As verdades nunca contadas sobre o 25 de Abril, a verdade histórica e factual.
«Algum tempo antes do 25 de Abril, constava a nível público que determinada legislação(1) criara um diferendo entre os oficiais do quadro permanente e os do quadro complementar, pelo facto de os primeiros se considerarem prejudicados nas promoções.
Um problema, como vemos, aparentemente, de natureza puramente militar que gerou, entre os que se consideravam prejudicados, descontentamento generalizado, como é perfeitamente compreensível. Este conflito deu origem como era natural a reuniões clandestinas de oficiais, certamente, a princípio, para discutirem o problema que os afectava e procurarem uma saída para a sua resolução.
Não surpreende que a partir daquele descontentamento, outros descontentamentos se lhe tenham juntado. Motivos não faltavam e no mundo da política há sempre quem esteja atento às oportunidades que possam servir os seus interesses, pelo que não custa a acreditar que o conhecimento deste descontentamento, aliás bastante público, tenha despertado a atenção dos inimigos, internos e externos, do regime vigente, para o seu possível aproveitamento.
Nas forças armadas não deviam faltar elementos comprometidos e simpatizantes com forças adversas ao Estado Novo, muito especialmente da política ultramarina seguida pelo Governo, que logo se devem ter aproveitado da oportunidade para se aproximarem do descontentamento desses oficiais, com espírito de colaboração mas com secretas intenções, estranhas, se não hostis, aos objectivos patrióticos [???] do Movimento.
A solidariedade destes novos descontentamentos vinha dar ao descontentamento inicial uma nova força transformando as reuniões clandestinas para resolver um problema militar, em empolgantes preparativos de uma revolta política.
Pensavam, com certeza esses oficiais, mas erradamente, que este alargamento numérico os iria beneficiar, mas o que aconteceu, porém, foi os seus iniciadores terem perdido, a partir daí, o comando do que quer que fosse e passarem a ser, sem o saberem, comandados por políticos escondidos atrás dos Melos Antunes e dos Costa Gomes, entretanto infiltrados.
Como sempre tem acontecido os militares iam uma vez mais ser traídos pelos políticos, fardados ou à paisana.
Esta facção estava atenta e bem apoiada na CIA e no KGB, dois poderosos instrumentos ao serviço do Projecto Global.
O Embaixador Fernando Neves, no seu livro "As Colónias Portuguesas e o seu futuro", refere-se a um documento a que tivera acesso em que se preconizava, em relação a acções a levar a cabo em Portugal, "... elevar a formas superiores, e na base dos princípios do internacionalismo proletário, a luta no seio do exército colonialista português para a vitória das guerras de libertação dos povos africanos. O Exército colonialista deve ser minado pelo interior através de um trabalho de agitação e propaganda maciço que tem por objecto a organização da subversão nos quartéis", o que, como é sabido, veio a acontecer.
Não, naturalmente, por excitação democrática da soldadesca, mas, como se vê, devidamente comandado.
Por outro lado, era igualmente do conhecimento público que interesses hostis aos nacionais, especialmente de matriz americana e soviética, se empenhavam havia muito e abertamente, em acções de vária natureza, com o objectivo de ocupar, com os seus interesses, o vazio que uma vez expulsos dos territórios, ali deixaríamos. Desta maneira acrescentariam alguns ricos e extensos territórios da África Negra ao seu impiedoso neocolonianismo, ao insaciável apetite dos grandes grupos económico-financeiros em jogo. Os portugueses que ali tinham nascido e ali viviam, de todas as cores e credos, apenas ficariam privados, segundo o seu frio ponto de vista, daquilo que havia 500 anos lhes tínhamos dado — uma nacionalidade e com ela uma convivência fraterna que nenhum outro povo europeu soube dar aos povos de cor.
Por outro lado, com excepção da África do Sul, Angola e Moçambique apresentavam índices de crescimento económico e social sem paralelo com quaisquer outros territórios africanos, o que representava um verdadeiro escândalo mundial, devidamente propalado, com laivos de humana indignação, pela corte desses malvados da inteligência que durante décadas esconderam a realidade do regime soviético ao público ingénuo que os seguia, atrás do rótulo de intelectuais, o que lhes dava uma falsa autoridade ante os ignorantes.
Estas realidades transformaram as nossas províncias africanas num escândalo que não podiam tolerar, por pôr claramente em cheque os autores da libertação de muitos povos africanos e os governos locais por eles ali implantados contra-natura, para servirem os seus interesses, como está hoje à vista de todos os que não negam evidências, resultado de uma descolonização motivada por interesses exclusivamente económicos, totalmente estranhos a qualquer tipo de objectivo humanitário.
