quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Aristides de Sousa Mendes, a verdade da Mentira.

Desmontando a mentira, o embuste, repondo a verdade dos factos.
De lamentar mais uma vez o aproveitamento político de uma mentira, de um embuste para denegrir a imagem de Salazar e do Estado Novo, elevando um homem comum sem virtudes aparentes ao estatuto de herói quando na realidade nunca o foi, não foi um bom diplomata, não foi um bom português, não foi um exemplo de seriedade, enfim, e falando verdade, foi uma figura, aliás como tantas outras usadas pelo regime comuno-socialista afim de branquear uma traição à nação portuguesa!!!
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Desmontando uma mentira do tamanho do Everest!!!!
A Invenção dos 30.000 Vistos dos quais 10.000 para Judeus (ii)
Segundo os relatos generalizados, a 17 de Junho, mal saído da cama, Aristides proclamou que dava visto a quem o desejasse, mandando arautos junto da sinagoga em Bordéus, onde, naturalmente, havia muitos judeus, que nos parece que ele discriminava favoravelmente.
Sebastião Mendes fala em vistos gratuitos. No entanto, ou o secretário do Consulado, José Seabra, não aceitou que se dessem vistos gratuitos, ou Aristides não o terá tentado em Bordéus, já que todos os vistos ali dados, e que conhecemos, foram pagos, quer os dados regularmente quer irregularmente.
Eu, repito, ainda não consegui ver um visto dado por Sousa Mendes gratuitamente, parecendo que, quer em Bordéus quer em Bayonne, até que o cônsul Simeão o expulsou deste Consulado, todos os vistos, regulares ou irregulares, foram também pagos, e portanto registados.
Segundo dizem e Rui Afonso insinua, depois de expulso do Consulado em Bayonne e destituído em 23 de Junho, Aristides, que não regressou, oficialmente, a Bordéus, para partir imediatamente para Portugal, até, pelo menos, 26 de Junho, terá andado pela fronteira a dar vistos gratuitos a quem os quisesse, quer sobre documentos de viagem quer sobre qualquer papel (não há a certeza que ele tenha regressado a 26 a Bordéus).
Quantos terá assim dado, de forma completamente fora do normal e já destituído das funções de cônsul de Portugal em Bordéus?, ninguém sabe.
Porém, sabe-se, e Rui Afonso di-lo claramente, que os espanhóis recusaram reconhecer esses vistos, dados de forma tão estapafúrdia. Portanto, estes vistos, dados talvez com a melhor das intenções, foram completamente inúteis. Com eles, Aristides não pôde salvar ninguém, perdendo o seu tempo e criando aos refugiados mais problemas do que aqueles que já tinham.
Os refugiados que por lá ficaram foram, mais tarde, transportados gratuitamente para Portugal, no Sud Express, clandestinamente, às ordens de Leite Pinto. Mas Rui Afonso não quis dar projecção a esta importante acção humanitária de Portugal, pois não é de admitir que a desconhecesse, já que fala de tudo quanto há relativamente aos refugiados, incluído o seu mau transporte. Ou só lhe interessam os que contactaram Aristides?
Já dissemos, e reiteramo-lo agora, que Aristides, até deixar Bordéus, não poderia ter dado sequer 2.500 vistos. Cremos que tudo ficou provado e mais que provado supra. Isto demonstra a sem vergonha com que se inventam números fantásticos de judeus, a quem Aristides teria salvo da morte.
Daí que não tenham aparecido a ajudá-lo quando vivia na miséria.
No entanto, como dissemos, mesmo que isso não estivesse provadíssimo, como está, pelo número, que era materialmente impossível dar tantos vistos em três dias, vamos fazer um exercício de matemática para demonstrar tal impossibilidade, repetindo quase tudo o que já demonstrámos no capítulo anterior.
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Quem dava os vistos? Aristides, um dos filhos e José Seabra, ou seja, três pessoas (o genro, que antes ajudara no Consulado, estava a caminho de Lisboa, chegando a Cabanas de Viriato a 22 de Junho, acompanhado de alguns refugiados, como Rui Afonso relata).
Ora, 3 dias perfazem 72 horas. Mesmo que só tirassem 10 horas para dormir, comer, toilette, etc.,, ficam 42 horas livres, ou seja 2.520 minutos.
Um visto, pago e registado, não se processa em menos de 5 minutos. Mas, admitamos que o zêlo (não de Seabra) e a destreza eram tais que tudo se faria em 4 minutos.
Ora, 2.520 minutos a dividir por quatro, dá 630 vistos. Daqui, para 30.000, Rui Afonso, vai uma pequena diferença!
Como se pode ser tão levianamente crente?!
Obviamente, como acima ficou provado, nem esse número deram, já que o visto dado a Torberg, em 19 de Junho de 1940 (último dia de Aristides como cônsul efectivo em Bordéus), tem o número de 2.245.
Assim, é evidente que Aristides salvou muito pouca gente, já que, como Seabra declarou, apenas de deram, naqueles três dias, umas centenas de vistos.
A razão alegada por Rui Afonso para José Seabra mentir não tem sentido, por vários motivos:
a) se o Governo entendesse que ele estava comprometido com os vistos irregulares, não lhe teria confiado o Consulado após a destituição de Aristides, em 23 de Junho;
b) quando foi ouvido no MNE disse que teriam emitido apenas algumas centenas de vistos, sabendo que a sua afirmação ia contra o que os panegiristas de Aristides andavam propalando, não se vendo razão para mentir;
c) os crimes de desobediência e abuso de poder (só praticados pelo cônsul Aristides) e outro praticado eventualmente por ambos, já tinham prescrito há mais de 35 anos, e Seabra sabia o que é isso de prescrição de um crime, sendo isto outra razão para não mentir;
d) depois, estava velho, tendo sido sempre homem de bem, não se vendo o seu menor interesse em mentir.
Mentiria por gosto? Que patetice (...).
Mas alguém mente, e de que maneira!
Por isso, talvez venha a propósito lembrar o dito latino, que já consta dos salmos bíblicos, e nos diz que omnis homo mendax.
É uma grande vergonha a tentativa de fazer de José Seabra um mentiroso, simplesmente porque não corroborou a aldrabice, do tamanho do Everest, dos 30.000 vistos, dos quais 10.000 a judeus. Mesmo quando esta aldrabice é incompatível com os registos consulares e com a possibilidade material de se efectivar no condicionalismo a que é referida.
Mas, mais vergonhoso é ainda o facto de ser difícil encontrar uma verdade em tudo o que, sem qualquer pudor, se tem propalado, supostamente a favor de Sousa Mendes, interna e internacionalmente, contando com a prática de não fazer contas.
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Já vimos estar provado que Aristides, em nome de Portugal, e dele exclusivamente, não chegou a dar em Bordéus, em todo o ano de 1940, 2.500 vistos, até sair para Bayonne, em 20 de Junho, e ser destituído em 23 do mesmo mês. Alguns destes vistos, não se sabe quantos, foram por ele dados irregularmente a quem Lisboa antes os negara (v.g. ao rabino Kruger) ou, pura e simplesmente, para quem nem sequer se pedira autorização a Lisboa.
Portanto, serão estes (os irregulares), e só estes, os que corresponderiam às pessoas que, segundo os panegiristas de Aristides, este salvaria da morte. Todos os outros terão sido salvos por Portugal e não por Aristides, individualmente.
Mas, que nós saibamos, Aristides nem sequer salvou ninguém da morte, tal como Portugal em França, porque naquela altura, ninguém ali estava em perigo de vida. Apenas deu uma série de vistos irregularmente, e parece que só, ou, sobretudo, a judeus, discriminando estes positivamente. Esta é a verdade.
Mas então, porque é que se tem deixado chegar tudo isto ao estado actual de quase mitificação? Porque os portugueses são um povo estranho, inconstante, muito moody, e tão ingrato como os deuses. Reparem que, sendo, no tempo de Salazar, quase toda a gente salazarista, como muitos milhares de políticos a ele favoráveis, depois de morto e mudado o regime 180 graus, salvo Franco Nogueira, Veiga de Macedo, e poucos mais, pode dizer-se que ninguém apareceu a defendê-lo, mesmo quanto às mais evidentes mentiras, e ainda ninguém o fez quanto às monstruosas atoardas do caso A. de Sousa Mendes, em que Salazar é persistentemente muito mal tratado - é o pendant do bom (Aristides) contra o mau (Salazar).
Não deixa de ser curioso, por estranho, que tenha sido preciso que alguém independente, sem a menor ligação política a Salazar, e até olhando com simpatia para Sousa Mendes, movido apenas pelo amor à verdade, e, porque, além de cansado de ouvir e ler tanta despudorada aldrabice, foi provocado, concretamente, para o fazer, decidisse vir a público enfrentar um lobby político e de interesses poderosíssimo, para repor as coisas nos seus devidos termos.
Como temos dito, e o reiteramos, A. de Sousa Mendes merece-nos simpatia, porque foi uma vítima, de si mesmo e do sistema de vistos sob que teve de trabalhar - e, em meu parecer, do estranho rabino Kruger, que parece tê-lo transformado numa marionnette messiânica a favor dos judeus, pois, como declarou o cônsul Simeão, e já referimos supra, encontrou-o obcecado por eles.
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E terminamos este capítulo com um esclarecimento que ainda não vimos que fosse feito em qualquer das publicações que conhecemos relativamente à concessão de vistos por A. de Sousa Mendes: os vistos registados, numerados e taxados, quer dados regularmente quer irregularmente, foram dados em nome de Portugal, e são juridicamente válidos; os vistos revolucionários que Aristides terá dado em Bordéus e na fronteira franco-espanhola, sem registo ou numeração, ou taxação (se os deu), são juridicamente nulos, e, portanto, como diz a lei, de nenhum efeito.
Aristides, licenciado em Direito, sabia isto tão bem como qualquer outro jurista. Então, porque é que os deu? Só ele o sabe. Porque não creio que fosse para iludir aqueles a quem os terá dado.
É por isso que eu duvido, legitimamente, que ele assim tenha procedido, porque, além disso, teria usurpado funções, que é um crime grave. E, sem pretender ser senhor da verdade, entendo, que, se os deu, foi tresloucadamente, levado também pela ira.
Eu até chamo àqueles três dias 17, 18 e 19 de Junho) os dias da ira, como temos reiterado.
Falando com várias pessoas, cheguei à conclusão de que há quem não perceba bem esta trapalhada dos vistos consulares em Bordéus.
Por isso, peço aos que sabem que me perdoem este esclarecimento.
Salvo, agora, na UE, entre os Estados membros do acordo de Schengen, ou quando haja outros acordos bilaterais ou multilaterais sobre isenção de vistos consulares, em geral, não se entra em país estrangeiro sem um visto consular dado por esse país, a permitir essa entrada.
Por vezes é complicado, como actualmente com Angola.
E tem de ser, obviamente, um visto válido, dado em documento de viagem válido (normalmente, passaporte). Quando isto não acontece, ao viajante não é permitido entrar nesse país que detectou quer a falsidade quer a não existência ou inviabilidade do visto exibido.
