sábado, 10 de agosto de 2019

As ingerências do Clube Bilderberg em Portugal





No Sábado dia 22 de Novembro começou o terramoto político em Portugal. Nesta conjuntura de grave crise económica, o povo português sofria o impacto psicológico de assistir a pessoas a quem havia confiado a governação do país acabarem detidas ou indiciadas por alegados crimes. Entre elas destacava-se a figura de José Sócrates, ex-primeiro-ministro, detido por suposta implicação em fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção.

A história da ascensão de Sócrates ao poder começa a 9 de Julho de 2004, quando Ferro Rodrigues renuncia à liderança do Partido Socialista, justificando-a pela atitude do Presidente da República, Jorge Sampaio, de recusar convocar eleições antecipadas. É então que Sócrates ganha as eleições no Partido Socialista, com oitenta por cento dos votos, e poucos meses depois vence as legislativas, assumindo o cargo de primeiro-ministro a 12 de Março de 2005.

Mas, olhando para trás, será mesmo que o grande momento de Sócrates aconteceu a 9 de Julho de 2004? Poderia ter sido assim, não fora um pormenor muito significativo e desconhecido da maior parte dos cidadãos portugueses. É que justamente um mês antes do início do processo que o levou ao comando do governo um ano depois, Sócrates assistiu à conferência internacional mais exclusiva e influente do Ocidente: a organizada anualmente pelo Clube Bilderberg. Da mesma forma que Bill Clinton, Tony Blair ou Barack Obama encontraram neste conclave elitista os apoios imprescindíveis que alteraram para sempre as suas histórias pessoais e profissionais, Sócrates receberia o beneplácito do poder financeiro, mediático e político na reunião do Clube realizada um mês antes de assumir a liderança do Partido Socialista e um ano antes de ser eleito primeiro-ministro.

Durante o primeiro fim-de-semana de Junho de 2004, na bela localidade italiana de Stresa, o futuro primeiro-ministro conviveu com reis, políticos, militares, académicos e com a nata do poder mediático mundial, indispensável para se ser levado ao altar. Dez anos depois de ter tocado o Olimpo com as suas mãos, chegaram às páginas dos jornais e aos espaços informativos das televisões alegados crimes de corrupção praticados por este político ambicioso. É a outra face da moeda, pois se Bilderberg tem a capacidade de fazer elevar aos céus, pode também converter-se no maior pesadelo se se cai em desgraça. Não quero dizer com isto que por detrás deste caso em concreto esteja o braço comprido desta entidade, o que obrigaria a uma investigação adicional. Mas apenas constatar que Bilderberg deixa cair; quando alguém já não interessa não vai em seu auxílio.

Desde o início das minhas investigações, há dez anos, verifiquei e defendi que nem sempre as coisas correm bem a Bilderberg e que a atitude e o comportamento de profissionais honestos de todos os sectores - da justiça, da imprensa, das universidades, da política - são essenciais para fazê-lo fracassar. Neste caso, surge ainda um facto interessante exposto por um cidadão português durante uma entrevista realizada pela jornalista Belén Rodrigo, do diário espanhol Abc.





Ao longo dos meses de Novembro e Dezembro, nas conversas nos cafés em Portugal não havia outro tema em discussão, pois Sócrates não era o único contaminado com o vírus da corrupção. As investigações da Polícia Judiciária desenvolveram-se também nas residências dos administradores do Banco Espírito Santo, enquanto o ex-deputado social-democrata Duarte Lima era condenado a dez anos de prisão por fraude qualificada no antigo banco BPN e posterior branqueamento de capitais.

Os cidadãos portugueses assistiram estupefactos ao tsunami criminal que abalava as estruturas do país e sentiram-se perturbados com o que estava a acontecer. As suas preocupações não eram diferentes das de milhões de europeus que sobreviviam a duras e desumanas medidas de austeridade enquanto viam cair a máscara a políticos, empresários e sindicalistas corrompidos que, durante décadas, receberam a presunção de pessoas honestas. Deste modo, Portugal unia-se a Espanha, Grécia ou Itália, os países mais afectados pelas mentiras dos seus líderes que enriqueceram ilicitamente. Tratavam-se, precisamente, dos países do Eurosur, os melhores e maiores alvos do ataque financeiro do Bilderberg.

