sábado, 4 de maio de 2019

Nacionalismo, dinâmica e tradição.


"Nacionalismo é também preocupar-se com a defesa do património intelectual, moral, político, religioso e artístico que define a matriz nacional e torna uma nação diferente de qualquer outra, assim como um indivíduo é diferente de qualquer outro, com personalidade própria, com uma identidade própria. Não há diferença entre nacionalismo e Tradição.

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Até hoje, as nações foram mortas por conquista, isto é, por penetração, tomada, invasão... Mas põe-se aqui uma grande questão: poderá uma nação morrer em seu próprio solo, na sua pátria, na aplicação de factores externos, transplante ou penetração e apenas pelo estagnamento e putrefacção, permitindo que o seu cerne social (a Família e as suas Corporações) seja corrompido, atingindo assim o ponto central e os princípios originais e constitutivos que compõem o que ela é? Sim, na minha opinião sim.

O factor religioso ou espiritual deve também ele ajudar os líderes políticos a medir os limites de seu poder temporal. No caso português, poderemos enumerar uma matriz cristã, se bem que também judaica ou mesmo pagã e nesse caso também islâmica, remontando às nossas origens ancestrais. Muito embora estas últimas não representem Tradição nenhuma. A Tradição é viva e dinâmica e uma doutrina de Fé morta para a generalidade das comunidades, morta há centenas de anos, não faz parte das forças vivas determinantes da Nação. Mas sim da sua História ancestral. Aqui há que perceber que os factores antigos que não sejam parte da herança de valores ou fundamentos sociais existenciais, não são dinâmicos nem tradicionais (consuetudinários), logo não caracterizam formas de valores existenciais vivos e marcantes em termos comunitários. No caso do islamismo, é residual e o que cá havia antes a considerar é isso mesmo, residual, tolerante e respeitador (Xiismo Ismaelita) e só não o é mais pelos esforços aturados do Estado Liberal em importar "comunidades" sunistas extremistas e wahhabistas, dando força à Comunidade Islâmica (Sunita extremista) e a Planos maquiavélicos de alteração da matriz cultural e ideológica por vanguardas iluminadas...

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Mantendo-se independente de oligarquias, sejam elas, políticas, filosóficas, étnicas ou económicas, o nacionalismo é doutrinal e não ideológico e pugna pelo interesse das Comunidades Locais, ou seja, independente e ao mesmo tempo um "concentrado", uma síntese de tudo isto, sempre mantendo o carácter e o espírito identitário da Nação, garantindo essencialmente a justiça social, pois, sem justiça social, não há coesão nacional e sem coesão nacional, nenhuma nação será suficientemente forte para se opor ao ataque de ameaças externas, tais como as dos interesses capitalistas, das grandes corporações ou mesmo nos dias de hoje a ameaça globalista e sionista.

O Nacionalismo, que só pode ser comunitário e Orgânico, pretende substituir-se ao sistema democrático inorgânico enganoso que começou em Portugal em 26 de Maio de 1834, com a capitulação de D. Miguel I, o último Rei Legítimo, propondo-se induzir um retorno à estrutura corporativa de Base e a organizações municipais e nacionais de caracter funcional imperativo e de deliberação directa, adaptadas aos tempos modernos, usando a imensidade eficaz das novas tecnologias.

Assim, as partes ideológicas, as "divisões de Poder de classe" - referindo-me logicamente aos partidos políticos - deixarão de ser considerados nos propósitos de Poder indirecto e de controlo do Estado e da Administração comunitária. Porque representam os fundamentos da "guerra civil" constante pelo Poder vertical, vanguardista e Absoluto no Estado, o que impede qualquer política de âmbito orgânico ou corporativo e integral, por causa do exercício exclusivo do Poder de classe e ao factor ideológico no fundamento do Poder político, cujo garante é o sufrágio universdal individualista. Eles andarão por ali algum tempo, até naturalmente cairem pela ausência de motivação e impossibilidade de serem Poder".


