comandante do Regimento de Paraquedistas, Coronel Durão, com ele fugisse também.
Militar por excelência e condição, na alma e na atitude, o Comandante dos Paraquedistas recusou a fuga e disse: -
“Fico, não vou! Pois apenas cumpri ordens legais!
O Comandante Rafael Durão do Regimento dos Paraquedistas e S.Exa. o General Spínola.
Honre-se a Pátria de tal Gente! Mas tal madrasta Pátria meteu-O na prisão de Caxias, juntamente com todos os outros, conforme os planos, e por ali jazeram até se finalizarem as descolonizações pró URSS, não fossem eles perturbar o processo.
O 11Mar75 foi obra e sucesso total da URSS, do PCP e seus agentes em Portugal e nunca, mas nunca, dos ditos reacionários da lista e, muito menos, dos Paraquedistas.
Consumada a descolonização em favor total da URSS, sendo a última a de Angola a 11Nov75, começaram então a soltar “sorrateiramente” todos os prisioneiros do 11Mar74 ditos reacionários, um a um, pois já não constituíam obstáculo a nada.
Mandaram-nos embora assim, sem julgamento, sem explicações, sem compensações, depois de presos quase um ano, sem qualquer acusação formal, à boa laia feudal, anterior ao habeas corpus.
E digo “sorrateiramente”, porque havia sido prometido mil vezes ao Povo, um julgamento intransigente e exigente do 11Mar75.
Por exemplo, o Coronel paraquedista Rafael Durão, Comandante do Regimento de Paraquedistas de Tancos, meu Comandante em Angola, e que foi dos mais dignos, competentes, patrióticos e nobres militares de sempre em Portugal, foi atraiçoado e cobardemente preso nesta circunstância.
Prometeram-lhe julgamento, que nunca aconteceu; um ano depois foram-lhe dizer ao cárcere que podia sair em liberdade, disse que nunca o faria antes de ser julgado… permaneceu preso… pediram-lhe por favor para sair e não insistir no julgamento… recusou-se novamente e permaneceu preso… só depois, quando um seu amigo oficial paraquedista foi lá explicar que nunca haveria julgamento nenhum por razões políticas, só então, sem outra solução, aceitou sair.
Como é óbvio o julgamento de tal mentira não podia ser feito, e nunca o foi, não fosse saber-se esta verdade, aqui explanada.
O 11Mar75 foi usado para afastar quem poderia complicar ou atrasar a descolonização e para a acelerar e garantir que seria feita total e exclusivamente a favor da URSS, e ainda para acelerar a “comunização” do País, tendo-se nacionalizado de imediato e selvaticamente a Banca, as grandes empresas, feita a pseudo “reforma agrária”, etc… enfim, foi o destruir total da economia nacional.
Os objectivos pré planeados para o 11Mar75 foram totalmente atingidos. Foi de facto uma obra prima golpista da URSS/ PCP.
Foi isto o 11Mar75; o da versão oficial, é apenas uma “nuance política” fabricada à medida pelos vencedores, para a História politicamente correta em que habitamos, em enganos de alma ledos e cegos, como diria Camões.

José Luiz da Costa Sousa

Capitão Paraquedista à data do 11Mar75

terça-feira, 10 de março de 2020

Descolonização, o Processo da Traição.






Processo desconhecido da grande maioria dos portugueses, processo o qual foi ocultado ou ao qual não foi dado espaço mediático, bem sabemos o porquê, e quais os condicionalismos que levaram a que assim acontecesse, pois poria em causa toda a farsa que suportava e suporta este regime saído de uma coisa a que chamaram de revolução!!!

Na minha opinião, uma revolução que não passou de um golpe palaciano, uma revolução com aparência de golpe de estado, que no fundo não passou de ser o resultado da manipulação por interesses obscuros ao legislar com o intuito de lançar a confusão e discórdia na instituição militar, o tal artº 353/73, artigo esse que disponibilizo mais abaixo. 
A tal revolução dos cravos, cravos esses patrocinados quiçá pelos mesmos que pugnaram pelo fabrico e aprovação do referido artigo, a alta finança, os senhores de Wall Street, a família Rothschild, que teria como símbolo do seu poder exactamente o cravo vermelho, juntando a tudo isto o facto de naquele tempo não existirem em Abril cravos vermelhos em Portugal, sabendo-se hoje qual a sua proveniência e quantidade, muitos milhares e chegados em contentores provenientes da Colômbia e distribuídos pela capital por viaturas militares ligadas a um exercício que decorria nessa data no âmbito NATO, "Dawn Patrol" era o nome dessa operação, mais um embuste que tinha como objectivo garantir que o golpe correria de acordo com o programado.