Como já adiantei, o jornal espanhol Abc recolhia reacções naqueles dias de incredibilidade em que Portugal despertava de uma crua realidade. Para alguns dos entrevistados fora muito suspeito que o dia da detenção de Sócrates coincidisse com a véspera da eleição de António Costa para secretário-geral do Partido Socialista. Outro dos entrevistados, Manuel Bento (engenheiro de 50 anos), aflorava um aspecto interessante: «Estas detenções dão-se quando, pela primeira vez, a maçonaria não está em maioria no supremo Tribunal de Justiça». Aqui está o facto a que aludia atrás: a maçonaria, uma entidade discreta e invisível, presente em Bilderberg desde o começo através de determinadas pessoas que fazem parte de ambas as instituições. Em Portugal, como nos restantes países, também se dá a coincidência maçónica.

Numa destas entrevistas ao Abc, Miguel Teixeira (39 anos, engenheiro) defendia que o caso Sócrates estava relacionado com o de Ricardo Salgado, o ex-presidente do Banco Espírito Santo, que depois de estar umas horas detido pagou uma caução de três milhões de euros para sair em liberdade. «É um homem muito poderoso que muito influenciou o mundo da política». Não escapou a este entrevistado a relação entre Sócrates e Salgado, embora eu desconheça se ele sabia que Salgado era outro bilderberg português.

Chegados a este ponto, que têm em comum os nomes que vão aparecendo neste relato? Que, em algum dia, todos foram convidados a comparecer nas exclusivas reuniões Bilderberg, onde analisaram as suas capacidades para tomar parte da estratégia da entidade. Todos, e mais alguns que iremos ver, passaram pelo conclave antes de alcançarem postos-chave no seu país ou a uma escala global.

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O Clube Bilderberg em Portugal

Nos seus 61 anos de existência, Bilderberg apenas reuniu uma vez em Portugal. Aconteceu em 1999, entre os dias 3 e 6 de Junho, num complexo turístico de cinco estrelas, a que não faltava um luxuoso campo de golfe, propriedade do elitista Caesar Park Hotel Penha Longa, em Sintra, que algum tempo depois mudaria o nome para Penha Longa Resort. (...) Na 47.ª sessão de Bilderberg, estiveram 119 participantes de 21 países.

Em Sintra, os convidados portugueses cruzaram-se com David Rockefeller; Pedro Solbes, o eurodeputado espanhol que viria a ser ministro da Economia de Rodríguez Zapatero; Giovanni Agnelli; Jaime Carvajal y Urquijo, amigo íntimo e companheiro de golfe de Bill Clinton, durante 13 anos director da segunda tabaqueira mais importante dos Estados Unidos, a RJR Nabisco; James Wolfensohn, presidente do Banco Mundial; Peter Mandelson, amigo de Blair, nomeado comissário europeu do Reino Unido em 2004 e conhecido como «O Príncipe das Trevas» pela sua fama de conspirar e manipular na sombra; Richard Holbrooke, representante das Nações Unidas e, claro, Henry Kissinger. Também se encontravam em Sintra CEOs de gigantes empresas e grupos dos sectores farmacêutico, do tabaco, da indústria automóvel, etc.

Também lá estava Lord Conrad Black, o magnata do terceiro maior grupo de comunicação do mundo, que pouco tempo depois caía em desgraça. Ele próprio comentou em dada ocasião a propósito de a imprensa estar proibida em Bilderberg: «O facto de não haver jornalistas torna o debate mais íntimo. Não se criam indiscrições massivas». Ou seja, sentem-se com a liberdade absoluta de falar abertamente acerca dos seus planos de conquista do mundo com toda a tranquilidade e sem passar pelo crivo da opinião pública.

