"A verdade, a decisão, o empreendimento, saem do menor número; o assentimento, a aceitação, da maioria. É às minorias que pertencem a virtude, a audácia, a posse e a concepção." Charles Maurras
quarta-feira, 8 de junho de 2022
O repugnante mundo novo!
quarta-feira, 1 de junho de 2022
Quanto pior melhor!
Novas do paraíso...
A TAP continua no bom caminho, ao que parece os prejuízos no primeiro trimestre do ano não chegaram aos 200 milhões de euros, o mesmo se poderá dizer do aeroporto de Lisboa, um exemplo, desta vez foi cotado como sendo o pior numa lista efectuada por entidade conceituada no sector.
Buracos por todo o lado, a Dívida Pública continua em crescendo, o país estagnado, improdutivo e sem auto suficiência, continuamos escravizados por uma brutal dívida externa e pela mordaça das directivas europeias, nem as miseráveis sardinhas podemos pescar com as apertadas restrições nas nossas águas.
Pergunto, para que nos serve ter a terceira maior Zona Económica Exclusiva da Europa, se não podemos pescar e utilizar todo o tipo de recursos que a mesma nos poderia e deveria proporcionar? Comprámos os submarinos que tanta tinta fizeram correr para patrulhar e defender algo que afinal não nos pertence? De que nos serviu o alargamento da ZEE? Alguém se preocupou em rever os tratados e negociar os tratados anteriores ao alargamento para as 350 milhas da nossa ZEE?
"Acresce a importância da plataforma continental estendida para além das 200 milhas náuticas, cujo processo de delimitação está a decorrer junto das Nações Unidas, e que aumenta para 4 100 000 km2 a área abrangida pelos espaços marítimos sob soberania ou jurisdição nacional, alargando assim direitos de soberania, para além da Zona Económica Exclusiva (ZEE), para efeitos de conservação, gestão e exploração de recursos naturais do solo e subsolo marinhos, e que tornará Portugal ainda mais atlântico."
Fonte: Portugal.gov.pt.
Podemos falar da inflação, da escassez de alimentos, do preço dos combustíveis, da taxa de desemprego e porque não dos mais de quatro milhões de portugueses a viver abaixo ou no limiar da pobreza, pergunto, o que andaram os nossos políticos e governantes a fazer nos últimos 50 anos?
Foi isto que os portugueses escolheram quando exerceram aquilo a que chamam de direito ao voto, o tal exercício de cidadania democrática?
será que os portugueses têm a noção do real estado da economia do país, será que ainda não se deram conta que hoje Portugal não é um país soberano em que nada funciona?
Temos um país miserável com as maiores taxas de impostos da UE, pagamos tudo e mais alguma coisa e somos vítimas de uma máquina do estado sem dó nem piedade, dupla tributação e outras aberrações, impostos descabidos tais como o IMI e um IUC que nada poupa, mesmo que não circulemos com os nossos carros somos obrigados a pagar, pagamos pelo sol, pagamos pelo ar que respiramos e sobretudo pagamos por aquilo que não temos, estamos a caminho do terceiro mundo, refugiados no nosso próprio país.
Que se lixe, não comemos camarões, comemos tremoços, deixamos de beber a cervejinha e o cafézinho e passamos a beber água da torneira, no fundo somos um povo cheio de sorte, poderíamos estar muito pior, ó se podíamos, felizmente temos governantes nossos amigos!!!
Felizmente ainda temos o Ronaldo, goloooo!!!!
Obrigado António Costa e restante pandilha...
Alexandre Sarmento
Relatividades...
Será que Deus existe?
No início do século XX, na Alemanha durante uma conferência para universitários, um professor da Universidade de Berlim lançou um desafio aos alunos.
- Será que Deus criou tudo o que existe?
- Sim respondeu com convicção um jovem.
- Tens a certeza? Deus criou tudo o que existe?
- Sem dúvida, professor.
- Então, diz o professor, se Deus criou tudo o que existe, também criou o ...mal, uma vez que o mal existe e, então, Deus é mau! O jovem ficou calado, mas outro aluno levantou-se e pediu licença para fazer uma pergunta. Está bem, diz o professor.
- Professor o frio existe?
- Mas que pergunta! Será que nunca sentiste frio? Claro que o frio existe.
- Na realidade, professor o frio não existe e segundo as leis da Física, o que consideramos frio, é a ausência de calor. Todos os corpos ou objectos transmitem energia: o calor é o que faz que os corpos tenham ou transmitam energia. O zero absoluto é a ausência total de calor. Fomos nós que criamos a definição de frio para exprimir que não temos calor. E o aluno continuou, no mais absoluto silêncio da assistência.