Promovida em nome da dignidade humana, esta cínica ironia, resiste, na mentalidade pública, mesmo perante a evidência de guerras fratricidas, da corrupção, da incompetência, da fome e das doenças em que conscientemente se lançaram impiedosamente milhões de indivíduos, por mero interesse económico e de poder, na selva política internacional.
A estes interesses, nada importam as destruições materiais e os milhões de mortos e de estropiados que, nestes últimos trinta anos, têm ensanguentado países como a Nigéria, Etiópia, Moçambique, Angola, Chade, Congo, Libéria, Sudão, Somália, Afeganistão, etc, por obra e graça dessa aliança diabólica entre os EUA e a Rússia. Chamam-lhe, para uso mental de tolos, opinião pública mundial.
Opinião pública mundial?
Melhor seria chamar-lhe canalha manipulada pelos grandes interesses mundiais, ou então, como Julien Green já lhe chamou, estupidez em acção.
Bastaria recordar que os governos africanos saídos desta descolonização comandada pelos altos interesses materiais e apoiada pela inconsciência pública e não pelos motivos humanitários proclamados, gastam mais de doze biliões de dólares por ano na importação de armamentos e manutenção das suas Forças Armadas — soma igual à que recebem das diversas fontes de assistência internacional.
Não se entra em conta com as mortes e as destruições resultantes da utilização destes armamentos, mas quem lhos fornece, entra, porque sem estas vítimas não os venderiam.
Para tentarem alcançar o seu objectivo, aquelas forças hostis a Portugal criaram e financiaram grupos de terroristas, sediados em bases situadas em territórios vizinhos aos das províncias, donde era fácil, dadas as extensas fronteiras, nelas se infiltrarem.
E passaram a chamar-lhes, cinicamente, movimentos de libertação...
O Senhor Dr. Freire Antunes, muito recentemente, em artigo publicado no jornal Diário de Notícias, diz-nos que, segundo René Pélissier, investigador da História Angolana, "a UPA não tinha, em 1961, uma estratégia nacional, mas uma estratégia meramente tribal para os povos de Bacong e Dembos".
Não nos diz o Senhor Dr. Antunes, nem o Senhor Pélissier, quem financiou este grupo terrorista, mas sabem, com certeza, que foi especialmente a Fundação Ford sob o alto patrocínio dessa sinistra figura que foi a Senhora Eleanora Roosevelt, a mulher do Presidente que entregou metade da Europa ao goulag soviético.
A partir de todos estes auxílios e após muitos anos de luta armada sem conseguirem os seus objectivos — os grupos terroristas estavam na iminência de depor as armas — compreenderam que só com uma acção em Lisboa, conseguiriam alcançá-los.
A dificuldade, porém, com que tinham deparado, noutras tentativas fracassadas, era a de não terem encontrado, nem terem conseguido promover, um descontentamento, que é sempre o ponto de partida para qualquer acção de subversão política. Tinham tentado criá-lo, várias vezes, ao longo de anos, mas sem êxito. O aproveitamento do descontentamento entre os oficiais veio dar-lhes a oportunidade de, a partir dele, conseguirem em Lisboa o que não tinham conseguido com o terrorismo no Ultramar.
A oportunidade era, de facto, excepcional, não só pelos motivos iniciais apontados, mas principalmente pela consciência que todos tinham da necessidade imperiosa do País sair da grave crise em que se encontrava, resultante de não se ter dado ao problema do Ultramar a solução que se impunha de natureza política e não militar [???].
As Forças Armadas, por outro lado, estavam na sua quase totalidade, nos territórios ultramarinos. Na Metrópole estavam sobretudo generais na Reserva, oficiais instrutores e recrutas.
Vejamos o que nos diz um órgão da imprensa estrangeira, sobre esta franja não operacional das Forças Armadas. "Resta apenas o problema da NATO: Spínola promove o contacto com o próprio Secretário da Nato, Joseph Luns, [através] de um dos seus amigos da Finança — o Director dos Estaleiros Navais Portugueses, Lisnave, Thorsten Anderson — que participa em Megève, França (de 19 a 21 de Abril) numa misteriosa reunião de importantes homens da política, da diplomacia e do mundo dos negócios internacionais reunidos num igualmente misterioso clube: o Clube de Bilderberg(2).
