terça-feira, 16 de setembro de 2025

Testemunhos que ficam para a História.

 



UM HINO DE LOUVOR AOS SOLDADOS RASOS PORTUGUESES,
pelo General dos EUA, William C. Westmoreland, em discurso ao Congresso dos EUA:

"(...) Querem vencer o Vietname, senhores? Dêem-me 8.000 soldados desta gente, e ainda este ano o comunismo cai nas terras da Indochina.”

“Eu vi corpos de tropas mais numerosos, batalhas mais disputadas, mas nunca vi, em nenhuma parte, homens mais valentes, nem soldados mais brilhantes que os do exército português, em cujas fileiras vi desprezar o perigo e combater dignamente pela causa sagrada dum Império condenado.

Quantas vezes fui tentado a patentear ao mundo os feitos assombrosos que vi realizar por essa viril e destemida gente portuguesa, que sustenta, há mais de dez anos em três frentes de guerra, contra uma poderosa força oculta, a mais encarniçada e gloriosa luta.

Aqueles homens que desconheciam os efeitos de uma bomba H ou o simples apoio dos helicópteros, provêm de terras desde as montanhas às planícies, cada um com seu conto pessoal e motivação para ali, a 10.000 kms de casa, irem defender os ideais de uma nação há muito esquecida numa Europa dividida.

Tentado fiquei, pois, a dizer que nessa mesma Europa existiam três verdadeiros poderes, cada qual com a sua sombra no Mundo: - A Europa Americana, a Europa Russa, e Portugal.

E é essa raia de gente a quem se pede tanto por tão pouco que, com meios tão escassos e de modos bem simples, carregando na alma a sombra do Império Português, não precisavam do sabor da Coca-Cola, da experiência da droga ou de cultura hippie para combater.

Simplesmente faziam-no, e não abandonavam as armas por uma causa errada, mas defendiam-na não só pela gente lá de casa, mas pela casa lá da gente.

De Portugal, o canteiro mais velho da Europa, vi frutos verdes ou maduros a lutarem lado a lado com igual coragem, como se o combate fosse o ganha-pão dessa gente.

Querem vencer o Vietname, senhores? Dêem-me 8.000 desta gente, e ainda este ano o comunismo cai nas terras da Indochina.”

General William C. Westmoreland, em relatório ao Congresso dos EUA após a visita ao Quartel-General Português de Nampula, em Moçambique, 1971.

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Os verdadeiros donos do mundo.

 



«Os acontecimentos mundiais não acontecem por acaso: são arquitectados, quer tenha a ver com questões nacionais quer com o comércio; e a maioria deles é encenada e organizada por aqueles que abrem os cordões à bolsa».

Denis Healy, antigo Ministro da Defesa Britânico

Desvendando a farsa do 25 de Abril.

 

Contratorpedeiro Huron pertencente às forças da OTAN, posicionando-se entre a Gago Coutinho e o Cais das Colunas.


«O caso do Ultramar português, bem como a revolução abrilina, estão para ele [Pierre de Villemarest] na sequência da cimeira dos Açores, entre Pompidou, Nixon e Marcello Caetano. Aí foram oferecidos muitos milhões de dólares ao Presidente do Conselho português, em troca da independência dos territórios ultramarinos. Mas a intriga internacional estava em curso e as cobiças capitalistas e marxistas precipitaram-se.

A reunião de Megève foi decisiva. Em 19, 20 e 21 de Abril de 1974, no Hotel du Mont d’Arbois, propriedade de Edmond Rothschild, reuniram-se muitos dos “grandes da 'Trilateral'"; participaram entre outros Joseph Luns, Nelson Rockefeller, General Goodpaster, Helmut Schmidt, Giovanni Agnelli, A. Chalandon, enviado por Giscar, E. Faure, Stoleru, enviado por Mitterrand, A. Fontaine e foi tomada a decisão de desencadear a revolução portuguesa de 25 de Abril, anulando ainda a parte atlântica das manobras aeronavais da “Dawn Patrol”, marcadas pela NATO para o dia 26.

Foi assim possível à Marinha de Guerra portuguesa estar em Lisboa no dia 24 de Abril, para assestar os seus canhões, o que, na opinião de alguns, foi decisivo para a demissão do Governo de Marcello Caetano.

Ano e meio mais tarde, Joseph Luns, Secretário-Geral da NATO, reconheceu que a revolução que tinha favorecido, estava dominada pelos comunistas, traindo o mais fiel aliado Atlântico.

Tudo isto foi suficientemente bem explicado por Villemarest na sua História Secreta das Organizações Terroristas, no tomo IV, inteiramente dedicado ao caso português».

Pierre de Villemarest («Autópsia do "25 de Abril"»).

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

A verdade sobre o sistema bancário internacional.

 


«Actualmente o nexo financeiro global é organizado pelos bancos centrais em quase todos os países. Estes parecem estar a trabalhar independentemente, mas estão, na realidade, a trabalhar em conjunto, para o mesmo fim. O Banco de Inglaterra, controlado pelos Rothschild, estabelecido por Guilherme de Orange, da Nobreza Negra, em 1694, tem sido o principal manipulador nesta rede, e agora a privatizada Reserva Federal dos Estados Unidos, controlada pelos Rothschild, é um peão muito importante neste jogo. Ironicamente, a Reserva Federal não é federal nem tem reserva.

(...) A nota da Reserva Federal, conhecida como Ladrich Bill, foi emitida em 1913 e a dívida americana subiu desde então, tal como o programado. O Sistema da Reserva Mundial é um cartel de bancos privados, dos quais o Banco de Nova Iorque é o mais poderoso. O governo americano não é o dono da Fed, como se faz crer. Como expliquei, é dito ao presidente quem ele deve escolher como líder da Reserva Federal, como Paul Volcker (Comissão Trilateral, CFR e Grupo Bilderberg) e Alan Greenspan (Comissão Trilateral, CFR e Grupo Bilderberg). O Governo americano pede dinheiro emprestado, ou melhor, crédito à Fed, e os que pagam impostos pagam os juros o que aumenta os lucros dos bancos privados que constituem o Sistema da Reserva Federal. Se olharmos para uma nota americana, vemos que diz "Nota da Reserva Federal". Esta nota é considerada legal face às dívidas públicas e privadas. A Reserva Federal é um cartel de bancos privados, mas, no entanto, a moeda americana chama-se nota da Reserva Federal. A cabala dos Rothschild é dona do dólar, assim como da prata e de tudo o resto. De facto, esta moeda nada vale, não tem qualquer fundamento e nada mais significa do que o IOU ["I Owe You"].