Por isso, os vistos que Sousa Mendes deu com carácter revolucionário, como já referimos supra, não salvaram ninguém, poque não foram aceites pelas autoridades espanholas da fronteira-espanhola, sendo juridicamente nulos, e até assim classificados por Portugal, e, consequentemente, de nenhum valor.
Esta gente terá por isso ficado retida na fronteira, tal como muitos outros, só vindo para Portugal, clandestinamente, através da operação Leite Pinto, que, por ser secreta e até clandestina, não foi dela dado conhecimento público logo na altura da sua efectivação.
Para se ver até onde chega a crendice, atente-se no que o Embaixador dos USA escreveu no Diário de Notícias de 27 de Janeiro de 2012, propagandeando que A. de Sousa Mendes, «desafiando ordens do seu governo, emitiu, numa só semana, mais de dez mil vistos a judeus e outros refugiados, ajudando-os a sair de França».
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No entanto, é caso para perguntar a este embaixador, que suponho político e judeu, se os serviços consulares da sua embaixada poderiam emitir numa só semana, dez mil vistos, apenas com um funcionário consular e dois ajudantes.
emais, a rebeldia de Aristides não durou uma semana em Bordéus, mas apenas três dias incompletos.
E, como comprovámos, Aristides não deu então dez mil vistos, mas apenas pouco mais de seiscentos.
E Neill Lochery, no seu livro, agora editado pela Presença, "Lisboa. A Guerra das Sombras na Cidade da Luz (1936-1945)", aventa que Aristides teria concedido 2.862 vistos nos dia da sua rebelião pública contra o MNE. É óbvio tratar-se de um número psicologicamente fabricado, para dar a impressão de que é exacto e comprovado?, quando já vimos que Aristides, em todo o meio ano de 1940 em que foi cônsul em Bordéus, até ser destituído dessa função consular em 23 de Junho, não chegou a registar 2.500 vistos entre regulares e irregulares.
Quer dizer, cada um inventa e aventa o número de vistos que lhe apetece. Em todo o caso, tanto o embaixador americano como Lochery, não aceitaram a aldrabice dos 30.000 vistos dos quais 10.000 a judeus que tanto agradaram a Rui Afonso como à nossa Assembleia da República (...).
Para terminar, é necessário reiterar e realçar que o cônsul Aristides não só nunca referiu ter dado tal número de vistos consulares como também nunca quantificou os vistos que dera a judeus e não judeus. Foi a partir do filho Sebastião e dos mitificadores acríticos de Sousa Mendes que, posteriormente, se inventaram estes números teratológicos, e, obviamente, falsos, como acabámos de provar.
Como já observámos, há muito boa gente que, sem saber o que se passou com Aristides em fins de Maio e meados de 1940, em Bordéus e Bayonne, quer ser tão salvadora de judeus como lhe contam, mentindo, que Aristides foi. Agem por outiva, sem se preocuparem com a mais elementar crítica. Isto resulta de, até hoje, ninguém ter aparecido a repor a verdade contra uma corrente avassaladora de falácias, motivadas por razões políticas e económicas, desde o congressista democrático americano Tony Coelho, passando pelos filhos de Sousa Mendes, até Rui Afonso, Jaime Gama, e outros deputados e políticos portugueses... (in op. cit., pp. 125-133).
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«O Professor José Hermano Saraiva revela no volume 6.º das suas Memórias, publicadas pelo semanário “Sol”, uma conversa com o Professor Leite Pinto: “Fala, a propósito, na operação de salvamento dos refugiados republicanos espanhóis e dos judeus que, no início da Segunda Guerra Mundial, se acumulavam na fronteira de Irun, na ânsia de salvar as vidas. Vieram embarcados nos vagões da Companhia dos Caminhos de Ferro da Beira Alta, que iam até Irun carregados de Volfrâmio, e voltavam a Vilar Formoso carregados de fugitivos. (…) Segundo um protocolo firmado pelas autoridades ferroviárias dos dois países, os vagões deviam circular selados, quer à ida quer à vinda. Um dos que assim salvaram a vida foi o Barão de Rothschild. O embaixador Teixeira de Sampaio confirmou-me, mais tarde, esses factos. O salvamento de 30.000 refugiados deu-se ao mesmo tempo que o cônsul de Portugal em Bordéus, em cumplicidade com dois funcionários da PIDE, falsificava algumas centenas de vistos, que vendia por bom preço a emigrantes com dinheiro. Um dos que utilizaram esta via supôs que todos os outros vieram do mesmo modo – e assim nasceu a versão, hoje oficialmente consagrada, de que a operação de salvamento se deve ao cônsul de Bordéus, Aristides de Sousa Mendes. Este, homem muito afecto ao Estado Novo, nem sequer foi demitido, mas sim colocado na situação de aguardar aposentação. Os seus cúmplices da PIDE foram julgados, condenados e demitidos”».
José Hermano Saraiva
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De facto lamentável a posição da família ou descendentes em relação a este caso, pois quer-me parecer que denotam falta de carácter e sobretudo falta de seriedade, bem como sobretudo um mal agradecimento atroz em relação à figura de Salazar, a quem tanto devem, como está bem patente neste registo.
«(...) É de notar que, se Aristides tivesse praticado todos os actos que Rui Afonso e outros, incluindo o filho Sebastião, dizem que ele praticou, teria cometido cinco crimes: desobediência, abuso de poder, concussão, usurpação de funções e roubo de passaportes. Mas o MNE não o acusou de nada disto. Apenas de desobediência disciplinar.
É isto perseguição?!
(...) Depois, concluído o processo, foi proposta ao seu Ministro quer a degradação de categoria quer mesmo a demissão. Salazar ignorou completamente a proposta conclusiva do procedimento disciplinar, porque, a meu ver, compreendeu que Aristides tinha grandes atenuantes. Por isso, em vez de lhe dar qualquer pena disciplinar, e muito menos as propostas, foi para uma solução diferente, que consistia numa faculdade do Ministro (vigente em França, Espanha, Itália e em muitos outros países, para eventual aplicação aos diplomatas ou cônsules que se julgava não estarem em condições de desempenhar convenientemente as suas funções), a disponibilidade fora do serviço por determinado período, podendo, quando o Ministro assim o entendesse, ser o diplomata ou cônsul chamado novamente ao serviço activo. Foi assim que Salazar, sem proposta de ninguém, coloca Aristides fora do serviço por um ano, e aguardando aposentação findo ele, já que Aristides ainda não estava próximo dos 70 anos, para ser aposentado com todo o vencimento. Não o aposentou.
Quer dizer, Aristides não foi punido disciplinarmente. E também não foi excluído da carreira consular. Apenas se lhe interrompeu o seu exercício. E daqui a legitimidade de Aristides requerer o regresso à actividade, que, para quem tiver cinco réis de senso, não pode deixar de concluir que nunca mais poderia ser a colocação como cônsul fosse onde fosse no estrangeiro. Até porque Aristides estava gravemente doente, física e psicologicamente.
Aguardando aposentação, ganhava, não trabalhando, o mesmo que ganhavam os seus colegas (...), trabalhando.
Foi esta uma perseguição quer dos serviços do MNE quer de Salazar?!
(…) No que concerne à indemnização, imposta pelo artigo 3º da Lei 51/88, o processo foi muito complicado e demorado, e, a meu ver, terminou mal.
Primeiro, houve dificuldades nunca superadas quanto ao seu cálculo, todo baseado numa suposta demissão ou aposentação compulsiva.
Ora, nós já vimos que Aristides nunca foi demitido nem aposentado, compulsivamente ou não. Foi, sim, compulsivamente, posto a aguardar aposentação, sem nunca ter sido mandado aposentar. São realidades completamente diferentes, juridicamente.
Para calcular aquela indemnização, tentou-se saber quanto é que a Caixa Geral de Aposentações lhe teria pago. Esta não conseguiu encontrar rasto dessa aposentação, e, apesar de reiteradíssima insistência do MNE, nada veio a encontrar. É óbvio que nada poderia encontrar, uma vez que Aristides nunca foi aposentado (…).
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Porém, toda a argumentação que os diversos serviços do MNE tomaram como base factual da indemnização, sem se darem ao trabalho de investigar, se com razão ou sem ela, já que tinham no MNE elementos para isso, foi a demissão ou a aposentação compulsiva, ambas inexistentes. Fizeram o mesmo que a Assembleia da República.
(…) Finalmente, depois de muitos cálculos e recálculos, chegaram os serviços do MNE à conclusão, provisória, de que a indemnização justa seria de 769.869$00.
Parecendo isto pouco, foram procurar novas bases de cálculo, e chegaram ao montante de 8.585 contos, ou, por outro cálculo mais favorável, a 14.308 contos.
Como a Lei 51/88, com base no disposto no artigo 2º do Decreto-Lei 222/75, de 9 de Maio, aditando um n.º 3 ao artigo 1º no Decreto-Lei 173/74, impôs que a indemnização fosse só para os filhos, os filhos e os netos de Aristides não se entenderam, e, assim, não foram capazes de apresentar no MNE, em tempo útil, documentação válida de habilitação de herdeiros, pelo que, afinal, nada lhes foi dado, directamente. Depois de o MNE andar a empurrar o pagamento da indemnização para o Ministério das Finanças, sem conseguir que este aceitasse o encargo, Jaime Gama, à falta de legal habilitação de herdeiros para receberem a indemnização, terá sugerido, ou aceitado a sugestão, de criar uma fundação, à qual seriam dados não só os 15.000 contos já despachados, mas, ainda, mais 50.000 contos, com 2.000 contos de subsídio anual, fundação que, com a ajuda do MNE, veio a ser constituída por escritura de 23 de Fevereiro de 2000, e reconhecida oficialmente pelo Secretário de Estado da Administração Interna, Luís Manuel dos Santos Silva Patrão, em 21 de Março do mesmo ano [os 65.000 contos, adicionados pelos 2.000 contos anuais então prometidos, vêm confirmados nos documentos anexos que o embaixador Carlos Fernandes reuniu no seu livro].
Mas, como as Finanças não quiseram pagar e não havia verba para isso no orçamento do MNE, Jaime Gama fez todas estas liberalidades extorquindo-as ao FRI (Fundo para as Relações Internacionais), que não é constituído por verbas do Estado mas sim pelas compensações pessoais emolumentarmente cobradas pelos serviços consulares portugueses.
Não é, portanto, verba do orçamento do Estado, de que o MNE é órgão. E assim se dispõe do dinheiro dos outros, ao sabor do arbítrio político do momento. O FRI não é nem pode ser político. Seria o maior abuso dos abusos politizá-lo.
(…) Hoje, francamente não sei do que vive [a Fundação Aristides de Sousa Mendes], esperando que não continue a receber do FRI o correspondente aos 2.000 contos prometidos por Jaime Gama, porque, se os recebe, é um escândalo intolerável.
E conviria saber o destino que os activistas netos de Aristides deram efectivamente à avultada verba que Jaime Gama e Ribeiro Menezes puseram à disposição deles, isto é, utilizaram-na, directa ou indirectamente, em proveito próprio, ou para outras finalidades, e, neste último caso, concretamente quais?»
Carlos Fernandes (op. cit., pp. 33-34, 237, 271-274).