De 19 a 21 de Abril, Megève é zona vigiada pela polícia francesa como se o visitante fosse um Chefe de Estado. De facto, no Hotel Mont Arbois, propriedade de Edmond Rothschild, reúne-se a flor e a nata da política e das Finanças ocidentais. A reunião é discreta, à porta fechada: os jornalistas não falarão dela; mas é ali que será decidido o destino do mundo ocidental. Desde 1954, e do dia da primeira reunião no Hotel Bilderberg, na cidade holandesa de Oosterbeek, sob a presidência do Príncipe Bernardo da Holanda, que os homens mais influentes do Ocidente se reúnem anualmente para estudar a situação 'política e financeira e estudar ou aprovar programas para o futuro'.
Bastam os nomes dos participantes daquele ano na reunião do Clube para que possa compreender-se a sua importância. São os seguintes: Nelson Rockefeller, Governador do Estado de Nova York; Frederick Dant, Secretário Norte-Americano do Comércio; General Andrew Goodpaster, Comandante das Forças Aliadas na Europa; Denis Healey, Ministro da Fazenda inglês; Joseph Luns, Secretário Geral da NATO; Richard Foren, Presidente da General Electric na Europa; Helmut Schmidt, Ministro da Fazenda alemão, actualmente chanceler, após a demissão de Brandt; Franz Joseph Strauss, definido como homem de negócios alemão; Joseph Abs, Presidente do Deutsche Bank; Guido Carli, Governador do Banco de Itália; Giovanni Agnelli, Presidente da Fiat; Eugénio Cefis, Presidente da Montedison e além destes Thorsten Anderson, homem de negócios português que sonda Joseph Luns sobre as possíveis reacções da NATO perante a possível mudança de regime em Lisboa.
A resposta de Luns, certamente positiva, vem a ser confirmada pelo comportamento, já citado no início, dos navios da NATO defronte da capital portuguesa durante as primeiras horas do golpe de Estado. A sua presença actuou como um silencioso dissuasor contra quem, entre os generais ultras, tivesse tentado opor resistência a Spínola. Os generais sabem da presença dos navios e sabem muito bem interpretar a sua saída de Lisboa na madrugada de 25 de Abril. É evidente que a NATO julga saber quem são os iniciadores do movimento, conhece o seu programa e aprova-o. A reunião do Clube de Bilderberg cumpriu os seus objectivos e neste momento Spínola tem o caminho livre".
O Poder político, por outro lado, estava nas mãos de um homem fraco, hesitante e pressionado pelos que viam na Europa do mercado comum a solução para todos os problemas pessoais e nacionais, dominados por uma estranha mística de Terra Prometida, donde esperavam que um fácil maná viesse alimentar os seus apetites, insuficiências e vaidades. Para todos eles os territórios ultramarinos eram o único obstáculo à realização dos seus sonhos europeus. Muitas vezes me disseram que entre os marcelistas se afirmava que era preciso abandonar o Ultramar a qualquer preço. Não me surpreende que tenham vindo a desempenhar um papel de relevo na descolonização exemplar, como, impudicamente, alguém chamou ao vergonhoso e sangrento abandono do Ultramar.
Não me surpreende, na verdade, porque quando o chefe é fraco, tudo à sua volta enfraquece. Por isso mesmo não foi necessário derrubá-lo. Apenas caiu.
"O estudo das diversas informações disponíveis respeitantes aos acontecimentos do 25 de Abril permite uma curiosa contagem dos efectivos humanos reais mobilizados no Movimento das Forças Armadas: entre 160 a 200 oficiais, incluídos os de Complemento, e um número não muito superior a 2.000 homens e tropas. A debilidade destas Forças, o seu escasso apetrechamento em material blindado e móvel e o facto de que na mobilização inicial apenas estiveram implicados os oficiais das classes incorporadas na conspiração, fazem suspeitar de que se contava com a falta de resistência do Estado.
Apesar da sua minuciosa preparação, a execução do plano do MFA deixou muito a desejar na prática. Cedo se tornou evidente a inexperiência ou deficiente preparação dos oficiais para tal tarefa. Não se providenciou o armamento mais conveniente e as posições perante os quartéis não comprometidos ou fiéis em princípio ao Governo, foram tomadas de modo bastante incorrecto. Nem sequer se procedeu a uma ocupação sistemática dos pontos-chave.
Na realidade, a situação de madrugada era objectivamente muito frágil para os sublevados. Diversas unidades, como o Regimento Motorizado de Lanceiros 7 e a Guarda Nacional Republicana, permaneciam fiéis ao Governo, que além do mais contava com todos os efectivos da Direcção-Geral de Segurança. Por outro lado a maioria dos efectivos da Aviação e da Marinha, permaneciam em absoluto silêncio. Uma acção enérgica do Governo teria arrumado completamente o MFA. Porque não se terá produzido? É este, outro dos elementos confusos deste golpe de estado.