(...) Em 1984, o desertor soviético da KGB, Anatoly Golitsyn, avisou que haveria uma falsa "libertação" da União Soviética e da Europa de Leste. Isso seria bem-vindo pelo Ocidente, disse ele, e levaria à fusão da Comunidade Europeia com os países da antiga URSS. Saiu exactamente como planeado. Numa visita ao Parlamento Europeu, em 2006, outro antigo dissidente soviético, Vladimir Bokovsky, referiu-se ao Politburo secreto e aos documentos do Comité Central sobre a União Europeia, que ele teve a oportunidade de ler em 1992. Ele disse que confirmavam a "conspiração" para transformar a Europa num Estado Totalitário. Ele chamou à UE um monstro e confirmou o que Anatoly Golitsyn tinha dito. Os documentos revelam que uma delegação da Comissão Trilateral se encontrou com o então Presidente Soviético, Mikkal Gorbachev, em Janeiro de 1989. A comissão era encabeçada por David Rockefeller (Grupo Bilderberg), Henry Kissinger (Grupo Bilderberg) e incluía também o antigo Presidente da França, Valéry Giscard d'Estaing (Grupo Bilderberg). Eles falavam da necessidade de Gorbachev integrar a União Soviética no acordo GATT de "livre comércio", no Fundo Monetário Internacional e no Banco Mundial, quando Giscard d'Estaing interviu. Ele disse:

"Sr. Presidente, não lhe posso precisar quando acontecerá - provavelmente dentro de quinze anos - mas a Europa será um Estado Federal e terá que se preparar para isso. Tem de trabalhar connosco e com os líderes Europeus, como reagirá a isso, como permitirá que outros países da Europa de Leste interajam com a Europa, ou como se tornará parte dela, terá que se preparar".


Ele falava três anos antes do Tratado de Maastricht ter transformado a Comunidade Europeia em União Europeia e adivinhe quem escreveu as linhas orientadoras da Constituição Europeia... Giscard d'Estaing. Se não fossem os votos negativos na França e na Holanda, essa Constituição teria tornado a Europa num Estado Federal, dezassete anos depois de ele ter previsto quinze para Gorbachev. E não existe conspiração? Anatoly Golitsyn diz que o Parlamento Europeu, que só tem força no nome, lhe fazia lembrar o Supremo Soviético, concebido para parecer "Supremo", quando o verdadeiro poder estava nas mãos dos burocratas do Politburo, que é exactamente o que Golitsyn diz da UE: "quando se olha para o tipo de corrupção da UE, é exactamente como a corrupção Soviética, de cima para baixo, em vez de baixo para cima". Ele disse:

"Se olharmos para as estruturas e características deste monstro Europeu emergente, veremos que cada vez mais se parece com a União Soviética... Não tem KGB, pelo menos por enquanto - mas é preciso estarmos atentos a estruturas como a Europol, por exemplo. Isso preocupa-me bastante, porque esta organização provavelmente terá poderes maiores que os da KGB. Terão imunidade diplomática. Conseguem imaginar uma KGB com imunidade diplomática? Eles terão de nos policiar em trinta e dois tipos de crimes - dois dos quais são particularmente preocupantes; um chama-se racismo e o outro xenofobia... É um novo crime e já fomos avisados. Alguém do Governo Britânico já disse que aqueles que se opuserem à imigração sem controlo dos países do Terceiro Mundo, serão considerados racistas e aqueles que se opuserem à continuação da integração na União Europeia serão considerados xenófobos..."».

David Icke («Guia da Conspiração Global e como acabar com ela»).

domingo, 7 de setembro de 2025

O Antro Bilderberg.

 


«(...) O Príncipe Bernardo dos Países Baixos aprovou a crença de que as crises enconómicas graves, como a Grande Depressão, se podem evitar se houver líderes responsáveis e influentes a gerir os acontecimentos mundiais por detrás da sua postura pública necessária. Por esta razão, pediram-lhe que organizasse a primeira reunião de representantes "homólogos" de todas as facetas dos domínios económico, político, industrial e militar em 1954. Reuniram-se no Hotel Bilderberg em Oosterbeek, na Holanda, de 29 a 31 de Maio. No final da Reunião, os participantes acordaram formar uma associação secreta.

A maioria dos relatórios alega que os membros originais chamaram à sua aliança Club Bilderberg por causa do hotel onde firmaram o seu pacto. O autor Gyeorgos C. Hatonn, porém, descobriu que o Príncipe Bernardo, nascido na Alemanha, foi oficial no Corpo de Cavaleiros das SS, em princípios dos anos 30, e que fazia parte da direcção de uma subsidiária da I.G., Farben Bilder. No seu livro, Rape of the Constitution; Death of Freedom, Hatonn defende que o Príncipe Bernardo se inspirou na sua história nazi de gestão empresarial para encorajar "o super-secreto grupo de legisladores" a dar pelo nome de Bilderberg, por causa de Farben Bilder; em memória da iniciativa dos executivos da Farben de organizar o "Círculo de Amigos" de Heinrich Himmler - líderes na produção de riqueza que recompensaram amplamente Himmler pela sua protecção ao abrigo de programas nacionais-socialistas, desde os primeiros tempos da popularidade de Hitler até à derrota da Alemanha nazi. A família real holandesa enterrou discretamente esta parte do passado do príncipe Bernardo quando, depois de guerra, este ascendeu a um alto cargo na Royal Dutch Shell, um conglomerado holandês e britânico. Hoje em dia, esta rica empresa petrolífera europeia faz parte do círculo mais íntimo da elite Bilderberg.

Na primeira reunião dos Bilderberg, os fundadores estabeleceram a sua missão e objectivos. Segundo um observador, continuaram na mesma linha: "A intenção subjacente a toda e qualquer reunião Bilderberg era criar uma "Aristocracia de finalidades" entre a Europa e os Estados Unidos, e chegar a acordo sobre questões políticas, económicas e estratégicas ao governar o mundo em conjunção. A aliança da NATO foi a base de operação e subversão crucial porque lhes dava um substracto para os seus planos de "guerra perpétua", ou pelo menos para a sua "política de 'chantagem nuclear'".

Irei ilustrar isto amplamente, à medida que formos retirando as camadas de sigilo e expondo as verdadeiras intenções dos Bilderberg que, a propósito, eram demasiado claras para o então Presidente francês, o General Charles de Gaulle.

Balsemão e Durão Barroso, o anterior e o actual líder Bilderberg português.