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Senhora Dra. Maria Barroso Soares

Um antigo embaixador de Israel em Portugal, que foi «instrumental» na mistificação de Aristides de Sousa Mendes, publicou há dois dias no Diário de Notícias, a propósito do aniversário daquele antigo cônsul, um artigo de elogio a Sousa Mendes, reincidindo em duas mentiras que foram fundamentais para aquela mistificação:
a) que foi expulso da carreira diplomática;
b) que morreu na miséria (depreendendo-se que por ter sido expulso da carreira diplomática e sem vencimento).
Ora, tanto quanto eu pude averiguar, primeiro Sousa Mendes nunca foi da carreira diplomática, pertencendo sempre à carreira consular, que era diferente, e, em princípio, mais rendosa; depois, nunca dela foi expulso: como conclusão de um 5.º processo disciplinar, foi colocado na inactividade por um ano, com metade do vencimento de categorias e, depois desse tempo, aguardando aposentação com o vencimento da sua categoria (1.595$30 por mês) até morrer, sem nunca ter sido aposentado, situação mais favorável do que a aposentação.
Portanto, se morreu na miséria, ou pelo menos com grandes dificuldades financeiras, isso deve-se a outros factores que não à não recepção do seu vencimento mensal em Lisboa. Demais, A. Sousa Mendes viveu sempre com grandes dificuldades financeiras.
É óbvio que, quem tenha 14 filhos da mulher, uma amante e uma filha da amante não sairá nunca de grandes dificuldades financeiras, salvo se tiver outros rendimentos significativos, além do vencimento de cônsul.
Vi pelo artigo acima referido que a Sr.ª Dr.ª Maria Barroso é presidente da Fundação A. S. Mendes, e só por isso lhe escrevo esta carta e lhe remeto os elementos de informação anexos.
Eu escrevi sobre Sousa Mendes, de forma simpática, num livro publicado há dois anos (Recordando o caso Delgado e outros casos, Universitária Editora, Lisboa, 2002) de págs. 27 a 30, porque o conheci e tive ocasião de ajudar dois dos seus filhos, um em Lisboa e outro depois em Nova Iorque quando lá era cônsul.
Nada me move contra A. Sousa Mendes, antes o contrário, mas não posso pactuar com a mentira descarada e generalizada. Salazar é atacável por várias razões, mas não por ter «perseguido» A. Sousa Mendes, que, aliás teve problemas disciplinares em todos os regimes de 1917 a 1940.
Quando fui director dos Serviços Jurídicos e de Tratados do MNE, tive de estudar o último processo disciplinar de A. Sousa Mendes, de cuja pasta retiraram já muitas peças.
Por outro lado, o meu amigo Prof. Doutor Joaquim Pinto, sem eu saber, fez um estudo bastante completo sobre A. Sousa Mendes, e com notável imparcialidade.
Eu não pretendo vir a público atacar ou defender A. Sousa Mendes, e, por isso, nem penso rectificar o artigo do embaixador de Israel, mas em abono da verdade, e para seu conhecimento, entendo ser meu dever remeter-lhe uma cópia do estudo e notas em anexo, de que poderá fazer o uso que entender.
Com respeitosos cumprimentos,
Carlos Fernandes»"