Muito pouco tempo depois de conhecidos os efectivos dos sublevados e a sua distribuição na cidade, o Director Geral de Segurança pôs-se em comunicação via rádio com o Presidente do Governo refugiado no quartel da GNR, explicou a situação ao Prof. Caetano e informou-o da força real do MFA e das unidades afectas ao Governo ou que até então se não tinham manifestado e solicitou-lhe autorização para actuar, assegurando-lhe que a situação estaria dominada por completo até às 17 horas desse mesmo dia. No entanto o Prof. Caetano não lhe concedeu a autorização solicitada, desejoso, disse, de evitar derramamento de sangue. O Director Geral de Segurança insistiu com o Prof. Caetano por esse mesmo meio em mais duas ou três ocasiões, sem obter a resposta que ansiava. As conversações, emitidas por um posto de rádio de emergência da Direcção Geral de Segurança , puderam ser nitidamente captadas por um razoável grupo de pessoas, incluindo membros do Corpo Diplomático, através dos seus aparelhos de rádio normais. Foram também gravadas por um rádio amador que as passou de imediato para os oficiais do MFA. Essa gravação foi rapidamente levada ao Rádio Clube Português e outras emissoras que o MFA tinha sob o seu controle e ao longo de todo o dia a sua transmissão foi feita de modo ininterrupto.
Ao tomar conhecimento da passividade do Presidente do Governo, as unidades que se mantinham fiéis, ficaram abatidas, e o moral dos ministros do Governo não implicados na conspiração e de outros sectores políticos e administrativos ficou abalado, ao mesmo tempo que as unidades de Aviação e da Marinha que se mantinham na expectativa dos acontecimentos decidiram incorporar-se no MFA".
A má organização, a insuficiência de meios militares das forças que saíram para a rua, que mais pareciam bandos de arruaceiros do que forças disciplinadas, estão bem patentes em declarações do chamado estratego do 25 de Abril, o capitão Otelo, a um jornal espanhol, em que afirmou ter dado instruções aos seus subordinados para se renderem se encontrassem a mais pequena resistência.
Como se vê, a vitória do movimento não se deve, como é evidente, ao famoso estratego Otelo, pois é ele próprio a confirmar que não tinha a mais pequena hipótese de vencer se tivesse encontrado a mais pequena resistência.
Penso que, muito mais importante do que a contribuição deste ingénuo útil, foi, sem dúvida, a dada pelo Presidente do Conselho. Contrariando o que havia muitos anos estava estabelecido a nível do Estado, em caso de emergência, seria para Monsanto e não para o Quartel do Carmo que o Presidente do Conselho se devia ter dirigido. Quebrou, com a decisão tomada, a unidade do Governo, abrindo caminho a indecisões e interpretações que paralisaram qualquer hipótese de oposição à intentona que tinha saído para a rua com a face visível dos capitães e a invisível de interesses hostis aos nacionais.
Tive conhecimento, em Madrid, através de um oficial que na altura prestava serviço no Quartel do Carmo, que o Prof. Marcelo Caetano, logo que entrou, se dirigiu ao Gabinete do Comandante, que ocupou, dando ordens terminantes para que, em circunstância alguma, o interrompessem, tendo fechado a porta à chave. Esteve horas ali dentro, sem contactar com os ministros que o tinham acompanhado, até ao momento em que o General Spínola chegou ao quartel para o proteger de arruaceiros a soldo, que na rua o ameaçavam.
Soube depois, por outra via, que o Comandante Geral da Legião Portuguesa, General Castro, fora uma das pessoas por ele contactadas, tendo-lhe dado ordens para desarmar e dispersar o batalhão que estava no momento a ser municiado. É de presumir que tenha contactado outras entidades militares, dando-lhes instruções para não intervirem. Nesta altura ainda devia estar convencido de que o movimento se fazia a seu favor, o que lhe iria permitir libertar-se do Ultramar, ideia antiga que o obcecava e não conseguira até ali levar a cabo.
Mais tarde, em Espanha, viria a saber pelo Eng. Santos e Castro, que o Presidente do Conselho, quando o convidou para desempenhar as funções de Governador Geral de Angola, lhe dissera que ia com a missão específica de preparar, o mais brevemente possível, a independência do território, informando-o de que igual incumbência fora cometida ao Dr. Baltasar Rebelo de Sousa em relação a Moçambique.