...e, infelizmente assim aconteceu!!!

Já vem de trás, bem escreveu um dia o grande Camões, "Entre os portugueses traidores houve algumas vezes", e esta foi sem duvida uma dessas vezes!!!

Escusado dizer que o processo contra os traidores ficou em "águas de bacalhau"!!!

Alexandre Sarmento

O Processo da traição.

Esta parte sobre a «descolonização exemplar» finda com um brevíssimo apontamento sobre o processo corajosamente intentando por um grupo de patriotas contra os principais responsáveis.

Já Amorim de Carvalho, no seu livro O Fim Histórico de Portugal, deu a um dos capítulos o título de O Processo da Traição. Este poderia muito adequadamente ser a designação dessa causa posta nos tribunais - embora desta primeira vez sem êxito. No final deste livro, aliás, vai sugerida uma sanção talvez mais expressiva do que a da cadeia: o Juízo da História.

Resumo desse processo:

a) - Data da queixa à Polícia Judiciária: 28 de Dezembro de 1979;

b) - Síntese da queixa:

- Prática do crime previsto no art.º 141.º do Código Penal, punido pelo art.º 55  do mesmo diploma, crime consubstanciado em documentos de que os acusados foram signatários, em pareceres dados no exercício de funções oficiais, e em declarações prestadas publicamente, usando assim de meios fraudulentos com vista à separação de parcelas do território português, objectivo que conseguiram alcançar em directa colaboração com os que pretendiam por acções violentas a apropriação das províncias ultramarinas, como eram designadas na Constituição então vigente.

c) - Despacho do Juiz do 3.º Juízo de Instrução Criminal de Lisboa, de 23/2/80, ordenando o arquivamento do processo com o fundamento de que, ainda que fossem provados os factos denunciados, eles deixaram de ter relevância jurídica em face do art.º 5 da actual Constituição.

d) - O recurso para a Relação de Lisboa foi negado por acordão de 23/4/80, porque os factos participados estavam amnistiados, nos termos do n.º 1º da Lei n.º 74/79, de 23 de Novembro.

e) - O Supremo Tribunal de Justiça, em acordão de 20/1/82, entendeu que: «De qualquer modo, a Constituição de 1976 ratificou expressamente a descolonização levada a efeito nos anos de 1974 e 1975». A terminar lê-se: «Se porventura houve erros ou desvios no processo da descolonização, a História não deixará de fazer sobre eles o seu Julgamento».




Foram participantes:

1. Silvino Silvério Marques, general na reserva;

2. Leonel Luís Nunes Vieira de Aguiar Câmara, engenheiro agrónomo;

3. Gilberto de Santos e Castro;

4. António Augusto dos Santos, general na reserva;

5. João Diogo Alarcão de Carvalho Branco,editor;

6. Adriano Augusto Pires, general na reserva;

7. Rodrigo Emílio Alarcão de Melo, jornalista;

8. António da Cama Ochoa, professor;


9. Fernando Alves Aldeia, tenente-coronel na reserva;

10. Pedro Alexandre Brum de Canto e Castro Serrano, brigadeiro na reforma;

11. Zarco Moniz Ferreira, bancário;

12. Eduardo Luís de Sousa, Gentil Beça, coronel de artilharia na situação de reserva;

13. Duarte Amarante Pamplona, major na reforma extraordinária;

14. Manuel Almeida Damásio, professor universitário;

15. José Pinheiro da Silva, inspector superior ultramarino;

16. Vasco António Martins Rodrigues, oficial da armada na reserva;

17. Miguel Ângelo da Cunha Teixeira e Melo, economista;

18. Camilo Rebocho Vaz, coronel na reserva.


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Foram acusados:

1. Dr. Mário Soares, que foi ministro dos Negócios Estrangeiros ao tempo em que ocorreram os factos denunciados e Secretário Geral do Partido Socialista;

2. Dr. António de Almeida Santos, que foi ministro da Coordenação Interterritorial ao tempo em que ocorreram os mesmo factos;

3. Ernesto Augusto de Melo Antunes, que foi membro do Conselho de Estado ao tempo em que ocorreram os mesmo factos e é actualmente presidente da Comissão Constitucional e membro do Conselho da Revolução;

