quarta-feira, 24 de julho de 2019

O mito do grande demitidor, inventado por democráticos aldrabões.





Mais uma figura utilizada pela esquerda e pelo regime vigente para atacar e denegrir a figura de Salazar, a PIDE e o regime do Estado Novo, vou tentar desmontar categoricamente a mentira e o embuste em torno desta figura, o anti-fascista, o anti-salazarista e o democrata, o ídolo da esquerda!!!

"Marcello Caetano conta nas suas Memórias, referentes à época em que foi ministro de Salazar, que este reagiu aparentemente sem preocupação aos boatos que no início de 1958 começaram a surgir sobre Humberto Delgado. Acabado de regressar de Washington, onde tinha sido representante de Portugal na NATO, Delgado manifestava intenções de se apresentar, nesse ano, como candidato independente à Presidência da República. A tranquilidade do habitualmente desconfiado Presidente do Conselho baseava-se no longo passado do general como servidor do regime.

Humberto Delgado nasceu em 1906. Era por isso um jovem oficial quando se dá o golpe de estado de 28 de Maio de 1926, no qual participa. Torna-se logo a seguir um entusiástico apoiante do Estado Novo, tendo publicado em 1933 um livro, Da Pulhice do Homo sapiens, onde fazia rasgados elogios ao “grande homem Salazar”.

Era verdade que, por vezes, Salazar recebia dele cartas demasiado desabridas para aquilo que era normal nos seus colaboradores. Como esta, em 1946, quando ainda nem era general: “Ora eu sirvo incontestavelmente V. Exa. com respeito, alta admiração […] e até dedicação pessoal apesar da quase permanente frieza de V. Exa.; mas confesso que não sei servir com medo ou subserviência […].”

Contudo Delgado tinha sido dos primeiros dirigentes da Legião Portuguesa e comissário-adjunto da Mocidade Portuguesa, além de que desempenhara missões importantes, por exemplo como representante nas negociações secretas para a cedência de bases nos Açores ao Reino Unido. Tinha estado até na origem da criação da TAP e era nessa altura diretor-geral da Aviação Civil. Aliás, recebera pouco antes, em novembro de 1957, a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis.

Os avisos de Caetano tinham no entanto razão de ser, como iria provar-se nos sete anos seguintes. O General Delgado tinha regressado de Washington transformado, era um homem muito diferente daquele que Salazar conhecera e com quem tinha trabalhado.

A personalidade era a mesma, impetuoso, por vezes insensato, como veio a provar-se no futuro, mas agora o seu fascínio deslocara-se do salazarismo, que lhe parecia não conseguir vencer o atraso e se ter deixado dominar pela rotina (“Salazar está velho, está gasto, está fora de moda!”, confidencia a Caetano), para o modelo de sociedade que o tinha seduzido nos EUA (como desabafou Salazar ao seu ministro da Defesa, Delgado “voltou estragado dos EUA”). Depois da permanência nos EUA desenvolveu um projeto: reformar os Estado Novo substituindo Salazar."

(fonte, "Observador")




HUMBERTO DELGADO: O MAIOR FASCISTA DE PORTUGAL!

Certo dia passei eu pela minha sala de estar quando me deparei numa revista mensal de um jornal bastante conhecido. Abri assim de relance e reparo nas página s do meio, com uma reportagem e fotos inéditas de um dito cujo senhor muito falado nas histórias do nosso período Salazarista. Portugal inteiro (excepto os pró nostálgicos Salazaristas), concordam com o tal ‘General sem medo’, o general que desafiou Salazar, o general que foi tramado nas eleições, o general que morreu atentado num golpe pelo Salazar! Escrevo correcto, caro(s) amigos(a) acorrentado(s) dos média??? Ora bem, agora digo eu: BOOLSHIT! É MENTIRA! O GENERAL SEM MEDO, ERA FASCISTA!

