Quem sabe seja este o ponto de viragem, aquele momento em que teremos de equacionar tudo aquilo que tínhamos adquirido como sendo eterno e imutável, mas como tudo na vida, nada é eterno e nada é garantido ad eternum...
Será desta que voltaremos ao Portugal rural de outrora, a um Portugal rural dos tempos modernos?
É hora deste povo regressar às suas origens, à família, ao clã e a uma verdadeira comunidade, é tempo de regressar ao campo, ao país real, à vida verdadeira, deixar para trás a vida virtual das grandes cidades, viver de verdade, sair das rotinas, ter vivências diferentes todos os dias, ver o fruto de um trabalho continuado, ver o fruto de um trabalho feito com o coração, feito com paixão.
Haverá algo mais apaixonante do que lançar a semente à terra, tratar dela e vê-la frutificar?
Além de ser bom fisicamente é muito bom sobretudo a nível mental, um bálsamo para a alma, uma vida sem stress e de permanente aprendizagem, uma vida em que todos os dias há algo de novo, uma vida em que vemos na realidade o fruto do nosso trabalho, vemos a evolução do trabalho desenvolvido, vemos o fruto do nosso suor, vemos o fruto e podemos consumir frutos isentos de químicos, frutos saudáveis, frutos com gosto intenso, frutos de verdade, o fruto do nosso trabalho, esse é o grande motivo de orgulho do agricultor, criar...
...e tudo isto em comunhão com a natureza, essa é que é essa!!!
E juntando a tudo isto, a família, quem sabe voltemos a ter famílias numerosas, pois, já o ditado dizia, onde comem dois, comem três!!!
Alexandre Sarmento
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