In «O Diabo», n.º 1579, 03.04.2007, pág. 6

Alexandre Sarmento

domingo, 28 de outubro de 2018

As verdades nunca contadas ou ocultadas sobre o 25 de Abril


As verdades nunca contadas sobre o 25 de Abril, a verdade histórica e factual.
«Algum tempo antes do 25 de Abril, constava a nível público que determinada legislação(1) criara um diferendo entre os oficiais do quadro permanente e os do quadro complementar, pelo facto de os primeiros se considerarem prejudicados nas promoções.
Um problema, como vemos, aparentemente, de natureza puramente militar que gerou, entre os que se consideravam prejudicados, descontentamento generalizado, como é perfeitamente compreensível. Este conflito deu origem como era natural a reuniões clandestinas de oficiais, certamente, a princípio, para discutirem o problema que os afectava e procurarem uma saída para a sua resolução.
Não surpreende que a partir daquele descontentamento, outros descontentamentos se lhe tenham juntado. Motivos não faltavam e no mundo da política há sempre quem esteja atento às oportunidades que possam servir os seus interesses, pelo que não custa a acreditar que o conhecimento deste descontentamento, aliás bastante público, tenha despertado a atenção dos inimigos, internos e externos, do regime vigente, para o seu possível aproveitamento.
Nas forças armadas não deviam faltar elementos comprometidos e simpatizantes com forças adversas ao Estado Novo, muito especialmente da política ultramarina seguida pelo Governo, que logo se devem ter aproveitado da oportunidade para se aproximarem do descontentamento desses oficiais, com espírito de colaboração mas com secretas intenções, estranhas, se não hostis, aos objectivos patrióticos [???] do Movimento.
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A solidariedade destes novos descontentamentos vinha dar ao descontentamento inicial uma nova força transformando as reuniões clandestinas para resolver um problema militar, em empolgantes preparativos de uma revolta política.
Pensavam, com certeza esses oficiais, mas erradamente, que este alargamento numérico os iria beneficiar, mas o que aconteceu, porém, foi os seus iniciadores terem perdido, a partir daí, o comando do que quer que fosse e passarem a ser, sem o saberem, comandados por políticos escondidos atrás dos Melos Antunes e dos Costa Gomes, entretanto infiltrados.
Como sempre tem acontecido os militares iam uma vez mais ser traídos pelos políticos, fardados ou à paisana.
Esta facção estava atenta e bem apoiada na CIA e no KGB, dois poderosos instrumentos ao serviço do Projecto Global.
O Embaixador Fernando Neves, no seu livro "As Colónias Portuguesas e o seu futuro", refere-se a um documento a que tivera acesso em que se preconizava, em relação a acções a levar a cabo em Portugal, "... elevar a formas superiores, e na base dos princípios do internacionalismo proletário, a luta no seio do exército colonialista português para a vitória das guerras de libertação dos povos africanos. O Exército colonialista deve ser minado pelo interior através de um trabalho de agitação e propaganda maciço que tem por objecto a organização da subversão nos quartéis", o que, como é sabido, veio a acontecer.
Não, naturalmente, por excitação democrática da soldadesca, mas, como se vê, devidamente comandado.
Por outro lado, era igualmente do conhecimento público que interesses hostis aos nacionais, especialmente de matriz americana e soviética, se empenhavam havia muito e abertamente, em acções de vária natureza, com o objectivo de ocupar, com os seus interesses, o vazio que uma vez expulsos dos territórios, ali deixaríamos. Desta maneira acrescentariam alguns ricos e extensos territórios da África Negra ao seu impiedoso neocolonianismo, ao insaciável apetite dos grandes grupos económico-financeiros em jogo. Os portugueses que ali tinham nascido e ali viviam, de todas as cores e credos, apenas ficariam privados, segundo o seu frio ponto de vista, daquilo que havia 500 anos lhes tínhamos dado — uma nacionalidade e com ela uma convivência fraterna que nenhum outro povo europeu soube dar aos povos de cor.

Por outro lado, com excepção da África do Sul, Angola e Moçambique apresentavam índices de crescimento económico e social sem paralelo com quaisquer outros territórios africanos, o que representava um verdadeiro escândalo mundial, devidamente propalado, com laivos de humana indignação, pela corte desses malvados da inteligência que durante décadas esconderam a realidade do regime soviético ao público ingénuo que os seguia, atrás do rótulo de intelectuais, o que lhes dava uma falsa autoridade ante os ignorantes.
Estas realidades transformaram as nossas províncias africanas num escândalo que não podiam tolerar, por pôr claramente em cheque os autores da libertação de muitos povos africanos e os governos locais por eles ali implantados contra-natura, para servirem os seus interesses, como está hoje à vista de todos os que não negam evidências, resultado de uma descolonização motivada por interesses exclusivamente económicos, totalmente estranhos a qualquer tipo de objectivo humanitário.
Promovida em nome da dignidade humana, esta cínica ironia, resiste, na mentalidade pública, mesmo perante a evidência de guerras fratricidas, da corrupção, da incompetência, da fome e das doenças em que conscientemente se lançaram impiedosamente milhões de indivíduos, por mero interesse económico e de poder, na selva política internacional.
A estes interesses, nada importam as destruições materiais e os milhões de mortos e de estropiados que, nestes últimos trinta anos, têm ensanguentado países como a Nigéria, Etiópia, Moçambique, Angola, Chade, Congo, Libéria, Sudão, Somália, Afeganistão, etc, por obra e graça dessa aliança diabólica entre os EUA e a Rússia. Chamam-lhe, para uso mental de tolos, opinião pública mundial.
Opinião pública mundial?
Melhor seria chamar-lhe canalha manipulada pelos grandes interesses mundiais, ou então, como Julien Green já lhe chamou, estupidez em acção.
Bastaria recordar que os governos africanos saídos desta descolonização comandada pelos altos interesses materiais e apoiada pela inconsciência pública e não pelos motivos humanitários proclamados, gastam mais de doze biliões de dólares por ano na importação de armamentos e manutenção das suas Forças Armadas — soma igual à que recebem das diversas fontes de assistência internacional.
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Não se entra em conta com as mortes e as destruições resultantes da utilização destes armamentos, mas quem lhos fornece, entra, porque sem estas vítimas não os venderiam.
Para tentarem alcançar o seu objectivo, aquelas forças hostis a Portugal criaram e financiaram grupos de terroristas, sediados em bases situadas em territórios vizinhos aos das províncias, donde era fácil, dadas as extensas fronteiras, nelas se infiltrarem.
E passaram a chamar-lhes, cinicamente, movimentos de libertação...
O Senhor Dr. Freire Antunes, muito recentemente, em artigo publicado no jornal Diário de Notícias, diz-nos que, segundo René Pélissier, investigador da História Angolana, "a UPA não tinha, em 1961, uma estratégia nacional, mas uma estratégia meramente tribal para os povos de Bacong e Dembos".
Não nos diz o Senhor Dr. Antunes, nem o Senhor Pélissier, quem financiou este grupo terrorista, mas sabem, com certeza, que foi especialmente a Fundação Ford sob o alto patrocínio dessa sinistra figura que foi a Senhora Eleanora Roosevelt, a mulher do Presidente que entregou metade da Europa ao goulag soviético.
A partir de todos estes auxílios e após muitos anos de luta armada sem conseguirem os seus objectivos — os grupos terroristas estavam na iminência de depor as armas — compreenderam que só com uma acção em Lisboa, conseguiriam alcançá-los.
A dificuldade, porém, com que tinham deparado, noutras tentativas fracassadas, era a de não terem encontrado, nem terem conseguido promover, um descontentamento, que é sempre o ponto de partida para qualquer acção de subversão política. Tinham tentado criá-lo, várias vezes, ao longo de anos, mas sem êxito. O aproveitamento do descontentamento entre os oficiais veio dar-lhes a oportunidade de, a partir dele, conseguirem em Lisboa o que não tinham conseguido com o terrorismo no Ultramar.
A oportunidade era, de facto, excepcional, não só pelos motivos iniciais apontados, mas principalmente pela consciência que todos tinham da necessidade imperiosa do País sair da grave crise em que se encontrava, resultante de não se ter dado ao problema do Ultramar a solução que se impunha de natureza política e não militar [???].
As Forças Armadas, por outro lado, estavam na sua quase totalidade, nos territórios ultramarinos. Na Metrópole estavam sobretudo generais na Reserva, oficiais instrutores e recrutas.
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Vejamos o que nos diz um órgão da imprensa estrangeira, sobre esta franja não operacional das Forças Armadas. "Resta apenas o problema da NATO: Spínola promove o contacto com o próprio Secretário da Nato, Joseph Luns, [através] de um dos seus amigos da Finança — o Director dos Estaleiros Navais Portugueses, Lisnave, Thorsten Anderson — que participa em Megève, França (de 19 a 21 de Abril) numa misteriosa reunião de importantes homens da política, da diplomacia e do mundo dos negócios internacionais reunidos num igualmente misterioso clube: o Clube de Bilderberg(2).
De 19 a 21 de Abril, Megève é zona vigiada pela polícia francesa como se o visitante fosse um Chefe de Estado. De facto, no Hotel Mont Arbois, propriedade de Edmond Rothschild, reúne-se a flor e a nata da política e das Finanças ocidentais. A reunião é discreta, à porta fechada: os jornalistas não falarão dela; mas é ali que será decidido o destino do mundo ocidental. Desde 1954, e do dia da primeira reunião no Hotel Bilderberg, na cidade holandesa de Oosterbeek, sob a presidência do Príncipe Bernardo da Holanda, que os homens mais influentes do Ocidente se reúnem anualmente para estudar a situação 'política e financeira e estudar ou aprovar programas para o futuro'.
Bastam os nomes dos participantes daquele ano na reunião do Clube para que possa compreender-se a sua importância. São os seguintes: Nelson Rockefeller, Governador do Estado de Nova York; Frederick Dant, Secretário Norte-Americano do Comércio; General Andrew Goodpaster, Comandante das Forças Aliadas na Europa; Denis Healey, Ministro da Fazenda inglês; Joseph Luns, Secretário Geral da NATO; Richard Foren, Presidente da General Electric na Europa; Helmut Schmidt, Ministro da Fazenda alemão, actualmente chanceler, após a demissão de Brandt; Franz Joseph Strauss, definido como homem de negócios alemão; Joseph Abs, Presidente do Deutsche Bank; Guido Carli, Governador do Banco de Itália; Giovanni Agnelli, Presidente da Fiat; Eugénio Cefis, Presidente da Montedison e além destes Thorsten Anderson, homem de negócios português que sonda Joseph Luns sobre as possíveis reacções da NATO perante a possível mudança de regime em Lisboa.

