sexta-feira, 2 de abril de 2021

Ratzinger, Igreja e Maçonaria.

 

A TOMADA DE POSIÇÃO DO CARDEAL RATZINGER
Ser maçon e católico continua, por conseguinte, a ser incompatível. É-se uma coisa ou é-se outra, assevera, em Novembro de 1983, o cardeal Ratzinger, à data prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. «Permanece imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçónicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja. Os fiéis que se inscrevem nas associações maçónicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão», escreve o futuro Papa Bento XVI. E na mesma declaração explicita que não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se com um juízo que implique derrogação deste parecer.
Esta chamada à ordem é sentida como um verdadeiro duche frio pelos católicos maçons e por aqueles que, de um e outro lado, pensavam estar solucionada uma condenação ainda tão global da maçonaria. Não sem razão, aliás, tendo em consideração a evolução da Igreja Católica após o Concílio Vaticano II, evolução essa que acabava de ser inscrita no novo Código de Direito Canónico (código jurídico da Igreja Católica) publicado em Janeiro de 1983 que substituía o famoso artigo 2335 do anterior Código de Direito Canónico datado de 1917.
Este último havia confirmado a excomunhão de facto, enunciada ao longo de todo o século XIX, «daqueles que se inscrevem numa seita maçónica ou em qualquer outra associação do mesmo género que maquina contra a Igreja e os poderes civis legítimos...». Ora, em Janeiro de 1983, já não se trata de «seita maçónica». O artigo 1374 do novo Código de Direito Canónico estipula simplesmente que «quem se inscreve em alguma associação que maquina contra a Igreja seja punido com justa pena; e quem promove ou dirige uma dessas associações seja punido com interdito». Com base nisto, há quem se regozije com aquilo que consideram ser uma mudança significativa da Igreja romana, enquanto outros ficam inquietos, sobretudo nas fileiras dos católicos conservadores. Foi, aliás, devido a um pedido de esclarecimento que o cardeal Ratzinger decidiu responder com a sua declaração de Novembro de 1983. Segundo ele, se não é feita menção mais explícita às associações maçónicas é porque o novo Código de Direito Canónico não as referiu, assim como não referiu as outras «porque elas estão evidentemente incluídas em categorias mais latas». Excepto que ele não especifica nem as associações nem as categorias em questão, tornando assim o seu esclarecimento algo confuso...

Quem sabe tenha sido esta, uma entre outras várias razões para o afastamento de Ratzinger, nada acontece por acaso, hoje temos plena consciência de que o Vaticano foi tomado pela maçonaria e pelo comunismo!!!

Alexandre Sarmento


2 comentários:

  1. A sua luta contra o relativismo moral, o neoliberalismo progressista, atualmente em voga no Ocidente, deve ter sido a principal causa do seu afastamento.

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  2. O mesmo se aplica aos defensores do ABORTO, CRIME HORROROSO, contra o Ser Humano mais débil do planeta....No entanto, vemos politicos "católicos" no PS, partido que votou sempre o crime aborto, e outros "católicos" que votam PS..ou até PCP...e BE....infelizmente, O Bispo Bergoglio não denuncia este holocausto de cerca de 40 milhões de mortes/ano, como faz com os supostos sofrimentos gay ou dos supostos refugiados..Pior: apoia J.Biden e dá ordens aos bispos dos EUA para lhes darem comunhão(para isso, nomeou um cardeal a quem deu essas ordens, para WASHINGTON D.C.) visto que BEIJING BIDEN já passou pela vergonha de estar na fila da comunhão ser -lhe NEGADA por padres por causa exatamente da sua luta e votos pelo aborto em 40 anos de vida politica.
    Trump, pelo contrário, chegou à casa branca e cortou de imediato os fundos federias para clinicas de aborto, provocando uma onda de insultos, calúnias, difamações, intoxicações por media, hollywood, democratas como não há memória nos EUA..é caso para perguntar com muita tristeza: PORQUE O BISPO/CARDEAL de ROMA BERGOGLIO NÃO DENUNCIA O ABORTO, (nem quando foi discutido há meses na sua argentina.???)

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