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"A representatividade nacional deve ser feita através das comunidades locais corporativas, não das partes ideológicas: câmaras corporativas, comércio, industria, agricultura, tudo por município e tendo especial atenção aos interesses regionais ou provinciais. Bem sabemos o estado de abandono e degradação a que o nosso interior esta votado. Preconiza o Tradicionalismo Integralista, a proximidade entre as várias sociedades (a começar pelo cerne nacional, a Família), e aqueles que vão exercer a representação directa do Poder das Comunidades Locais ou a gestão da Res publica (coisa publica), pugnando por reduzir as assimetrias e propondo uma base orgânica municipalista. A responsabilidade deliberativa será portanto apenas das populações, organizadas nos seus Municípios ou destes a nível Nacional, havendo uma real partilha e capacidade de reivindicação por parte dos Municípios e das Famílias e suas Corporações internamente. Partindo assim sempre desde a Base, a responsabilização pelos actos de gestão, assume uma pirâmide invertida, excepto no seu vértice, no que toca à gestão do que é transversal á Nação - a todos os Municípios - a saber: Forças Armadas, Justiça e Diplomacia. Uma proximidade administrativa na qual os problemas locais serão de imediato notados e subsequentemente levados a debate ou mesmo resolvidos na hora, havendo assim um harmonizar dos interesses gerais da Nação, pois as várias regiões e municípios comunicam entre si e resolvem os problemas comuns ou genéricos.

Um Regime Tradicionalista, pretende erradicar o poder dos media nas mãos de oligarquias financeiras, filosóficas, partidárias e cosmopolitas, que caracterizam o Liberalismo. Assim, não há manipulação de "eleitores" (indivíduos) porque não há sufrágio universal! Os interesses corporativos específicos, individualizados e especuladores (que é o factor mais deprimente que justifica o Capitalismo) deixam de ter lugar...


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Objectivamente falar da "revolução nacional" é ouvir e consultar as Famílias e as suas Corporações em cada Município (e não "os cidadãos individualmente, como sucede com as partes ideológicas individualistas e de "classe") e agir de acordo com as realidades específicas e regionais ou comunitárias que são apresentadas e não a palhaçada, o circo a que estamos sujeitos neste regime Liberal, dito de democracia partidária (representação indirecta e absoluta), quando todos sabemos ao descalabro institucional e moral a que chegou o nosso país. Uma total ausência de seriedade moral e material por parte dos políticos profissionais e gestores "públicos" que por sinal o eleitorado individual (as "massas arrebanhadas" indiferenciadas) imbecilmente elege, alinhando assim com o seu próprio inimigo, alimentando o seu parasita de estimação, o democrata, o plutocrata, o maçónico, os "donos do regime".

Assim, o Regime Tradicionalista (onde o Estado é apenas aquilo que administra o que é transversal a toda a Nação), tem como objectivo permanente, o interesse nacional (comunitário) contra qualquer interferência de interesses externos ou estrangeiros e visa promover acordos económicos e políticos com outras Nações amigas e com os seus Estados "relacionalmente e diplomaticamente compatíveis".

O nacionalismo não é uma ideologia (nem abstracta, nem concreta!), mas sim uma doutrina existencial, uma ética dinâmica sempre em evolução, cujos valores tendem à "unidade existencial comunitária" entre as várias sociedades. A resolução dos problemas sociais é pragmática e concreta, local e regional ou nacional, realizada à luz das lições e experiências da história consuetudinária.

Muito mais haveria a dizer, mas mesmo assim, o texto esticou um pouco. Serve este mesmo texto a uma base de reflexão metodológica: o "nacionalismo" nada tem de ideológico: extremas direitas ou esquerdas e meios termos assim assim... O nacionalismo tal como o próprio nome indica, é Tradição, integralidade, comunitarismo, vontade de Poder das Comunidades Locais no seu todo e manutenção dos valores inerentes e dinâmicos, expressos permanentemente pelas Forças Vivas nas várias comunidades, orgânica e nacionalmente constituídas".


Alexandre Sarmento


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