sexta-feira, 8 de novembro de 2019

A Pátria Sagrada.

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(...) A pátria prende o homem com o vínculo sagrado. 

É preciso amá-la como se ama a religião, obedecer-lhe como se obedece a Deus. 
«É preciso dar-mo-nos inteiramente a ela, tudo lhe entregar, votar-lhe tudo». 
É preciso amá-la gloriosa, ou obscura, próspera ou desgraçada. 
É preciso amá-la como Abrãao amou o seu Deus, até lhe sacrificar o seu próprio filho. 
O grego ou o romano, não morrem apenas por dedicação a um homem, ou por gestão de honra, mas dão a sua vida pela pátria. 
Na verdade, se esta é atacada, é a religião que é agredida. 
Verdadeiramente, a pátria combate pelos seus altares, pelos seus fogos, pro aris et focis, e isto porque, se o inimigo se apoderar de sua urbe, os seus altares serão derrubados, os fogos extintos, os sepulcros profanados, os seus deuses destruídos e o culto para sempre olvidado. 
No amor da pátria está a piedade dos antigos.
A posse da pátria devia ser muito preciosa, porque os antigos não imaginavam castigo mais cruel que privar um homem dela. A punição ordinária, pelos grandes crimes, era o exílio».
Fustel de Coulanges («A Cidade Antiga»).

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