Na sua newsletter de Outubro de 1967, Les Documents, Politiques, Diplomatiques et Financiers, o investigador político Roger Mennevee analisou a relaçaõ dos Bilderberg com De Gaulle. Começou o seu relatório com uma observação espantosa em como "todas as personalidades francesas que se associaram ao Club Bilderberg como, por exemplo, Georges Pompidou, Antoine Pinay e Guy Mollet, também eram os opositores mais denodados à política nuclear de Charles de Gaulle", conhecida como force de frappe. Pompidou era Primeiro-Ministro. Pinay e Mollet, ministros do governo francês.

Porquê esta aliança? Porque um dos principais objectivos do Clube era submeter a soberania das nações livres da Europa a um Governo Único Mundial britânico e americano, controlado pelos Bilderberg, mediante ameaça nuclear como aríete contra o resto do mundo pertinaz. Ora, para controlar a Europa, era vital eliminar o dissuasor nuclear francês, mesmo que esse dissuasor fosse vital para conter a ameaça nuclear soviética. Jean Lacouture, biógrafo do General de Gaulle, disse, "De Gaulle teve de marcar uma posição de força indisputável na Europa contra a orientação britânica de livre mercado para uma Nova Ordem Imperial Mundial. Por isso é que a França teve de ser um dos três pilares do mundo livre, ao contrário de uma das colunas do Templo Europeu".

Se analisarmos os pontos da ordem de trabalhos das reuniões Bilderberg desde 1954, o que mais se destaca é a tentativa de gerir e controlar diferenças de ideologia entre as aristocracias americanas e europeias, no que toca ao modo como estes dois grupos devem saquear o planeta. Por exemplo, na página sete do Relatório Geral da reunião Bilderberg de 1995, temos a "remoção de incompreensões e possíveis suspeitas entre os países da Europa Ocidental e os EUA perante perigos, que assolam o mundo".

Desde 1954, os Bilderberg têm representado a elite e a riqueza absoluta de todas as nações ocidentais - banqueiros, industriais, políticos, líderes empresariais de multinacionais, presidentes, primeiros-ministros, ministros das finanças, secretários de estado, representantes do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, presidentes de conglomerados de comunicação social mundial, e líderes militares.

Em Setembro de 2005, num gesto que visava contrariar acusações de conspiração por parte do Clube Bilderberg, e que abriria um precedente, o presidente do Clube, Visconde Étienne Davignon, de setenta e três anos, deu uma entrevista a Bill Hayton da BBC. Apresentou uma finalidade mais benigna para as reuniões privadas do grupo: "Parece-me simplesmente que são pessoas influentes interessadas em falar com outras pessoas influentes, num fórum que lhes permita falar livremente e examinar as suas diferenças de opinião sem críticas e debates públicos sobre as suas opiniões". Davignon negou que os Bilderberg quisessem estabelecer uma classe dirigente global, "porque não me parece que exista tal coisa, uma classe dirigente global". Em contrapartida, alegou que, "Os negócios influenciam a sociedade, e a política influencia a sociedade - trata-se de bom senso. Não é que os negócios contestem o direito de líderes democraticamente eleitos de liderar".

Têm-se travado guerras pela expansão do território, mas nesta nova era da globalização, em que os negócios e a política dependem um do outro para sobreviver, domina o controlo económico. Independentemente das alegações do presidente Bilderberg, não há dúvida de que o Clube exerce controlo económico sobre o comércio mundial. O facto é que o público não tem conhecimento das suas reuniões anuais. Encontram-se em segredo para debater estratégias globais e chegar a consenso sobre um vasto leque de assuntos. Tal sigilo é suspeito, e o meu objectivo é desvendar o segredo dos Bilderberg e demonstrar como este clube privado de líderes mundiais e agências interligadas continua a tentar subjugar todas as nações livres ao seu jugo mediante leis internacionais que manipulam e ordenam às Nações Unidas que administrem.

Os Bilderberg "mandam" nos bancos centrais e estão, por conseguinte, em posição de determinar taxas de desconto, níveis de disponibilidade de dinheiro, taxas de juro, o preço do ouro, bem como quais os países que recebem empréstimos. Ao manipularem o dinheiro acima e abaixo na cadeia empresarial, os Bilderberg criam milhões de dólares para si próprios. A ideologia de dinheiro e desejo de poder impele-os.

Todos os presidentes americanos desde Eisenhower pertencem ao Clube Bilderberg, embora nem todos tenham estado pessoalmente nas reuniões, mas todos mandaram representantes. Outro membro é o agora ex-Primeiro-Ministro Tony Blair, bem como a maioria dos principais membros do governo britânico. Até o anterior e prestigiado Primeiro-Ministro canadiano, Pierre Trudeau, foi membro. Dentre os anteriores convidados do Clube Bilderberg encontram-se Alan Greenspan, antigo presidente da Reserva Federal; Hilary e Bill Clinton; John Kerry; Melinda e Bill Gates; e Richard Perle.

Outros membros são aqueles que controlam o que vemos e lemos - barões da comunicação social como David Rockefeller, Conrad Black (o agora caído em desgraça ex-proprietário de mais de 440 publicações periódicas em todo o mundo, do Jerusalém Post ao mais recente diário canadiano, The National Post), Edgar Bronfman, Rupert Murdoch e Sumner Redstone, CEO da Viacom, conglomerado de comunicação social internacional que toca praticamente em todos os principais segmentos da indústria. Protegeram o segredo desta sociedade secreta, e pode ser por isso que o nome "Bilderberg" é novo para o leitor.

Eis os donos dos nossos governantes, ou ainda têm dúvidas?

Para onde quer que se olhe - governo, grandes empresas e qualquer outra instituição em busca do poder -, a chave do controlo é o segredo. Reuniões como, por exemplo, da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico (OCDE), G8, Organização Mundial de Comércio, Fórum Económico Mundial, Bancos Centrais, Conselho de Ministros da União Europeia e Comissão Europeia, cimeiras da UE, gabinetes de governo, inúmeros grupos de reflexão, etc., são sempre conduzidas à porta fechada. A única razão possível para isso é que "eles" não querem que nós saibamos de que falam. A desculpa esfarrapada para encobrir as coisas - "não é do interesse público" - significa na verdade que não é do interesse das instituições no poder que o público saiba o que debatem e decidem.

Além desta relutância em revelar os trâmites das reuniões, o princípio do segredo estende-se aos fóruns e às reuniões propriamente ditas; ou seja, e regra geral, nem sequer sabemos que as ditas reuniões se realizam, quanto mais o que se planeia e discute nelas. "Há o Fórum Económico Mundial em Davos em Janeiro/Fevereiro, as reuniões Bilderberg e G8 em Abril/Maio, e a conferência anual do Fundo Monetário Internacional/Banco Mundial em Setembro. Surge uma espécie de consenso internacional que passa de uma reunião a outra, mas não há ninguém a conduzi-lo. Este consenso torna-se no pano de fundo para os comunicados económicos do G8; passa a ser o que condiciona o Fundo Monetário Internacional quando este impõe um programa de ajuste à Argentina, e redunda naquilo que o Presidente americano propõe ao Congresso".