Não tenho dúvidas de que na sua intenção estava a preparação de independências inspiradas no modelo da África do Sul.
Simplesmente o projecto do Professor não estava de acordo com o plano americano-soviético, aprovado na Conferência de Bilderberg, pelo que não passou de um ingénuo útil, mais um, a servir interesses hostis aos de Portugal.
Pelo que ficou dito poderá o leitor melhor avaliar da importância que certamente teve aquela reunião do Clube de Bilderberg na eclosão e desenvolvimento do 25 de Abril e sobretudo tomar consciência das vezes sem conta, quando insuficientemente informados, em que tomamos a aparência pela realidade. Por isso não deve ter sido difícil ao embaixador do CFR, Carlucci e seus ajudantes, aconselhar os nossos aprendizes de feiticeiro a seguir-lhes as sugestões de que dependiam os seus futuros políticos que talvez se possam reduzir a uma só: não façam nada que contrarie o projecto do Governo Mundial, porque nele está a Esperança e fora dele a Tragédia.
O Partido Comunista, por outro lado, o único com quadros bem preparados, apesar da massa militante ser de terceira categoria, o que o impediu de ir mais longe na destruição do País, conseguiu, no entanto, em curto espaço de tempo, ocupar posições-chave que lhe permitiram lançar a confusão generalizada, utilizando técnicas bem conhecidas dos especialistas na manipulação de massas.
Tudo estava bem estudado e planeado para preencher com a desordem, a intimidação e a arbitrariedade, o vazio do poder.
Surpreenderam-se muitos comentaristas da imprensa internacional que num País com uma História tão antiga e tão rica como a portuguesa, fosse possível a desordem manter-se durante tanto tempo e durante ela os portugueses assistirem impassíveis à sua auto-destruição, se não mesmo a aplaudi-la».
Fernando Pacheco de Amorim («25 de Abril. Episódio do Projecto Global»).
(1)13 de Julho de 1973, o Governo de Marcelo Caetano faz publicar no Diário da República a sua sentença de morte. Tratava-se de um simples decreto-lei, número 353/73, que permitia aos oficiais contratados pelo Exército para complementar o quadro de oficiais profissionais (Quadro Permanente, QP) aceder ao QP mediante um curso intensivo na Academia Militar.
(2)Clube ou Grupo de Bilderberg é uma conferência privada estabelecida em 1954 para cerca de 150 especialistas em indústria, finanças, educação e meios de comunicação que fazem parte da elite política e econômica da Europa e da América do Norte, contudo ao longo das edições se confirmam a presença de chefes de estado, papas, etc. A denominação Bilderberg é devido ao Hotel de Bilderberg, onde realizou-se a primeira conferência, localizado em Oosterbeek, Países Baixos. O propósito inicial era a preocupação com o crescimento do antiamericanismo na Europa Ocidental, vendo na conferência uma possibilidade de promover a cooperação entre as culturas norte-americana e europeia em matéria de política, economia e questões de defesa.
Todas estas características do Clube Bilderberg fizeram com que teorias conspiratórias surgissem. Grupos de esquerda acusam de ser uma conspiração para impor o capitalismo, enquanto que direitistas conservadores denunciam como uma conspiração para formação de um governo mundial, acima das soberanias nacionais, com vistas à chamada “Nova Ordem Mundial”.
Tenho pena de só hoje ter tido acesso à informação mais pormenorizada. De resto, bate certo com o que já tinha tido conhecimento, ao longo do meu percurso pós "25 da silva", como o apelido dada a vulgaridade da operação militar em si. O Otelo fez uma bela borrada. Não fora o PCP e os Maneis Alegres deste país e isto tudo não teria tido sucesso.
ResponderEliminarJa ha muito que pensei nisto tudo e com tristeza noto que estava certa e uma tristeza ver uns palhacos destruirem a minha Nacao ,ja sei que o passado nunca mais voltara ja sei que o meu Pais esta desfeito tenho muito orgulho de ter nascido em Portugal com tantos heroisque fizeram um Imperio como nunca se viu ,mas os loucos parasitas o destruiram resta -me o consolo saber que ou ja se foram para debaixo da terra e outros se seguem com o diabo com eles ,se existe lei do outro lado eles iram arder ate a eternidade ,sem compaichao ,prisao aos que restao sejam julgados como foram os Germanies ,ladroes traidores a Patria e a nossa gente nunca serao perdoados ,morte aos traidores Deus abencoe a alma do Professor Marcelo Caetano e Salazar …
ResponderEliminarCabe-nos a árdua tarefa de voltar a colocar tudo isto nos eixos, o problema é que levará gerações a colmatar tão grave situação.