- E a escuridão existe?
- Claro que existe, diz o professor.
- Não, não. A escuridão também não existe. A escuridão é a ausência da luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. Através do Prisma de Nichols pode decompor-se a luz branca nas suas várias cores. A escuridão é uma definição criada pelo homem para descrever a ausência de luz. Por fim o aluno perguntou:
- O mal existe, professor?
- Com todos os crimes e violências que há no mundo, ainda perguntas se o mal existe? Isso é o mal. - Não, o mal não existe – é simplesmente a ausência do bem. De acordo com o que eu disse anteriormente, o mal é uma definição criada pelo homem para descrever a ausência de Deus. O mal não foi criado por Deus. O mal é a ausência de Deus no coração do ser humano. Tal como o frio, quando não há calor, ou como a escuridão quando não há luz… Nesta altura todos os colegas se levantaram e aplaudiram com entusiasmo, deixando o professor calado e pensativo. Então dirigiu-se ao aluno e perguntou-lhe: Como te chamas?
Chamo-me Albert Einstein
Texto encontrado por aí, verídico ou não, não tenho como o comprovar, tudo é relativo, até a veracidade deste texto, penso eu de que...
Alexandre Sarmento
quarta-feira, 18 de maio de 2022
Pobre Portugal...
Salazar, um génio.
Nestes trinta e cinco anos, o Estado Novo, além de continuar e terminar a Obra, iniciada pela ditadura, de reorganização geral do País, e particularmente de sua reconstrução financeira, teve de Enfrentar e Resolver quatro conjuntos de Grandes Problemas, que principalmente o Estrangeiro fez incidir sobre Portugal. Foram eles: os problemas decorrentes da Guerra de Espanha, ocorrida de 1936 a 1939; os problemas consequentes da Segunda Grande Guerra, que teve lugar de 1939 a 1945; os problemas devidos à expansão dos regimes democráticos pluralistas, após a referida Segunda Grande Guerra; os problemas relativos ao Ultramar Português, intensificados na década de 50 e, sobretudo, na década de 60.
São aquela Obra e o Enfrentamento e Resolução destes conjuntos de Grandes Problemas que, em termos de história, caracterizam o Estado Novo e facultam a formulação de um seu juízo. Assim:
1. A obra de reorganização geral do País, e particularmente de sua reconstrução financeira, foi realização notabilíssima que, só por si, justificou e elevou o Estado Novo e Salazar.
Mas, não posso deixar de referir, como ponto bem negativo, o facto de certos princípios de estrita economia continuarem, mesmo depois de desnecessários, a aplicar-se com prejuízo, por vezes acentuado ou mesmo grave, de realizações importantes.
2. Na Guerra de Espanha, estava fundamentalmente em causa a comunização ou não do país e, por arrastamento, a de Portugal, isto é, de toda a Península Ibérica, com severas consequências para a Europa e para o Ocidente em geral. A posição e acção de Salazar e dos Portugueses sobre o próprio conflito espanhol e, relativamente a ele, em âmbito internacional, contribuíram muito significativamente, mesmo quase decisivamente, para que a boa causa, a causa não-comunista, vencesse em Espanha. Foi outro serviço notabilíssimo prestado pelo Estado Novo, mas agora, não só a Portugal, como à Espanha e a toda a Comunidade Internacional Civilizada.
3. Relativamente à Segunda Grande Guerra, a atitude e a actuação de Salazar e dos seus Governos podem sintetizar-se nos três aspectos dominantes seguintes: o de preservar os Portugueses dos efeitos mais dolorosos da guerra; a contribuição muito significativa, igualmente quase decisiva, para a manutenção da neutralidade da Espanha; e o apoio oportuno dado à Causa Aliada, com a concessão de facilidades nos Açores, às respectivas forças armadas.
A grande vantagem em preservar os Portugueses dos efeitos mais dolorosos da guerra é evidente, até porque foi conseguida com satisfação, pelo menos final, dos próprios Aliados.
A contribuição para a manutenção da neutralidade de Espanha, neutralidade essencial para a Causa Aliada, foi serviço maior prestado a esta Causa. O alinhamento espanhol com a Alemanha de Hitler teria tido a projecção negativa de dimensão imprevisível no decurso e resultado da guerra. Salazar, que já tinha contribuído para evitar a comunização de Espanha, como recordei, contribuiu, agora, para evitar a sua nazificação.