Como sempre acontece nestes encontros, a reunião de Bilderberg em Sintra esteve rodeada de fortes medidas de segurança. Entre os portugueses convidados estava o então Presidente da República Jorge Sampaio e o primeiro-ministro Durão Barroso, cuja vinculação a Bilderberg desde o ano de 1994 o catapultou para as mais latas instâncias europeias. Entre os restantes portugueses destacavam-se:

Francisco Pinto Balsemão. É o único membro permanente do Clube Bilderberg, pelo menos desde 1988, ano em que está identificada a sua presença - embora possa ter comparecido ainda antes -, e a fazer parte do Comité Directivo, orgão encarregado de definir a agenda de temas a debater e as personalidades a convidar. Teve, assim, a incumbência de seleccionar os convidados portugueses para a reunião de Sintra. Pinto Balsemão vem de uma família abastada e é trineto de Rodrigo Delfim Pereira, filho ilegítimo do imperador Pedro I do Brasil. Durante as suas férias de verão no Estoril conviveu com Juan Carlos de Borbón, futuro rei de Espanha. Após a Revolução dos Cravos em 25 de Abril de 1974 - acontecimento que inquietou enormemente Bilderberg pelo receio de influenciar primeiro a Espanha e depois outros países europeus -, esteve na fundação do Partido Popular Democrático (actual Partido Social Democrata, PSD).


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Em Janeiro de 1981 foi eleito primeiro-ministro, cargo que deixou em 1983 por falta de apoio popular e pela crise na coligação com o CDS (Centro Democrático Social) liderado por Freitas do Amaral. Em 2005 foi convidado para membro do Conselho de Estado pelo Presidente Aníbal Cavaco Silva. É também membro do Conselho Assessor Internacional do Banco Santander, outra entidade com vínculo a Bilderberg.


Em 1988, quando assistiu ao conclave, Pinto Balsemão estava concentrado na sua empresa de comunicação social. Anos mais tarde, o grupo Impresa a que preside estreou a primeira televisão privada em Portugal, a Sociedade Independente de Comunicação (SIC), que começou a emitir a 6 de Outubro de 1992, depois da liberalização do sector audiovisual pelo Governo de Cavaco Silva. O dossier não esteve isento de polémicas, com divisões no Conselho de Ministros, pois o grupo liderado por Proença de Carvalho ficou em desvantagem.

Em 21 de Novembro de 2005, dois meses antes das eleições presidenciais em Portugal, Pinto Balsemão foi entrevistado pelo diário espanhol Abc. O jornalista Romualdo Maestre perguntou-lhe acerca da sua presença nas reuniões do Clube Bilderberg e das possibilidades eleitorais do seu candidato Cavaco Silva.

« - Acredita que o candidato do seu partido Cavaco Silva possa ganhar?

- Penso que tem possibilidade de ganhar logo na primeira volta.

- Como encarar a crítica dos seus opositores sobre o facto de o senhor pertencer ao exclusivo e por vezes opaco grupo de pressão Bilderberg?

- Encaro-a como inveja. Bilderberg é um grupo da sociedade civil que junta uma vez por ano norte-americanos, canadianos e europeus para falar ao alto nível sobre os problemas actuais, que tanto podem ser as relações entre os dois continentes, a guerra no Iraque ou a economia na China. Está muito bem organizado e ao não estar lá a imprensa, não haver conclusões nem comunicados finais, as pessoas podem falar de forma muito livre. Muita gente que o critica gostaria de fazer parte dele».

Creio que estas respostas não precisam de comentários.

Outra das polémicas em que esteve envolvido devido à sua vinculação com Bilderberg - cujas reuniões têm um custo aproximado de dois milhões de euros -, teve a ver com o facto de se ter descoberto que o grupo Impresa suportou parte das despesas da reunião de Sintra. A Sojornal, empresa que detém a maioria das acções do semanário Expresso e da revista Visão, recebeu cerca de 40 mil contos (200 mil euros) do Ministério dos Negócios Estrangeiros para organizar o encontro dos líderes mundiais no luxuoso complexo da Penha Longa, em Sintra. Foi uma notícia veiculada pelo semanário O Independente.

