quarta-feira, 6 de maio de 2020

Álvaro Cunhal, retrato de um comunista.




ÁLVARO CUNHAL – FOTOGRAFIAS DE AGÊNCIA – EPHEMERA – Biblioteca e ...

Álvaro Cunhal nasceu em Coimbra, na freguesia da Sé Nova, filho de Avelino Henriques da Costa Cunhal, advogado e professor do ensino secundário, republicano e liberal, e de Mercedes Simões Ferreira Barreirinhas Cunhal, uma católica fervorosa.

Passou a infância em Seia, de onde o pai era natural. O pai retirou-o da escola primária por considerar o ensino público da altura algo deficiente.

Aos 11 anos mudou-se com a família para Lisboa, onde frequentou o Liceu Camões. Daí seguiu para a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde iniciaria a sua actividade revolucionária.

Em 1931, com 17 anos, filia-se no Partido Comunista Português e integra a Liga dos Amigos da URSS e o Socorro Vermelho Internacional. Em 1934 é eleito pelo núcleo comunista presente, representante dos estudantes no Senado da Universidade de Lisboa. 


Em 1935 chega a secretário-geral da Federação das Juventudes Comunistas. Em 1936, após uma visita à URSS, é indicado pelo PCUS para o Comité Central do PCP.

Ana Cunhal:

Ao longo da década de 1930, colaborou com vários jornais e revistas como a Seara Nova e o O Diabo, e nas publicações clandestinas do PCP, o Avante e O Militante, com vários artigos de intervenção.


Em 1940, a cumprir pena de prisão pela segunda vez, Cunhal é escoltado pela polícia à Faculdade de Direito de Lisboa, onde apresenta a sua tese da licenciatura em Direito, sobre a temática do aborto e a sua despenalização, tema pouco vulgar para a época em questão. A sua tese, apesar do contexto político pouco favorável, foi classificada com 16 valores. Do júri fazia parte Marcello Caetano, pormenor caricato quando os comunistas falam de repressão, manipulação, eliminação pela mão da PIDE, e fazem mesmo da figura de Salazar o verdadeiro Diabo na Terra.


Devido aos seus ideais comunistas, à sua assumida e militante oposição ao Estado Novo e à acção violenta perpetrada por movimentos afectos ao partido, esteve preso em 1937, 1940 e 1949-1960, num total de 15 anos, oito dos quais em completo isolamento sem nunca, incrivelmente, ter perdido a noção do tempo. Mesmo sob violenta tortura, nunca falou, o que evidencia a sua coragem física. Na prisão, como forma de passar o tempo, dedicou-se à pintura e à escrita. Uma das suas produções mais notáveis aquando da sua prisão, foi a tradução e ilustração da obra Rei Lear, de William Shakespeare. Contando-se também os romances Cinco dias, cinco noites e Até amanhã camaradas, que editaria sob o pseudónimo de Manuel Tiago.

A 3 de Janeiro de 1960, Cunhal, juntamente com outros camaradas, todos quadros destacados do PCP, protagonizaram a célebre "fuga de Peniche", possível graças à cumplicidade do próprio regime, a um planeamento muito rigoroso e a uma grande coordenação entre o exterior e o interior da prisão.


Álvaro Cunhal - Retrato pessoal e íntimo: Dezembro 2010


Em 1962 é enviado pelo PCUS para o estrangeiro, primeiro para Moscovo, depois para Paris.

Ocupou o cargo de secretário-geral do Partido Comunista Português, sucedendo a Bento Gonçalves, entre 1961 e 1992, tendo sido substituído por Carlos Carvalhas.

Em 1968 Álvaro Cunhal presidiu à Conferência dos Partidos Comunistas da Europa Ocidental, o que é revelador da confiança que já nessa altura detinha no PCUS. Para tal não terá sido indiferente o ter-se mostrado um dos mais veementes apoiantes da sangrenta invasão da então Checoslováquia pelos tanques do Pacto de Varsóvia, ocorrida nesse mesmo ano.


Em 1989 Álvaro Cunhal foi à URSS para ser operado a um aneurisma da aorta, sendo recebido em Moscovo por Mikhail Gorbatchov o qual o agraciou com a Ordem de Lenine.
Nos últimos anos da sua vida sofreu de glaucoma, acabando por cegar.
Da sua relação com Isaura Maria Moreira, teve uma filha, Ana Maria Moreira Cunhal, nascida a 25 de Dezembro de 1960, a qual casou tendo dois filhos. Vive actualmente nos Estados Unidos.
Álvaro Cunhal ficou na memória como um comunista que nunca abdicou do seu ideal, tendo mantido sempre o mesmo discurso desde 1920.
Faleceu em 13 de Junho de 2005, em Lisboa, e no seu funeral (a 15 de Junho), participaram mais de 250.000 pessoas.Por sua vontade, o corpo foi cremado.

"Os principios do marxismo-leninismo constituem um instrumento indispensável para a análise cientifica da realidade, dos novos fenómenos e da evolução social e para a definição de soluções correctas para os problemas concretos que a situação objectiva e a luta colocam ás forças revolucionárias. A assimilição crítica do património teórico existente e da experiência revolucionária universal são armas poderosas para o exame da realidade e para a resposta criativa e correcta às novas situações e aos novos fenómenos. [...] O marxismo leninismo é uma explicação da vida e do mundo social, um instrumento de investigação e um estímulo à criatividade."

Álvaro Cunhal
in "O Partido com Paredes de Vidro"


Imagens que valem por mil avantes (COM FOTOGALERIA) - Domingo ...