Apresento-vos aqui uma pequena prova: «Era então chefe da Legião Portuguesa o jovem e muito inteligente Costa Leite Lumbrales que, depois, foi muitos anos ministro da Presidência às ordens imediatas de Salazar. Fomos ele e eu os oradores de um ressoante acto público em plena Lisboa. Porém, poucos dias depois, num banquete que aos espanhóis dedicou a Legião, no Casino do Estoril, não tendo Costa Leite podido comparecer por motivo de uma ocupação inesperada, em seu lugar ofereceu o banquete um capitão da Aviação, comissário da Mocidade Portuguesa, que se chamava Humberto Delgado. Almoçámos, pois, juntos e, como é natural, falámos todo o tempo de política. O então capitão Delgado era um homem entre os trinta e cinco e os quarenta anos, muito moreno, corpulento e com uma enorme vitalidade. Expressava-se com grande veemência e pareceu-me pouco prudente, pois sem encomendar-se a Deus nem ao diabo começou a dizer-me que achava o regime português “pouco fascista”. Confessou-me que admirava Mussolini e que lhe parecia necessário “endurecer” a Legião portuguesa e, sobretudo, a Mocidade. O agora chefe da oposição “democrática” ao Estado Novo edificado por Salazar cria que ainda havia demasiadas reminiscências liberais nas junturas das instituições e fórmulas do novo regime, e advogava “maior força e severidade.» Humberto Delgado, dotado de grande ambição, pouca paciência e menos prudência, era o fascista mais avançado que conheceu em Portugal.

Tradução de um artigo de Jesus Suevos, no Arriba de 29 de Janeiro de 1961



"O general Humberto Delgado, em 1958, terá sido o primeiro “sapo-vivo” que o PCP teve que engolir em matéria de candidaturas à Presidência da República. Perante a vaga de fundo que a campanha do general levantou no país, e face às sucessivas desistências dos candidatos Cunha Leal e Arlindo Vicente e à indisponibilidade de Manuel João da Palma Carlos, o PCP acabou por aderir à candidatura. Mas, em Abril de 1958, menos de um mês antes da abertura da campanha, ainda os comunistas consideravam que o general “foi sempre um adepto e defensor do regime fascista de Salazar e até hoje não há um só facto que mostre que ele mudou de ideias”. O documento é datado de 6 de Abril de 1958 e assinado pela Comissão Política do Comité Central do Partido Comunista Português."

(fonte, "Esquerda.net.")



O capitão Humberto Delgado numa manifestação dos falangistas espanhóis em Lisboa (1938).

«(...) O feitio "militar" de Humberto Delgado e o seu descontrolo verbal desagradavam já desde antes do assalto a muitos dos portugueses que rodeavam Galvão. Mas apesar deste choque de egos, dias depois o capitão procura-o para uma conversa a sós: quer revelar-lhe os seus planos para o próximo ataque a Salazar.

O golpe tem tudo para voltar a concentrar a atenção da opinião pública mundial contra o ditador português. É uma espécie de reedição da Operação Dulcineia, mas mais curta - embora não menos arriscada. A ideia é tomar o comando, em pleno voo, de um avião da TAP para sobrevoar Lisboa e lançar sobre a capital portuguesa milhares de panfletos antifascistas.
Humberto Delgado acha a ideia péssima e "teatral". Prefere concentrar todas as forças numa sublevação militar no terreno, a partir de um quartel, em vez de investir num novo golpe com impacto apenas ao nível da opinião pública.
Os dois homens deixam de se falar, mas o capitão continua a preparar o seu plano e há rumores que angaria fundos através de uma original venda de "títulos revolucionários" aos portugueses abastados no Brasil, com preços a partir de 30 mil cruzeiros. Ao fim de 42 dias sem contactos, é ele que escreve uma carta ao general, onde fala do assalto ao Santa Mariacomo um novo marco na oposição ao regime, a partir do qual se abrem mais possibilidades de luta. Delgado, que discordara da forma como a Operação Dulcineia fora conduzida (sobretudo da decisão de desembarcar um ferido, que inviabilizara a chegada à ilha de Fernando Pó), mantém a recusa de entregar ao capitão o comando das operações revolucionárias e extingue o cargo de secretário-geral do Movimento Nacional Independente, até aí ocupado por Galvão.
No próprio dia, novamente por escrito, o capitão desvaloriza a importância do Movimento de Delgado e diz que ele é que já não quer exercer mais qualquer cargo na organização, "salvo no caso de renúncia do seu chefe" - ou seja, Galvão admite ficar se Delgado sair, o que o general considera uma afronta ao seu estatuto de líder da oposição a Salazar. Nesta última mensagem, Galvão despede-se de forma provocatória. Às expressões "Pró-pátria, pró-liberdade", habitualmente usadas por Humberto Delgado, o capitão acrescenta: "E também pró um pouco de objectividade e bom senso".


