quinta-feira, 3 de junho de 2021

A caminho do gulag global.

 

Falando verdade, estamos a vivenciar o início de uma nova URSS, a verdadeira face do projecto europeu, também ele parte de um projecto global, começa a ser visível, começamos a entender aquilo que realmente se passa à nossa volta, o sistema já não oculta, já não tem a necessidade de esconder a verdade da população.

Reflictamos sobre a vergonha daquilo que foi a votação sobre a censura, sobre o verdadeiro lápis azul, o tal lápis azul que se ouviu nas palavras de ordem de um bando de supostos bandalhos democratas quando se referiam ao regime do Estado Novo, o regime de Salazar.

Na verdade, o sistema blindou-se, é um facto, é evidente, não há uma só força política com assento parlamentar que defenda os interesses da população, desta vez foi o cercear do nosso direito à liberdade de expressão, aliás, direito consagrado na Constituição da Republica Portuguesa, ao que parece, aliás, não parece, é mesmo, todos os deputados presentes na Assembleia da Republica votaram ou a favor da censura, ou se abstiveram!!!!

Ficou bem patente, ficou esclarecido o assunto, na verdade vivemos num regime de partido único, uma espécie de partido arco-íris, uma espécie de liga LGBTI da política, uma promiscuidade, uma espécie politburo travestido com cores democráticas.

O mais grave é hoje não sabermos quem são e onde se encontram os bufos, os censores, os delatores e quais as regras ou directivas sobre as quais baseiam a sua acção, na verdade e não distará muito da verdade, servem o sistema, ocultando tudo o que desmonte a farsa e calando todas as vozes discordantes, calando todas as críticas, manipulando a informação, modelando assim a opinião pública, manipulando a população em geral, desinformando, actuando à vontade, sem que haja direito ao contraditório, sem direito a argumentação por parte daqueles que de alguma forma se possam opor às atrocidades e atropelos ao interesse da nação perpetrados pelo sistema.

Estamos a assistir a um violento ataque ao Estado de Direito, um ataque à liberdade de expressão e liberdade de pensamento, estamos a viver num regime comunista, já nos tinham roubado o direito à propriedade privada, e desta vez estão a tentar condicionar o livre pensamento, falam-nos de liberdade e de democracia, mas a imagem que me ocorre é mesmo a dos Gulags, da tortura e das valas comuns na antiga URSS, estamos a viver aquele regime castrador de todas as liberdades, o regime de Gramsci, de Estaline, Pol Pot, Mao e de tantas outras figuras infelizmente conhecidas pelo rasto de morte e sofrimento causados a centenas de milhões de seres humanos.

Se isto é normal, claro que não, na minha opinião, há várias razões, uma delas, a apatia da população em geral relativa ao meio em que se insere, a falta de livre pensamento, falta de autonomia de pensamento, a falta de cultura. Na verdade, o grande problema reside na ignorância das massas, o resultado do tal processo de democratização, democratização é imbecilização e manipulação das massas.

Toleramos demasiado, aos poucos vamos abrindo mão dos nossos direitos, liberdades e garantias, vamos abrindo mão daquilo que demorou décadas, séculos ou mesmo milénios a conquistar, conformamo-nos com tudo aquilo que aos poucos nos vão impondo, tudo permitimos, muitas vezes por ignorância pela estupidez da ideologia. Vão alinhando com os seus próprios algozes, não se dando conta da realidade, aliás, quando derem conta, será tarde de mais. O sistema em vez de nos tratar de forma igual, está a tornar-nos todos iguais, massa amorfa e sem capacidade de reacção, uma sociedade em que todos aqueles que se insurgem, reagem e lutam são apelidados de fascistas, criminosos e de outros epítetos que me escuso enumerar por razões óbvias.

O grande problema deste e de outros povos é o terem-se rendido ao materialismo, ao conforto da tecnologia, são dominados, são manipulados e nem sequer se preocupam em buscar informação fidedigna, não leem, ou quando leem , não compreendem o que leem, não dialogam, e muitos deles não têm capacidade, nem para elaborar um discurso coerente e muito menos compreender algo que vá além do trivial, além da conversa de mesa de café. Nada sabem de História, nada sabem de Filosofia, nada sabem de Política, na verdade temos uma miríade de ignorantes diplomados, uma miríade de felizes auto-imbecilizados, uma miríade de gente que vive feliz na sua realidade virtual, gente que na verdade não vive, apenas existe! Uma espécie de gado, comem, dormem, reproduzem-se, geram impostos e apenas existem, porque sim, nada mais. Depois de esgotado o seu tempo de vida útil o sistema se encarregará de os reciclar, é este o triste retrato da sociedade dita moderna na qual hoje vivemos. Uma sociedade desumanizada, uma sociedade sem laços, uma sociedade em que o Partido ou o clube de futebol se sobrepõe à família, à tribo, ao clã e à Nação.

Não esquecer que há sempre uma factura a pagar, e neste caso a factura será a escravatura por parte de um sistema no qual somos só e apenas dados estatísticos, artigos com prazo de validade, descartáveis, submissos aos interesse de uma elite e de governantes corruptos ao serviço dessa mesma elite, na verdade vivemos num campo de concentração global, Existimos para servir e para consumir, nada mais. Esquecemos o real, o essencial, vivemos uma vida aparente e virtual, vivemos felizes a nossa própria infelicidade, estamos inibidos de ir mais além, estamos inibidos de criar, estamos inibidos de fugir ao estalão que nos é imposto pelo sistema desde tenra idade, sem que demos conta disso. Os nossos filhos já não nos pertencem, apenas temos a obrigação de os criar, o resto é tudo fruto do sistema, desde que entram num infantário começa a castração mental, começa o fim da família, começam a desvanecer-se os laços com os nossos semelhantes, começa a fase de programação mental dos futuros autómatos humanos.

Muito mais haveria a dizer, mas já me alonguei um pouco, a escrita para mim é como as cerejas, depois de começar..., já me conhecem, reflictam um pouco, estamos na hora do despertar, estamos a tempo de inflectir, de quebrar o sistema, aliás, temos essa obrigação! Caso não o façamos, estaremos a condenar as gerações vindouras a uma vil escravatura, estaremos a por em risco todo o futuro da humanidade, não podemos deixar esquecer aquilo que fomos no passado, como evoluímos e como fomos apurando as nossas capacidades, sobretudo a forma como nos fomos tornando mais civilizados e humanos, como interagimos apesar de diferenças, culturais, crenças, cor de pele, religião ou outras quaisquer.

Alexandre Sarmento

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