Pormenor interessante acerca de Álvaro Cunhal, nunca mencionou o nome de Salazar, nunca atacou a figura de Salazar, deixo a questão, por qual razão, terá sido pela protecção que Salazar sem dúvida lhe prestou, ou foi uma forma de se limpar da tal fuga de Peniche?
A farsa de uma fuga negociada por Salazar e membros do politburo do PCUS da URSS.
Outro pormenor interessante, é que Álvaro Cunhal, quando faleceu tinha todas as unhas dos pés e mãos e que conste não apresentava sinais das tais brutais torturas infligidas pelos membros da PIDE, a tal historieta mal contada e tantas vezes romantizada pelos "estoriadores" revisionistas, tal como as narrativas forjadas da mentirosa Irene Flunser Pimentel!!!

O país despediu-se de Cunhal há dez anos – Observador

Na foto, Álvaro Cunhal e um verdadeiro fascista que se vendeu por um pouco de glória, pensava ele, pois, depois de usado e à boa maneira comunista foi sabiamente eliminado, caindo o ónus deste acto em cima do regime, ou seja, a PIDE e principalmente sobre Salazar, uma jogada de mestre, de uma assentada mataram dois coelhos com uma cajadada, a eliminação do dispensável Humberto Delgado e ao mesmo tempo deixar muito mal visto o regime.

Cunhal, o 25 de Abril, a descolonização e a independência dos nossos territórios ultramarinos.

Regressou a Portugal cinco dias depois do 25 de Abril de 1974. Nesse mesmo dia, passeou de braço dado com Mário Soares, por Lisboa.
Foi ministro sem pasta no I, II, III e IV governos provisórios e também deputado à Assembleia da República entre 1975 e 1992.
Em 1982, tornou-se membro do Conselho de Estado, abandonando estas funções dez anos depois, quando saiu da liderança do PCP.
O PCP teve um papel crucial no desenvolver do problema colonial, pois era sem dúvida a mão da URSS, era o garante dos interesses, diga-se de passagem, neo-colonialistas comunistas em África, tal como hoje se sabe, na verdade, Cunhal e o PCP, trabalharam para os dois lados, fizeram o jogo comunista, combinados com os interesses do bloco dito capitalista, fizeram a partilha de África, tal como e muito bem a define Fernando Pacheco de Amorim no seu livro, 25 de Abril, Episódio do Projecto Global.

Uma das heranças que o PCP e a União Soviética deixaram, em muitos aspectos trágica, foram partidos e regimes comunistas. Basta olhar para a bandeira de Angola, para a bandeira de Moçambique para ver a simbologia comunista, uma versão da foice e do martelo.
Poderemos também e com toda a razão, chamar Álvaro Cunhal de assassino e genocida, pois sabia perfeitamente a carnificina e o saque que haveria subsequentemente à independência dos nossos outrora territórios ultramarinos, como está bem patente nas verdadeiras ditaduras comunistas nas quais nada falta, desde a repressão, a censura, as valas comuns, e uns ditadores bem amestrados pelo regime comunista, uns verdadeiros capitalistas a viver faustosamente daquilo que roubam aos seus povos e a coberto de algumas organizações comunistas, tais como a ONU e a Amnistia Internacional, quem sabe, agora esses povos estejam a viver a tal igualdade tão propalada pela cartilha marxista!!!


Um trecho que diz muita coisa sobre a horripilante e desumana tortura sofrida por Álvaro Cunhal enquanto no cárcere, parece anedota, mas infelizmente é a realidade, um belo bife com um ovo a cavalo a todas as refeições, não era para toda a gente naquela época, e, nem sequer nos dias de hoje!


Apesar de não ser adepto desta figura, há um pormenor em que lhe tiro o chapéu, foi coerente e frontal, mesmo tendo em consideração que foi um dos pais deste portugal moribundo e sem futuro, um, senão o principal instrumento corruptor da ordem no regime do Estado Novo.

Em Portugal traidores houve, algumas vezes, frase de Camões que encaixa na perfeição a esta figura polémica!!!

Na história figurará como o promotor da destruição dos sistema produtivo português, o homem por trás dos sindicatos que destruíram as nossas grandes empresas e da malograda reforma agrária, tudo isso teve como resultado, um país abandonado e sem auto-suficiência, as nossas grandes empresas na mão de capital estrangeiro e um povo onde a igualdade apenas se nota na miséria cada vez mais evidente, foi essa mesmo a grande batalha da vida desta figura, a instauração do verdadeiro comunismo, a igualdade na distribuição da miséria!!!

Muito mais haveria a dizer sobre esta sinistra figura, mas, como muitos dos meus leitores devem calcular, escrever sobre este tipo de figuras, revolta-me o estômago e mexe-me com o fígado!!!

Alexandre Sarmento


2 comentários:

  1. Nao palavras a acrescentar a tudo quanto esta explicito, nao se pode considerar um ser humano mas sim um abutre que vive faustosamente da carne que ha sua custa e abatida . So para terminar foi umtraidor covarde e o mais vil verme pisando a terra . Mas o mario soares foi tal como ele ou pior ladrao covarde e assassino, quem manda atirar os brancos aos tubaroes nao pode ser apelidado de outra coisa, sempre ao servico dos vermelhos miseraveis. JA O PAGARAM!!!!!

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  2. Foi graças a este Cunhal e Mário Sosres que o 25Abr morreu à nascença... Indiscutivelmente foram eles que tiverem desdes mt antes daquela data as rédeas na mão... Tds os outros foram por arrasto... A primeira Constituição q ainda nos rege, com algumas ligeiras alterações posteriores foram eles que a fizeram,portanto há necessidade de a alterar para outra mais coerente com as necessidades da Nação...

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