"Na política interna, a Democracia conduz à fraqueza. Dispersando a Autoridade, destrói-a. Dividindo ao máximo as responsabilidade, suprime-as na prática. Por isso, no momento do perigo, a Autoridade irresponsável da Democracia, sem força nem coerência, é incapaz de se opor à desordem.
Na política externa, a Democracia não se opõe também aos ataques ou ciladas do estrangeiro. Primeiro, porque a sua mitologia da Fraternidade a impede de acudir à defesa militar. Segundo, porque a tendência dos partidos de oposição e a missão dos agentes das sociedades secretas internacionais, são de favorecer às ocultas e até elogiar em público a intervenção estrangeira.
Temos a clara exemplificação destes pontos de vista:
— Quanto à política interna, na Democracia espanhola de 1931, em que os governos se viam reduzidos a assistir passivamente às greves, aos incêndios, aos massacres, às agitações de uma guerra civil cada vez mais feroz;
— Quanto à política externa, na atitude da Democracia francesa durante a Grande Guerra, entregando-se à Ditadura civil de Clémenceau, e às sucessivas ditaduras militares de Joffre, de Gallieni, de Foch — para resistir e vencer.
Logo, a Democracia, negação da Autoridade e da Responsabilidade — é incapaz de ser forte."
João Ameal
in «Integralismo Lusitano — Estudos Portugueses», 1932.
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