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segunda-feira, 15 de março de 2021

O Portugal dos Pequeninos.

 

Quase ninguém minimamente atento e informado tem dúvidas que muitos dos males atribuídos a Salazar vinham de trás, bem como muitos outros eram comuns a outros países, mas, como sabemos foi ele Salazar, quem começou a resolver muitos deles, o que como bem sabemos não está de acordo com a narrativa daqueles que defendem este regime de bandalheira, os abrileiros! 

Salazar é ainda hoje muito injustamente acusado de ser o responsável pelos altos níveis de analfabetismo em Portugal quando da revolução! Salazar, não só não é responsável, como os números teriam sido muito piores se ele não tivesse começado a colmatar os efeitos da destruição das estruturas educativas da Igreja pelas revoluções de 1820 e 1910, estruturas essas que eram quase exclusivamente as únicas existentes fora dos centros urbanos de Lisboa e do Porto e de algumas outras grandes cidades. 

É, aliás, quase inacreditável que só a partir dos anos 30 é que em Portugal, para todos os efeitos e sendo um estado da Europa ocidental, se comecem a construir escolas primárias por todo o território nacional, pois foi durante o Estado Novo de Salazar que se levou o ensino primário a todas as freguesias do país, esse ímpeto de mitigar o analfabetismo teve a sua maior expressão no Plano dos Centenários, facto é que ainda hoje podemos ver em quase todas as aldeias deste país uma escola desse empreendimento do Estado Novo. Voltando atrás, tal como hoje, com o regime de 1820 e o de 1910 o Estado Português promoveu aquilo a que hoje voltamos a assistir a um novo tipo de analfabetismo; um analfabetismo alfabetizado e devidamente "diplomado", que consiste em saber escrever sem saber o que se escreve e em ler sem entender o que se lê (e não me refiro à qualidade, que isso é outra coisa), temos portanto uma miríade de analfabetos funcionais portadores de um diploma, que de facto quando confrontados com o grau de conhecimento de alguém com a "quarta classe antiga", fazem um perfeito papel de ignorantes, levam um verdadeiro "banho de cultura".

Aquele a quem chamam de provinciano, mesquinho e rural poderá ter cometido a sua dose de erros, o que visto a esta distância e fugindo ao contexto da época, até é natural que assim pensemos, mas os tempos evoluíram, o mundo mudou, sabendo nós o que podemos saber hoje, é quase normal falar-se assim com tanta facilidade dos erros de Salazar, mas temos que olhar a História à imagem e contexto de outrora, e nesse aspecto, só podemos enaltecer a obra e a conduta exemplar de Salazar.

Andam todos muito esquecidos de que Portugal padecia de um atraso estrutural de dois séculos quando Salazar acedeu ao poder, acabou por ser Salazar a dar início à revolução industrial e à modernização da agricultura em Portugal, foi Salazar quem trouxe o país atrasado e moribundo ao século XX, foi também ele quem nos devolveu a dignidade e a honra, enfim, para um tirano e ditador, nas voz de alguns, um fascista, até que nem esteve nada mal, facto curioso é que por muito que critiquem a sua governação, até hoje e passados cinco séculos ainda ninguém tenha provado fazer melhor!!!


Estamos em decadência acentuada, o naufrágio é iminente, e curiosamente, continuamos a teimar não ver as causas e a não mudar de paradigma.

Muito provavelmente, terá sido Salazar a fazer o melhor dos diagnósticos a este triste mas sorridente povo, provavelmente, nenhum sistema funciona bem por cá. Provavelmente, porque recorrentemente importamos sistemas de governo e modelos de sociedade que em nada se coadunam com a nossa personalidade e herança cultural e por isso mesmo estam irremediavelmente condenados ao insucesso. 

