quarta-feira, 31 de março de 2021

A Nova Ordem Mundial e a Revolução Russa.

 


«(...) Trotsky não era pró-Rússia, ou pró-Aliados, ou pró-Alemanha, como muitos pretenderam que ele fosse. Trostky era pela revolução mundial, pela ditadura mundial; ele era, numa palavra, um internacionalista. Bolchevistas e banqueiros têm, de facto, este denominador comum: internacionalismo. Revolução e finança internacional não se opõem quando perseguem a instauração de uma autoridade centralizada. A finança internacional prefere lidar com governos centralizados. A última coisa que a comunidade financeira quer é a economia liberal e o poder disperso ou descentralizado.

Isto é, por conseguinte, uma explicação por de mais evidente. Este grupo de banqueiros e promotores não era bolchevista, ou comunista, ou socialista, ou democrata, e nem sequer americano. Estes homens queriam acima de tudo mercados, de preferência mercados internacionais captivos e, desse modo, o respectivo monopólio como o fim último a atingir. Eles queriam mercados que pudessem ser explorados em termos monopolistas e sem jamais temerem qualquer espécie de competição da parte dos russos, alemães ou de quem quer que fosse, incluindo os homens de negócios americanos que não pertenciam ao seu círculo. Este grupo restrito era apolítico e amoral. Em 1917, tinha um único objectivo em mente: um mercado captivo na Rússia, garantido e intelectualmente protegido por uma liga destinada a garantir a paz.

Na realidade, Wall Street alcançou este objectivo. As firmas americanas controladas por este sindicato foram mais tarde chamadas à construção da União Soviética, de modo que hoje têm o seu caminho assegurado para trazer o complexo industrial e militar soviético para a era do computador.

Actualmente, um tal objectivo continua na ordem do dia. John D. Rockefeller expõe esse mesmo objectivo no seu livro A Segunda Revolução Americana, que ostenta uma estrela de cinco pontas na folha de rosto. O livro contém uma clara defesa a favor do humanismo, isto é, apela para a única prioridade que consiste em trabalharmos para os outros. Por outras palavras, apela para o colectivismo. Humanismo é colectivismo. É realmente notório que os Rockefellers, que vêm propondo há um século esta ideia humanitária, não tenham entregue ou passado a sua propriedade para mãos alheias. Presumivelmente, está implícito na sua recomendação que todos nós trabalharemos para os Rockefellers. O livro de J. D. Rockefeller promove o colectivismo sob o disfarce do "conservadorismo moderado" e do "bem comum". Trata-se, de facto, de um desígnio que se propõe perpetuar o apoio inicial dos Morgan-Rockefeller a favor de iniciativas colectivistas e da subversão massiva dos direitos individuais».

Antony Sutton («Wall Street e a Revolução Bolchevista»). 

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