Igualmente, a concessão de facilidades, nos Açores, às forças aliadas, muito importante para estas forças, efectivou-se oportunamente e sem qualquer afectação da soberania nacional, constituindo acto de grande relevância. Tal, não só por mostrar explicitamente a posição de Portugal na guerra, como por permitir reforço considerável do controlo pelas forças aliadas - controlo que lhes era indispensável - das comunicações marítimas e aéreas no Atlântico Norte. Assim e relativamente à Segunda Grande Guerra, o Estado Novo houve-se por forma superiormente meritória, no referente a Portugal, no referente aos Aliados e, em consequência, no referente ao Mundo em geral.
4. A ditadura estabelecida em 1926 era, por natureza, autoritária e o Estado Novo, que a substituiu, manteve certo autoritarismo - embora limitado pelo Direito e pela Moral Cristã, e, assim, muito afastado do dos sistemas, que pelo menos em parte lhe foram contemporâneos, de Franco, de Mussolini, de Hitler e de Estaline - e fez vigorar um regime de partido único. Com a vitória, em 1945, na Segunda Grande Guerra, das democracias ocidentais sobre as potências totalitárias - embora a URSS supertotalitária tivesse continuado a crescer em poder e agressividade -, verificou-se no Ocidente uma expansão dos regimes democráticos pluralistas. De tal resultaram pressões intensas sobre Portugal, considerando-se que, após já mais de vinte anos de regime autoritário - embora autoritarismo limitado pelo Direito e pela Moral cristã, e não totalitário -, seria o momento de o Estado Novo dar lugar a uma democracia pluralista. Mas havia pelo menos uma razão decisiva - repete-se decisiva - que impedia o estabelecimento, na época, em Portugal, dessa democracia pluralista. É que a influência que, em semelhante democracia, poderia surgir e decerto surgiria da parte de movimentos esquerdistas, inclusivamente socialistas-democráticos e socialistas-comunistas, conduziria à impossibilidade de manter a integridade do Conjunto Português - Metrópole e Ultramar -, mesmo dentro da Solução Portuguesa e da Política Ultramarina Portuguesa, que adiante se referirão. Insiste-se: o estabelecimento, então, de uma democracia pluralista em Portugal teria como consequência, imediata ou a curto prazo, a perda do seu Ultramar.
Assim, o Presidente Salazar teve que lutar, a nível externo, contra as pressões em causa, procurando fazer aceitar internacionalmente a continuação do Estado Novo com características que tinha e sempre tivera. Foi luta árdua, mas que se saldou por um sucesso, concretizado com o ingresso de Portugal na NATO, em 1949, onde ficou a par precisamente das democracias ocidentais vencedoras da Segunda Grande Guerra, e com o seu ingresso na EFTA, em 1959, onde ficou em paralelo com as democratíssimas Inglaterra e Suécia. Foi o reconhecimento, pela Comunidade Internacional Civilizada, do regime português e foi um grande triunfo do Estado Novo.
5. Salazar emergiu como político financeiro que depressa se revelou de excepção, prioritariamente empenhado na reconstrução financeira do País, e apenas como eventual estadista. Desta circunstância resultou o facto de, desde início, não ter encarado o Ultramar Português na plenitude da sua essência específica e única no Mundo. É disso consequência o Acto Colonial de 1933, que, alinhando de algum modo com outros países europeus possuidores de territórios no Ultramar, estava imbuído de certo e anacrónico espírito de império.
Porém, com a sua enorme capacidade, Salazar assumiu, progressiva e firmemente, a qualidade de estadista pleno, que, no seu zénite, foi mesmo um dos melhores de todos os tempos em Portugal. E logo teve lugar a evolução do Conceito Ultramarino Português, considerando entre outros, embora com algum atraso face à essência da fórmula portuguesa, os princípios actuais decorrentes dos direitos dos homens e dos povos, e terminando por se definirem uma Solução Portuguesa e uma Política Ultramarina Portuguesa, correctas no acerto, realismo e modernidade. Podem enunciar-se, como segue, as bases dessa solução e dessa política:
Bases então já explicitadas
a) Manutenção firme do conjunto unido dos territórios portugueses, europeus e ultramarinos.
b) Promoção, o mais acelerada possível, do seu progresso económico, social e político, em particular educacional, de saúde e cívico.
c) Intensificação da implantação, nos mesmos territórios, da paridade, harmonia e dignificação étnicas, da coexistência de religiões e crenças, e da conciliação de culturas e tradições - proposições fulcro da Solução Portuguesa. E proposições implicando objectivos, a prazo e de começo necessariamente tendenciais, de plenitude de cidadanias, de equivalentes posições iniciais e iguais oportunidades, de vigência dos mesmos direitos e deveres, e de acesso a situações económicas, sociais e políticas conseguido em face do valor real, da iniciativa havida e da actividade desenvolvida.
d) Tudo com a finalidade da consecução de um elevado grau de desenvolvimento global.