EliminarO PRIMEIRO DE 1.000 PASSOS ! O PRIMEIRO É O COMEÇO. TEMOS QUE COMEÇAR
EliminarQUE INICIAR, TEMOS QUE CAMINHAR . . . CAMINHANDO ! SOFRO POR NÃO TER TIDO ESTAS ABERTURAS, QUANDO CHEGUEI DE MOÇAMBIQUE ! DEUS SABE . . .
Conceição muita verdade ,muito me alegra ter vivido e ter passado a minha infância antes do 25 de Abril porque agora é tudo uns bandalhos que destruíram o meu lindo País
EliminarÓ conceição, que tristeza, que mente tão tortuosa !
EliminarInfelizmente desde o 25 de Abril destruíram tudo.....
EliminarFalta ainda muita coisa. entao e a influencia dos comunistas. Inicialmente o 25AB74 foi parea comunizar Portugal e nao para democratizar, como agora fazem crer.
EliminarTudo começa de forma simples, intenções e objectivos, a complexidade advém das justificações que terão que ser dadas aos povos, particularmente, quando são coisas que os irão prejudicar gravemente. Repare-se que todas as fotos tiradas aos militares no terreno NENHUMA apresenta os militares em situação ofensiva ou defensiva, limitaram-se a estar ali. A exposição é tão inacreditável que qualquer um armado podia render essas forças onde quer que se encontrassem. Uma pergunta que parece que ninguém fez, e as armas estavam realmente municiadas? Outra pergunta, o que fazia um Brigadeiro em cima de um CC M47 com um cabo RD na Rua do Arsenal, seria para ter a certeza que nada iria correr mal relativo ao Cap. revoltoso?
ResponderEliminarLAMENTO TODO ESTE ACONTECIMENTO,DADO OS RESULTADOS OBTIDOS 45 ANOS DEPOIS,LAMENTO TAMBEM NÃO ANTEVER COISAS BOAS PARA OS PORTUGUESES E SUAS FAMILIAS.CONCLUO QUE AS ESPERANÇAS FORAM E AS REALIDADES NÃO VIRÃO BOAS
ResponderEliminarLAMENTO TODO ESTE ACONTECIMENTO,DADO OS RESULTADOS OBTIDOS 45 ANOS DEPOIS,LAMENTO TAMBEM NÃO ANTEVER COISAS BOAS PARA OS PORTUGUESES E SUAS FAMILIAS.CONCLUO QUE AS ESPERANÇAS FORAM E AS REALIDADES NÃO VIRÃO BOAS
ResponderEliminarMuito bom! isto sim é que todo o povo português deveria ter conhecimento , ler e meditar , depois chegar á realidade que hoje se passa em Portugal,aliás tudo isto par mim não é novidade. até porque sou um ex militar do 25 de Abril que embarcou para Angola no dia 30 de Abril de 1974 11h30 da noite aeroporto figo maduro (1º embarque que se fez par o ultramar após o 25 de Abril de 74)
ResponderEliminarAfinal não passa da verdade oficial! Então e a outra? Onde pára? Foi decidido que as soberanias europeias em África teriam que sair, os portugueses foram, segundo creio, os últimos, tendo contribuído para o desfecho apressado o ultimatum recebido por Marcelo Caetano. Tudo o resto foi teatro e imenso prejuízo em torno desta realidade.
ResponderEliminarIncognito, ? tens medo de quê? Realmente hoje é mais perigoso falar livrem, ficamos sujeitos a perder o emprego e até o futuro
EliminarGostei do que ver "Escrito o Que já Sabia ",
ResponderEliminarBipolarização.
EUA/URSS.
Interesses
Externos.
JCC
Lx 16 junhob2019
7:02
Já tinha conhecimento deste triste episódio desde o inicio, pois tinha família nas forças armadas. É de lamentar que ainda hoje mts portugueses pensem que a revolução foi feita a pensar no povo, o que é uma tristeza!
ResponderEliminarContinuo a pensar que um dos grandes incompetentes para resolver o problema de Portugal, foi sem dúvida o prof. Marcelo Caetano. Faltou-lhe tacto politico de que os inimigos do país se aproveitaram.
ResponderEliminarEu na minha opinião não tenho que Lamentar Nada,Participei na preparação antes e depois do 25 de Abril,Como Militante da Juventude Óperária Católica,e da qual não me arrependo,se for necessário fazer outro fazia-se um 5O de Abril..