4. Francisco da Costa Gomes, que foi Presidente da República ao tempo em que ocorreram os mesmos factos;

5. António Alva Rosa Coutinho, que foi presidente da Junta Governativa de Angola ao tempo em que ocorreram os mesmo factos;


6. Vítor Manuel Trigueiro Crespo, que foi Alto-Comissário em Moçambique, ao tempo em que ocorreram os mesmos factos;

7. Otelo Nuno Romão Saraiva de Carvalho, que foi Comandante Adjunto do Copcon, ao tempo em que ocorreram os mesmo factos;

8. Mário Lemos Pires, que foi governador de Timor ao tempo em que ocorreram os mesmos factos.

A referida queixa foi apresentada contra todos os indivíduos que tiveram participação activa nos factos criminosos denunciados, e que foram referenciados expressamente no corpo da peça processual, nomeadamente:

1. Coronel Pires Veloso, que foi Alto-Comissário em S. Tomé e Príncipe;

2. Vicente de Almeida d'Eça, que foi Alto-Comissário em Cabo Verde;

3. António da Silva Cardoso, que foi Alto-Comissário em Angola:

4. Leonel Cardoso, que foi alto-Comissário em Angola;

5. Os membros da Junta de Salvação Nacional que se venha a apurar tenham dado pareceres favoráveis aos Acordãos da Descolonização;

6. Os membros do Conselho de Estado que se venha a apurar terem dado pareceres favoráveis aos mesmos Acordãos;

7. Os membros dos Governos Provisórios que se venha a apurar terem dado pareceres favoráveis aos mesmos Acordãos;

8. Os membros do Conselho da Revolução que se venha a apurar sejam autores da Lei Constitucional 7/74 


(in José Dias de Almeida da Fonseca, «LIVRO NEGRO DO "25 DE ABRIL"», Edições Fernando Pereira).

segunda-feira, 9 de março de 2020

Uma definição de democracia e socialismo...


A mentira da democracia...quando o socialismo se torna o único objectivo, o escravizar da espécie humana.
Socialismo é por definição uma corrente ou ideologia política na qual o comum cidadão nada possui que possa considerar verdadeiramente seu, na verdade o comum cidadão paga uma renda vitalícia por tudo aquilo que considera seu, ou deveria considerar, o cidadão é um mero objecto ou melhor dizendo neste sistema a propriedade privada é inexistente, o livre pensamento e liberdade de expressão também, o socialismo é um sistema de organização social e económica fundado na propriedade pública e na administração colectiva ou estatal dos meios de produção. Trata-se de uma teoria filosófica e política desenvolvida pelo filósofo alemão Karl Marx, mais um farsante, um embuste parido no seio sionista, um subversor, ou, quem sabe apenas um social parasita, um hipócrita como tantos outros ao longo da historia, como bem nos poderemos aperceber pela sua historia pessoal, arrisco mesmo dizer, mais um "iluminado"!!!
As definições de socialismo foram sofrendo alterações ao longo da história e consoante o interlocutor. A sua doutrina tende a ser associada à procura do bem comum, à igualdade social e ao intervencionismo estatal, por exemplo.

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O socialismo nasceu como um sistema anti capitalista, embora nas últimas décadas tenham surgido movimentos que começaram a expressar certas divergências. Em termos políticos, a sua intenção é de construir uma sociedade sem classes subordinadas umas às outras, seja através da revolução, da evolução social ou de reformas institucionais, mas sempre com o objectivo do nivelamento por baixo da espécie humana, a desconstrução do individuo e isentá-lo de quaisquer liberdades individuais, remetendo-o à condição de mero objecto, contribuinte ou obreiro...
As conversões para o socialismo tradicional tornaram-se mais evidentes a partir da Segunda Guerra Mundial, com a Guerra Fria e, posteriormente, com a desintegração da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (U.R.S.S.). Desde então, os regimes socialistas têm vindo a adoptar posturas mais flexíveis.
Relembro a barbárie e desumanidade deste processo de comunização, milhões de mortos, números algures entre 100 e 200 milhões de vitimas, dizem que foram apenas dados estatísticos, na verdade o que sucedeu foi o eliminar de tudo e todos aqueles que de alguma forma tentaram resistir a este processo demoníaco, relembro os "campos da morte" no Cambodja, os Gulags na URSS, ou o verdadeiro holocausto, o "Holodomor" na Ucrânia, entre muitos outros mais recentes tais como o que se passou com o genocídio dos povos nas nossas ex-colónias.
Nos dias que correm, países como Cuba, a China, a Coreia do Norte, Venezuela auto denominam-se socialistas.
Como todos bem sabemos na verdade esta ideologia nunca deu resultados positivos, foi mesmo a ideologia que levou ao assassinato, genocídio ou outras formas de promoção de miséria ou morte entre os humanos, falamos portanto de um valente embuste em que a liberdade é apenas uma questão de demagogia, uma questão de domínio de uma sociedade marxizada e portanto culturalmente atrasada, é esse o modus operandi desse sistema, o mais completo desrespeito pela vida e valores humanos, uma ideologia contra-natura!!!

