sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

O renascer das cinzas!!!




Vendo bem as coisas, Portugal precisa de um novo PREC, mas ao contrário.
O grande problema é que não se vê quem o possa realizar.

Solução haverá sempre, talvez começando por correr com metade dos deputados da AR, dar de novo voz ao Portugal Profundo, às regiões, criando um Senado com representação regional. Formando governos com gente isenta e honesta com provas dadas, excluindo os já tradicionais parasitas carreiristas da política, os parasitas aos serviço dos partidos detidos pelas lojas maçónicas.
Acabar com exclusividade dos partidos nas candidaturas ao Parlamento e acabar com subsídios aos Partidos, deixando que o suporte financeiro dos mesmos seja feito exclusivamente pela sociedade civil, neste caso pelo seus militantes e simpatizantes.
 
Abrir o sistema eleitoral a candidaturas uninominais, pois se estamos em democracia, por que não, por que razão temos nas candidaturas ao parlamento um feudo dos Partidos Políticos, qual a lógica, têm medo de quê, têm medo de quem?

Acabar com as empresas públicas, fazer concessões ou outsourcing, passando desta forma assim a ser o risco privado. 
Acabar com pelo menos 100 Municípios e reduzir a metade as freguesias.


Terminar com a já tradicional burocracia, todos sabemos que para se tratar do que quer que seja estamos sujeitos a intermináveis barreiras, aprovar um projecto ou resolver qualquer assunto inclusivamente na justiça leva anos, além do valor que pagamos, o que vai para sustentar a máquina disfuncional de um Estado Vampiro, agilizar os processos e mexer onde estão os bloqueios na legislação, licenciar em Portugal, é ter que alinhar com corrupção ou compadrio, só assim se consegue agilizar o processo de apreciação, aprovação ou financiamento de um qualquer projecto!

Dar incentivos à agricultura, tornar de novo o país auto suficiente, deixando de parte as tais directivas comunitárias que levaram ao descalabro e aos perfeitos atentados ambientais neste país! Falta planeamento, os projectos viáveis são por norma reprovados por normativas que não estão adequadas, nem ao nosso território nem à nossa estrutura de propriedade. Urge implementar verdadeiros planos de fomento, aliás, à imagem daquilo que se fez neste país no tempo do Estado Novo. 
Reverter os negócios ruinosos que retiraram ao controle dos portugueses sectores  de importância nacional, dou como exemplo as barragens, poderei também indicar o sector energético e a gestão dos recursos hídricos.



Deixar mais dinheiro nas mãos dos particulares, baixar substancialmente a pesada carga fiscal, fazendo dessa forma que a iniciativa privada se substitua em parte a uma máquina do Estado já sobejamente conhecida por ser um sumidouro do dinheiro dos contribuintes sem que haja percepção ou melhoria dos serviços e da administração pública, na prática em vez de sermos servidos pela máquina do Estado, passámos a ser nós os servidores do Estado, ou seja vivemos num Estado que tudo domina, vivemos num Estado parasitário, para ser franco, vivemos num sistema comunista no qual a propriedade privada nos está vedada, passámos a ser arrendatários daquilo que julgamos ser nosso!!!

Olhando para as empresas de capital público ou misto, só não vê quem não quer, os nossos governantes privatizaram os lucros e nacionalizaram os prejuízos, olhemos para a TAP, Carris, Metro, CP, RTP e tantos outros sumidouros dos dinheiros públicos, e já agora, a tal questão do utilizador pagador, quem usa ou usufrui desses serviços que os pague!!! Que sentido faz, alguém que vive no interior do país, gente que nunca utilizou, nunca teve acesso e não necessitou de um determinado serviço ser taxado em impostos para pagar aquilo a que nunca teve direito ou utilizou?


