terça-feira, 18 de junho de 2019

Nunca fomos muitos, mas fomos bons.


O problema deste país, está em ninguém assumir as suas responsabilidades, isto desde o vulgar cidadão até ao mais alto magistrado da nação, temos hoje um país em roda livre, completamente desgovernado, destravado, e pelo que vemos o resultado não é muito agradável.
Estamos cada vez mais enterrados num verdadeiro lamaçal, estamos nas areias movediças, quanto mais nos mexemos mais nos enterramos, quanto mais tempo passar mais difícil será inverter o ciclo.
Será assim tão difícil inverter a situação?
Será que depois de quase meio século de desgoverno, não aprendemos nada, será que perdemos o espírito crítico, perdemos a percepção da realidade, ou mesmo passámos a adoradores da nossa própria miséria material, ou mesmo intelectual?
Série exposição “Motivos do Sul. Tavira, 1943/45.

Será que este povinho ainda não entendeu que os governantes são apenas gente mandatada para executar um serviço à nação, são servidores da nação ou em boa verdade deveriam ser os gestores dos interesses da nação, zeladores dos interesses da nação, nada mais, pois é para isso mesmo que lhes pagamos.
Os nossos governantes, poderiam e deveriam ser sancionados por gestão deficiente, danosa, ou criminosa, pois, são gestores pagos principescamente e como tal deveriam ter uma actuação condizente com as responsabilidades que todos nós lhes confiámos, na verdade, o objectivo do trabalho desses elementos é gerir os bens da nação e zelar pela segurança da nação e pela integridade do país, zelar pela nossos interesses e soberania, facto que infelizmente não acontece há décadas!

Ao invés disso, temos governantes que não passam de executivos sem capacidade, executivos que em vez de aplicarem os seus serviços e valências ao serviço da nação, apenas defendem os seus interesses pessoais, os interesses dos seus partidos, os interesses das empresas e corporações dos amigos ou arrisco mesmo dizer, defendem os interesses das suas obediências maçónicas, são portanto criminosos de colarinho e luva branca, são criminosos e traidores.
Como responder a tudo isto, muito fácil, vedar o acesso desta gente a todo e qualquer cargo em que possam de alguma forma valer-se da sua posição para dessa forma obter proveitos para si próprios ou companheiros de crime.

No passado havia um livro de regras de conduta, ao qual chamamos de Constituição da Republica Portuguesa, e, refiro-me neste caso e com toda a certeza à CRP de 1933, por sinal uma constituição plebiscitada na qual constavam artigos nos quais os interesses da nação portuguesa estavam salvaguardados, estavam mesmo blindados, senão vejamos e a título de exemplo, todo e qualquer negócio efectuado por ocupante de cargo público que de alguma forma se mostrasse lesivo para com os interesses da nação era automaticamente anulado, o seu signatário afastado do cargo, e dois pormenores importantíssimos, respondia com os seus bens e perdia grande parte dos seus direitos como cidadão, posto isto, que mais dizer!
Só realmente os melhores, só os capazes e honestos ocupavam cargos de estado, havia uma meritocracia e não o regabofe que hoje temos com um sistema pejado de incapazes, impreparados, corruptos ou mesmo criminosos a ocupar cargos executivos ou ao leme da nação, temos hoje os boys em acção, os merdocratas...

Alentejo, apanha da azeitona.

Se tivemos um bom exemplo no passado, porque não exigirmos de novo um retorno a um país funcional e no qual todos possamos confiar nos gestores, confiar nos governantes.
Tudo se acabou quando alguém que não o povo português aprovou uma CRP que mais não passa de um manual da cleptocracia, um manual de más práticas de gestão dos interesses de um país, um manual no qual se defenderam os interesses dos traidores da nação, um manual nojento no qual até foi permitido sem consulta popular vender a nossa soberania a Bruxelas, perfeito, certo?

