
«(...) O Príncipe Bernardo dos Países Baixos aprovou a crença de que as crises enconómicas graves, como a Grande Depressão, se podem evitar se houver líderes responsáveis e influentes a gerir os acontecimentos mundiais por detrás da sua postura pública necessária. Por esta razão, pediram-lhe que organizasse a primeira reunião de representantes "homólogos" de todas as facetas dos domínios económico, político, industrial e militar em 1954. Reuniram-se no Hotel Bilderberg em Oosterbeek, na Holanda, de 29 a 31 de Maio. No final da Reunião, os participantes acordaram formar uma associação secreta.
A maioria dos relatórios alega que os membros originais chamaram à sua aliança Club Bilderberg por causa do hotel onde firmaram o seu pacto. O autor Gyeorgos C. Hatonn, porém, descobriu que o Príncipe Bernardo, nascido na Alemanha, foi oficial no Corpo de Cavaleiros das SS, em princípios dos anos 30, e que fazia parte da direcção de uma subsidiária da I.G., Farben Bilder. No seu livro, Rape of the Constitution; Death of Freedom, Hatonn defende que o Príncipe Bernardo se inspirou na sua história nazi de gestão empresarial para encorajar "o super-secreto grupo de legisladores" a dar pelo nome de Bilderberg, por causa de Farben Bilder; em memória da iniciativa dos executivos da Farben de organizar o "Círculo de Amigos" de Heinrich Himmler - líderes na produção de riqueza que recompensaram amplamente Himmler pela sua protecção ao abrigo de programas nacionais-socialistas, desde os primeiros tempos da popularidade de Hitler até à derrota da Alemanha nazi. A família real holandesa enterrou discretamente esta parte do passado do príncipe Bernardo quando, depois de guerra, este ascendeu a um alto cargo na Royal Dutch Shell, um conglomerado holandês e britânico. Hoje em dia, esta rica empresa petrolífera europeia faz parte do círculo mais íntimo da elite Bilderberg.
Na primeira reunião dos Bilderberg, os fundadores estabeleceram a sua missão e objectivos. Segundo um observador, continuaram na mesma linha: "A intenção subjacente a toda e qualquer reunião Bilderberg era criar uma "Aristocracia de finalidades" entre a Europa e os Estados Unidos, e chegar a acordo sobre questões políticas, económicas e estratégicas ao governar o mundo em conjunção. A aliança da NATO foi a base de operação e subversão crucial porque lhes dava um substracto para os seus planos de "guerra perpétua", ou pelo menos para a sua "política de 'chantagem nuclear'".
Irei ilustrar isto amplamente, à medida que formos retirando as camadas de sigilo e expondo as verdadeiras intenções dos Bilderberg que, a propósito, eram demasiado claras para o então Presidente francês, o General Charles de Gaulle.
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Balsemão e Durão Barroso, o anterior e o actual líder Bilderberg português. |
Na sua newsletter de Outubro de 1967, Les Documents, Politiques, Diplomatiques et Financiers, o investigador político Roger Mennevee analisou a relaçaõ dos Bilderberg com De Gaulle. Começou o seu relatório com uma observação espantosa em como "todas as personalidades francesas que se associaram ao Club Bilderberg como, por exemplo, Georges Pompidou, Antoine Pinay e Guy Mollet, também eram os opositores mais denodados à política nuclear de Charles de Gaulle", conhecida como force de frappe. Pompidou era Primeiro-Ministro. Pinay e Mollet, ministros do governo francês.
Porquê esta aliança? Porque um dos principais objectivos do Clube era submeter a soberania das nações livres da Europa a um Governo Único Mundial britânico e americano, controlado pelos Bilderberg, mediante ameaça nuclear como aríete contra o resto do mundo pertinaz. Ora, para controlar a Europa, era vital eliminar o dissuasor nuclear francês, mesmo que esse dissuasor fosse vital para conter a ameaça nuclear soviética. Jean Lacouture, biógrafo do General de Gaulle, disse, "De Gaulle teve de marcar uma posição de força indisputável na Europa contra a orientação britânica de livre mercado para uma Nova Ordem Imperial Mundial. Por isso é que a França teve de ser um dos três pilares do mundo livre, ao contrário de uma das colunas do Templo Europeu".
Se analisarmos os pontos da ordem de trabalhos das reuniões Bilderberg desde 1954, o que mais se destaca é a tentativa de gerir e controlar diferenças de ideologia entre as aristocracias americanas e europeias, no que toca ao modo como estes dois grupos devem saquear o planeta. Por exemplo, na página sete do Relatório Geral da reunião Bilderberg de 1995, temos a "remoção de incompreensões e possíveis suspeitas entre os países da Europa Ocidental e os EUA perante perigos, que assolam o mundo".