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A resposta de Luns, certamente positiva, vem a ser confirmada pelo comportamento, já citado no início, dos navios da NATO defronte da capital portuguesa durante as primeiras horas do golpe de Estado. A sua presença actuou como um silencioso dissuasor contra quem, entre os generais ultras, tivesse tentado opor resistência a Spínola. Os generais sabem da presença dos navios e sabem muito bem interpretar a sua saída de Lisboa na madrugada de 25 de Abril. É evidente que a NATO julga saber quem são os iniciadores do movimento, conhece o seu programa e aprova-o. A reunião do Clube de Bilderberg cumpriu os seus objectivos e neste momento Spínola tem o caminho livre".
O Poder político, por outro lado, estava nas mãos de um homem fraco, hesitante e pressionado pelos que viam na Europa do mercado comum a solução para todos os problemas pessoais e nacionais, dominados por uma estranha mística de Terra Prometida, donde esperavam que um fácil maná viesse alimentar os seus apetites, insuficiências e vaidades. Para todos eles os territórios ultramarinos eram o único obstáculo à realização dos seus sonhos europeus. Muitas vezes me disseram que entre os marcelistas se afirmava que era preciso abandonar o Ultramar a qualquer preço. Não me surpreende que tenham vindo a desempenhar um papel de relevo na descolonização exemplar, como, impudicamente, alguém chamou ao vergonhoso e sangrento abandono do Ultramar.
Não me surpreende, na verdade, porque quando o chefe é fraco, tudo à sua volta enfraquece. Por isso mesmo não foi necessário derrubá-lo. Apenas caiu.
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"O estudo das diversas informações disponíveis respeitantes aos acontecimentos do 25 de Abril permite uma curiosa contagem dos efectivos humanos reais mobilizados no Movimento das Forças Armadas: entre 160 a 200 oficiais, incluídos os de Complemento, e um número não muito superior a 2.000 homens e tropas. A debilidade destas Forças, o seu escasso apetrechamento em material blindado e móvel e o facto de que na mobilização inicial apenas estiveram implicados os oficiais das classes incorporadas na conspiração, fazem suspeitar de que se contava com a falta de resistência do Estado.
Apesar da sua minuciosa preparação, a execução do plano do MFA deixou muito a desejar na prática. Cedo se tornou evidente a inexperiência ou deficiente preparação dos oficiais para tal tarefa. Não se providenciou o armamento mais conveniente e as posições perante os quartéis não comprometidos ou fiéis em princípio ao Governo, foram tomadas de modo bastante incorrecto. Nem sequer se procedeu a uma ocupação sistemática dos pontos-chave.
Na realidade, a situação de madrugada era objectivamente muito frágil para os sublevados. Diversas unidades, como o Regimento Motorizado de Lanceiros 7 e a Guarda Nacional Republicana, permaneciam fiéis ao Governo, que além do mais contava com todos os efectivos da Direcção-Geral de Segurança. Por outro lado a maioria dos efectivos da Aviação e da Marinha, permaneciam em absoluto silêncio. Uma acção enérgica do Governo teria arrumado completamente o MFA. Porque não se terá produzido? É este, outro dos elementos confusos deste golpe de estado.
Muito pouco tempo depois de conhecidos os efectivos dos sublevados e a sua distribuição na cidade, o Director Geral de Segurança pôs-se em comunicação via rádio com o Presidente do Governo refugiado no quartel da GNR, explicou a situação ao Prof. Caetano e informou-o da força real do MFA e das unidades afectas ao Governo ou que até então se não tinham manifestado e solicitou-lhe autorização para actuar, assegurando-lhe que a situação estaria dominada por completo até às 17 horas desse mesmo dia. No entanto o Prof. Caetano não lhe concedeu a autorização solicitada, desejoso, disse, de evitar derramamento de sangue. O Director Geral de Segurança insistiu com o Prof. Caetano por esse mesmo meio em mais duas ou três ocasiões, sem obter a resposta que ansiava. As conversações, emitidas por um posto de rádio de emergência da Direcção Geral de Segurança , puderam ser nitidamente captadas por um razoável grupo de pessoas, incluindo membros do Corpo Diplomático, através dos seus aparelhos de rádio normais. Foram também gravadas por um rádio amador que as passou de imediato para os oficiais do MFA. Essa gravação foi rapidamente levada ao Rádio Clube Português e outras emissoras que o MFA tinha sob o seu controle e ao longo de todo o dia a sua transmissão foi feita de modo ininterrupto.
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Ao tomar conhecimento da passividade do Presidente do Governo, as unidades que se mantinham fiéis, ficaram abatidas, e o moral dos ministros do Governo não implicados na conspiração e de outros sectores políticos e administrativos ficou abalado, ao mesmo tempo que as unidades de Aviação e da Marinha que se mantinham na expectativa dos acontecimentos decidiram incorporar-se no MFA".
A má organização, a insuficiência de meios militares das forças que saíram para a rua, que mais pareciam bandos de arruaceiros do que forças disciplinadas, estão bem patentes em declarações do chamado estratego do 25 de Abril, o capitão Otelo, a um jornal espanhol, em que afirmou ter dado instruções aos seus subordinados para se renderem se encontrassem a mais pequena resistência.
Como se vê, a vitória do movimento não se deve, como é evidente, ao famoso estratego Otelo, pois é ele próprio a confirmar que não tinha a mais pequena hipótese de vencer se tivesse encontrado a mais pequena resistência.
Penso que, muito mais importante do que a contribuição deste ingénuo útil, foi, sem dúvida, a dada pelo Presidente do Conselho. Contrariando o que havia muitos anos estava estabelecido a nível do Estado, em caso de emergência, seria para Monsanto e não para o Quartel do Carmo que o Presidente do Conselho se devia ter dirigido. Quebrou, com a decisão tomada, a unidade do Governo, abrindo caminho a indecisões e interpretações que paralisaram qualquer hipótese de oposição à intentona que tinha saído para a rua com a face visível dos capitães e a invisível de interesses hostis aos nacionais.
Tive conhecimento, em Madrid, através de um oficial que na altura prestava serviço no Quartel do Carmo, que o Prof. Marcelo Caetano, logo que entrou, se dirigiu ao Gabinete do Comandante, que ocupou, dando ordens terminantes para que, em circunstância alguma, o interrompessem, tendo fechado a porta à chave. Esteve horas ali dentro, sem contactar com os ministros que o tinham acompanhado, até ao momento em que o General Spínola chegou ao quartel para o proteger de arruaceiros a soldo, que na rua o ameaçavam.
Soube depois, por outra via, que o Comandante Geral da Legião Portuguesa, General Castro, fora uma das pessoas por ele contactadas, tendo-lhe dado ordens para desarmar e dispersar o batalhão que estava no momento a ser municiado. É de presumir que tenha contactado outras entidades militares, dando-lhes instruções para não intervirem. Nesta altura ainda devia estar convencido de que o movimento se fazia a seu favor, o que lhe iria permitir libertar-se do Ultramar, ideia antiga que o obcecava e não conseguira até ali levar a cabo.
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Mais tarde, em Espanha, viria a saber pelo Eng. Santos e Castro, que o Presidente do Conselho, quando o convidou para desempenhar as funções de Governador Geral de Angola, lhe dissera que ia com a missão específica de preparar, o mais brevemente possível, a independência do território, informando-o de que igual incumbência fora cometida ao Dr. Baltasar Rebelo de Sousa em relação a Moçambique.
Não tenho dúvidas de que na sua intenção estava a preparação de independências inspiradas no modelo da África do Sul.
Simplesmente o projecto do Professor não estava de acordo com o plano americano-soviético, aprovado na Conferência de Bilderberg, pelo que não passou de um ingénuo útil, mais um, a servir interesses hostis aos de Portugal.
Pelo que ficou dito poderá o leitor melhor avaliar da importância que certamente teve aquela reunião do Clube de Bilderberg na eclosão e desenvolvimento do 25 de Abril e sobretudo tomar consciência das vezes sem conta, quando insuficientemente informados, em que tomamos a aparência pela realidade. Por isso não deve ter sido difícil ao embaixador do CFR, Carlucci e seus ajudantes, aconselhar os nossos aprendizes de feiticeiro a seguir-lhes as sugestões de que dependiam os seus futuros políticos que talvez se possam reduzir a uma só: não façam nada que contrarie o projecto do Governo Mundial, porque nele está a Esperança e fora dele a Tragédia.
O Partido Comunista, por outro lado, o único com quadros bem preparados, apesar da massa militante ser de terceira categoria, o que o impediu de ir mais longe na destruição do País, conseguiu, no entanto, em curto espaço de tempo, ocupar posições-chave que lhe permitiram lançar a confusão generalizada, utilizando técnicas bem conhecidas dos especialistas na manipulação de massas.
Tudo estava bem estudado e planeado para preencher com a desordem, a intimidação e a arbitrariedade, o vazio do poder.
Surpreenderam-se muitos comentaristas da imprensa internacional que num País com uma História tão antiga e tão rica como a portuguesa, fosse possível a desordem manter-se durante tanto tempo e durante ela os portugueses assistirem impassíveis à sua auto-destruição, se não mesmo a aplaudi-la».
Fernando Pacheco de Amorim («25 de Abril. Episódio do Projecto Global»).