O que significa que os contribuintes portugueses contribuíram para pagar os quatro dias de luxo num dos hotéis mais caros do País, precisamente àqueles que zombavam da democracia e do parlamento. Resta dizer que o presidente da Sojornal não é senão outro que Pinto Balsemão. Segundo indicou fonte da Sojornal, o dinheiro recebido do Estado para organizar o evento não devia ser visto como uma subvenção mas sim como um patrocínio.

Joaquim Ferreira do Amaral. Foi ministro das Obras Públicas de Cavaco Silva e artífice das autoestradas portuguesas. Dois anos depois de Sintra, candidatou-se à presidência da República enfrentando Jorge Sampaio. Mais tarde, no dia em que começava o conclave Bilderberg 2013, no Reino Unido, lembrou, em entrevista à Antena 1, a sua presença em 1999, em Sintra: «Esse encontro foi especialmente interessante já que reuniu personalidades importantes que expuseram os seus pontos de vista sobre assuntos de relevância mundial, que também tinham importância prática para Portugal. Escutar estas personalidades e ouvir as reacções foi muito útil».

No encontro em solo britânico também estiveram o ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Portas e o secretário-geral do Partido Socialista António José Seguro, que afirmou aos jornalistas: «Tratou-se de um convite para eu participar numa reunião, onde vou reafirmar as minhas posições, quer em matéria de globalização, quer em matéria europeia. Defendo o fim dos paraísos fiscais, a taxação sobre as transacções financeiras, a dimensão económica e política da União europeia».

(...) José Manuel Durão Barroso. Teve a sua primeira presença numa reunião Bilderberg em 1994, quando era ministro dos Negócios Estrangeiros de Cavaco Silva. É significativo que um ano mais tarde entrasse na direcção do PSD, tornando-se líder social-democrata em 1999. Nesse ano perdeu as eleições legislativas para António Guterres e proferiu a frase que se tornaria famosa: «Estou certo que irei ser primeiro-ministro, só não sei quando». Por acaso seria uma referência subtil e desconhecida para cidadãos ao apoio dos seus amigos biderbergs para conseguir esse objectivo? A verdade é que se tornaria primeiro-ministro em 2002 e um ano depois assistia à reunião Bilderberg como chefe do Governo. Foi nomeado presidente da Comissão Europeia em meados de 2004, cargo que preferiu ao que ocupava, de primeiro-ministro. Quando em 2012 recebeu o Prémio Nobel da Paz atribuído à União Europeia (uma entidade criada no seio de Bilderberg), declarou que a UE, «apesar das suas imperfeições, pode ser e é uma fonte de inspiração para o mundo».

Durão Barroso foi anfitrião do «trio dos Açores» que precedeu à guerra do Iraque e um dos subscritores da «United We Stand», em que oito chefes de Estado da UE se posicionaram do lado de George W. Bush e contra Jacques Chirac e Gerhard Schröder na polémica sobre se se deveria destronar ou não Saddam Hussein.

Em Sintra também esteve António Guterres, reeleito nesse mesmo ano e que veio a ocupar de Janeiro a Julho de 2000 a presidência do Conselho Europeu. [Foi ainda o] Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados e, segundo todas as previsões, poderá ser o próximo [secretário-geral das Nações Unidas].


Ricardo Salgado. Um dos mais importantes banqueiros portugueses, à frente do Banco Espírito Santo até ao último verão, um mês antes de o Banco de Portugal anunciar um resgate de 4.900 milhões de euros. Depois de 22 anos à frente da entidade, o sobrinho-neto do fundador do BES é suspeito de procedimentos ilegais que ocultaram perdas de mais de dois milhões de euros. Durante anos foi admirado, galardoado e temido por muitos, mas agora que está indiciado como criminoso sofreu a humilhação de ter sido detido em público. Esteve na reunião de 1997 e de novo em Sintra. Manteve relações privilegiadas com todos os governos, embora tenha sido mais próximo de José Sócrates.


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Também foram convidados para a reunião de Sintra o então ministro da Educação, Eduardo Marçal Grilo; Vasco de Mello, um dos mais importantes empresários portugueses, vice-presidente e CEO do Grupo José de Mello; Francisco Murteira Nabo, presidente e CEO da Telecom Portugal; Artur Santos Silva, presidente do Grupo BPI; e João Estarreja, membro da organização portuguesa da conferência.