(...) Numa conferência em São Paulo, em Junho de 1962, o capitão defende que há três formas de derrubar o governo português: uma sublevação popular; uma invasão de forças formadas no estrangeiro; ou a morte de Salazar, através da violência. Nesta fase a relação com os outros adversários do regime que estão no Brasil torna-se cada vez menos próxima. Mas ainda são feitas várias tentativas para uma reconciliação com Humberto Delgado, que também regressa ao Brasil depois do assalto ao quartel de Beja, em 1962. Realiza-se uma reunião no templo maçónico do Rio de Janeiro, onde se sugere a constituição de uma comissão de conciliação para voltar a juntar o capitão (que não é maçon) e o general (que é grão-mestre do Grande Oriente Português no exílio).
Mas a reaproximação é impossível. Humberto Delgado chega a promover um abaixo assinado entre os oposicionistas portugueses para pedir a expulsão do seu ex-amigo do Brasil. Nas cartas para os mais próximos, o general passa a referir-se ao capitão como "fiteiro", "traidor" e "gangster". E publica uma carta nos jornais onde, a pretexto de denunciar a falta de seriedade de Galvão, o acusa de ter roubado umas portas do Convento de Mafra para fazer um móvel em madeira de pau-santo, quando era um jovem militar. É um boato que persegue o capitão desde o início do Estado Novo. Galvão não perdoa e interpõe um processo contra o general, mas o caso não chega a julgamento e acaba por ser arquivado pela justiça brasileira. Não espanta por isso a forma como o capitão se refere ao seu rival da oposição, numa carta a Maria de Lurdes, em Dezembro de 1963.
"O Delgado saiu para sempre do Brasil. Ainda bem. Foi ter com os comunistas e portou-se por cá como um macaco num armário de louça. Esse está liquidado de vez e receio bem que venha a acabar muito mal. Deixa atrás de si o espectáculo de um estado patológico de indignidade política e moral que só se explica com casos de loucura


R. I. P:"»

Pedro Jorge Castro («O Inimigo N.º 1 de Salazar. Henrique Galvão, o líder do assalto ao Santa Maria e do sequestro de um avião da TAP»).



A questão do ódio visceral contra Salazar também foi, por motivações diversas, característica comum a outras figuras previamente conotadas com o regime salazarista, nomeadamente Henrique Galvão e Humberto Delgado. Sobre este último, diz-nos o embaixador Carlos Fernandes que o seu ultra-salazarismo extinguiu-se por questões de ambição pessoal, já que lhe fora sucessivamente recusado o Governo de Angola, a administração dos Caminhos de Ferro e o Banco Nacional Ultramarino. Daí ter-se apresentado, em 1958, como candidato a Presidente da República pela oposição, passando então a apregoar-se como democrata por ressentimento ou simples oportunismo político. E quem «diria que, chegado ao Brasil em 1961, Delgado haveria de proclamar o seu visceral anticolonialismo, aliado ao anti-salazarismo!» (op. cit., pp. 202-204).

De resto, as veleidades teatrais de Humberto Delgado foram tantas, que não nos coibimos de transcrever este trecho deveras caricato no âmbito do assalto ao paquete Santa Maria por Henrique Galvão:

«Ao anoitecer, a bordo de um pequeno barco de pesca alugado pelos repórteres das revistas Life e Time, Humberto Delgado consegue encontrar o Santa Maria. “Bem-vindo, meu general”, recebe-o Miguel Urbano Rodrigues. Dezenas de turistas fotografam o momento. Mas quando Humberto Delgado sobe a bordo, o gancho de uma grua do navio solta-se, acerta-lhe nas costas e fica preso ao seu cinto elevando-o um pouco e tirando-lhe os pés do chão. O general, vestido de fato e gravata, agarra-se à escada e ameaça cair ao mar. Mas consegue recuperar o equilíbrio, solta um palavrão e põe as culpas no jornalista que o recebe: “Vou destruí-lo!”»