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Resumindo, o comuno-socialismo é na verdade a antítese daquilo que por norma o define, falamos na verdade de um capitalismo de estado, falamos de um sistema no qual os lideres tomam o lugar o lugar dos verdadeiros capitalistas, senão vejamos, no capitalismo só os ricos são poderosos, no caso do comuno-socialismo, só os poderosos são ricos!!!
Portanto meus caros, as utopias não passam disso mesmo e neste caso atentam contra tudo aquilo que define uma verdadeira comunidade humana, atentam contra todas as liberdades individuais, atentam contra todos os nossos direitos, condenam-nos a ter apenas obrigações, a obrigação de servir o sistema, exactamente aquilo que hoje vivemos, somos na verdade escravos voluntários crendo termos a possibilidade de escolher o nosso próprio rumo através do voto, a farsa da democracia, votamos na verdade naqueles que alguém previamente escolheu, ou seja, somos manipulados nesta sociedade dita livre e democrática, a mentira em que vivemos!!!
Portanto pensem naquilo em que este país se está a tornar, belo fruto o da "revolução", acordem...
Alexandre Sarmento

domingo, 8 de março de 2020

...(...) e os racistas somos nós???


Tenham juízo.

Não entendo o porquê de tanta indignação, sobretudo porque não me considerando racista, nem xenófobo, subscrevo as palavras da historiadora Fátima Bonifácio!!!
Faço esta publicação por varias razões, uma delas, porque me recuso a ser tratado de forma diferenciada, ou mesmo tendo direitos e tratamento diferentes perante o Estado e suas instituições, não admito como português ver tratados ou melhor, serem discriminados negativamente em relação a grande parte daqueles que nunca foram, nem serão portugueses de verdade!!!
Para se ser português, há que cumprir com regras básicas, ou seja direitos e deveres iguais para "todos", pergunto aos racistas de serviço, designadamente a cambada do BE e a sua mascote, um tal de Mamadou Ba, quem são aqui os racistas, quem esta a promover o racismo e clivagens na sociedade, quem pretende de todas as formas atacar a nossa matriz, a nossa identidade e não raras vezes a nossa historia, invertendo o papel civilizador que tivemos outrora?
Pergunto, pode esta gente garantir-me igual tratamento no país de origem destas pobres vitimas de racismo, reitero, que nós portugueses de verdade sustentamos?
Não creio ser a etnia ou a cor da pele condição para beneficiar nem prejudicar ninguém, para mim há apenas uma forma de aceder a melhores condições de vida, de aceder ao ensino superior, de aceder a benefícios e apoios sociais, o mérito, nada mais...
Não queiram mestiçar-nos, não queiram diluir a nossa identidade, não misturem o imiscível, e para terminar, não nos nivelem por baixo, estamos entendidos senhores políticos e governantes de avental e luva branca, se querem cumprir agendas, cumpram-nas vocês, comecem por dar uma imagem séria de vos próprios, pois este povo começa a entender muito bem o vosso jogo baixo, as vossas jogadas de bastidores, as vossas trafulhices...

SOS Racismo apresenta queixa-crime contra Fátima Bonifácio

Por tudo isso, je suiss, Fátima Bonifácio!!!
«A comparação com a igualdade ou paridade de género é inteiramente falaciosa. As mulheres, que sem dúvida têm nos últimos anos adquirido uma visibilidade sem paralelo com o passado, partilham, de um modo geral, as mesmas crenças religiosas e os mesmos valores morais: fazem parte de uma entidade civilizacional e cultural milenária que dá pelo nome de Cristandade. Ora isto não se aplica a africanos nem a ciganos. Nem uns nem outros descendem dos Direitos Universais do Homem decretados pela Grande Revolução Francesa de 1789. Uns e outros possuem os seus códigos de honra, as suas crenças, cultos e liturgias próprios.

