terça-feira, 7 de julho de 2020

Salazar o visionário.




"...Dizer que, apesar da crise que devastou o Mundo o nosso orçamento é equilibrado de há oito anos para cá e que estes sete anos de gestão estão encerrados com importantes saldos credores, é gabar-se de uma coisa quase ridícula - deveria ser sempre assim...!
(Do livro "Como se levanta um Estado" do Professor Oliveira Salazar.)
A imagem pode conter: 1 pessoa, sapatos, árvore e ar livre
Assim, Salazar até aos dias de hoje, foi o único político português que nestes 110 anos de regime republicano, percebeu o país real, o que era essencial para a Nação, o rumo económico que se deveria e se podia seguir e acima de tudo, traçou um rumo do caminho para a Economia, não uma Economia do supérfluo, mas uma Economia do fundamental para o país poder subsistir e mais tarde se poder desenvolver.
Com isso em mente, virou-se para a Educação, dotando o país com milhares de escolas primárias, tentando diminuir o elevadíssimo grau de analfabetismo que então existia, desenvolvendo o Ensino técnico de forma a termos operários especializados para prover a Indústria nascente de modo, que a industria nacional colmatasse aquilo que era essencial, não descurando ao mesmo tempo de manter um povo minimamente alimentado com a produção agrícola nacional, daí as sucessivas campanhas, uma das mais conhecidas a "Campanha do trigo", visando a completa independência de cereais com o trigo em primeiro lugar.
Uma frase que muito criticam e até zombam: "Beber vinho é dar o pão a um 1 de milhão de portugueses". tem sido mal interpretada, Salazar, não queria que os portugueses se embebedassem, seria um absurdo vindo de alguém que apelava ao povo para se dedicar ao trabalho, essa frase, talvez a não mais feliz - mas entendamos a época - referia-se à agricultura em geral e claro, também à produção de vinho, que ao tempo era das poucas produções agrícolas que exportávamos.
Também se esforçou para a industrialização do país, criar as bases para um futuro mais sólido, com um máximo de autonomia, quer alimentar, quer industrial,e foi graças a isso, que se puderam criar os alicerces, que, passada a guerra civil de Espanha e a II Guerra Mundial e a Gripe Asiática, pudessem permitir o desenvolvimento a partir do fim do anos 50 o que nos levou a crescimentos do PIB, superior em muitos casos, a outros países europeus, isso foi possível por Salazar ter seguido aquele velho princípio de: "semear para colher".
Não ter entendido isto é não entender a realidade portuguesa, é viver de quimeras, ou viver na Lua como tem sido os governantes pós Abril, esta crise vai confirmar isso e vamos passar um mau bocado, podem crer.

Por fim umas breves palavras sobre o célebre Decreto 19.354 de Janeiro de 1931, conhecido pela: "Lei do condicionamento industrial", muito criticado por certos economistas modernos por limitar a "iniciativa pessoal" versus iniciativa liberal sem prever as diversas variáveis que as Economias podem enfrentar, o exemplo presente confirma isso mesmo, dependemos do estrangeiro até no mais básico .
Pena, essas pessoas não terem percebido, que esse Decreto era o possível para uma Economia devastada pela I Guerra Mundial, donde saímos com milhares de mortos e estropiados e uma dívida monumental.
Não ter entendido isto é não entender a realidade portuguesa, é viver de quimeras, ou viver na Lua como tem sido os governantes pós Abril, esta crise vai confirmar isso e vamos passar um mau bocado, podem crer, mas a isso dedicarei outro artigo.
Texto que subscrevo na íntegra, da autoria do meu querido amigo Eduardo Saraiva, aqui fica expresso o meu agradecimento.
Alexandre Sarmento

Sem comentários:

Enviar um comentário

Democracia, a ditadura das multidões.

  «O homem é naturalmente resignado. O homem moderno mais do que os outros, em consequência da extrema solidão que o mergulha uma sociedade ...