ResponderEliminarParticipei na preparação antes e depois do 25 de Abril como militante da Juventude Operária Católica se fosse preciso fazer outro faria um 5O de ABRIL..
ResponderEliminarÉ sempre útil divulgar para que TODOS saibam, mesmo os mais distraídos !
ResponderEliminarComo sempre tenho dito, tivesse Salazar vivido mais uns 8 anos de boa saúde e nada disto teria acontecido. :( E hoje seríamos uma nação de peso na esfera global.
ResponderEliminarO caruncho da traição, o caruncho da cambada marxista a soldo do grande capital internacional corroeu-lhe a cadeira!!!!
EliminarO objectivo da cambada abrileira sempre foi sem sombra de dúvida matar a nossa identidade e vender o que nos custou tanto sangue, suor e lágrimas durante 500 anos...
...E o certo é que conseguiram, eutanaziaram a Nação portuguesa!!!
Um suicídio colectivo, patrocinado por criminosos.
Fizeram e continuam a fazer a borrada prejudicando e de que maneira o ZÉ POVINHO.
ResponderEliminarEstou convicto que, se houvesse diplomacia o problema do Ultramar seria resolvido sem ter prejudicado tanta gente.
Meu caro anónimo, e esteve por um triz...Estava tudo preparado, com a ajuda e acordo de alguns países fronteiriços a Moçambique e até com alguns dos liders da Frelimo...Desde 1964 que as coisas começaram a ser tratadas com o próprio acordo do Dr. Oliveira Salazar, e que infelizmente vieram a ser prejudicadas pelo sua morte "da queda da cadeira". Todos estes contactos durante mais de 4 anos foram discutidos debaixo da maior sigilo, e só e apenas não resultou por culpa do Dr. Marcelo Caetano...Tudo estava preparado, mas em Setembro de 1974 houve um politico "comunista/marxista português", (Melo Antunes), fez ruir tudo que poderia ter sido completamente diferente...
EliminarO Texto é manipulador e tendencioso. Não faz qualquer referência à Luta da Classe Operária e de todos os Trabalhadores contra o Fascismo e contra a Guerra Colonial.
ResponderEliminarCompletamente de acordo, este texto se fosse classificado pelo meu professor de Português diria, muita palha para nada, é apenas um cobardola que procura crédito nos menos esclarecidos, ou dos mais ignorantes, Cristo diria, Pai perdoa-lhes, eles não sabem o que dizem...
EliminarCompletamente de acordo, este texto se fosse classificado pelo meu professor de Português diria, muita palha para nada, é apenas um cobardola que procura crédito nos menos esclarecidos, ou dos mais ignorantes, Cristo diria, Pai perdoa-lhes, eles não sabem o que dizem...
EliminarCompletamente de acordo, este texto se fosse classificado pelo meu professor de Português diria, muita palha para nada, é apenas um cobardola que procura crédito nos menos esclarecidos, ou dos mais ignorantes, Cristo diria, Pai perdoa-lhes, eles não sabem o que dizem...
EliminarÓ Guerreiro, quem é o cobardola?
EliminarRespondendo ao estupidamente inteligente ESAR, conta lá o que é essa coisa de fascismo, quer-me parecer que és um entendido na questão!!!
EliminarClasse operária, luta, ou luta pelo poleiro da cambada marxista?
Tendencioso, ou verdadeiro, não seriam tendenciosos todos os apparatchick subservientes às directivas de Moscovo???
ResponderEliminarDa sua parte, apenas fica o registo de alguém que apenas pugna por denegrir e apagar o nosso passado e a nossa identidade!!!
Quanto a fascismo, explica muito bem o seu grau de ignorância e formatação!!!
Se me conseguir explicar por palavras suas o que foi, ou é o fascismo, fico-lhe agradecido.
Gostei imenso de ler esta carta, obrigado.
ResponderEliminarFoi com enorme mágoa que a quilo que se iniciou a 25 de Abril, não tivesse tido a continuidade que a verdadeira democracia confere. Educar o povo para a democracia activa e participativa, em vez de progressivamente irem tirando autoridade às forças armadas, e subsequentemente entregando em nome da liberdade conquistada, os poderes a políticos sem escrúpulos que; sequestraram a democracia, legalizaram o roubo e institucionalizaram a corrupção muito à custa da ingenuidade e da ignorância do povo, herdada do regime anterior. Será que ainda vamos atempo de ressuscitar e restaurar a verdadeira democracia, erradicando o maior flagelo da nação; A CORRUPÇÃO?