De que nos queixamos, se alinhámos na farsa, votamos em associações criminosas, damos vivas e tecemos loas a todos aqueles que nos roubam, e estranhamente, muitos de nós ainda têm como heróis perfeitos criminosos, senão vejamos o caso de Mário Soares, Sócrates ou mesmo este Primeiro Ministro, António Costa, isto para já não falar de uma miríade de criminosos do antes e pós 25 de Abril, aqueles que venderam o nosso território e condenaram esta nação, aqueles que condenaram milhares de portugueses autóctones dos nossos territórios ultramarinos à morte, fome, subdesenvolvimento e escravatura, belo trabalho, pergunto eu, alguém foi condenado ou espoliado pelos prejuízos causados? 
Muitos deles foram mais do que vulgares criminosos, foram genocidas e portanto deveriam ter sido sujeitos a pena capital, infelizmente estamos no reino da impunidade, o reino da hipocrisia, o reino no qual os traidores foram transformados em heróis!

Artur Pastor

O que dizer quando vemos o nosso território assolado por vagas de incêndios, quando vemos milhares de pessoas perderem todo o fruto de uma vida, quando vemos centenas de pessoas morrerem impunemente, quando morre gente por falta de tratamento em macas nos corredores de hospitais, quando morrem idosos por falta de cuidados, quando somos abandonados pelo sistema depois de passado o nosso período contributivo, depois de passado o nosso prazo de validade somos relegados para segundo plano, falam em Estado Social, mas qual Estado Social, pergunto mesmo, qual Estado e qual sociedade?
Realmente estamos condenados, somos na realidade um povo merdificado e imbecilizado, feliz com a nossa desgraça, um povo distraído com problemas menores, distraídos com futilidades, pão e circo, digo eu!!!
Sabem o que vos digo, os verdadeiros culpados somos nós, somos nós quem tudo permite, somos nós com a nossa vaidade, inveja, ignorância e individualismo, perdemos o espírito de grupo, perdemos o espírito de nação, deixámo-nos levar pelo dividir para reinar promovido pela nossa tão "querida" democracia, a farsa da democracia, o regime em que todos os partidos fazem parte da mesma seita, fazem parte da mesma máfia ou associação criminosa.
Temos aquilo que escolhemos e merecemos, somos um povo de conformados, perfeitamente apáticos e imóveis.
Somos na realidade aquele povo que nem se governa nem deixa governar...infelizmente!!!
Só temos uma saída, união, todos juntos, há que refundar uma nova União Nacional...
Precisamos de um homem do leme, ou precisamos de nos tornar todos em homens do leme, pois cada um terá que saber ocupar o seu lugar e assumir as responsabilidades perante a sociedade, ou seja, a sociedade somos nós, começa em nós!!!

Secagem de figos. Décadas de 50/60.

Bem sei que nunca seremos muitos, mas teremos que ser todos para que consigamos ser sempre os bastantes, esta é a única saída, estamos territorialmente limitados, somos um país e uma nação pequena, mas quando fomos unidos ultrapassamos sempre as dificuldades, impusemos a nossa vontade, fomos uma verdadeira Nação, una e que gritava a uma só voz, porque não mudar de paradigma e voltar a ser aquilo que fomos, verdadeiros seres humanos, uma referência em termos humanísticos e civilizacionais, fomos nos quem abriu novos mundos ao mundo, fomos grandes, fomos portadores de verdadeiros valores humanos, fomos os grande e verdadeiros globalizadores!!!

E fomos grandes porquê, eu respondo, porque o sonhámos e lutámos por esse mesmo sonho!!!
Alexandre Sarmento

2 comentários:

  1. Mais um belo texto pleno de verdades "idas"

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  2. Este país é manobrado por uns lunáticos que teimosamente falam de democracia, mas o que temos é verdadeiramente uma ditadura ideológica muito perigosa para o futuro do país. Os bons portugueses desistem e vão embora, e o que entra não interessa nem ao menino Jesus.

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