sábado, 6 de abril de 2019

O que é ser nacionalista?



O que é ser nacionalista?

Para falar do que é ser nacionalista, é necessário definir o que é nacionalismo. E, antes disso, é preciso definir o conceito de nação.
Nações são grupos humanos culturalmente homogéneos, maiores do que uma tribo ou uma comunidade, que partilham as mesmas línguas, instituições, religiões e experiências históricas, ou seja, nação é um grupo de indivíduos que se sentem unidos pela origem comum, pelos interesses comuns e, principalmente, por ideais e aspirações comuns.
Nação é uma entidade moral no sentido rigoroso da palavra. Nação é muita coisa mais do que povo, é uma comunidade de consciência e identidade unidas por um sentimento complexo, indefinível e extremamente poderoso: o patriotismo.
A nação é, portanto, algo abstrato, mas isso não faz dela algo irreal, ilusório. A nação é a alma coletiva de um povo, uma identidade construída ao longo de séculos de experiências históricas, de conflitos, de vitórias, de derrotas e de reviravoltas ou seja, a nação,tal como o indivíduo, é o resultado de um longo processo de esforços, de sacrifícios e de devotamentos, a nação é formada pelos antepassados e pelas gerações futuras. O sentimento patriótico é o que dá melhor forma à nação, que lhe dá os contrastes mais discerníveis. Nação e pátria são, pois, conceitos com uma relação muito intensa.
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O nacionalismo é o sentimento de exaltação da nação. Ressalvo aqui que nação nada tem a ver com Estado, portanto, essa exaltação à nação refere-se ao povo, à população; os interesses nacionais defendidos nesse processo são, pois, interesses da coletividade nacional, e dão das estruturas oficiais (ou oficiosas) de poder.
As raízes do nacionalismo encontram-se firmemente enterradas na antiguidade oriental: mesopotâmicos, persas e egípcios apresentavam, em suas culturas, traços nacionalistas primitivos. O nacionalismo como o conhecemos surgiu na Idade Moderna e foi demonstrado de modo bastante claro em movimentos como a Revolução Francesa(infelizmente de cariz maçónico), a Guerra da Independência dos EUA e as reunificações alemã e italiana. Durante o período da Segunda Guerra, foi reiteradamente usado de maneira deturpada como bandeira pelos ideários totalitários, notadamente o nacional-socialismo e o fascismo, bem como as doutrinas políticas neles inspiradas. Ainda hoje, o nacionalismo é visto como uma característica específica de movimentos neo-nazis, fascistas e análogos, o que gera algumas contradições e confusões
Tendo exposto tudo isso, posso chegar ao cerne do texto: o que é ser nacionalista? Respondo: é, primordialmente, cultivar o sentimento do nacionalismo. Ser nacionalista é amar a pátria e a nação; é conhecer e respeitar os símbolos nacionais; procurar conhecer cada vez mais a trajetória da nação ao longo dos anos; e é, principalmente, defender os interesses nacionais não somente com palavras, mas com atitudes.
O verdadeiro sentimento nacionalista não se constrói nem se alimenta de injustiças, xenofobia, racismo, supremacismos e outros venenos dessa categoria apenas destroem a nação e contribuem para fomentar a diferença de maneira prejudicial e desviam perigosamente o foco de toda a questão, o verdadeiro nacionalismo deve promover o desenvolvimento da nação com bom senso, sem excessos nem precipitações.
Portugal precisa de gente que arregace as mangas, que lute por ele e que o construa forte, firme e digno.

Alexandre Sarmento

4 comentários:

  1. Mais uma pagina que se enquadra no meu ensamento de UNIDADE DA NAÇÃO .É pena que os intelctuais que agora em não queiram saborear a HISTORIA DE SER PORTUGUÊS
    nota.o sou letrado não tenho conhecimento de blogs ou outros post.

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  2. Pois ... mas todos esses valores foram intencionalmente destruídos e o que temos agora ? Uma juventude à deriva, sem valores, sem objectivos porque sem consciência da Nação. Fracos dirigentes tornam fraca a forte gente.

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  3. Concordo com muitas coisas que diz, porém outras nem tanto. Portugal como nação foi construída, e de cima para baixo.Mas trata-se efetivamente de uma construção que não tem nenhuma etnia ou povo como base da identidade. Foi o país quem fabricou essa mesma identidade.

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