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«Dizer que Salazar foi um génio político será impolítico. Mas foi. É uma consolação da esquerda imaginar um provinciano manhoso, teimoso, cheio de sorte e obedecendo pura e simplesmente aos grandes deste mundo para conservar o poder. Eis um engano com o qual nada ganhamos. (...) É de repensar tudo acerca de Salazar. Num país atrasado, um grande conservador apoia-se fatalmente, embora não exclusivamente, em forças reaccionárias, mas os termos não são sinónimos. Melhor ainda: um conservador desses é em parte um reaccionário. Mas sabe evoluir, tem um plano capaz de digerir as modificações necessárias, de se limitar e enquadrar pelos princípios de sempre: Deus, Pátria, Família, Propriedade. Não quer voltar atrás ou sequer parar. Modela o novo pelo antigo, prudentemente.
(...) ao ser o único que reflectiu com certa largueza e ao mesmo tempo com realismo, sobre a questão do Estado, o pensamento político salazarista é o mais estruturado deste século em Portugal. É pena que assim seja, mas é verdade».
Manuel de Lucena («Portugal sem Salazar»).
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