(1)13 de Julho de 1973, o Governo de Marcelo Caetano faz publicar no Diário da República a sua sentença de morte. Tratava-se de um simples decreto-lei, número 353/73, que permitia aos oficiais contratados pelo Exército para complementar o quadro de oficiais profissionais (Quadro Permanente, QP) aceder ao QP mediante um curso intensivo na Academia Militar.
O decreto-lei pretendia minorar a situação de falta de oficiais nas fileiras do Exército, a que havia conduzido a guerra colonial.

(2)Clube ou Grupo de Bilderberg é uma conferência privada estabelecida em 1954 para cerca de 150 especialistas em indústria, finanças, educação e meios de comunicação que fazem parte da elite política e econômica da Europa e da América do Norte, contudo ao longo das edições se confirmam a presença de chefes de estado, papas, etc. A denominação Bilderberg é devido ao Hotel de Bilderberg, onde realizou-se a primeira conferência, localizado em Oosterbeek, Países Baixos. O propósito inicial era a preocupação com o crescimento do antiamericanismo na Europa Ocidental, vendo na conferência uma possibilidade de promover a cooperação entre as culturas norte-americana e europeia em matéria de política, economia e questões de defesa.
Todas estas características do Clube Bilderberg fizeram com que teorias conspiratórias surgissem. Grupos de esquerda acusam de ser uma conspiração para impor o capitalismo, enquanto que direitistas conservadores denunciam como uma conspiração para formação de um governo mundial, acima das soberanias nacionais, com vistas à chamada “Nova Ordem Mundial”.

sábado, 27 de outubro de 2018

A PIDE antes da PIDE!!!


A I República criou, por influência francesa, o Ministério do Interior, através do Decreto de 8 de outubro de 1910, prosseguindo, de imediato, à extinção do juízo de instrução criminal.
Em 4 de maio de 1911, nasce a Guarda Nacional Republicana e, nesse mesmo mês, foi regulamentado o Conselho Superior de Defesa Nacional e o Estado-Maior do Exército, criando, neste último, uma Repartição na qual se integrou uma estrutura especializada na área das informações militares.
O Governo de Sidónio Pais procurou, desde o início, reorganizar os serviços de polícia. As alterações legislativas sucederam-se com notas sucessivamente mais repressivas: assim, no primeiro diploma, o Decreto nº 3673, de 20 de dezembro de 1917, designou-se pessoal específico para a Polícia Preventiva, que se mantinha na dependência da Polícia de Investigação. Três meses mais tarde, em março 1918, atribui-se autonomia à Polícia Preventiva e da sua regulamentação resultam poderes para “prender ou deter suspeitos ou implicados em crimes políticos ou sociais". Um ano mais tarde, mercê de uma reorganização global dos serviços policiais, através do Decreto nº 4166, de 27 de abril de 1918, foi criada uma Direção Geral da Segurança Pública, a funcionar no Ministério do Interior e na qual se integrava a Repartição da Polícia Preventiva. Com jurisdição em todo o continente da República, esta repartição era chefiada por um diretor, contando com um quadro de 20 agentes, 1 secretário, 4 amanuenses e 1 chefe. Poderiam ainda ser contratados agentes auxiliares "de todos os sexos e de todas as classes sociais", constando de um registo secreto e apenas com atribuições de vigilância e de informação.
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Das competências atribuídas à Polícia Preventiva, destacam-se:
a vigilância e prevenção contra a tentativa de crimes políticos ou sociais;
a investigação de "crimes políticos ou sociais";
a prisão ou detenção de suspeitos de "crimes políticos ou sociais";
a organização de um cadastro de todas as "agremiações políticas e sociais" e dos seus membros.
Após o assassinato de Sidónio Pais e das tentativas de restauração monárquica, determinou-se que os Governadores Civis superintenderiam, na respetiva área, em todos os serviços policiais, com exceção dos de emigração (Decreto nº 5 171, de 22 de fevereiro de 1919).
Mantendo-se na mesma estrutura orgânica – Direcção-Geral de Segurança Pública - e sob a tutela do Ministério do Interior, a Polícia Preventiva passou a designar-se, em 1919, Polícia de Segurança do Estado.
Em 1922, o Decreto nº 8013, de 4 de fevereiro, substituiu a Polícia de Segurança do Estado pela Polícia de Defesa Social, colocada na dependência do Governador Civil de Lisboa (mantendo-se, no entanto, a subordinação hierárquica em relação ao Ministério do Interior).
Acontecimentos que tiveram lugar no final de 1922, de entre os quais a "Noite Sangrenta", onde foram assassinados Machado Santos, Carlos da Maia e António Granjo - levaram à alteração não só da denominação da Polícia de Defesa Social para Polícia Preventiva e de Segurança do Estado, mas também, e em especial, à alteração do seu âmbito de competências, determinando-se que a nova polícia se destinava à “vigilância dos elementos sociais perniciosos ou suspeitos e ao emprego de diligências tendentes a prevenir e evitar os seus malefícios”.
Em 1924, o Decreto nº 9 339, de 7 de janeiro, extinguiu a Direção Geral da Segurança Pública e, no mesmo ano, o Decreto nº 9 620, de 29 de abril, reviu o Regulamento Policial, determinando que a Polícia Preventiva teria competências para realizar:
vigilância secreta sobre todos os indivíduos que se tornassem suspeitos ou perniciosos, quer fossem nacionais ou estrangeiros;
vigilância secreta e preventiva contra as tentativas de crimes políticos ou sociais;
a organização secreta dos cadastros de todos os indivíduos ou coletividades políticas e sociais, mantendo-os o mais completos possível;
as diligências tendentes a prevenir e evitar os malefícios dos inimigos da sociedade e da ordem pública.
Alexandre Sarmento...