Entre os jornalistas, assistiram à reunião Nicolau Santos, especialista em assuntos económicos, e Margarida Marante, que também esteve em 1996, justamente na altura em que vivia o pico da sua carreira na SIC. Dava-se a circunstância de ambos trabalharem então no grupo de Pinto Balsemão, Nicolau Santos no Expresso e Margarida Marante na SIC.

Os debates que se realizaram em Sintra tiveram como temas o Kosovo; a genética e as ciências da vida; o cenário político na Europa; o redesenho da arquitectura financeira internacional; os impactos sociais e políticos nos mercados emergentes dos recentes eventos económicos; a relação entre a tecnologia de informação e a política económica; a política externa russa; o futuro da NATO. Como se vê, temas que 16 anos depois estão em plena actualidade. O que Bilderberg sempre procurou foi adiantar-se, no tempo, ao futuro do mundo.


Mais portugueses na história de Bilderberg

Outras personalidades portuguesas estiveram presentes nas elitistas e privilegiadas reuniões antes e depois de Sintra.

No ano de 2004 assistiram Santana Lopes e José Sócrates, convidados pelo único português membro do Conselho Directivo da entidade, Pinto Balsemão. A reunião teve lugar em Itália três semanas antes da crise política aberta pela demissão de Durão Barroso (ocorrida a 29 de Junho de 2004) do cargo de primeiro-ministro de Portugal, ao ser chamado pelo Conselho Europeu a presidir à Comissão Europeia. Nesse cargo sucedeu a outro participante de Bilderberg e membro do seu Conselho Directivo, o ex-primeiro ministro italiano Romano Prodi. Como se vê, Durão Barroso é um velho conhecido de Bilderberg, desde 1994 não tem faltado aos encontros, com a sua carreira a ser notoriamente impulsionada até à presidência da Comissão Europeia.

Dois meses depois do conclave, Santana Lopes tornava-se primeiro-ministro. Outro facto chamativo, pois o poder, tanto nacional como europeu, cairia em mãos de bilderbergs. E apenas um ano depois, como referi atrás, José Sócrates liderava o Governo.

Outras personalidades fundamentais na crise política que afectou o País em 2004 estiveram presentes na reunião de Stresa: o Presidente da República Jorge Sampaio e o líder do PS Ferro Rodrigues.

Quatro anos mais tarde, em 2008, os presidentes das duas principais câmaras municipais foram convidados a assistir à reunião que teve lugar na Virgínia, Estados Unidos. Eram eles Rui Rio no Porto (PSD) e António Costa em Lisboa - que se tornou o sucessor de José Sócrates à frente do PS, um dia depois da detenção deste último.

Em 2009, a reunião de Atenas juntaria na mesma sala a líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, e o então ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho. O ex-governante manifestou aos jornalistas que o balanço do debate «foi muito interessante».


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Outros nomes com relevância em Portugal que assistiram a reuniões do Clube Bilderberg:

António Borges. O falecido economista e banqueiro foi o homem em Portugal da Goldman Sachs, uma das empresas Bilderberg por excelência. Esteve presente em 1997. Regressou a Bilderberg em 2003. Em 2004 foi um dos principais críticos de Santana Lopes como substituto de Durão Barroso. Era íntimo do primeiro-ministro Cavaco Silva.

Manuel Maria Carrilho. Professor e político vinculado ao PS. Foi parlamentar europeu e é especialista em temas de defesa, uma área prioritária nas conferências Bilderberg. Esteve presente em 1995, no ano da chegada ao poder de António Guterres, de cujo Governo foi ministro da Cultura.

Vasco Pereira Coutinho. Um dos principais empresários mais importantes de Portugal, que criou a sua fortuna com o negócio da Autoeuropa. Assistiu à reunião de 1998. Quando era primeiro-ministro, Durão Barroso viajou de férias ao Brasil, no seu avião privado e ficando em sua casa, o que na altura causou polémica. É próximo de Cavaco Silva.

