Contratorpedeiro Huron pertencente às forças da OTAN, posicionando-se entre a Gago Coutinho e o Cais das Colunas.
«O caso do Ultramar português, bem como a revolução abrilina, estão para ele [Pierre de Villemarest] na sequência da cimeira dos Açores, entre Pompidou, Nixon e Marcello Caetano. Aí foram oferecidos muitos milhões de dólares ao Presidente do Conselho português, em troca da independência dos territórios ultramarinos. Mas a intriga internacional estava em curso e as cobiças capitalistas e marxistas precipitaram-se.
A reunião de Megève foi decisiva. Em 19, 20 e 21 de Abril de 1974, no Hotel du Mont d’Arbois, propriedade de Edmond Rothschild, reuniram-se muitos dos “grandes da 'Trilateral'"; participaram entre outros Joseph Luns, Nelson Rockefeller, General Goodpaster, Helmut Schmidt, Giovanni Agnelli, A. Chalandon, enviado por Giscar, E. Faure, Stoleru, enviado por Mitterrand, A. Fontaine e foi tomada a decisão de desencadear a revolução portuguesa de 25 de Abril, anulando ainda a parte atlântica das manobras aeronavais da “Dawn Patrol”, marcadas pela NATO para o dia 26.
Foi assim possível à Marinha de Guerra portuguesa estar em Lisboa no dia 24 de Abril, para assestar os seus canhões, o que, na opinião de alguns, foi decisivo para a demissão do Governo de Marcello Caetano.
Ano e meio mais tarde, Joseph Luns, Secretário-Geral da NATO, reconheceu que a revolução que tinha favorecido, estava dominada pelos comunistas, traindo o mais fiel aliado Atlântico.
Tudo isto foi suficientemente bem explicado por Villemarest na sua História Secreta das Organizações Terroristas, no tomo IV, inteiramente dedicado ao caso português».
Pierre de Villemarest («Autópsia do "25 de Abril"»).
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