Tudo falha, tudo descamba nas nossas mãos, tudo se esfuma como um fósforo, se Sertório não tivesse mandado trair e assassinar Viriato, seria sobre este último que teriam pesado os fardos da governação desta tribo de vaqueiros da serra e provavelmente a frase "não se governam e nem se deixam governar" seria hoje imputada a sua autoria a esse nosso herói.
Estamos  sempre à espera de alguém "que resolva", um Afonso Henriques, um D. Sebastião, um Pombal, um Sidónio ou Salazar, mas quando chega a hora da verdade, no momento de optar, já sabemos o resultado, esse resultado está bem à vista de todos!

Escolhemos sempre o caminho mais fácil, o que, está mais do que comprovado, só nos tem causado amargos de boca, andamos iludidos e enebriados  com a liberdade e a democracia, sempre à espera que a UE, os fundos estruturais, os dinheiros a fundo perdido, os empréstimos, as linhas de crédito, e ainda criticamos aqueles em quem votámos e acreditámos pela monumental e impagável dívida soberana, e não só, isto é apenas o resultado de andarmos permanentemente desatentos e entretidos com palhaçadas, com futebóis e programas televisivos que em nada contribuem para o desenvolver de consciências, no fundo somos hoje uma sociedade de alienados perfeitamente inconscientes! 

Andamos há demasiado tempo de mão estendida, mas exigimos a vida de um lorde, como se de um direito divino e óbvio se tratasse. Pedimos emprestado para viver, mas achamos estranho e revoltante que quem nos emprestou nos exija pagamento com os devidos juros, mas na verdade, que culpa têm os credores se aquilo que supostamente nos emprestaram foi desviado para negócios mafiosos e offshores. Esperamos demasiado, ou almejaremos também nós um dia conseguir através de um qualquer esquema mafioso poder ostentar aquela máquina, as fotos das férias milionárias ou o ser o motivo de inveja dos vizinhos lá da rua!!! 

A culpa não é do Sócrates, nem do Passos, nem de qualquer outro poltrão da República,
a culpa é essencialmente do povo português que quer viver bem sem trabalhar, que se habituou e quer continuar a viver na ilusão alimentada por um decrépito e insolvente Estado Social, que não valoriza o trabalho, o mérito, a competição e a empresa.
Sendo que, a culpa também é das pretensas elites académicas, intelectuais, sociais e económicas que se renderam cobardemente à social-merdiocracia, ao embuste, à corrupção cultural e de costumes, ao chico-espertismo saloio e esquemas de uma mafiosa classe politica.

Hoje em dia, Portugal é um antro, uma pocilga onde quase todos tentam chegar à gamela, um antro de parasitas sequiosos de benesses sem que para isso tenham que se sujeitar a qualquer sacrifício, o pior é que os anéis já se foram, e agora? 
Desta forma, é natural que em vez de merecermos liberdade e prosperidade, mereçamos sim umas belas chibatadas nos costados.

Já desabafei, mais uma vez volto a dizer, cada qual tem aquilo que merece e, sem dúvida, os portugueses ainda não pararam para pensar, para reflectir sobre o porquê de estarmos nesta situação, grave é viverem numa ditadura de um sistema de partido único multicolorido de cariz marxista, vivemos num regime onde o Estado tudo comanda e tudo decide, hoje nada nos pertence, antes éramos pobres mas honrados e o pouco que tínhamos era nosso, hoje não passamos de meros pagadores de impostos e pagamos renda de tudo aquilo que julgamos ser nosso, é o comunismo, porra!!!

Enquanto isto, alguns vândalos iluminados andam entretidos a falar em demolir os nossos monumentos e a apagar a nossa identidade, triste sina a nossa, quiuspariu, pá!

Desconfinem a mente, abram os olhos!!!

Alexandre Sarmento

1 comentário:

  1. Verdade...e factos que ninguém quer ver... depois vieram os abrileiros e colheram os frutos do "ditador"...e depois veem gabar-se de que foram eles que modernizaram o País...!!! Eles querem mais dizer.. Destruíram o País...!!! Tornaram-no num pântano.... Isso sim....

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