"A verdade, a decisão, o empreendimento, saem do menor número; o assentimento, a aceitação, da maioria. É às minorias que pertencem a virtude, a audácia, a posse e a concepção." Charles Maurras
segunda-feira, 20 de maio de 2019
Miséria Nacional...
Quando num país temos:
Fome.
Miséria.
Desemprego.
Gente a dormir nas ruas.
Gente a morrer em macas num corredor de hospital.
Gente que sofre as atrocidades do terrorismo de Estado.
Gente que morre impunemente quando as entidades de protecção civil falham.
Idosos abandonados assim que acabam a sua carreira contributiva e apenas começam a dar despesa.
Uma assimetria brutal entre ricos e pobres.
Um país em que a corrupção deixou de ser crime e passou a ser um motivo de orgulho e de status.
Um país no qual a justiça faz distinção entre ricos e poderosos e o pobre cidadão, vitima ele mesmo desses ricos e poderosos.
Um país sem soberania nem vontade popular.
Um país onde nos castraram todas as liberdades, direitos e garantias, onde nem sequer há direito a liberdade de expressão.
Um país, em que nos impõem uma ideologia do género, onde um rapaz já não pode ser um rapaz e uma menina uma menina.
Um país onde não existe um verdadeiro sistema de ensino, temos na verdade um verdadeiro sistema de manipulação e e formatação, um sistema que inibe as nossas crianças e jovens de pensar de forma autónoma e racional, melhor dizendo, onde são intelectualmente castrados.
Um país onde se define por cultura uma serie de aberrações importadas, reallity shows, novelas, filmes e uma miríade de porcarias que atentam contra a dignidade e sanidade mental e material dos verdadeiros humanos.
Um país decadente em que tudo atenta contra a nossa identidade ou matriz cultural e espiritual.
Um país onde nos roubam tudo e tu ficas impávido e sereno, pior, onde comes o que não gostas e agradeces, participas, votas, apoias e no final, ainda gritas golo!!!
Mas que mais se poderia esperar, afinal, temos o país que escolhemos, temos o país que fizemos, não adianta assacar culpas a ninguém, excepto a nós próprios, ou será que deixamos de ter vontade própria e a preguiça mental e as parcas migalhas que o sistema nos vai dando são o suficiente para nos manter entretidos?
Pão e circo, uma feira de vaidades onde apenas o aparente conta, vivemos apenas para ostentar, para mostrar ao vizinho que somos melhores e mais bem sucedidos, uma miséria, uma sociedade miserável no qual o ter se sobrepôs ao ser, uma sociedade do espectáculo, como e muito bem escreveu um dia Guy Debord, o mundo da aparência, o mundo da hipocrisia...
Creio ter-me excedido um pouco, alonguei-me mais uma vez nestes meus lamentos, bem sei, poucos, muito poucos se darão ao trabalho de ler, quem sabe, "As tardes da Julia", ou "A mão na bola e a canelada no artelho", sejam muito mais importantes do que falar, ler ou escrever sobre aquilo que realmente conta, o que interessa, ou seja, o que vivemos hoje e o que escolhemos como futuro.
Viva o Benfica, viva o futebol, viva o Socras, viva o Vara, viva o Berardo!!!
Muito mais poderia dizer, mas para quê, gastar o teclado para quê, perder o meu tempo para quê, para me chamarem maluco, alarmista, extremista, fascista, ou outra merda qualquer, desenganem-se, a mudança não está lá fora, não esta na TV, nos jornais ou noutra porcaria qualquer, a mudança começa em cada qual, no mudar de consciências, na mudança de paradigma de cada um...
Alexandre Sarmento
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A Sinistra Maçonaria...
«Se não há algo de sinistro a ocultar quais os motivos que levam à construção de uma sociedade que é de tal modo secreta que obriga os seu...
Boas, Alexandre.
ResponderEliminarNão conhecia o seu blog tirando hoje. Estive a ler alguns dos seus posts e continuarei a ler mais.
Como o compreendo bem. E sim, do que tenho lido dou a mão à palmatória e estou de acordo consigo.
Não entendo pois, acredito que há muitos anónimos por esse país fora que partilham do que aqui escreve. Acredito que muitos desses anónimos não fazem ouvir a sua voz. Por vezes penso o que sucederia se, todos aqueles que não se fazem ouvir decidissem gritar e escolher o caminho que desejariam... Acho que das poucas armas que ainda vamos tendo à disposição é o voto. E se todos aqueles que não vão às urnas decidissem ir votar? Qual seria o resultado? Julgo que surpreendente para uns e esperado por outra "casta" (casta essa que sabe perfeitamente bem o que lhes sucederá se algum dia os calados decidirem "falar"). Como li em tempos, o voto não é para premiar ninguém (seja pessoa ou partido); é sim, para castigar o corrupto e desonesto, afastando-o da possibilidade de nos prejudicar a todos!
Espero que não tenhamos como povo de cair muito mais antes de acordarmos.
Comentei neste post como poderia ser noutro qualquer. Mas, para lhe dizer que sou dos que vão lendo o que escreve e que compartilha!
Cumprimentos,
R. Cardoso