Segundo o projecto de documento Bilderberg de 1989, a primeira reunião "nasceu da preocupação, expressa por muitos cidadãos de topo em ambos os lados do Atlântico, de que a Europa Ocidental e a América do Norte não trabalhavam tão estreitamente quanto deveriam, em matérias de importância vital. Sentia-se que a existência de debates regulares e oficiosos ajudaria a criar um entendimento melhor das forças complexas e principais tendências que afectam as nações ocidentais no difícil período do pós-guerra".

Lord Rothschild e Laurence Rockefeller, membros fulcrais de duas das mais poderosas famílias do mundo, escolheram a dedo 100 pessoas da elite mundial para o objectivo secreto de regionalizar a Europa, segundo Giovanni Agnelli, falecido presidente da Fiat, que também disse, "A integração europeia é a nossa meta, e onde os políticos falharam, nós industriais contamos triunfar".

Alguns bilderbergers portugueses.


"Aqui não se faz política; são tudo conversas, algumas banais e vulgares", disse Will Hutton, editor londrino do Observer, que participou na reunião Bilderberg de 1997. "Mas o consenso alcançado é o cenário em que se faz política no mundo inteiro".

Segundo o fundador, Príncipe Bernardo da Holanda, citado na biografia autorizada de Alden Hatch, cada participante Bilderberg é "magicamente despojado do seu cargo" quando entra na reunião, e torna-se "um simples cidadão do seu país durante toda a conferência". O Príncipe Bernardo, que faleceu em 2004, era pai da Rainha Beatriz da Holanda e amigo íntimo e colega do Príncipe Filipe da Grã-Bretanha. "Quando estes representantes do establishment ocidental saem de uma reunião Bilderberg", disse ele, "levam o consenso do clube com eles. Os energéticos debates Bilderberg destinam-se a edificar a união por resolução das diferenças, e como tal certamente que têm influência nos participantes".

Deveras, desde o momento em que a Conferência Bilderberg é encerrada, o que parece acontecer - "quase por acaso" - é que o consenso a que se chegou em diversas áreas de discussão na reunião anual Bilderberg é denodadamente fomentado por esses interesses políticos e comerciais todo-poderosos, pela imprensa instituída, enquanto se tornam política comum para as forças internacionais governantes de sensibilidades aparentemente diferentes».

Daniel Estulin («Toda a Verdade sobre o Clube Bilderberg»).


Um brutal jogo de monopólio no qual, nós os cidadãos da Europa somos meras peças de um jogo de tabuleiro, perfeitamente descartáveis e manipuláveis. Assim se entende o porquê de sermos escravizados pelos nossos governantes, escravizados e espoliados dos nossos bens, usando eles o argumento de uma dívida soberana que não esqueçamos foi toda combinada nos gabinetes das nossas mais altas individualidades, e nós assistimos impávidos e serenos ao roubo de soberanias, à anulação da nossa identidade e cultura, e até à diluição da nossa "raça". Acontece que me parece que os povos europeus, salvo muito raras excepções deitaram a toalha ao chão, desistiram de lutar, renderam-se, aceitaram a derrota. Nada de mais errado, eles só nos submetem enquanto não reagirmos energicamente, a verdade é que nós, simples cidadão estamos sós a lutar contra o sistema, esqueçam facções políticas, todas elas são financiadas pelos mesmos, a nossa única arma é a união popular contra um inimigo comum. Começando por refutar o falso direito do voto em partidos, e quem sabe elevar a fasquia e avançar para outras formas de luta, boicotando o sistema/regime que nos é imposto.

Não há vitória sem sofrimento, não há vitória sem vontade de vencer, não há vitória sem coragem.

Alexandre Sarmento



quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Desmistificando o 25 de Abril.

 


«Importa desmistificar o 25 de Abril, em que os aptos cederam o passo aos incapazes, em que, desiludidos, muitíssimos bons cidadãos preferiram o refúgio no estrangeiro, contribuindo para o desafogo alheio, a sujeitarem-se ao fluxo e ao refluxo das marés dos humores de garotos, de ladrões, ou de bêbados.

Os beirões - os rudes homens da Beira-Baixa - têm um rifão: "Quem parte e reparte e não guarda a melhor parte, ou é parvo ou não tem arte". Desfazendo no adágio, a esmagadora maioria dos "fabricantes" do 25 de Abril foi parva, mas teve arte. A diabólica arte de consumir em cinzas, no espaço de semanas, a obra secular dos Portugueses. Semeando divisões e inimizades, que nem os rudes e honestos homens da Beira-Baixa serão capazes de anular, porque a honestidade e a rectidão de carácter não bastam para apagar incêndios, nem para minorar crises de autoridade, nem para ressuscitar os mortos, nem para convencer ao regresso os que fazem falta (remendões de sapatos estragados) a um país carente de tudo - até do mais singelo bom-senso...

Importa desmistificar o 25 de Abril... por culpa dos que seguravam as rédeas do Poder, o povo português, generoso, equilibrado, trabalhador, imbuído de religiosidade, apegado a antiquíssimas tradições - abertos os diques da opressão - confundiu liberdade com licenciosidade; despolitizado, não sabia - não podia saber -, na sua transbordante alegria, que se transviava nos esconsos da indisciplina, da anarquia e do caos. Portanto, que se afastava da institucionalização da verdadeira democracia.



O histerismo colectivo apresentou aos maus observadores uma falsa imagem dos portugueses. Basta-nos pensar no relançamento de uma economia fraca, ainda mais debilitada pela alta de salários que deslumbrou as camadas laborais (e de que se aproveitaram os espertos, os menos aptos e os preguiçosos), no entanto sem a contrapartida de uma subida de produção). Males agravados pela redução do espaço territorial do País; pela pobreza dos solos; pela quase inexistência de um parque industrial, sobretudo competitivo a nível internacional; pela perda das matérias-primas do Ultramar e dos mercados desses territórios africanos. Produtividade, custos e salários estão intimamente ligados. Desprezar esta realidade é política de insensatos e de loucos.

Apontar nomes dos responsáveis? Para quê? Todos os conhecem... Talvez distinga, apenas, Melo Antunes, que ambicionou ser um filósofo social. É, quando muito, um capitão de Artilharia a ler obras político-sociais entre o arame farpado de São Salvador do Congo.

