Do "orgulhosamente sós" ao "democraticamente lixados", evidentemente, lixados com efe!!!
Outrora fizemos frente ao mundo, a um mundo cego de paixões baixas, despertado pela ideia do assalto que julgou fácil, enlouquecido pela ambição da rapina e do domínio ou estupidificado pela ignorância do que somos, do que valemos e do que queremos.
Depois fomos nós, o mesmo povo de outrora "democraticamente unido", a permitir que esse mundo cego pela cobiça dos bens alheios, pelo domínio e pelo controle total, entrasse em nossa casa e se servisse, levando tudo, as jóias, o território, os nossos irmãos, a nossa identidade e até a nossa dignidade, e nós, sempre, quase 50 anos depois, a assistir impávida e serenamente, tanto tempo depois, ainda continuamos embriagados com o perfume dos cravos da democracia.
Na verdade só houve um período ou um interregno nos últimos dois séculos, em que nos pudemos sentir orgulhosos daquilo que fomos e somos, infelizmente esse tempo já não volta, e a esse tempo dizem alguns iluminados, fomos atrasados e vimos o nosso povo ser explorado e maltratado, a esse tempo uns clamam com saudade, outros com ressentimento, com o ódio dos ignorantes, e sem sequer saberem o porquê, esse foi o tempo do salazarismo!!!
Nesse tempo podíamos ter o orgulho de termos um império, de termos mostrado ao mundo que era possível ter uma Nação em territórios espalhados pelo mundo, um Nação multi-étnica, uma Nação multi-religiosa, uma Nação multi-cultural, e exactamente por termos conseguido provar que seria possível uma aproximação à sociedade perfeita, onde cada qual tinha a sua quota parte de responsabilidade e de liberdade, os donos do mundo assim não o entenderam, e vimos a vil traição dos outrora nossos aliados e companheiros de armas, assim assistimos à morte daquilo que tanto custou a construir, com sangue, suor e lágrimas, assistimos à morte do nosso Portugal, e ao mesmo tempo feriram de morte a Nação Portuguesa.
Fomos vitimas da inveja e da cobiça dos nossos inimigos, alguns deles nossos parceiros durante séculos, e pior, fomos culpados porque o permitimos, somos culpados pela covardia, pela conivência, pela apatia com a qual assistimos a todo este processo, e por este andar, num futuro próximo, este ainda jardim à beira mar plantado deixará de ser a nossa Pátria, a nossa casa.
Só que desta vez, já não temos as caravelas e já não há mais mundo para descobrir, seremos nós os escravos na nossa própria terra.
Desculpem o desabafo, mas pelo que vejo, este povo não passa de um reles resquício daquilo que foi outrora, quiçá, os bons, os verdadeiros portugueses, tenham mesmo partido nas caravelas...
Alexandre Sarmento
Depois fomos nós, o mesmo povo de outrora "democraticamente unido", a permitir que esse mundo cego pela cobiça dos bens alheios, pelo domínio e pelo controle total, entrasse em nossa casa e se servisse, levando tudo, as jóias, o território, os nossos irmãos, a nossa identidade e até a nossa dignidade, e nós, sempre, quase 50 anos depois, a assistir impávida e serenamente, tanto tempo depois, ainda continuamos embriagados com o perfume dos cravos da democracia.
Na verdade só houve um período ou um interregno nos últimos dois séculos, em que nos pudemos sentir orgulhosos daquilo que fomos e somos, infelizmente esse tempo já não volta, e a esse tempo dizem alguns iluminados, fomos atrasados e vimos o nosso povo ser explorado e maltratado, a esse tempo uns clamam com saudade, outros com ressentimento, com o ódio dos ignorantes, e sem sequer saberem o porquê, esse foi o tempo do salazarismo!!!
Nesse tempo podíamos ter o orgulho de termos um império, de termos mostrado ao mundo que era possível ter uma Nação em territórios espalhados pelo mundo, um Nação multi-étnica, uma Nação multi-religiosa, uma Nação multi-cultural, e exactamente por termos conseguido provar que seria possível uma aproximação à sociedade perfeita, onde cada qual tinha a sua quota parte de responsabilidade e de liberdade, os donos do mundo assim não o entenderam, e vimos a vil traição dos outrora nossos aliados e companheiros de armas, assim assistimos à morte daquilo que tanto custou a construir, com sangue, suor e lágrimas, assistimos à morte do nosso Portugal, e ao mesmo tempo feriram de morte a Nação Portuguesa.
Fomos vitimas da inveja e da cobiça dos nossos inimigos, alguns deles nossos parceiros durante séculos, e pior, fomos culpados porque o permitimos, somos culpados pela covardia, pela conivência, pela apatia com a qual assistimos a todo este processo, e por este andar, num futuro próximo, este ainda jardim à beira mar plantado deixará de ser a nossa Pátria, a nossa casa.
Só que desta vez, já não temos as caravelas e já não há mais mundo para descobrir, seremos nós os escravos na nossa própria terra.
Desculpem o desabafo, mas pelo que vejo, este povo não passa de um reles resquício daquilo que foi outrora, quiçá, os bons, os verdadeiros portugueses, tenham mesmo partido nas caravelas...
«— (...) Uma civilização que renuncia à possibilidade de recorrer à violência nos seus pensamentos e acções destrói-se a si mesma. Transforma-se num rebanho de carneiros a degolar pelo primeiro que passe. O mesmo acontece com os homens.»
Arturo Pérez-Reverte
Arturo Pérez-Reverte
Alexandre Sarmento
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