«Desde a morte do Doutor Oliveira Salazar, os intriguistas criminosos que se insurgiram contra o regime e cuja queda provocaria a morte de Portugal, redobram de esforços. Os Estados Unidos e a Rússia estavam perfeitamente de acordo em partilharem os despojos do Império Lusitano.
Quando o presidente R. Nixon e o presidente Pompidou se encontraram nos Açores com Marcello Caetano, numa reunião secreta, os americanos ofereceram ao Presidente do Conselho, o Professor Marcello, uma montanha de dólares se este último abandonasse o Ultramar Português. Ele recusa dizendo que a África portuguesa não estava à venda. Vê claramente que se os portugueses partissem, seria o grande capital internacional e a "Revolução marxista" que tomariam o seu lugar. Com esta recusa o Professor M. Caetano condena-se a desaparecer ou a ser suprimido.
Desde então os intriguistas estrangeiros precipitam-se e a partir da Conferência de Bilderberg em 20 de Abril de 1974 tomaram a resolução de desencadear em Portugal a revolução do 25 de Abril e de impedir a parte atlântica de realizar as manobras aeronavais Dawn Patrol 1974 da OTAN, que deviam começar no dia 25. Ganha a marinha portuguesa pela revolução, pôde regressar ao porto de Lisboa no dia 24 e dirigir os seus canhões para o Parlamento e para a Presidência do Conselho (esta intervenção foi determinante na demissão do Governo de Caetano). No decurso da mesma reunião o Príncipe Bernhard tinha dissertado sobre o petróleo de Cabinda com amigos que se interessavam muito por esta matéria. No Vaticano seguiam atentamente o assunto: Monsenhor Pereira Gomes tinha falado no dia 15 de Abril com Monsenhor Villot, progressista notável.
Pode-se ser aprendiz de feiticeiro e não ter o estofo dum Maquiavel; o Senhor Luns, Secretário Geral da OTAN, certamente que não esperava que o vento da revolução que ele tinha favorecido com os seus amigos virasse para a democracia popular, como reconheceu publicamente um ano e meio mais tarde».
P. F. Villemarest («História Secreta das Organizações Terroristas»).
Democracia Sempre, Ditaduras Nunca.
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