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Os ciganos, sobretudo, são inassimiláveis: organizados em famílias, clãs e tribos, conservam os mesmos hábitos de vida e os mesmos valores de quando eram nómadas. E mais: eles mesmos recusam terminantemente a integração. É só ver a quantidade de meninas ciganas que são forçadas pelos pais a abandonar a escola a partir do momento em que atingem a puberdade; é só ver a quantidade de meninas e meninos ciganos que abandonam os estudos, apesar dos subsídios estatais de que os pais continuam a gozar para financiar (ou premiar!) a ida dos filhos às aulas; é só ver o modo disfuncional como se comportam nos supermercados; é só ver como desrespeitam as mais elementares regras de civismo que presidem à habitação nos bairros sociais e no espaço público em geral. Os ciganos não praticam a bárbara excisão genital das mulheres. Mas, em vez desta brutal mutilação, vulgar e imperativa nas tribos muçulmanas, aos casamentos entre ciganos segue-se, no dia seguinte, obrigatoriamente, a humilhante demonstração da virgindade da noiva, cujo sangue de desfloramento, estampado nos lençóis, é orgulhosamente exibido perante a comunidade. O que temos nós a ver com este mundo? Nada. O que tem o deles a ver com o nosso? Nada.
Podemos? Claro que podemos!
Podemos? Claro que podemos!
Africanos e afro-descendentes também se auto-excluem, possivelmente de modo menos agressivo, da comunidade nacional. Odeiam ciganos. Constituem etnias irreconciliáveis, e desta mútua aversão já nasceram, em bairros periféricos e em guetos que metem medo, batalhas campais só refreadas pela intervenção policial. Os africanos são abertamente racistas: detestam os brancos sem rodeios; e detestam-se uns aos outros quando são oriundos de tribos ou “nacionalidades” rivais. Há pouco tempo, uma empregada negra do meu prédio indignou-se: “Senhora, eu não sou preta, sou atlântica, cabo-verdiana.” Passou-se comigo. A cabo-verdiana desprezava as angolanas porque eram africanas, não atlânticas, e muito mais pretas...

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Os partidos, nomeadamente o PS, confessam que, para o fim inconfesso de conquistar mais alguns votos, se vêem hoje obrigados a “assegurar a representatividade das diferentes origens étnico-raciais”. Não por acaso, na entrevista com Pena Pires, a visibilidade dessas diferentes origens aparece imediatamente relacionada com a facilitação do acesso ao ensino superior, que deveria abrir-se a todos os alunos, “independentemente da sua nota final” no 12.º ano. “Se fizermos uma política de alargamento de acesso ao ensino superior, já resolvemos parte do problema.
§Não faz sentido ter um ensino virado para os melhores alunos, mas sim para todos os que têm as condições mínimas para entrar.” Pena Pires não explica que condições são essas. Possivelmente, o simples facto de existirem jovens que, apesar de incapazes e preguiçosos, aspiram a um diploma universitário! Pelos vistos, o facilitismo que já reina hoje em dia nas universidades ainda não chega: para resolver “os problemas de racismo e xenofobia” que afligem a esquerda bem-pensante da nossa democracia, teremos de criar um passe de livre-trânsito entre o secundário e a universidade. Quando esta política for oficialmente consagrada e der os seus resultados, teremos um Parlamento ainda mais ignorante e incompetente do que já temos – sem que o País deixe de “ter um problema de xenofobia e racismo”.
A título de complemento do acesso irrestrito ao ensino superior, Pena Pires recomenda também a criação de “um observatório do racismo e da discriminação junto a uma universidade”. Mas como é que se observa o racismo e a discriminação a partir dos gabinetes almofadados onde se sentariam os observadores? A única maneira de observar uma matéria tão fugidia e evanescente é frequentar feiras e supermercados baratos, é entrar nos bairros em que nem a polícia se atreve a pôr os pés. Mas isto é tremendamente maçador e, sobretudo, exige muita coragem física. O observatório não observaria nada e seria perfeitamente inútil, a não ser – isso sim – para criar mais alguns jobs for the boys.»
Fátima Bonifácio

O Elogio da Ignorância.

«Infelizmente, não há fome de saber como há fome de alimentos, e ao contrário do esfomeado que até ao último alento ainda procura a nutrição...