O 25 de Abril, cópia da Primavera de Praga, não foi, em rigor, uma revolução. Certo é que os oficiais que se abalançaram a derrubar o antigo regime tiveram a decisão e a força das armas para vencer. No entanto, logo, incompetentes e ingénuos, manipulados pelos estrategas comunistas, se deixaram despojar da "sua" revolução. Que admira, em consequência, que tenha aparecido, como de geração espontânea, os chamados progressistas, eufemismo que serviu de capa a desvairados e oportunistas? Que admira, em consequência, que, no mare magnum da nossa sonolência política, tenham surgido, como cogumelos após chuvada em terra fértil, tantas vítimas, muitos torturados, demasiados perseguidos, numerosos envelhecidos pela Polícia política da "deposta senhora"? A procissão dos antifascistas foi tão majestosa, que não pode ter sido verdadeira.

(...) Em Angola, só passadas 24 horas soubemos, em pormenor, o que acontecera na Metrópole.

(...) Em Luanda, como em Lisboa, os progressistas vieram à superfície com espantosa rapidez e abundância. Também lá, os antifascistas, em infindável cortejo, se apressaram a jungir ao carro do triunfo. Anteriormente, não deramos por eles...

Em Angola, como em Portugal, tombámos de humilhação em humilhação. A "revolta dos cravos" foi trampolim para monstruosas injustiças que, ainda hoje, irremediavelmente, fazem milhões de inocentes. É necessário dizer com clareza que o 25 de Abril gerou um rato feroz e insaciável, acarinhado pelos que se pavonearam na evidência nacional, chocalhando, na algibeira, os seus pequenos dinheiros de Judas. Uma revolta cuja efectivação é ponto de partida e nunca de chegada para a autêntica revolução criadora. Os traidores não souberam - e os comunistas não lho permitiram - colher os frutos apodrecidos pelo gelo da inumanidade.

Ali, como aqui, o "saneamento", a autogestão, o desrespeito pelo trabalho e pela propriedade alheios, os direitos inalienáveis individuais, a repartição das riquezas, as ocupações selvagens, as "nacionalizações", ficaram à mercê de meia-dúzia de mentecaptos e fanáticos, acolitados por um Governo sem governo. Os presos por delito comum, assassinos, vigaristas, vadios, liambistas, pelas artes mágicas de uma intrigante democracia, "viraram" presos políticos. Do delírio nos subterrâneos da criminalidade, da insensatez geral nasceram mártires. Exibiram-se mãos defeituosas pelo derrube de árvores no deserto (a angústia secara-nos o sentido do humor e não ríamos), como provas de torturas pidescas. Não foram poucos os criminosos elevados à categoria de heróis antifascistas.

Oito séculos de História foram pó, moídos nas lages da inconsciência e da má-fé. Desmobilizou-se o povo, em cantatas bombásticas, mas ocas para a prática da democracia. Momento a momento, o Programa do MFA se modificou e levedou por quiméricos arranjos (ou desarranjos) de gabinete, que não se estribavam nas tradições, nos costumes, nas aspirações dos portugueses. Ao invés, desprezando-os, prevaleceram o partidarismo desagregador, o desabrochar da inveja, o florescer da incongruência e do arrivismo, que os mesquinhos hortelãos do voto cultivaram como plantas, no jardim da desgraça. Sem que os atormentassem escrúpulos da consciência que não têm; sem se incomodarem a explicar o desrespeito pela primeira proclamação do MFA, em que se garantia a unidade interterritorial da Nação [para enganar os parvos, os tolos e os idiotas].



O processo, trasladado para o Ultramar, teve maior acuidade, de face mais sangrenta e cruel, porque o ódio racial, virulento e perverso, submergiu a obra comum. Campanhas miseráveis acirraram as etnias que se digladiaram como num circo romano. Empurraram-se os negros contra os brancos: que exploravam, que oprimiam, que escravizavam, que eram colonialistas, que eram neocolonialistas, que eram vendilhões às ordens do imperialismo (americano, inútil dizê-lo).

Aos que se arvoraram em paladinos da democracia que não instituíram em Portugal, nós, os ultramarinos, poderíamos ensinar-lhes e provar-lhes (o que não lhes conviria) que trabalhávamos, ombro a ombro, brancos e negros. Nem um Cunhal, nem um Soares, nem um Otelo, nem um Vasco, nem um Antunes, com as suas moradias e piscinas; e automóveis de luxo; e refeições sumptuosas; e clubes privativos; e honras de visitantes ilustres - pagos por nós - pensaram no convívio de raças que se estimavam e respeitavam.

Cunhais, Soares, Otelos, Vascos e Antunes, na comodidade das suas pantufas, negligentemente recostados em almofadas de impunidade, excederam as convenções internacionais e o que preconizava a ONU: o princípio da autodeterminação dos povos [salvo seja!], generosidade gratuita para eles e fatal para milhões de homens, mulheres e crianças. Que lhes custava a eles - alcandorados a postos cimeiros, de mesa farta e colchão convidativo - o sangue de uma revolução que não cumpriu nenhuma das suas promessas? Quem sabe se não aspiram ao Prémio Nobel da Paz? Escasseiam as divisas e as coroas suecas têm alta cotação na Bolsa...

Atendo-me aos factos, o 25 de Abril foi, paradoxalmente, a democracia de uma banda só - em Portugal e no Ultramar. Uma democracia trágica e grotesca para a Metrópole e para as colónias.

Em Angola, como nos demais territórios, o povo foi imolado a ideologias importadas. Sobrava aos angolanos génio para criarem uma força, para ganharem a batalha do futuro, já que os militares, ao executarem o golpe de Estado, sem inteligência e senso político que o continuasse, só reconheciam legitimidade, para quaisquer negociações, aos movimentos que lhes tinham imposto a lei das armas. E, desde logo, os autores do 25 de Abril se hipotecavam a um grupo disciplinado e mentalizado que lhes conhecia os mecanismos e os botões que devia pressionar.

Afirmava Mao Tsé-tung, repetindo os filósofos chineses, que, há mais de dois mil anos, pelas orelhas se apanham os coelhos e pelos ouvidos os homens. Os políticos "apanharam" os militares - pelos ouvidos (?) - na condução de um processo a que a "legalidade revolucionária" sancionou crimes inauditos, cobertos por uma democracia em que o povo não teve voz, salvo para aclamar os que se punham em bicos de pés, a fim de serem vistos e gritarem meias-verdades, que as hostes pró-comunistas ou sociais-imperialistas transformaram em mentiras de que se aproveitaram.