Poderemos deixar aqui outra achega, as tais de PPP´s rodoviárias, porque razão não se acaba com essa pouca vergonha, que sentido faz, nas regiões do interior do país e sem que haja alternativas termos que pagar taxas de portagem exorbitantes, falam-nos de utilizador pagador, mas então em que ficamos, pagamos por utilizar estas vias e ainda pagamos as mordomias dos eleitores dos grandes centros, e depois admiram-se de ver o interior a ficar envelhecido e demográficamente numa miséria, um deserto!!!
Privatizem-se as empresas públicas, deixem de fora apenas aquelas que tenham a ver com estratégia nacional, neste caso, as do sector energético, a saúde e a gestão dos recursos hídricos.
Fazer uma gestão da nossa Zona Económica Exclusiva, fazer uma gestão integrada dos nossos recursos subaquáticos, relançar o sector das pescas, a transformação e devolver aos portugueses o direito a pescar nas nossas águas, isto de ter a maior plataforma marítima da Europa e importarmos a grande maioria do pescado que consumimos é senão muito estranho, é anedótico, até porque muito do peixe que importamos é pescado nas nossas próprias águas, enfim!!!


Dar mais poder aos municípios, tendo em especial atenção o sector do urbanismo, não entendo como se continua a dar alvarás para novas construções quando vemos os núcleos habitacionais ao abandono, basta olharmos para o estado miserável dos centros de algumas das nossas cidades, vilas e aldeias, se olharmos com atenção em breve os outrora núcleos serão meros vazios, ruínas, espaços vazios onde antigamente havia o movimento proporcionado pelo pequeno comércio, pelos serviços e sobretudo pela habitação nesses mesmos espaços.

 Poderemos também abordar o tema da banca que tanta tinta tem feito correr, uma vergonha, quiçá o maior exemplo da falta de justiça neste país, um sector parasita dos cofres públicos, falo neste caso de Banca Privada, se eram bancos privados, porque razão teremos que ser nós, os contribuintes a pagar o monumental buraco deixado por razões diversas, começando por gestão danosa, e acabando na prostituição entre a política e a finança. Quem não se lembra do BANIF, do BPP, do BPN, do BES e outros, neste caso sou bastante pragmático, nacionalizem-se a totalidade dos bancos, já que somos nós os contribuintes a suportar as suas perdas, porque não sermos nós os donos e usufrutuários dos serviços dos mesmos?
Com um buraco monumental, com pornográficas injecções de capital, e sabendo nós que os donos ou gestores desses bancos estão imunes à justiça, acho tudo muito estranho, não se nota indignação, não se vê protestos nem arruadas, tudo continua impávido e sereno!!!


Para concluir, apesar de muito mais haver a dizer, andamos drogados, é o COVID, é o futebol, é a palhaçada, o circo da política, exultamos com tudo isso, seguimos ufanos, alienados da realidade, continuamos a olhar para o lado, a pobreza é real, segundo a estatística já temos um terço da população a viver abaixo do limiar da mesma, as filas para a sopa dos pobres já começam a ser uma das imagens do regime, e paradoxalmente insistimos em negar o óbvio, este país está a naufragar, tempos difíceis virão.
Não pensem que voltaremos ao nível de vida anterior ao desta crise montada pelos donos do sector financeiro, na verdade tudo isto foi bem estudado, mais uma vez, e como em outras alturas da História, seremos vergados pela fome, pela necessidade, a História da Humanidade caracteriza-se pelos seus ciclos, enfim, vamos continuar a viver impávidos e serenos este paradigma, ou vamos começar a pensar pelas nossas cabeças e a regressar ao espírito de comunidade que nos caracterizou outrora?

Recordo-vos uma frase do saudoso Professor Hermano Saraiva.

"Nunca fomos muito, mas enquanto fomos todos, fomos sempre os bastantes!"

Quis o grande vulto da nossa cultura dizer, enquanto andar-mos a olhar para o nosso umbigo, enquanto não nos unirmos, enquanto não formarmos uma verdadeira comunidade todos a lutar por um bem comum, nunca seremos nada, não passaremos de um rebanho tresmalhado e à mercê de todas as ameaças!
O espírito de uma democracia partidária destruiu o espírito de Nação, voltou os portugueses uns contra os outros, fizeram de nós um povo individualista, vaidoso, ignorante e invejoso...

Por enquanto continuamos o mesmo povo de mansos, resta saber até quando!!!!

Estamos no início de um novo ano, por que não nos esforçarmos por que seja este o ponto de viragem, o início de uma nova era, o renascer desta Nação?

Bom ano a todos.

Desculpem qualquer coisinha.

Alexandre Sarmento

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