Desde 1954, os Bilderberg têm representado a elite e a riqueza absoluta de todas as nações ocidentais - banqueiros, industriais, políticos, líderes empresariais de multinacionais, presidentes, primeiros-ministros, ministros das finanças, secretários de estado, representantes do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, presidentes de conglomerados de comunicação social mundial, e líderes militares.
Em Setembro de 2005, num gesto que visava contrariar acusações de conspiração por parte do Clube Bilderberg, e que abriria um precedente, o presidente do Clube, Visconde Étienne Davignon, de setenta e três anos, deu uma entrevista a Bill Hayton da BBC. Apresentou uma finalidade mais benigna para as reuniões privadas do grupo: "Parece-me simplesmente que são pessoas influentes interessadas em falar com outras pessoas influentes, num fórum que lhes permita falar livremente e examinar as suas diferenças de opinião sem críticas e debates públicos sobre as suas opiniões". Davignon negou que os Bilderberg quisessem estabelecer uma classe dirigente global, "porque não me parece que exista tal coisa, uma classe dirigente global". Em contrapartida, alegou que, "Os negócios influenciam a sociedade, e a política influencia a sociedade - trata-se de bom senso. Não é que os negócios contestem o direito de líderes democraticamente eleitos de liderar".
Têm-se travado guerras pela expansão do território, mas nesta nova era da globalização, em que os negócios e a política dependem um do outro para sobreviver, domina o controlo económico. Independentemente das alegações do presidente Bilderberg, não há dúvida de que o Clube exerce controlo económico sobre o comércio mundial. O facto é que o público não tem conhecimento das suas reuniões anuais. Encontram-se em segredo para debater estratégias globais e chegar a consenso sobre um vasto leque de assuntos. Tal sigilo é suspeito, e o meu objectivo é desvendar o segredo dos Bilderberg e demonstrar como este clube privado de líderes mundiais e agências interligadas continua a tentar subjugar todas as nações livres ao seu jugo mediante leis internacionais que manipulam e ordenam às Nações Unidas que administrem.
Os Bilderberg "mandam" nos bancos centrais e estão, por conseguinte, em posição de determinar taxas de desconto, níveis de disponibilidade de dinheiro, taxas de juro, o preço do ouro, bem como quais os países que recebem empréstimos. Ao manipularem o dinheiro acima e abaixo na cadeia empresarial, os Bilderberg criam milhões de dólares para si próprios. A ideologia de dinheiro e desejo de poder impele-os.
Todos os presidentes americanos desde Eisenhower pertencem ao Clube Bilderberg, embora nem todos tenham estado pessoalmente nas reuniões, mas todos mandaram representantes. Outro membro é o agora ex-Primeiro-Ministro Tony Blair, bem como a maioria dos principais membros do governo britânico. Até o anterior e prestigiado Primeiro-Ministro canadiano, Pierre Trudeau, foi membro. Dentre os anteriores convidados do Clube Bilderberg encontram-se Alan Greenspan, antigo presidente da Reserva Federal; Hilary e Bill Clinton; John Kerry; Melinda e Bill Gates; e Richard Perle.
Outros membros são aqueles que controlam o que vemos e lemos - barões da comunicação social como David Rockefeller, Conrad Black (o agora caído em desgraça ex-proprietário de mais de 440 publicações periódicas em todo o mundo, do Jerusalém Post ao mais recente diário canadiano, The National Post), Edgar Bronfman, Rupert Murdoch e Sumner Redstone, CEO da Viacom, conglomerado de comunicação social internacional que toca praticamente em todos os principais segmentos da indústria. Protegeram o segredo desta sociedade secreta, e pode ser por isso que o nome "Bilderberg" é novo para o leitor.
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Eis os donos dos nossos governantes, ou ainda têm dúvidas? |
Para onde quer que se olhe - governo, grandes empresas e qualquer outra instituição em busca do poder -, a chave do controlo é o segredo. Reuniões como, por exemplo, da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico (OCDE), G8, Organização Mundial de Comércio, Fórum Económico Mundial, Bancos Centrais, Conselho de Ministros da União Europeia e Comissão Europeia, cimeiras da UE, gabinetes de governo, inúmeros grupos de reflexão, etc., são sempre conduzidas à porta fechada. A única razão possível para isso é que "eles" não querem que nós saibamos de que falam. A desculpa esfarrapada para encobrir as coisas - "não é do interesse público" - significa na verdade que não é do interesse das instituições no poder que o público saiba o que debatem e decidem.