Os condicionalismos que inibiram os portugueses situavam-se muito longe da Metrópole. Tivesse Spínola lido atentamente Lenine, o seu procedimento seria outro. Para os russos, é vital exacerbar os nacionalismos no Mundo. Não o escondem: está publicado em livros que editaram.

Nesse contexto, Paris foi a cidade escolhida para, em Setembro de 1973, os partidos comunista e socialista portugueses talharem e retalharem o Ultramar. Se o moscovita Barreirinhas lutou por sua "dama", Mário Soares foi o cavalo de Tróia, como agente-motor da estratégia global do PC. Ambos são réus de alta-traição ao povo português. Eles e os seus satélites. Os dois partidos melhor organizados no País dispõem - e dispuseram antes do 25 de Abril - de fundos inesgotáveis para minguar Portugal até às dimensões de uma quinta abaixo da pontuação contemplada pela mais benevolente Reforma Agrária.

Turza Ferreira, presidente da Associação dos Agricultores de Angola, que o diga, como assistente anónimo, em Lusaka, de um encontro em que Mário Soares implorou a Samora Machel, "por amor de Deus", que aceitasse a independência de Moçambique. Samora Machel sabia as linhas com que se cosia. Não queria aceitar. Talvez o dorido queixume de Soares o comovesse. Cedeu. Possivelmente estará envergonhado - ou arrependido [nem isso!].



As "liberdades" do 25 de Abril originaram, em Angola, a constituição apressada de partidos políticos, como se fossem cardos ou as flores silvestres que pululam no território. Cerca de trinta partidos, à compita na angariação de adeptos, na organização de quadros, sem atenderem à consciencialização do povo. Mercado de ideias, lota de rebanhos, incoerentes e falhos de escrúpulos, que depois os movimentos de libertação aproveitariam para mobilizar as grandes massas, com vantagem e gáudio do MPLA.

Das três dezenas de partidos - nado-mortos - destaco a UNA (União Democrática Angolana), cujos elementos, principalmente da etnia negra, eram pacifistas e prosseguiam uma sociedade multirracial; e a FUA, não da década de cinquenta, mas "revista e actualizada", moldada às circunstâncias, tão maleável como o eng, Falcão seu eterno dirigente.

Em 4 de Maio, elementos do PPM (drs. Santos e Silva e Paulo de Castro, Francisco Roseira e eu), deslocaram-se a Lisboa, onde, no dia seguinte, mantiveram uma demorada entrevista com o general Spínola, sobre os problemas angolanos, nomeadamente o processo para a autodeterminação.

Spínola foi cortês, gentil e claro. Estava entusiasmado com o rumo da revolução. Afirmou-nos que a sua maior preocupação era encontrar um governador-geral de Angola para ele muito mais importante do que a escolha do Primeiro-Ministro do Governo português. Pediu-nos que o auxiliássemos a procurar alguém que, prestigioso, tivesse um coração africano. Deu-nos directrizes até à autodeterminação, garantiu-nos a via democrática e a ascultação do querer do povo, fossem quais fossem a sua etnia e os seus credos, para definirem o futuro de Angola. Impressionou-nos com o relato da sua acção na Guiné e do carinho que recebera das suas populações. Isso me levou a escrever um artigo intitulado "O Preço de um Homem", pois Spínola nos garantira de que os guinéus teriam perguntado ao Governo português qual o preço que exigiria para o general continuar na Guiné. Conversou connosco, deu-nos alento e acabou por nos solicitar que colaborássemos o mais possível na concretização desse ambicionado fim que seria a autonomia progressiva dos territórios ultramarinos.

Nem de perto nem de longe nos podia passar pela cabeça que o encontro com Spínola não teria resultados práticos, que a sina de Angola viria a ser desgraçadamente oposta às realidades e aos desejos da população.

Brotaram, como plantas daninhas, as tergiversações na condução daquilo que, em alta grita, se chamava a descolonização.

Nunca aceitei e continuo a não aceitar a palavra descolonização. Não aceito, porque a palavra é já de si vergonhosa e pejorativa para as próprias populações autóctones, mas principalmente para os mais evoluídos. Combati, logo de princípio, as directivas que nos eram indicadas para atingir a autonomia, eivada de desvios e alçapões.

Regressados a Angola, começámos imediatamente uma propaganda de tal ordem, que nos apelidaram do partido do bom-senso. Quer dizer, lutávamos e efectuávamos sessões de esclarecimento, convictos de que a via democrática seria realizada e toda a população teria o direito de optar por aquilo que melhor servisse os seus interesses e principalmente servisse o progresso, a paz e o trabalho em Angola [o que vos valeu de muito! Santa ingenuidade!]».

Pompílio da Cruz («Angola: Os Vivos e os Mortos»).

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

O Jogo de Máscaras

 

A classe política há muito perdeu a honra e o país afunda-se num sistema apodrecido e corrompido. A esquerda, desgastada, será reformulada e transmutada pelo próprio sistema, que rapidamente redireciona o jogo para um novo palco, o da extrema direita esquerdista. O povo, exausto, revoltado e derrotado, acabará por clamar por mudanças mas o que receberá em troca serão apenas populismos disfarçados de direita, com candidatos cuidadosamente escolhidos pelo mesmo sistema e ainda mais marcados por raízes esquerdistas. Assim se percebe, o crescimento exponencial da dita extrema-direita pela Europa, e que, não é de todo uma verdadeira alternativa. É apenas a esquerda clássica reciclada, com novos slogans, novo discurso mas os mesmos vícios. Nada irá mudar enquanto o sistema se mantiver intacto, integro e impune, apenas mudam os rostos que gerem o mesmo circo deprimente. A nova direita que se ergue é formada por homens de gravata, ratos de gabinete e carreiristas políticos, treinados ao gosto dos donos do sistema. Não têm qualquer semelhança ou afinidade com os ditadores do passado, mas representam cabalmente a nova forma de opressão, uma escravidão moderna, sem grilhões, com discursos polidos, meramente demagógicos e instituições submissas. E assim se constrói o futuro, um tempo em que a população tudo aceitará com um sorriso no rosto, perfeitamente rendidos, acomodados e domesticados pelos donos do sistema, mas sem a alma, sem o discernimento, sem a aptidão, apenas uma obedecendo cegamente a todos aqueles que lhes sequestraram a alma e a própria vontade. Um mundo de aparências, um jogo de espelhos, uma realidade diversa, distópica, anacrónica e contranatura.

