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sexta-feira, 29 de maio de 2020

Os culpados disto tudo!!!


Marcelo vai ter “saudades” da atual composição do Parlamento


A culpa de estarmos a atravessar estes tempos de abutres e vampiros, não é do Sócrates, nem do Passos, nem do Costa, nem de qualquer outro poltrão da República.

A culpa é essencialmente ou exclusivamente do povo português que se habituou e quer continuar a viver bem sem trabalhar, que quer continuar a viver na sombra da ilusão alimentada por um decrépito e insolvente parasita estado social, que não valoriza o trabalho, o mérito, a competição e a empresa.


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A culpa também é das pretensas elites académicas, intelectuais, sociais e económicas, o tal outrora escol, que entretanto entrou em processo de putrefacção que se renderam cobardemente à social-mediocracia, ao embuste, à corrupção cultural e de costumes, ao apagar da identidade da nação e ao chico-espertismo saloio duma mafiosa classe politica, por sinal bem ao gosto do povo português, ou então muito bem tolerada por uma miríade de alucinados e alienados, que insistem em participar no circo em que se tornou a vida política, e não só neste outrora país!!!

Quanto a culpas além do que já vimos, será que tudo se resume à longa noite fascista, como tantos argumentam, ou, como se trata de uma questão genética, e as suas origens não sejam muito mais antigas?


Sincera, honesta e modestamente acho que, tirando efémeras excepções, pois basta conhecer um pouco da nossa História, o nosso problema é muito mais grave e profundo e pior, insolúvel em que estes patéticos políticos e dirigentes actuais estão exactamente ao nível do povo que representam, o que, aliás só assim se consegue encontrar ou justificar a sua patética e ilógica existência.