Bases então a explicitar oportunamente
e) Conseguido esse grau de desenvolvimento permissor de autodeterminações autênticas - proposição fulcro da Política Ultramarina Portuguesa -, informação por forma exaustiva e isenta das populações dos territórios sobre as características e modus faciendi dos diversos arranjos políticos possíveis - unidade, federação, confederação, comunidade ou separação total -, e sobre a natureza e positividade, no momento, e projecção eminentemente válida, no futuro, da Solução Portuguesa.
i) Em seguida, consulta geral e igualmente isenta das mesmas populações sobre os arranjos políticos em verdade desejados.
g) Por fim, adopção efectiva e rigorosa das opções verificadas na consulta.
h) Tudo prevenindo interferências estrangeiras ou de terceiros.
Contudo, o Presidente Salazar estava convicto, em face de boas razões, de que a explicitação, na época, das quatro últimas bases, mesmo em círculos fechados e em termos confidenciais, desencadearia uma imparável corrida às autodeterminações, que anularia por completo a política de autodeterminações autênticas. Tal explicitação só deveria ter lugar mais tarde e em tempo oportuno.
Deste modo ficou estabelecido, embora com uma parte ainda não explicitada, o novo e correcto Conceito Ultramarino Português, abrangendo a Solução e a Política Ultramarina Portuguesas. E foi com fundamento neste conceito que o Estado Novo teve a grandeza de manter a decisão de defender, a todo o custo, a integridade do Conjunto Português, facultando simultaneamente ao Mundo exemplo maior no plano étnico-social. Exemplo que, de resto, este Mundo mal aproveitou, como mostra a multiplicação dos conflitos raciais, religiosos e culturais que se vêm verificando.
Mas, à correcção do novo Conceito Ultramarino Português e à grandeza da decisão de defender a todo o custo o Conjunto Português, não correspondeu totalmente a respectiva Execução. Esta processou-se com erros vários, não pouco denunciados oportunamente mas nem por isso corrigidos e alguns até acentuados após os fins da década de 50, dada a idade já avançada de Salazar e, depois, dada a personalidade de Marcello Caetano. Entre eles, contam-se os seguintes: o limitado impulso e mesmo condicionamentos bem negativos postos no povoamento branco do Ultramar Português, erro que prejudicou o desenvolvimento da sociedade multirracial; a não integração económica do Conjunto Português, integração que teria consolidado fortemente a unidade política; a falta de preparação contra-subversiva, em tempo plenamente útil, das forças nacionais, incluindo o não estabelecimento de uma estratégia a nível, pelo menos, dos territórios metropolitanos e africanos portugueses, o que teria permitido o emprego, na guerra ultramarina de 1961-74, de menor volume de meios e um sucesso, nessa guerra, muito mais rápido.
De qualquer modo e mesmo com tais erros, se não tivessem tido lugar equívocos imensos de alguns Portugueses e, mais gravemente, apostasias e traições inconcebíveis de outros, o Conjunto Português ter-se-ia mantido e seria hoje, no Mundo, um dos espaços de grande justiça e de grande prosperidade. Bem em contraste com as dificuldades com que se tem debatido o que, após a descolonização, restou de Portugal, e com a opressão, a miséria e o sofrimento que se abateram inexoravelmente sobre quase todo o antigo Ultramar Português.
6. E parece exacta a seguinte síntese. Para além da notabilíssima reorganização geral do País, particularmente da sua reconstrução financeira; para além das atitudes, posições e acções, também notabilíssimas e superiormente meritórias, relativas à Guerra de Espanha e à Segunda Grande Guerra, e para além do triunfo do reconhecimento do regime português pela Comunidade Internacional Civilizada; seria o Conjunto Português, pluricontinental e multirracial, de grande justiça e de grande prosperidade, a Obra maior do Estado Novo. Contudo, embora com algumas responsabilidades deste, mas fundamentalmente como consequência dos equívocos, apostasias e traições citados, uns e outras impensáveis, verificou-se a queda do Estado Novo e com ela o desmoronamento do Conjunto Português, com prejuízo total daquela Obra.
7. Em consequência de tudo o exposto, o Juízo ponderado, em termos de História, do Estado Novo de Salazar é altamente positivo».
Kaúlza de Arriaga (in Jaime Nogueira Pinto, «Salazar visto pelos seus próximos - 1946-68»).
quarta-feira, 11 de maio de 2022
Agostinho da Silva, sempre actual...
quarta-feira, 30 de março de 2022
Convém lembrar os outros Holocaustos!!!
O Elogio da Ignorância.
«Infelizmente, não há fome de saber como há fome de alimentos, e ao contrário do esfomeado que até ao último alento ainda procura a nutrição...