José Cutileiro. O embaixador português assistiu à reunião de Bilderberg em 1994, tornando-se nesse mesmo ano secretário-geral da União da Europa Ocidental (UEO), a estrutura de defesa e segurança da União.

Faria de Oliveira. Ministro do Comércio e Turismo de Cavaco Silva, assistiu em 1993 e foi uma peça-chave na ligação entre o então primeiro-ministro e o mundo dos negócios, tanto públicos como privados.

Vasco Graça Moura. Político, poeta e erudito. Assistiu à reunião de 2001. Era um destacado intelectual, cujas opiniões eram escutadas pelos políticos. Faleceu [em 2014].

Vítor Constâncio. O ex-governador do Banco de Portugal e vice-presidente do Banco Central Europeu (BPI) esteve presente em 2010.

À reunião de 2014 assistiram o sempre eterno Francisco Pinto Balsemão, o ministro da Saúde Paulo Macedo e a actriz e deputada socialista Inês de Medeiros.


Como se verifica, são vários os políticos portugueses que assistiram às reuniões um ano ou vários anos antes de se tornarem chefes de governo ou de ocuparem um cargo importante nas estruturas políticas ou empresariais. Durão Barroso participou pela primeira vez em 1994 e foi eleito primeiro-ministro em 2002. Entre os dias 3 e 6 de Junho de 2004, Santana Lopes e José Sócrates foram convidados. Um mês depois, o primeiro substituía Durão Barroso na chefia do Governo. E em Março de 2005 era a vez de Sócrates alcançar este posto. António Guterres participou em 1994 um ano antes de vencer as eleições legislativas. Em 2008, foram convidados António Costa e Rui Rio.

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O que se observa aqui é que, na realidade, o poder político e empresarial português tem vindo a ser repartido entre poucos nomes. E que, para Bilderberg, é essencial que os presidentes e funcionários de um país possam ser manipulados como fantoches da sua nova ordem mundial.

É importante sublinhar que, através do resgaste a Portugal, Bilderberg conseguiu tirar soberania ao País e passá-la para uma entidade supranacional: a Troika, formada pela Comissão Europeia, o FMI e o BCE. À frente dos três organismos Bilderberg colocou os seus membros: Durão Barroso - substituído em Novembro de 2014 por Jean Claude Juncker -, Christine Lagarde e Mario Draghi.

Desta forma, comprovamos que o atentado à democracia, que deveria passar pela representação e gestão da causa pública nos parlamentos, é tão evidente em Portugal como no resto das nações que fazem parte do Clube.

 (in O Clube Secreto dos Poderosos. Os Planos Ocultos de Bilderberg, Matéria-Prima Edições, 2015, pp. 197-209).

6 comentários:

  1. Conclusão: Este é um grupo organizado a nivel internacional, em que os Cabecilhas que fazem parte da Governação de cada País, representado neste grupo, tem apenas e só como Objectivo fomentar a Escravidão de funcionários em cada País, o mais mal pagos possivel, para aumentarem a concorrência com a China, na produção do quanto mais barato for a mão de obra de quem trabalha, melhor. Conclusão Parasitas de vários Países Unidos, na formação da Escravatura em cada País, representado nesse grupo de Parasitas. Esta será mais uma Pista, para onde terá ido, uma grande parte do Ouro roubado do Banco de Portugal, depois do 25 de Abril de1974. Concluíndo as falsas Democracias estão infestadas de Parasitas. Viva Salazar Viva Portugal.

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  2. O Zé Povinho que Trabalhe, que pague impostos e actualmente já passa Fome!
    Haja Piedade ! : Solidariedade Humanitária , com Animais e Natureza ...
    E Um Bom Karma que não tarde a Florescer para a Malvadez Humana !

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  3. Eu não sabia que existia uma ordem que fomenta a escravidão a nível global para se legitimarem no poder, sempre!

    Abraços de Moçambique!

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  4. Eu não sabia que existia uma ordem que fomenta a escravidão a nível global para se legitimarem no poder, sempre!

    Abraços de Moçambique!

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  5. Eu não sabia que existia uma ordem que fomenta a escravidão a nível global para se legitimarem no poder, sempre!

    Abraços de Moçambique!

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