Além desta relutância em revelar os trâmites das reuniões, o princípio do segredo estende-se aos fóruns e às reuniões propriamente ditas; ou seja, e regra geral, nem sequer sabemos que as ditas reuniões se realizam, quanto mais o que se planeia e discute nelas. "Há o Fórum Económico Mundial em Davos em Janeiro/Fevereiro, as reuniões Bilderberg e G8 em Abril/Maio, e a conferência anual do Fundo Monetário Internacional/Banco Mundial em Setembro. Surge uma espécie de consenso internacional que passa de uma reunião a outra, mas não há ninguém a conduzi-lo. Este consenso torna-se no pano de fundo para os comunicados económicos do G8; passa a ser o que condiciona o Fundo Monetário Internacional quando este impõe um programa de ajuste à Argentina, e redunda naquilo que o Presidente americano propõe ao Congresso".
Segundo o projecto de documento Bilderberg de 1989, a primeira reunião "nasceu da preocupação, expressa por muitos cidadãos de topo em ambos os lados do Atlântico, de que a Europa Ocidental e a América do Norte não trabalhavam tão estreitamente quanto deveriam, em matérias de importância vital. Sentia-se que a existência de debates regulares e oficiosos ajudaria a criar um entendimento melhor das forças complexas e principais tendências que afectam as nações ocidentais no difícil período do pós-guerra".
Lord Rothschild e Laurence Rockefeller, membros fulcrais de duas das mais poderosas famílias do mundo, escolheram a dedo 100 pessoas da elite mundial para o objectivo secreto de regionalizar a Europa, segundo Giovanni Agnelli, falecido presidente da Fiat, que também disse, "A integração europeia é a nossa meta, e onde os políticos falharam, nós industriais contamos triunfar".
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Alguns bilderbergers portugueses. |
"Aqui não se faz política; são tudo conversas, algumas banais e vulgares", disse Will Hutton, editor londrino do Observer, que participou na reunião Bilderberg de 1997. "Mas o consenso alcançado é o cenário em que se faz política no mundo inteiro".
Segundo o fundador, Príncipe Bernardo da Holanda, citado na biografia autorizada de Alden Hatch, cada participante Bilderberg é "magicamente despojado do seu cargo" quando entra na reunião, e torna-se "um simples cidadão do seu país durante toda a conferência". O Príncipe Bernardo, que faleceu em 2004, era pai da Rainha Beatriz da Holanda e amigo íntimo e colega do Príncipe Filipe da Grã-Bretanha. "Quando estes representantes do establishment ocidental saem de uma reunião Bilderberg", disse ele, "levam o consenso do clube com eles. Os energéticos debates Bilderberg destinam-se a edificar a união por resolução das diferenças, e como tal certamente que têm influência nos participantes".
Deveras, desde o momento em que a Conferência Bilderberg é encerrada, o que parece acontecer - "quase por acaso" - é que o consenso a que se chegou em diversas áreas de discussão na reunião anual Bilderberg é denodadamente fomentado por esses interesses políticos e comerciais todo-poderosos, pela imprensa instituída, enquanto se tornam política comum para as forças internacionais governantes de sensibilidades aparentemente diferentes».
Daniel Estulin («Toda a Verdade sobre o Clube Bilderberg»).
Um brutal jogo de monopólio no qual, nós os cidadãos da Europa somos meras peças de um jogo de tabuleiro, perfeitamente descartáveis e manipuláveis. Assim se entende o porquê de sermos escravizados pelos nossos governantes, escravizados e espoliados dos nossos bens, usando eles o argumento de uma dívida soberana que não esqueçamos foi toda combinada nos gabinetes das nossas mais altas individualidades, e nós assistimos impávidos e serenos ao roubo de soberanias, à anulação da nossa identidade e cultura, e até à diluição da nossa "raça". Acontece que me parece que os povos europeus, salvo muito raras excepções deitaram a toalha ao chão, desistiram de lutar, renderam-se, aceitaram a derrota. Nada de mais errado, eles só nos submetem enquanto não reagirmos energicamente, a verdade é que nós, simples cidadão estamos sós a lutar contra o sistema, esqueçam facções políticas, todas elas são financiadas pelos mesmos, a nossa única arma é a união popular contra um inimigo comum. Começando por refutar o falso direito do voto em partidos, e quem sabe elevar a fasquia e avançar para outras formas de luta, boicotando o sistema/regime que nos é imposto.
Não há vitória sem sofrimento, não há vitória sem vontade de vencer, não há vitória sem coragem.
Alexandre Sarmento