Parece brincadeira, mas...é pura realidade!


Texto que publiquei no dia 25 de Abril no blog que o sistema tomou como hostil e por isso mesmo foi apagado!!!
As amplas liberdades pós 25 de Abril!!!

Hoje andei na rua e interpelei algumas pessoas sobre o que nos trouxe o 25 de Abril, portanto, aqueles que me conhecem já estão a imaginar a tourada!😏
Poucos houve com uma visão realista do que realmente se passou e quais as mudanças que esta sociedade sofreu desde então, poucos demonstraram um mínimo de conhecimentos acerca do real estado do país de outrora e nas mudanças que a dita "revolução" proporcionou ou induziu.
Mas a cereja no topo do bolo foi mesmo a forma bestial como alguns mamíferos argumentaram contra o antigo regime, ficou bem patente em alguns comentários a forma como grande parte deste povo foi imbecilizado, formatado e induzido num brutal erro, induzido numa monumental mentira, senão vejamos, o primeiro argumento é simplesmente delicioso, o 25 de Abril acabou com o "fachismo", impressionante argumento mesmo, o melhor foi quando perguntei o que era afinal o "fachismo", nenhum, repito, nenhum conseguiu responder!!!😎
A segunda resposta foi a já tradicional liberdade e a PIDE, mas retorqui, liberdade, qual liberdade, de quê, a resposta foi também essa fenomenal, liberdade de poder falar, mas afinal, o que fazia o povo português antes do 25 de Abril, zurrava, grunhia ou ladrava? Obtive respostas muito próximas de verdadeiras anedotas, não se podia falar por que se era preso pela PIDE, não se podia falar porque se ia para o exílio, e alguns até me disseram que a PIDE matava os que falavam mal do regime, maldita PIDE, deviam ser aos milhões, pelo menos um PIDE por casa pelo que constatei, deviam ser milhões de agentes, para não falar dos já corriqueiros "bufos"!🤔
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Mas estes não foram os melhores momentos, os melhores momentos foram mesmo quando alguns como grande crítica ao Salazar, e repare-se Salazar deixou o poder em 1968 quando "caiu da cadeira", foi o dizerem-me que tínhamos um país atrasado sem as modernices de hoje ou os electrodomésticos que hoje temos à disposição, a melhor foi mesmo a questão das comunicações móveis, essa foi mesmo para me fazer rir, essa e os equipamentos informáticos, alguns disseram que não tínhamos televisões, frigoríficos, arcas congeladoras e outros equipamentos banais nos dias de hoje, ao que respondi perguntando, e então como era nos outros países, será que viviam assim tão melhor do que nós, claro que não, muitos deram o exemplo da Espanha, logo a Espanha que todos bem sabemos viveu fechada para o mundo durante décadas, tiveram que se governar apenas com aquilo que produziam, foram realmente um grande povo que reergueu um país, um povo sacrificado depois de uma guerra civil, factos claro que desconhecidos pelos inteligentes formatados pela propaganda marxista, o certo é que não tínhamos porque não eram instrumentos de consumo em massa e alguns desses equipamentos nem sequer existiam!😮
Depois veio o discurso costumeiro do analfabetismo, da falta de cuidados de saúde, da falta de estradas, das deficitárias condições em que viviam, claro que para alguém mais culto, informado e sem preconceito, todos esses temas são facilmente explicáveis, mas para uma cambada de analfabetos funcionais completamente modelados e formatados por décadas de campanhas de desinformação, por campanhas de limpeza mental, campanhas de verdadeiras lavagens cerebrais bem ao estilo do sistema soviético de outrora!😏
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não estou aqui a defender nem a promover o exercício do Estado Novo, nem muito menos a atacar o que este novo "regime" trouxe ou fez pelo povo português, sim este regime fez uma obra notável, uma obra que em oposição ao que fez o regime de Salazar que fez muito em muito pouco tempo com quase nada, este regime fez muito pouco com tudo em muitas décadas, e na realidade conseguiu uma enorme proeza, em muito pouco tempo conseguiu imbecilizar, conseguir inibir uma nação de pensar pela sua própria cabeça, conseguiu inibir uma nação de lutar pelos seus direitos, conseguiu por uma nação contra tudo aquilo que nos trouxe até hoje como nação nobre e imortal, conseguiu fazer de quase todos nós inimigos de nós próprios, conseguiu fazer com que o povo português tivesse nojo da sua própria raça, da sua cultura, da sua forma de estar no mundo, quando na verdade fomos grandes, fomos um grande exemplo para a humanidade, essa é a verdade, somos hoje um povo invejoso, mal agradecido, um povo ignorante e inculto, um povo de auto-imbecilizados, um povo sem vontade própria e perfeitamente manipulável!☹️
Deixámo-nos manipular, partidarizar, fraccionar, alinhámos numa farsa, alinhámos num embuste, perdemos a nossa vontade, a raça, a força interior que sempre nos caracterizou, deixámos de ser aquele povo que não se governava nem se deixava governar, para nos tornarmos um povo de carneiros, um mero rebanho tutelado por um mau pastor, o pastor que nos vai levar até ao matadouro, por sinal o pastor que candidamente escolhemos, portanto este povo e o seu espírito de nação foi atrás dos cravos de uma qualquer "revolução" que nunca o foi...mais uma vez relembro uma frase de António José Sarava, "os cravos que outrora candidamente tomámos por símbolo de liberdade, esfumaram-se sobre um monte de esterco", exactamente o que se passou também com a nação portuguesa!!!😥
Tenho dito.
A bem da Nação.
Viva o 25 de Abril.
Alexandre Sarmento

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Comuno-fascismo mascarado de democracia!!!


Se até há pouco ainda dava o benefício da dúvida, hoje não tenho dúvidas de todo, vivemos um perfeito sistema comuno-socialista, senão vejamos o caso das casas fechadas ou para férias, ou outra qualquer utilização!!!