ResponderEliminar"A verdadeira democravia"!?? Então esta é falsa!?? Andamos nisto há 200 anos, a primeira democracia (1820-1828) não teve tempo de escravizar o povo, a segunda (1834-1926) fê-lo na perfeição, 92 anos de domínio maçónico e agora a terceira, é como se vê. A democracia parlamentar representativa mais perfeita que Portugal e mundo alguma vez viram.
Eliminar:(
"Educar o povo"!?? Mas educar o povo para quê, o povo é que governa!?? A maioria é que detém sempre a razão!?? A história mostra-nos O CONTRÁRIO!??
"A continuidade que a verdadeira democracia confere"!?? Mas a continuidade do quê!?? Da restauração do poder absoluto da maçonaria sobre o povo português, escravizando-o como este jamais havia sido, nem mesmo durante a Segunda Democracia!!! :(
Em pleno século XXI, com a informação ao alcance de todos, ainda leio com cada atoarda, que até parece que vivemos no século XIX!? :(
A verdade é sempre dolorosa, na opinião de pureza, nas intenções do humano-politico! Crente da boa intenção deste.
ResponderEliminarSó ressabiados. 25 de Abril Sempre.
ResponderEliminarMais um tolo... enganado... pobre dele...
EliminarContinuo a dizer e viva Portugal.
ResponderEliminarApesar de tudo somos Lusitanos. E viva 10 Junho.
ResponderEliminar
ResponderEliminarMas isto era do conhecimento do povo Português, até tinha saído nos jornais, salvo erro dizia: Revolução empurrada por decreto.
ResponderEliminarÀ Memória do Dr António Oliveira Salazar e do Professor Marcelo Caetano, o Titulo de melhores Governantes, mais Competentes, Inteligentes,Trabalhadores com Obra feita, tanto em Portugal como nas Ex Colónias, como nunca antes, nem depois deles, algum dia aconteceu, tudo com Dinheiro Português, os mais Honestos de todos os tempos da História de Portugal, os Obreiros da Pátria. Depois da Abrilada os mais Incompetentes, os mais Corruptos, os mais Ladrões, os mais Bandidos, os mais Desonestos, os Destruidores de Portugal, os Traidores da Pátria, que têm passado a vida toda depois da Abrilada a destruir tudo o que havia sido construido e a empenhar o País para as gerações futuras. Isto não é Democracia, é Ditadura, que só veio trazer corrupto, bandido e ladrão. Então que volte a "Ditadura" Democrática de Salazar, que só veio trazer, desenvolvimento Humano, Material, Cultural, Educacional, Segurança para a humanidade, Estabilidade, Financeira, Honradez dos Governantes e respeito das Pessoas umas pelas outras, Etc.etc. Viva Salazar viva Portugaal, CHEGA.
ResponderEliminarSalazar e Marcelo entre tantos outros politicos da época estavam muito à frente no tempo conhecendo de cima abaixo o comportamento do povo português,fizeram obra que a abrilada se está a encarregar de destruir.Eram contra o comunismo? Estavam mais que corretos e basta ver a história e perguntar-se em que país aquela ideologia deu certo.Pela minha parte tenho saudades desse tempo em que se respeitava o próximo e que era jovem, hoje não tenho orgulho no meu país e muito menos dos politicos.
EliminarApoiado!!!!
EliminarA verdade é que não aceita...
ResponderEliminarMorte aos fascistas
ResponderEliminarQuais?!...os de direita ou os de esquerda?!...
EliminarMais um tolo...
EliminarO da "morte aos 'fascistas'", claro...
EliminarExcelente artigo!
ResponderEliminarObrigado por publicar.
Há muita gente que ainda não sabe...
ResponderEliminarJa nao sei em que(quem) acreditar,! Precisava se que algum historiador ou mais alguem com conhecimento na materia viesse confirmar ou desmentir! Contudo acredito que talvez possa ter sido assim.
ResponderEliminarMas precisa de contadores de historias do regime para quê, a verdade está à vista de todos, basta querer encontrá-la!!!
EliminarE esqueça os contadores de histórias do regime, por termos umas Pimentel, uns Rosas e umas Varelas é que anda tudo envergonhado do nosso passado!!!
Muitíssimo bem!!!!!
Eliminar...sem dúvida que esta é descrição que faltava para se compreender o que se passava... que se passou... e continua a passar...
ResponderEliminarEste Povo que antes desta trapalhada era pacifico acreditou nos vendedores de banha da cobra da politica deste pais e tornou se manso...nada mais há a fazer...
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