Os dias de liberdade terminaram, extinguiram a propriedade privada, condicionaram a nossa forma de pensar e normalizaram as nossas vidas e vivências, temos hoje uma sociedade de fantoches alienados, extremamente fieis aos seus próprios carrascos, uma sociedade suicida, sem rumo e a caminho do seu fim, é isso, estamos a viver os dias do fim. Restam poucos, muito poucos, divergentes, talvez seja o melhor termo para os denominar, mas são exactamente esses que ainda poderão induzir algum tipo de mudança, começando pela inversão de ciclo, pelo despertar da curiosidade e quiçá promover uma nova alvorada, uma réstia de esperança na construção de uma nova humanidade, um regresso ao comunitarismo, ao clã, à família e à tribo.

Enquanto há vida, há esperança, é hora de despertar para a realidade, por de lado o materialismo que nos corrompeu e olharmos mais para dentro de nós e aproximarmo-nos mais dos nossos próximos, deixar a actual vida virtual, fútil, a ostentação e voltar a viver, desligar e mesmo lutar contra o sistema que nos tornou escravos e sem vida própria, iludidos e dispensáveis.

Ligar à terra, ligar às pessoas, ligar à vida é urgente reformular a humanidade. Não somos propriedade de ninguém, não queiram donos que vos mantenham açaimados, mordam a mão do dono, lutem, lutem por vós e pelo retorno a uma sociedade sã e funcional pois a sociedade perfeita que vos querem vender não existe, nunca existiu e nunca existirá, somos humanos, não somos estáticos e muito menos seremos todos iguais, isso é uma utopia. Não há direitas nem esquerdas, esqueçam isso, há é um sistema, um regime, e é contra esse regime tirano, totalitário e desumano que temos que lutar.

Se queres uma imagem do futuro, imagina uma bota a pisar um rosto humano para sempre. (George Orwell)

Alexandre Sarmento

Escravatura Moderna




Por Que É Que a Elite Precisa de Impor um Mundo Sem Propriedade Privada?

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Porque quem não possui, depende. E a dependência é a forma mais eficaz de domínio.

A elite quer despojar-te de tudo sob o pretexto da sustentabilidade e do bem comum. “Não terás nada e serás feliz” não é uma previsão: é uma obrigatoriedade.

Se não tiveres casa própria, dependerás do Estado ou de uma empresa para viver. Se não tiveres carro, dependerás do sistema para te deslocares. Se não tiveres terra, dependerás deles para comer.

Não se trata de ecologia nem de justiça social: trata-se de controlo absoluto. Transformar os cidadãos em subscritores da vida, alugando tudo, inclusive a sua identidade.

Por trás desta ideia está a destruição da liberdade individual. Porque quem não pode escolher não é livre.

Apresentam-no como um “novo modelo económico”, mas é feudalismo 2.0, com rosto digital e linguagem inclusiva. Querem que sejas dócil, não dono. E se não reagirmos, até donos da tua alma serão.

Cristina Martín Jiménez

6.Agosto.2025

(Tradução de Isabel Conde)

Legenda da imagem: Por que é que a elite precisa de impor um mundo sem propriedade privada? 


quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Breve História da Vida e da Morte da Jugoslávia.

 