53 anos da Ponte 25 de Abril: A construção em imagens

Ainda hoje usamos e abusamos de acusações pueris e desprovidas de matéria de facto que as suportem, continuam a assacar as culpas ao provincianismo mesquinho de Salazar, o qual na minha opinião não fez mais porque não pode, fez mesmo muito, com muito pouco, em muito pouco tempo, foi mesmo Salazar quem fez a grande revolução do século XX português, por muito que custe a muito boa gente, foi Salazar e o seu Estado Novo, saídos do golpe militar de 28 de Maio.
Por sorte, ou azar, foi esse o único período em que Portugal e os portugueses mais se aproximaram em termos de desenvolvimento humano aos nível dos países mais desenvolvidos, mas, infelizmente, em vez de assumirmos os nossos erros e buscar soluções, algumas até fáceis de encontrar, ou seja, teimamos em não aprender com os erros ou com as soluções que no passado serviram cabalmente os interesses nacionais, as tais soluções que levaram a que nos tivéssemos diluído, nem como país, que infelizmente já não somos e como nação, hoje em grave risco de desidentificação e desagregação.
O que temos em cima da mesa é mesmo a nossa sobrevivência como outrora grande povo, o povo que abriu os caminhos marítimos, o grande povo globalizador, o grande povo que levou civilização aos quatro cantos do mundo, infelizmente hoje, um povo envergonhado do seu passado, enfim, sempre os mesmos de há cinco décadas até aos dias de hoje, vergonha de quê, vergonha porquê, se naqueles tempos estivemos na vanguarda, fomos mesmo pioneiros, fomos criativos e corajosos, fomos arrojados.
As 92 melhores imagens em Estado novo | História de portugal ...
Portanto, porque razão criticar o papel, diga-se de passagem notável de Salazar e do seu Estado Novo, se apenas recriaram ou tentaram resgatar o orgulho, o respeito e a dignidade do país e da Nação?
Erros, provavelmente ter-se-ão cometido alguns, à luz cânones actuais, mas conviria olhar para o passado contextualizando à época tais feitos e conquistas e também os tais erros.
Apenas para focar pequenos pormenores, podemos falar de educação e analfabetismo, podemos falar de saúde, podemos falar de medidas sociais, podemos mesmo falar de Estado Social, pois foi mesmo Salazar o grande impulsionador do Estado Social que hoje alguns falsamente ostentam como tendo sido uma das grandes conquistas de Abril, sim, Abril, pois foi nesse mesmo mês do Ano da Graça de 1974, ou para os mais avisados e intelectualmente e materialmente honestos, o Ano da Desgraça, o ano em que se deu início ao grande processo de aniquilação do Império e ao mesmo tempo o verdadeiro assassinato da identidade da Nação Portuguesa e da sua perda total de soberania.
30 anos da adesão de Portugal à CEE. A economia portuguesa em 1985
Voltando um pouco atrás, mais uma vez caímos nos erros do passado, não aprendemos com os mesmos, reincidimos, mais uma vez se escolheu o caminho mais fácil, caímos nos da Primeira Republica, mais uma vez insistimos nos erros das directivas da partidocracia maçónica, regressámos ao regime do 5 de Outubro de 1910, insistimos e apostámos novamente numa democracia bipolar e do liberalismo desregrado, situação que em tempo útil Salazar colmatou com o seu regime de partido único, quando promoveu a sua União Nacional, o que, tinha toda a lógica, pois o que então e tal como hoje continua a ser traço de carácter, é o individualismo e vemos todo o tipo de clivagens entre os portugueses, somos mesmo uma Nação com uma cultura muito marcada e rica, mas paradoxalmente com um povo que infelizmente teima em não lutar unido por objectivos, mas que infelizmente se tornou e de forma ardilosa, num povo materialista, invejoso, pouco confiável e de uma volatilidade atroz em termos de opções, desambiguando, um povo de cata-ventos que se vende por muito pouco.
O que aconteceu depois de 1974, já era de esperar, pois este povo já era há muito conhecido pela sua repulsa à ordem, a regras, a ser governado, bem governado, neste caso, já um General dizia, "Há lá na Ibéria um povo que, nem se governa, nem se deixa ser governado!"
3 Milhões de portugueses vivem no limiar da miséria - UALMedia Vídeo
Infelizmente continuamos a ser exactamente os mesmos, refilamos, protestamos, mas no fundo voltamos sempre ao mesmo, e creiam, não será com democracias que um país com um povo iletrado e ignorante encontrará o tão necessário caminho para o sucesso, não será com governos a darem mais importância a sondagem e popularidade que que poderemos mudar de paradigma, bem sei, pode custar um pouco, mas, só temos mesmo uma saída, e também não vejo como sermos ainda mais sacrificados do que aquilo que hoje somos.
O problema é que fazemos os sacrifícios e não se vê obra, acabamos por voltar sempre ao mesmo andamos em circulos e cada vez estamos mais longe daquilo que fomos outrora, cada vez estamos mais longe de resgatar o nosso espaço e dignidade entretanto perdida, pois somos conhecidos por andar de mão esticada a mendigar por uma esmola, vivemos com dinheiro emprestado, estamos quase eternamente endividados e ainda protestamos contra aqueles que nos fazem exigências mais do que lógicas, pois é mesmo com o dinheiro deles que vamos alimentando a nossa ociosidade e as nossas vaidades, gostamos das boas casas, com todos os confortos, exibimos as nossas belas máquinas, fazemos vida de lordes e no fundo temos um país de calões, índices de produtividade baixíssimos e a cada dia que passa deparamo-nos com um país cada vez mais abandonado e em perfeito processo de desertificação. Enfim, tudo se paga, o país neste estado miserável, os nossos recursos entregues a interesses estrangeiros, temos uma ZEE enorme, mas mais uma vez e paradoxalmente, não somos nós quem explora essa área e nem sequer temos frota pesqueira que nos permita desfrutar dos benefícios dessa mesma área, certo é, que ainda há uma cambada de inteligentes que fala do tempo da tal sardinha para três, não se esqueçam esses imbecis que hoje a sardinha não dá para três, nem para nenhum, pois dela nem o cheiro, a não ser que a importem e em contrapartida adoram comer peixe carregado de químicos e metais pesados importado do Vietname, enfim!!!
Penafiel, terra nossa: PORTUGAL NA C.E.E.
Estamos sempre à espera de um D.Sebastião, ou de um Afonso Henriques, mas enfim, lá vamos vivendo da venda dos anéis, e quem sabe, do dedos, à União Europeia, ao FMI, ao BCE, não passamos de mendigos, ao qual muito em breve só nos restará viver na rua e de caridade alheia!!!
 Portanto só me resta dizer que, em vez de esperarmos imóveis, impávidos e serenos por melhores dias, seria natural que em vez de merecermos prosperidade e liberdade, mereçamos umas chibatadas!!!

Alexandre Sarmento



9 comentários:

  1. Excelente texto! Assertivo e lúcido!Muito bom!!!

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  2. Nao conseguia fazer uma descrição melhor . Estou 100% de acordo .

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  3. Falta,de Cultura, visão. A Televisão também tem culpa MAS O ENG. TAXO | O DR. CUNHA ACABARAM COM AS NOSSAS RESERVAS DE OURO POR ISSO ESTAMOS FOOOOOODSSS

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  4. Obrigada , Fantastico texto . Que pena a maioria não perceber o erro e vão continuar a errar Claro que é falta de cultura e de senso tambem

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  5. Bom texto. Portugal tem tido ao longo de milénios momentos de glória e momento de inglória. Estes dão-se quase sempre quando há uma conjugação entre o povo e os seus governantes. Ou seja quando estes são maus, incapazes de puxar pela inércia, desnorte do povo que governam. E NÃO ESQUECER QUE O GENERAL AQUI REFERIDO - - - povo que não sabe governar-se nem deixa ser governado - - - ERA JÁ UM GENERAL ROMANO. Pense-se, pois, quantos milénios pode durar o ADN de um povo!!!

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  6. Grande texto da nossa actual e triste realidade

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