“Conviria talvez que se experimentasse desde já um outro sistema, o de não haver partido algum. Partidos são sempre máquinas de agir e o que estava ao princípio não era a ação, mas o deleite das relações lógicas e o deleite da linguagem quanto possível matemática em que elas se exprimem. No partido, a intensa opinião se fragmenta e apuramos aquilo em que diferimos dos outros homens, não aquilo em que lhe somos irmãos; guiamo-nos por um ser geral que nos supera e por ele nos substituímos; vive em nós a tribo, muito mais do que a humanidade.”
Agostinho da Silva, Ecúmena, 1964
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