(in Pedro Jorge Castro, O Inimigo n.º 1 de Salazar. Henrique Galvão, o líder do assalto ao Santa Maria e do sequestro de um avião da TAP, A Esfera dos Livros, 2010, pp. 175-176).



(...) Quando Humberto Delgado, ao iniciar a sua campanha, se refere a Salazar e diz que se eleito o demitirá - obviamente, demito-o - abre-se uma nova época no Estado Novo. Para uns, a frase é de um louco: como tem a ousadia de afrontar a autoridade incontestada de Salazar, o seu prestígio sem mácula, o seu vulto intocável? Para outros, é uma frase audaz que afinal reduz o chefe do governo às proporções de homem comum: acaso Salazar é sacrossanto ou eterno? De súbito, pelo país além, tudo parece posto em causa: está quebrada a redoma em que o Estado se diria envolto, vê-se apeado o andor em que se diriam transportados os governantes, parece que são frágeis as instituições que se diriam de bronze. É outra a atmosfera da nação, do povo. Não é a figura de Delgado que impressiona: nos homens esclarecidos, mesmo entre os oposicionistas, não há ilusões quanto ao seu primarismo, falta de bom senso, incoerência, demagogia, incapacidade de encarar os problemas no plano superior do Estado. Encontrando-o no seu pouso da Livraria Bertrand, depois da campanha, pergunta Santos Costa ao seu amigo Aquilino Ribeiro: "Mas você acha que aquele homem tem as condições para exercer algum dia, com proveito para a nação, as funções de Presidente da República?" Responde o mestre escritor: "É evidente que não, meu caro amigo! É a política! Nós precisamos acima de tudo alguém que nos abra a porta. O resto se verá depois!" Mas a candidatura de Delgado, conduzida como o foi, rompe os moldes estabelecidos, derruba padrões assentes; e a sociedade portuguesa é batida por uma rajada que a faz estremecer até aos seus fundamentos. Em si, o acontecimento transcende o candidato, que se transforma em instrumento.

Franco Nogueira («Salazar. O Ataque - 1945-1958», IV).

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« Demolidora vem a crise mundial [de 1929] que na opinião da engenheira Perpétua, devia ter sido uma salvação para nós... Por nós importarmos mais que exportamos. Com ela naturalmente vieram as falências e as penhoras. Cunha Leal esfregará como esperto, as mãos de contente, e dirá: não é a crise a culpada; é o Salazar, seguindo a Perpétua. La politique oblige...

Quem tem culpa de no Canadá se queimar o trigo como carvão para... o aproveitar? — Salazar. O culpado do desemprêgo na Inglaterra e na Alemanha — o Salazar. Dos estoiros dos bancos da livre América? E assim por diante? Sempre o Dr. Oliveira Salazar... ”Vão às colheitas os pardais? ”De quem a culpa senão dos Cabrais?“...

[...]

O mais contra Salazar não tem resposta. Só a tiro, como já disse.»

Humberto Delgado, Da Pulhice do “Homo-Sapiens“, Lisboa, Casa Ventura Abrantes, 1933, pp. 222, 250.



Para terminar, temos aqui um exemplo caricato, um fascista que virou anti-fascista, um Salazarista que virou anti-Salazarista, um adorador de Hitler e Mussolini, que acabou por alinhar numa candidatura presidencial apoiado pelo PCP, um perfeito paradoxo, personagem vingativa, extremamente vaidoso e excessivamente confiante, tudo aliado a um grau elevado de pedantismo, pouco ou nada podera espantar o desfecho do seu percurso de vida.

Dizem ter sido vitima da PIDE e de Salazar, não creio, foi vitima de si mesmo, vitima da sua atitude, da sua vaidade!!!

Alexandre Sarmento

2 comentários:

  1. Alexandre deviam dar-te o prémio Camões, pois és o melhor informado e arguto escritor Português. Obgd pela tua infatigável diligência para instruir os portugueses preguiçosos e ignorantes. Um abraç0 Eduardo Ricou

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