Passa hoje um ano sobre os incêndios de 15 de Outubro de 2017.
Data que não podemos nem nos deixam esquecer pois devido ao estrago provocado e ao número de vítimas é-nos impossível apagar da memória tal tragédia.
Para aqueles que não conhecem as zonas afectadas digo com verdadeira mágoa, nunca mais as coisas serão como foram, desde a paisagem ás pessoas que viveram esse triste episódio, não bastou ver tudo destruído pelas chamas, não bastou ver entes queridos e amigos serem vítimas deste infame acontecimento, vitimas da incúria, da avareza, da maldade humana e da avidez do ser humano por ganhos, sejam eles de que espécie forem, a verdade é que essas populações continuam abandonadas, tendo as suas aldeias e terrenos ainda bem marcados por tão triste evento, muitas dezenas ou centenas de casas, estábulos, armazéns estão ainda na mesma condição em que ficaram desde o fatídico dia, coisa impensável num país que dizem ser funcional e onde os seus habitantes deveriam acreditar no sistema que os deveria proteger, neste caso as instituições do Estado Português que neste caso e mais uma vez se furtam ao seu papel, ao seu verdadeiro papel, papel esse que deveria ser a defesa e protecção da nação portuguesa.
Data que não podemos nem nos deixam esquecer pois devido ao estrago provocado e ao número de vítimas é-nos impossível apagar da memória tal tragédia.
Para aqueles que não conhecem as zonas afectadas digo com verdadeira mágoa, nunca mais as coisas serão como foram, desde a paisagem ás pessoas que viveram esse triste episódio, não bastou ver tudo destruído pelas chamas, não bastou ver entes queridos e amigos serem vítimas deste infame acontecimento, vitimas da incúria, da avareza, da maldade humana e da avidez do ser humano por ganhos, sejam eles de que espécie forem, a verdade é que essas populações continuam abandonadas, tendo as suas aldeias e terrenos ainda bem marcados por tão triste evento, muitas dezenas ou centenas de casas, estábulos, armazéns estão ainda na mesma condição em que ficaram desde o fatídico dia, coisa impensável num país que dizem ser funcional e onde os seus habitantes deveriam acreditar no sistema que os deveria proteger, neste caso as instituições do Estado Português que neste caso e mais uma vez se furtam ao seu papel, ao seu verdadeiro papel, papel esse que deveria ser a defesa e protecção da nação portuguesa.
Mais uma vez, falha a prevenção, falham os meios de defesa e pior falha todo o aparelho que à falta dos anteriores deveria pelo menos diminuir o impacto das falhas anteriormente descritas.
Constatei que há bem pouco tempo algumas das povoações ainda não tinham visto restabelecida a normalidade em termos de comunicações, temos portanto mais uma vez o grave sinal de um país real completamente ao abandono pelo poder central e pelas instituições que afinal apenas servem para "derreter" e distribuir pela cambada do sistema o que o aparelho do Estado nos saca em impostos, somos portanto roubados pelo sistema afim de beneficiar uns poucos, tal como disse e muito bem dito por um amigo que andou nas lides políticas durante algumas décadas, "quem está com o governo come, quem não está, cheira", é isto, é isto a tal demo...cracia tão propalada, a democracia que nos venderam como sendo um regime perfeito, mas que na realidade não passa de uma farsa. Falou-se de descentralização, mas qual descentralização se todos os portugueses são taxados mais ou menos de igual forma e por fim acabam sendo discriminados consoante a área onde vivem?
Pergunto eu o porquê, se pagamos todos por igual, porque razão não havemos de ter todos direito a transportes públicos, protecção social, acesso à saúde, acesso à cultura e mais uma panóplia de mordomias que nós os habitantes do interior e Portugal profundo nem sequer cheiramos?
Outro aspecto chocante é depois de tudo o que veio a espaço de debate sobre a monocultura do eucalipto, observar que terrenos outrora com pinheiros ou espécies autóctones estarem hoje a ser plantados com os malditos eucaliptos, o que me deixa uma leve suspeita, afinal sempre houve alguém beneficiado com estes mega incêndios, não será muito difícil de adivinhar quem perdeu e quem ganhou, mas isto sou apenas eu a conjecturar!!!
A verdade é que estamos a ser corridos do interior deste país, estamos votados ao abandono, estamos a ser enxotados, estamos a ser obrigados a sair da nossa terra, qual o objectivo afinal?
Plantio de eucaliptos, baixar o preço de vastas áreas no interior para que sejam vendidas a grandes corporações, ou no limite colocarem nas nossa casas os pobres coitados dos ditos "refugiados"?
Afinal somos o quê, capachos, escravos ou seres absolutamente descartáveis com apenas um préstimo para o sistema, apenas contribuintes sem direitos alguns, uns párias num país em que uns são filhos da mãe e outros não passam de filhos da puta, gostaria de ter uma franca conversa em público com um dos nossos governantes, Primeiro Ministro ou Presidente, gostaria que me dissessem na cara qual o nosso papel afinal e porque estamos a ser empurrados para fora do nosso espaço ancestral, porque razão nos estão a desenraizar e porque razão estão a matar a nossa cultura, alma e raça...
Não é o problema dos fogos apenas, temos um fogo lento a consumir este país há décadas, estão a matar o nosso Portugal há décadas, estamos num processo terrível de auto-destruição, sim, não duvidem somos co-responsáveis neste triste e lamentável processo, temos governantes corruptos que servem interesses corporativos, servem interesses internacionais e nós piamente vamos votando, vamos participando nesta farsa, vamos defendendo este sistema podre e corrupto, vamos alinhando neste circo, nesta palhaçada!
Mas que povo somos nós hoje?
O que queremos como futuro?
Que mais será necessário acontecer para que nos unamos de verdade e digamos basta, quantos mais terão que morrer para que púnhamos um fim a este circo onde nós somos aqueles que estão no centro da arena a enfrentar as feras, até onde iremos resistir, meus caros é hora de dizer basta!
Alexandre Sarmento
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