BREVE HISTÓRIA DA VIDA E DA MORTE DA JUGOSLÁVIA, POR QUEM LHE VIVEU A MORTE…
Estive colocado na Jugoslávia, integrado na ONU, na UE e na UEO no decurso das guerras e pós-guerras dos anos 90; foram ao todo 12 anos, em funções várias de Comando, tendo sido a mais relevante a de Chefe de Estado Maior da Polícia Civil da ONU em 93/94, no pico das guerras.
A História da Jugoslávia inicia-se no fim da 1ª GM em 1918, sobreviveu á 2ª GM e termina abruptamente em 1992 em guerras internas, chacinas e genocídios.
Jugo/Slavia, Jugo é Sul e Slavia é Eslavos, significando Terra dos Eslavos do Sul, que são os Eslovenos, Croatas, Sérvios, Bósnios, Macedónios e Montenegrinos, mais os Búlgaros, estes sempre à parte na sua Bulgária.
Até á 1ª GM estes povos estiverem integrados, uns no Império Turco Otomano e outros no Império Austro Húngaro; desfeitos estes impérios pela 1ª GM, ficaram livres e uniram-se voluntária e politicamente no Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos em 1918, que passa a chamar- se Reino da Jugoslávia em 1929.
Em 1941, o Reino da Jugoslávia é invadido pelos Nazis; estes foram recebidos de braços abertos em Zagreb, na Croácia, de braços abertos pelos Muçulmanos em Sarajevo, na Bósnia, e de braços fechados em Belgrado, pelos Sérvios.
Os Sérvios assumem-se assim inimigos de invasões e expansões territoriais e, desde então são considerados como tal pelos alemães e terceiros ocidentais ávidos do controle dos Balcãs, tal como foram de novo nas guerras de dissolução da Jugoslávia., nos anos 90.
Hitler agradeceu aos Croatas a Aliança incondicional dos mesmos, dando pela 1ª vez na História, a Independência àquele País, de 1941 a 45; foi a República da Croácia.
Nesse período de 4 anos de Independência, a Croácia limpou etnicamente 750.000 Sérvios ali residentes há séculos; juntamente com os Nazis, chacinaram-nos em festins de inacreditáveis crueldades, no campo de concentração de Jasenovac, na Croácia, onde está um museu e um memorial desse horror.
O Comandante do campo de concentração, um croata, no fim da 2ª GM fugiu para a Argentina, e regressou em 96, à nova Croácia independente, já quase centenário; estava de novo entre amigos.
No fim da 2ª GM, a Jugoslávia, com o nome de República Federalista Socialista da Jugoslávia, qual fénix, renasceu das cinzas, sob a Presidência de Josip Tito, um Croata e comunista, reconstrói-se nas décadas de 50 e 60 e é um País feliz até meados de 70.
Em 1973 a crise do petróleo gera uma crise económica, e esta faz ressurgir os nacionalismos, os separatismos, as conflitualidades étnicas religiosas e uma clivagem entre as Repúblicas ricas do Norte, Eslovénia e Croácia e as Repúblicas do Sul, menos ricas como a Sérvia, Macedónia, Bósnia e Montenegro.
Esta situação agrava-se a partir de 9 Maio de 80, data em que morre a Alma aglutinadora da Jugoslávia... o Presidente Josip Tito.... e agudizam-se ainda mais os nacionalismos e separatismos.
Em 1985 aparece na URSS a figura inolvidável de Mikael Gorbachev que, confrontado com a crise do petróleo e a consequente crise económica, avança com a reestruturação da Ex URSS, a Perestroika e Glasnost, tendo despoletado um processo interno de nacionalismos e separatismos incontroláveis, tal qual como estava em curso na Jugoslávia.
Mikael Gorbachev era um pseudo intelectual de boa fé, crente na bondade do Mundo Ocidental e decidiu ir a Washington propor ao Presidente dos EUA, Ronald Reagan, um acordo de desarmamento mútuo dos mísseis nucleares de alcance intermédio na Europa, designado então por INF, e do qual os EUA saíram unilateralmente, anos pós colapso da ex URSS.
Esses mísseis nucleares, no caso da URSS, eram os S-20, os quais possibilitavam á Rússia atingir qualquer ponto da Europa; os EUA e a NATO fariam o mesmo e assim, o equilíbrio do terror pela destruição mútua nuclear, no espaço europeu, desaparecia.
Assim foi feito, mas os EUA entenderam tal proposta como prova de fraqueza e uma quase declaração de rendição militar e política da URSS perante os EUA, o que de certo modo foi.
A crise do petróleo de então colocou a URSS de joelhos, financeiramente, porque a sua economia dependia das exportações e do preço do petróleo, o qual foi intencionalmente manipulado pelos EUA para esse fim.
Em 1987, o Presidente dos EUA, Ronald Reagan, assina um plano Secreto, designado por NSDD 133, titulado “Política dos EUA para a URSS e Jugoslávia”, cuja finalidade lá expressa era incentivar e apoiar os nacionalismos e separatismos dos Países de Leste na URSS e nas Repúblicas da Jugoslávia, para fazer colapsar essas Uniões Políticas, como aconteceu.
Concluímos, pois, que foram as crises económicas e as acções encobertas dos EUA que intensificando os nacionalismos, separatismos, divergências étnicas religiosas, clivagens económicas internas que fizeram colapsar a URSS e a Jugoslávia.
A URSS é dissolvida a 26 de Dezembro 90 e a Jugoslávia é dissolvida a 01 de Março de 1991, três meses depois.
Digamos que a CIA teve o bom senso de não juntar os dirigentes da Ex URSS e da Ex Jugoslávia no mesmo local para se auto destruírem em simultâneo; as implosões respectivas ocorreram com três meses de diferença no tempo; notório bom senso da CIA, passe a ironia.
As Repúblicas da Jugoslávia declaram as respectivas independências: - a Croácia e Eslovénia a 21 de Jun 91, Macedónia a 17 Set 91 e Bósnia em Março de 92; estas independências foram o tiro de partida para as três guerras da Jugoslávia: - Croácia de 91 a 95, Bósnia de 92 a 95 e Kosovo de 98 a 99.
As minorias Sérvias viviam em paz na Croácia, Bósnia e Kosovo, enquanto a Jugoslávia existiu; face ás independências e aos genocídios que enfrentaram na Croácia na 2ª GM e face a perspetivas similares na Bósnia com os muçulmanos, os Sérvios organizaram-se politica e militarmente na República Sérvia da Krajina/ Croácia e República Sérvia da Bósnia e lutaram pela suas autonomias e independências.
Na Croácia os Sérvios foram mal sucedidos, chacinados e limpos etnicamente; na Bósnia foram parcialmente bem-sucedidos, pois conseguiram uma República autónoma, mas não independente.
E foi assim que ocorreram as guerras dos Balcãs na década de 90.
As guerras foram dramáticas; os Sérvios foram demonizados e de tudo foram culpabilizados, como competia ao discurso politicamente correcto e interessava ao Ocidente, em particular aos EUA, Alemanha e seus vassalos.
Os Croatas, Muçulmanos e Albaneses do Kosovo foram vitimizados e pelo Mundo Ocidental divinizados, em nome da defesa destes Povos contra os diabolizados Sérvios, o Ocidente e a NATO intervieram militarmente contra os Sérvios, e ganharam as guerras para os Croatas, Muçulmanos e Albaneses em fins de 95 e no Kosovo em 99.
As intervenções NATO na Bósnia e no Kosovo foram justificadas, perante a opinião pública mundial, como tendo carácter humanitário ou de imposição de valores civilizacionais superiores do Ocidente.
A ONU, os EUA e a EU fundamentaram os bombardeamentos intensivos da NATO contra os Sérvios, com alegados crimes de guerra dos Sérvios, mas que na realidade foram planeados e levados á execução pelos Muçulmanos e Serviços Secretos Ocidentais... contra os próprios muçulmanos.
De que são exemplo as duas situações de “explosões” ocorridas no Mercado Merkale em Sarajevo e não só, que assassinaram um total de mais de 100 pessoas muçulmanas, vitimaram centenas doutras e das quais acusaram os Sérvios, que nada tiveram a ver com aqueles actos de terrorismo.
Aqueles actos terroristas foram executados pelos muçulmanos e pelos serviços secretos ocidentais, como disse, para culpabilizarem os Sérvios e usarem tais chacinas de civis, para justificarem perante a opinião pública mundial... os bombardeamentos da NATO contra os Sérvios… isto é a rotina nas guerras de hoje, chamam-se ataques de bandeira falsa.
Afirmo isto, porque sei, de ciência certa que foi assim, estava lá, em posições elevadas e sei por informações classificadas e por testemunhos presenciais de pessoas locais.
Enfim, a Jugoslávia, foi um sonho lindo dos Povos Eslavos do Sul, que quiseram viver Unidos politicamente sob a mesma Bandeira; dela já nada resta, depois duma vida conjunta de 84 anos.
Nada mais resta a não serem os 150.000 cadáveres desses povos nestas guerras... a limpeza étnica de 300.000 Sérvios da Krajina... as deslocações étnicas de populações na Bósnia, em massa... pobreza generalizada.... fome encoberta... e novas guerras congeladas em espera de oportunidade na Bósnia, no Kosovo e Macedónia...
Ah! e restam sete novos Estados...cada um várias vezes mais pequenos que Portugal... excepto a Sérvia... são nano Estados neocolonizados pela UE e pelos EUA... tutelados... em míngua permanente duns trocados euro americanos e europeus, para não morrerem de fome...
Vivi com eles 12 anos, nas casas deles, falo-lhes as línguas fluentemente, participei-lhes nas guerras, sofri com eles nos vários lados dessas guerras as suas dores, perdas, horrores, medos, tragédias e sei, que é assim.… enfim... imperialismos e novas ordens mundiais em movimento.
A breve prazo haverá mais conflitos político militares na Macedónia, Kosovo e Bósnia... estão apenas adormecidos.
José Luís da Costa Sousa
Superintendente da PSP
(foi nesta qualidade que integrei as várias missões)

Testemunhos que ficam para a História.

  UM HINO DE LOUVOR AOS SOLDADOS RASOS PORTUGUESES, pelo General dos EUA, William C. Westmoreland, em discurso ao Congresso dos EUA: "(...