Mas em que país vivemos que não temos verdadeira posse da nossa propriedade e onde o aparelho do Estado, vulgo Governo da Republica arbitráriamente e sem consulta de espécie alguma toma de assalto a propriedade privada!
Quem pagou muitas vezes com o esforço de toda uma vida essa mesma propriedade, quem investiu, quem passou privações para cumprir um sonho legítimo de chamar algo de seu, quem pagou todas as licenças, todos os impostos, paga e continua a pagar, note-se, por sinal não é pouco e é injusto, o miserável IMI, mais um imposto na minha óptica indevido e imoral, sendo para mim apenas mais uma renda que pagamos por uma propriedade que julgávamos nossa, uma falácia, uma farsa de facto!!!
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Muito sinceramente, sinto este país a tornar-se um verdadeiro Estado Comunista, uma URSS dos tempos modernos, um campo de concentração, ou melhor dizendo, um verdadeiro Gulag, pois o que temos hoje é um remake de um verdadeiro estado comuno-marxista, vemos hoje mitigadas todas as nossas liberdades individuais, não podemos falar livremente, estamos limitados ao politicamente correcto, não podemos protestar contra as injustiças e atrocidades que se passam à nossa volta, e para ser absolutamente verdadeiro, estamos à mercê da censura e repressão do sistema, estamos amordaçados pelo sistema no qual falsamente pensamos ter uma palavra, ter algum domínio pelo simples acto de votar, mais uma farsa portanto, a farsa da democracia...
Mas voltando ao assunto que nos trouxe aqui, a propriedade, relembro as perfeitas atrocidades contra o património, contra a natureza, verdadeiro atentado ambiental que este mesmo governo promoveu ainda há pouco quando de uma forma impensada, inconsciente e arbitrária obrigou à limpeza de matas e terrenos contíguos a casas de habitação, quem são na verdade os legisladores, que conhecimentos têm, que experiência têm nas áreas em que decretam verdadeiros atentados contra o ambiente e subsequentemente contra a humanidade.
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Abateram-se árvores seculares, abateram-se milhares de árvores de espécies protegidas ao abrigo de um decreto vergonhoso, muito se falou do malvado eucalipto, mas a verdade é que vejo hoje espaços em que estavam vedados ao seu plantio por terem espécies autóctones e protegidas com novas plantações desse verdadeiro flagelo, dessa ameaça ambiental, dessa espécie depauperante dos solos e aquíferos. Mas o que interessa afinal, o interesse da população, o interesse do ambiente, o interesse do ambiente, ou há na verdade apenas a defesa das grandes corporações, dos interesses da alta finança, os interesses da máfia internacional e já agora da máfia que suporta este regime, esta fraude???
Para terminar vou deixar uma questão, seremos nós cidadãos com direitos, liberdades e garantias, ou seremos apenas meros instrumentos, meras máquinas produtivas, meros pagadores de impostos?

Alexandre Sarmento



quinta-feira, 18 de outubro de 2018

O PLANO KALERGI, SUA ORIGEM, OBJECTIVOS E REPERCUSSÕES NA SOCIEDADE E CULTURA EUROPEIAS.



Não pretendendo com este texto criar algum tipo de atrito, alarmismo ou segregação, apenas pretendo alertar para o processo que está em curso, enquanto andarmos entretidos com questões menores, este processo vai ganhando raízes, realmente, enquanto todos andarmos divididos e atentos a coisas fúteis sem qualquer importância, os chamados fait divers, o plano da Nova Ordem Mundial vai sendo instaurado, espero ainda acordarmos a tempo, mas só poderemos fazer algo com união, com organização, com nacionalismo verdadeiro e não com o nacionalismo que o sistema promove…
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Este plano de origem sionista promovido pela elite globalista visa destruir a identidade, cultura e raça dos povos europeus, visa desmontar as nações, visa acabar com os nacionalismos, visa retirar-nos as características, os traços culturais, os nossos símbolos, apagar a nossa história, apagar a nossa matriz cultural e com isto tudo retirar-nos a identidade cultural, fazendo de nós seres sem história, sem tradições, sem sentimentos, em suma o sistema pretende fazer de todos nós servidores de uma elite, até aqui tudo muito bem, mas há um senão, como pretende o sistema implementar este homem novo?
Mais uma vez o lado menos humano, ou como foi descrito numa série de filmes a meu ver proféticos, o lado negro da força, o braço de Lúcifer na Terra, promove neste momento um genocídio, promove o confronto na Europa, promove o confronto entre duas civilizações e matrizes ou religiões também elas milenares, bem sabemos que será uma mistura explosiva colocar num mesmo espaço-tempo elementos imiscíveis de culturas antagónicas e com atritos desde tempos imemoriais, temos portanto tudo o que necessitamos para uma guerra sem quartel, senão reparem, primeiro eliminaram-se os estados barreira do Norte e África, estados soberanos com verdadeiros líderes, claro que não alinhados com a Nova Ordem Mundial, não alinhados com o plano sionista de mestiçagem dos povos europeus com os povos africanos ou do médio oriente, por isso mesmo foram destituídos ou eliminados, note-se a primavera árabe no Norte de África, uma zona tampão com verdadeiras forças de segurança e fronteiras bem definidas e protegidas, exactamente por isso alguém que bem sabemos tudo fez para derrubar os seus líderes e instaurar o caos subvertendo a ordem, deixando esses territórios à mercê dos movimentos migratórios, hordas de refugiados ou aquilo que lhes quiserem chamar, foi na verdade um abrir de portas para a Europa. Como poderemos constatar os próprios países africanos estão a ficar sem mão de obra, pois os elementos válidos estão todos em debandada, se a isso juntarmos a fome, as doenças e as guerras não será muito difícil adivinhar qual o futuro daquele continente, ou seja teremos um deserto com um subsolo riquíssimo mas sem gente, completamente dominado pelos interesses da grandes multinacionais, ou seja, mais do mesmo, o aspecto humano mais uma vez relegado para segundo ou terceiro plano, situação patrocinada, promovida ou apadrinhada pela farsa que dá pelo nome de ONU, uma organização que mais não é do que um Cavalo de Tróia da cambada sionista, a elite financeira e supremacista mundial, essa é a verdade.
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Estamos portanto num processo quase irreversível de invasão da Europa, um plano bem arquitectado, um plano que vai ao encontro do desidério dos senhores do mundo, manipulação, domínio, limitação de numero de habitantes no planeta e ao mesmo tempo o deixar de territórios terrestres, marítimos, subsolos terrestres e submarinos ao alcance de uma pequena elite, a tal elite supremacista que pretende dominar o mundo e que na realidade está neste momento a um passo de o conseguir, o domínio da Europa e depois África serão os primeiros grandes passos para cimentar essa liderança, tudo o resto é mero embuste, até agora tudo lhes corre de feição, excepto em alguns pontos da Europa tais como a Polónia, a Hungria e mais um par de países cujos habitantes sabem bem ao que estariam sujeitos ao alinhar nesta farsa, nesta balcanização da Europa, pois é disso mesmo que se trata.
Infelizmente somos bombardeados pelos media, a típica manipulação das massas, a manipulação e partidarização da opinião pública, dão-nos alimento para discussões e extremar de posições, dão-nos o fermento indutor de controvérsia, indutor de polémicas, muitas vezes onde não existe assunto de todo, olhemos por exemplo a política nos Estados Unidos, uma farsa total na qual o presidente funciona como marioneta do sistema, neste momento temos o boneco ideal, controverso qb, polémico qb, a figura perfeita para entreter esta assistência ignorante e apática, ou pensavam que um presidente nos EUA tem algum poder, mera farsa, apenas faz o papel que lhe compete, ou seja, servir os seus donos, os senhores do Federal Reserve e Wall Street, essa é a verdade que nos pretendem ocultar.
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Conclusão, teremos a breve trecho a Europa numa guerra civil, uma Europa sem forças de segurança, uma população completamente desprotegida e entregue a si própria, uma população que ao mais pequeno abalo se verá privada de alimentos, cuidados de saúde, bens de primeira necessidade e outros, uma população à mercê de gente sem princípios, sem um pingo de humanidade, à mercê de gente primária a quem foi oferecido um oásis mas que na realidade terão em breve que passar também pelas privações dos povos europeus, certo e sabido que o resultado será o verdadeiro caos, morte, destruição, um verdadeiro retorno no tempo, ou seja uma humanidade em queda livre, sem direitos, liberdades e garantias, uma população sem um rumo, sem liderança, um rebanho sem pastor no meio dos lobos, será este o nosso futuro se nada fizermos no imediato. Perguntam-me o que fazer, eu respondo, é preciso união, é preciso falarmos a uma só voz, é preciso destituir os nosso governantes(traidores), é preciso criar condições de sustentabilidade, criar auto-suficiência, é preciso criar protecção(organizações civis, milícias), é preciso um verdadeiro olhar crítico sobre o mundo que nos rodeia, é por de lado os facilitismos e a preguiça física e mental, e preciso agir, é tempo, o tempo é agora, não há mais tempo a perder, há que traçar um novo rumo, salvar a humanidade, no nosso caso salvar Portugal e a nação portuguesa.
Alexandre Sarmento

A busca pela consciência.

  Estou farto de aturar gente de mente fechada, gente com palas, gente com capacidade de raciocínio curta, ou sem capacidade de raciocínio d...